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Participação Cidadã: O mais recente de arquitetura e notícia

Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão"

Em um recente artigo publicado pela Architecture Now, Justine Harvey entrevista o arquiteto e artista venezuelano Alejandro Haiek Coll, cofundador do LAB.PRO.FAB e do The Public Machinery, além de professor da Universidad Central de Venezuela. Alejandro é descrito como "um dos jovens urbanistas mais inovadores do momento", dedicando sua carreira a recuperar paisagens inativas, contextos sociais degradados e situações pós-catástrofe. Coll participou de vários projetos em Christchurch, Nova Zelêndia, e no projeto Espacios de Paz na Venezuela, entre outros.

Trabalhando com a ideia de que as cidade estão em constante ameaça e que são organismos que podem ser reprogramados para se adaptar às necessidades e exigências de seus cidadãos, Alejandro propõe iniciativas participativas e comunidades ativas capazes de transformar e melhorar seu entorno construído. Substituindo o papel do arquiteto e urbanista pelo do cidadão, pode-se criar uma força poderosa capaz de replicar experiências e fomentar uma colaboração integradora. O desafio é agora estabelecer novas legislações e novas formas de ação coletiva.

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IAB-RJ promove evento para discutir planejamento urbano participativo

Os arquitetos americanos Joel Mills, diretor do Center for Communities by Design do American Institute of Architects (AIA), e Wayne Feiden, diretor de Planejamento e Urbanismo da cidade de Northampton, discutem as experiências de projeto e planejamento participativo nos Estados Unidos no IAB-RJ. O evento, que acontece no dia 17 de agosto, é gratuito e aberto ao público e terá mediação do presidente do departamento carioca do IAB, Pedro da Luz Moreira.

Encontro "Que mobilidade queremos para nossa cidade?", no Rio de Janeiro

Sob a chamada "Que mobilidade queremos para nossa cidade?", organizações da sociedade civil convocarão a população para um encontro no próximo dia 14 de março com o objetivo de promover um amplo debate sobre mobilidade urbana no Rio de Janeiro.

San Francisco aprova lei que diminui os impostos dos terrenos baldios que possuem hortas comunitárias

No início de setembro, San Francisco implementou uma nova lei que visa tornar mais sustentáveis os terrenos desocupados que existem na cidade. A normativa propõe que os proprietários dos terrenos possam pagar menos impostos se permitirem que esses espaços sejam destinados à criação de hortas urbanas abertas à comunidade durante um período mínimo de cinco anos.

Dessa maneira, San Francisco torna-se a primeira cidade dos Estados Unidos a oferecer incentivos fiscais para promover a agricultura urbana. Assim, a ideia é que os terrenos desse tipo desenvolvam um uso produtivo que beneficie os moradores em vez de permanecer abandonados e fechados até que seus donos decidam o que fazer.

Mais informações sobre essa nova lei, a seguir.

Intervenção urbana como assunto de aula

Temos publicado nos últimos tempos algumas iniciativas cidadãs em diversos lugares que ocasionam a melhoria dos espaços públicos das cidades. Exemplos disso são as hortas urbanas em Cuba, os murais grafitados em Montreal e as intervenções artísticas que interagem com a paisagem urbana de Saint Étienne, na França, para citar apenas algumas.

Esses exemplos são intervenções urbanas que permitem criar identificação com a cidade e também permitem que os cidadãos com interesses em comum se encontrem. Devido a seus vários benefícios, este tipo de intervenção se enquadra no urbanismo tático, definido como ações dos cidadãos que criam novos espaços públicos; temática que, inclusive, já começa a fazer parte da grade curricular de escolas e universidade de alguns países.

Para quem a cidade é planejada? Nova Iorque tem a resposta para essa pergunta

Um dos grandes desafios do planejamento urbano é o fato de que aqueles que se encarregam dessa tarefa estão, geralmente, longe dos reais problemas que afetam as pessoas para as quais as mudanças são planejadas.

Por exemplo, se o encarregado de planejar a rede de ciclovias de uma cidade não se desloca de bicicleta, dificilmente entenderá quais são as soluções que um ciclista necessita. Ou se, como ocorre em Nova Iorque, o encarregado do planejamento tem um alto salário, vive em Manhattan e seus trajetos são curtos e feitos de metrô, com certeza seus problemas serão muito diferentes dos da maioria da população que realmente necessita de melhorias nos transportes.

O que é uma cidade compartilhada?

Cidades compartilhadas são aquelas onde os habitantes contam com plataformas - digitais ou presenciais - para se organizarem e compartilharem  espaços, serviços ou bens. Dessa forma, as cidades procuram se converter em lugares mais animados e sustentáveis.

Embora como conceito não as temos tão presentes, os meios para fazer das cidades lugares compartilhados estão mais próximos do que imaginamos. Por exemplo, quando uma organização comunitária lança uma campanha para arrecadar fundos e financiar um projeto como uma intervenção urbana - falamos de financiamento coletivo ou crowdfunding, uma das práticas que torna possível as cidades compartilhadas.

Para que mais pessoas conheçam esse conceito e suas potencialidades, o think tank Laboratorio para la Ciudad listou quatro categorias do que é possível compartilhar nas cidades. Enquanto isso, as organizações canadenses Cities for People e Social Innovation Gereration (SIG) propuseram cinco ideias para implementar essas práticas.

Confira as definições a seguir.

Ideias cidadãs para melhorar a segurança em torno da Ponte do Brooklyn

A ponte de Brooklyn é uma das mais emblemáticas infra-estruturas do século XIX em Nova Iorque, conectando o Brooklyn a Manhattan passando sobre o East River. Quando foi inaugurada, em 1883, era a maior ponte suspensa do mundo, com 1.800 metros de comprimento.

Iniciativa propõe placas de orientação para pedestres em Porto Alegre

Ex-alunos do Colégio Farroupilha, de Porto Alegre - RS, juntamente com a organização Shoot the Shit, elaboraram e instalaram uma série de placas de sinalização que auxiliam os pedestres a se locomover na capital gaúcha.

As placas mostram a distância até importantes lugares da cidade - como o Parque da Redenção, o Hospital de Clínicas, o Parque Marinha, ícones de Porto Alegre - além de contar com um código QR, que pode ser escaneado através de um smartphone, fornecendo outras informações aos pedestres.

Detroit: mais leve, mais rápido e mais barato. A regeneração de uma cidade [III parte]

Com este terceiro artigo finalizamos a série de postagens, “Detroit: Mais leve, mais rápido, mais barato, a regeneração de uma cidade”. Para ler as postagens anteriores clique nos seguintes links: Parte I e a Parte II

O futuro da cidade de Detroit: a criação de uma estrutura conceitual para a Regeneração LQC (Lighter, Quicly, Cheaper / mais leve, mais rápido e mais barato)

Detroit tem trabalhado duro na construção de uma estrutura conceitual que sirva de base para a revitalização da cidade. O projeto “Detroit Future” influenciou o Plano Diretor de Detroit Future City (DFC) no início de 2013, originando a partir disso um documento forte, íntegro e inovador, destinado a servir de guia para a remodelagem da cidade nos próximos 50 anos. Também se converteu na base conceitual na qual está se erguendo um importante esforço de Placemaking em toda a cidade.

Neighborhood Postcard Project: Uma iniciativa para mudar a percepção que se tem de um bairro

Quando perguntados sobre o que gostariam de melhorar em seu bairro, os habitantes mais jovens de Bayview, São Francisco (EUA), responderam que o melhor a se fazer seria mudar a percepção que os cidadãos de outros bairros têm a respeito de Bayview.

Esse acontecimento foi o que motivou a criação do Neighborhood Postcard Project, um projeto do artista estadunidense Hunter Franks que busca acabar com os preconceitos que existem dentro da cidade e criar um sentido comunitário. Para isso, Franks criou um sistema de consiste em que os habitantes dos bairros vulneráveis enviem postais a outros bairros da cidade, contanto suas histórias ou explicando a importância de determinados locais, como ruas, mercados, feiras, etc.

Mais informações a seguir.

7 ideias para revitalizar os terrenos baldios das cidades

LA-Más é uma organização estadunidense sem fins lucrativos que se dedica a desenvolver diversos projetos de design que promovem a cultura e a sustentabilidade em bairros vulneráveis.

A Diretora de Impacto Social de LA-Más, Helen Leung, é urbanista e recentemente trabalhou com o Coletivo das Artes do Valee Elysian de Los Angeles para projetar um plano de sinalização ao redor do rio da cidade, que está descuidado. Embora a cidade esteja fazendo seu próprio sistema, é preciso esperar alguns meses para que o projeto do coletivo se mantenha até que o plano municipal esteja pronto.

Tendo isto em vista, Leung fez uma lista de sete formas de baixo custo e de alto impacto que ajudariam a transformar os espaços vazios, até que se decida o que fazer com eles.

Saiba mais a seguir.

Japão inaugura hortas urbanas em estações de trem

Os locais escolhidos para a construção de hortas urbanas são cada vez mais surpreendentes, como o caso de uma horta feita em alguns abrigos da Segunda Guerra Mundial a 30 metros de profundidade do Metro de Londres.

Em Tóquio, foram inaugurados cinco pomares construídos nas coberturas de edifícios, mas não qualquer edifício, mas nas estações de trem. Este caso se soma aos exemplos que ajudariam a reutilizar os espaços vazios através do cultivo e criar novos espaços verdes abertos para as pessoas nas cidades.

Saiba como é possível ocupar estas hortas, a seguir.

E se construíssemos nossas cidades em torno dos lugares?

O arquiteto e autor Christopher Alexander cunhou uma frase The Timeless Way of Building”, “A Maneira Atemporal de Construir” que afeta estes anseios comuns e como as pessoas os tem utilizado de forma intuitiva para construir lugares agradáveis para viver. O processo de construção das cidades de hoje se tornou tão institucionalizado, que as pessoas raramente têm a opção de usar sua intuição e suas ideias nos projetos. Em PPS, acreditamos que dessa maneira atemporal os edifícios e os espaços podem ser revitalizados, e oferecemos uma forma de senso comum para fazê-lo: através da capacitação das pessoas para iniciar melhorias no lugar que habitam. Estes pequenos passos para animar as ruas, os parques e outros espaços públicos são os blocos da construção de uma cidade próspera.

 Esta é a ideia da Gran Iniciativa de Ciudades de PPS. A vitalidade de qualquer cidade depende da ação dos cidadãos, como os grupos de vizinhos que reclamam por seus parques locais, as ruas comerciais e tantas outras questões que acontecem na cidade. Muitas vezes as comunidades precisam apenas de um pequeno empurrão na direção correta para colocar este processo de revitalização em movimento. E em pouco tempo, todo o bairro pode ser objeto de uma mudança de tendência, com os habitantes tendo conforto e orgulho de seus espaços públicos.

El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México

No final do mês de outubro foi realizada a primeira versão do Festival Internacional Abierto Mexicano de Diseño, que exibiu mostras de arte e projetos no Centro histórico da capital, com o propósito estreitar os laços entre a cultura e as pessoas no espaço público.

A escolha do centro como local de exibição foi feita pela organização, pois esta parte da cidade é considerada uma sede natural pelo valor cultural que os mais de 1.400 edifícios lhe conferem, além de ser um espaço muito percorrido, com mais de dois milhões de pessoas passando por ali diariamente.

As palestras e exposições feitas para o festival giravam em torno do tema central - os comércios - levando em conta que estes possuem técnicas de trabalho de criação coletiva, que reúnem os projetistas e os cidadãos na construção de mostras, e são feitas com materiais reciclados e sustentáveis. Uma das intervenções urbanas que eclodiram nas ruas do centro da cidade, com a ajuda das pessoas que passavam pelo local, foi projetado pelo estúdio El Último Grito.

Mais informações a seguir.

El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México - Image 1 of 4El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México - Image 2 of 4El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México - Image 3 of 4El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México - Image 4 of 4El Último Grito realiza uma intervenção urbana junto aos cidadãos da Cidade do México - Mais Imagens+ 3

Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália

Em Rosarno, uma cidade no sul da Itália, os espaços públicos têm certas características para que sejam considerados locais atraentes para as pessoas. Por esta razão, o escritório espanhol Luzinterruptus decidiu alterar a aparência de um desses espaços que estava vazio entre dois edifícios com a instalação de arte "Peperonata Noturna", que montaram para o festival de regeneração urbana A di Città realizado em setembro.

Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália - Image 1 of 4Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália - Image 2 of 4Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália - Image 3 of 4Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália - Image 4 of 4Intervenção Urbana: “Peperonata Noturna”, na Itália - Mais Imagens+ 7

“I’m a City Changer”: Cada cidadão pode melhorar sua cidade!

"I’m a City Changer" é um movimento global promovido pela ONU-Habitat para compartilhar e disseminar iniciativas individuais, públicas e corporativas que buscam melhorar as cidades. Este movimento foi lançado com o objetivo de sensibilizar e coordenar esforços para que os cidadãos ajudem com pequenas ações a tornar suas cidades mais agradáveis para se viver.

Como fortalecer as organizações comunitárias?

Nos últimos tempos os grupos comunitários têm se tornado mais visíveis, isto porque estão se organizando para participar das decisões que afetam suas vidas nas cidades e estão gerindo novos projetos para promover iniciativas que refletem o interesse coletivo sobre determinados assuntos que, por vezes, são desconsiderados nos planos de política pública. Neste contexto, organizações de ciclistas, de defesa de bairros e grupos artísticos vêm realizando, de tempos em tempos, atividades para expressar suas demandas de forma pacífica.

Sobre esta questão, o escritório de planejamento urbano Placemakers, dos EUA, divulgou sete dicas para ajudar as pessoas a criar organizações cívicas ou melhorar as que já estão estabelecidas.

A seguir, 7 dicas por Scott Doyon, urbanista e membro do Placemakers.