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LAB.PRO.FAB: O mais recente de arquitetura e notícia

"Forças Urbanas": a participação da Venezuela na Bienal de Veneza 2016

Com 15 projetos elaborados por arquitetos e grupos locais de arquitetura, a Venezuela apresentou Forças Urbanas, sua participação na próxima Bienal de Veneza 2016. A amostra exibirá "a transformação pela qual têm passado os espaços populares do país", explicou Isis Ochoa, Ministra para as Comunas e Movimentos Sociais, em uma recente conferência de imprensa no Museu Nacional de Arquitetura (Caracas).

"Vamos participar com 15 projetos desenvolvidos por diversos grupos de arquitetos que envolvem mais de 400 profissionais, jovens talentos da arquitetura, do design e das artes urbanas", explica Ochoa.

Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo

Continuando nossa cobertura de Espaços de Paz 2015 em Venezuela, lhes apresentamos uma série de reflexões sobre os desafios que representa o trabalho com uma comunidade quando falamos de desenho participativo sobretudo quando as gerações mais jovens de arquitetos latino-americanos começam a mostrar interesse e dedicação por esta forma de metodologia.

Durante uma semana, percorremos os projetos em construção do Espaços de Paz em Caracas, Barquisimeto, San Carlos, Cumaná e La Guaira: todos localizados em bairros socialmente frágeis e comunidades desconfiadas de intervenções deste tipo por promessas anteriores jamais cumpridas. Por isso, aproveitamos esta oportunidade para refletir e conversar com arquitetos e vizinhos, tentando responder uma das perguntas fundamentais por trás da fotografia do final feliz: como realmente de ganha a confiança ao trabalhar com comunidades?

Conheças as lições a seguir.

Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo - Image 1 of 4Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo - Image 2 of 4Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo - Image 3 of 4Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo - Image 4 of 4Sete lições sobre ganhar confiança da comunidade no desenho participativo - Mais Imagens+ 10

Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão"

Em um recente artigo publicado pela Architecture Now, Justine Harvey entrevista o arquiteto e artista venezuelano Alejandro Haiek Coll, cofundador do LAB.PRO.FAB e do The Public Machinery, além de professor da Universidad Central de Venezuela. Alejandro é descrito como "um dos jovens urbanistas mais inovadores do momento", dedicando sua carreira a recuperar paisagens inativas, contextos sociais degradados e situações pós-catástrofe. Coll participou de vários projetos em Christchurch, Nova Zelêndia, e no projeto Espacios de Paz na Venezuela, entre outros.

Trabalhando com a ideia de que as cidade estão em constante ameaça e que são organismos que podem ser reprogramados para se adaptar às necessidades e exigências de seus cidadãos, Alejandro propõe iniciativas participativas e comunidades ativas capazes de transformar e melhorar seu entorno construído. Substituindo o papel do arquiteto e urbanista pelo do cidadão, pode-se criar uma força poderosa capaz de replicar experiências e fomentar uma colaboração integradora. O desafio é agora estabelecer novas legislações e novas formas de ação coletiva.

Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão" - Image 1 of 4Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão" - Image 2 of 4Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão" - Image 3 of 4Alejandro Haiek Coll: "Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão" - Image 4 of 4Alejandro Haiek Coll: Devemos substituir o papel do especialista pelo do cidadão - Mais Imagens

Espaços de Paz 2015: cinco cidades, cinco comunidades, vinte coletivos de arquitetura

Entre os dias 17 e 18 de maio foram inaugurados em cinco cidades da Venezuela os projetos da segunda edição de Espaços de Paz. Criado como um genuíno exercício prático de desenho participativo, vinte coletivos latino-americanos de arquitetura trabalharam durante cinco semanas com comunidades de bairros dominados pela pela violência, pelo abandono escolar e delinquência; buscando converter espaços deteriorados e abandonados em espaços públicos de paz.

Coordenado pela oficina local PICO Estudio, com a tutoria de instituições públicas e sob a direção de Isis Ochoa - Comissária Presidencial do Movimento pela Paz e Vida- em cada projeto, representantes de quatro coletivos jovens de arquitetura desenvolvem um processo de diálogo, pesquisa, desenho e finalmente, construção de um equipamento poliesportivo, social ou educativo que será administrado pela própria comunidade local.

Convidados por PICO Estudio, os editores Nicolás Valencia M. e José Tomás Franco analisaram e documentaram estes cinco espaços na sua etapa final de construção, conversando com arquitetos e representantes da comunidade, comprometidos desde a apresentação até a execução dos espaços, sem isentar-se de desafios e conflitos.

Iniciando uma série de artigos sobre Espaços de Paz 2015, lhes convidamos a conhecer estes cinco projetos, a seguir.