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Plataforma Urbana: O mais recente de arquitetura e notícia

Podem nossas cidades sobreviver aos... arquitetos?

O título dessa matéria remete a um grande e esquecido livro de Josep Lluis Sert, escrito durante a Segunda Guerra Mundial. Sert sintetizou as ideias do Movimento Moderno a partir das CIAM (Conferências internacionais de Arquitetura Moderna) juntamente com suas próprias ideias e as de outros jovens profissionais, como Josep Torres Clavé, morto na frente republicana durante a guerra civil. Sert, como Torres Clavé, teve uma relação estimulante com Le Corbusier mas, como se percebe no livro citado, ele possuía uma sensibilidade cidadã especial, que nem sempre esteve presente no temperamento do líder das CIAM.

Os arquitetos podem ser também urbanistas, mas nem todos os arquitetos, uma pequena parte inclusive, o são. Da mesma forma, existem muitos urbanistas que não são arquitetos. Como Ildefonso Cerdà, engenheiro civil e um dos fundadores do urbanismo moderno. Há urbanistas que procedem de carreiras técnicas, das ciências sociais ou da gestão pública. Na realidade, o urbanismo é uma prática que com o tempo, a acumulação de experiências e a análise crítica constitui um corpo doutrinal respeitável e muito mais sólido que as ciências sociais acadêmicas, já que elas não dispõem da verificação na vida social.

Mas são os profissionais que definem a cidade?

Cinco princípios de planejamento urbano para tornar as cidades sustentáveis

A urbanização na América Latina e China é um processo que tem se desenvolvido de forma muito similar, em decorrência do êxodo rural, mas que apresenta uma radical diferença: a velocidade.

Este fator se reflete, por exemplo, no fato de que nos últimos 35 anos, as cidades chinesas receberam mais de 560 milhões de habitantes provenientes das áreas rurais, quantidade equivalente a população total da América Latina, segundo o informativo “Urbanización Rápida y Desarrollo: Cumbre de América Latina y China”, elaborado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Utilizando os dados deste documento como referência, a arquiteta Nora Libertun - PhD em Desenvolvimento Urbano no MIT e mestre em urbanismo na Universidade de Harvard - acaba de elaborar cinco princípios para que a urbanização e os desafios colocados por ela possam ser abordados através de um enfoque sustentável, evitando, assim, a exagerada expansão urbana e o desequilíbrio do meio ambiente.

Veja, a seguir, os cinco princípios colocados por Nora Libertun:

Vídeo: Ciclovias de Utrecht indicam onde há vagas para estacionar as bicicletas

O Ranking Copenhagenize é um estudo realizado pela Copenhagenize Design Company que, a partir de 13 categorias - entre as quais infraestrutura cicloviária, sistemas públicos de aluguel de bicicletas -, determina quais são as 20 cidades mais adequadas para o ciclismo urbano no mundo. Em suas duas últimas edições, realizadas em 2013 e este ano, a cidade holandesa de Utrecht ficou com a terceira colocação.

Nesta cidade, circulam diariamente 100 mil pessoas que vão ao centro de bicicleta, o que torna a demanda por estacionamentos cada vez maior. Para atender essa necessidade, há dois anos foi anunciada a construção do maior estacionamento para bicicletas do mundo, com capacidade para 12.500 unidades, que será inaugurado em 2018.

Mais informações a seguir.

Seis propostas para recuperar os espaços perdidos sob uma rodovia de Nova York

Os espaços perdidos ou abandonados em Nova York equivalem a quatro vezes a área do Central Park, principal parque da cidade, com 341 hectares.

Com o objetivo de recuperar parte desses locais e transformá-los em novos espaços públicos, a ONG Design Trust for Public Spaces iniciou há dois anos o projeto chamado "Under the Elevated: Reivindicação do espaço, conectando comunidades" desenvolvido com o Departamento de Transporte (DOT) e que pretende recuperar espaços sob pontes e passagens de níveis da rodovia Brooklyn Queen Expressway (BQE).

Os resultados foram publicados em um livro em que são mostrados os lugares potenciais e as propostas de como eles poderiam ser melhorados esses espaços.

A seguir mostraremos sobre o projeto e as recomendações.

Assembleia de Londres apoia a proposta de que a cidade seja reconhecida como Parque Nacional

47% da superfície total de Londres é ocupada por parques, segundo o Greater London National Park. Esta organização lançou uma campanha que há um ano luta para que a capital britânica seja a primeira cidade do mundo reconhecida como Parque Nacional.

As razões disso se sustentam em dados, como por exemplo os 3 mil parques, os 3,8 milhões de jardins privados, as 142 reservas naturais e as mais de 13 mil espécies de fauna silvestre dentro dos 1.572 quilômetros quadrados da cidade.

Usando essas cifras, a campanha iniciada pelo professor de geografia, Daniel Raven-Ellison, se tornou publicamente conhecida e atingiu tal nível de popularidade que recebeu apoio de parte da Assembleia de Londres.

Mais detalhes a seguir.

Vídeo: Grafites que ganham vida nos muros da cidade

BLU é um muralista italiano que desde 1999 trabalha no anonimato e se dedica a realizar grandes murais em cidades europeias e latino-americanas.

Em Santiago, Chile, o artista produziu um mural para a segunda edição do festival de intervenções urbanas Hecho en Casa, uma obra que pode ser vista em um dos muros do rio Mapocho, próximo à esquina da Rua Cardenal José María Caro com a Av. Recoleta.

Ao longo de sua carreira, Blu não se dedicou apenas a pintar murais, mas também produziu vídeos, particularmente animações em stopmotion. O vídeo mostrado neste artigo é uma de suas animações mais conhecidas, na qual vemos surgir um personagem de grafite que desenvolve uma estória nos muros da cidade e interage com alguns elementos externos.

O plano de Londres para melhorar a saúde de seus habitantes através da mobilidade urbana sustentável

O Departamento de Transporte para Londres (TfL) lançou um plano de ação até 2021 que, até o momento, é considerado o único do tipo no mundo. A iniciativa apresenta 10 medidas e parte da premissa de que as ruas, o meio-ambiente e o transporte influenciam no bem-estar dos habitantes, assim, as melhorias realizadas nestes têm a capacidade de melhorar a saúde da população e, portanto, sua qualidade de vida.

Por envolver áreas de impacto na vida urbana, como o transporte e a saúde, o plano foi recentemente selecionado pela Associação Internacional de Transporte Público (UITP) como um dos melhores projetos do ano na categoria Estratégia de Transporte Público.

A seguir, mais informações sobre o plano.

Os 20 bairros mais bonitos da América Latina

O site de viagens mexicano Mi Nube publicou recentemente uma lista com os 20 bairros mais bonitos da América Latina, entre os quais estão o Pelourinho, em Salvador, a Vila Madalena, em São Paulo, as históricas ruas San Telmo, em Buenos Aires e o Centro Histórico da Cidade do Panamá.

Veja a lista completa a seguir.

JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano

Envolver as crianças e jovens no planejamento urbano é uma prática definida como necessária pela legislação alemã, de acordo com Päivi Kataikko, responsável pelos assuntos regionais e internacionais do coletivo Jugend Architektur Stadt (JAS), dedicado a promover a participação cidadã.

Ainda que a descrição dessa tarefa e o que ela implica possam parecer mais complexos do que realmente são, tudo se torna bastante simples para as crianças quando a abordagem é realizada através da brincadeira. Foi essa a estratégia empregada pelo coletivo JAS em várias cidades alemãs e pela plataforma Arkitente no projeto JolasPlaza, na cidade de Portugalete, País Vasco.

Do que se trata e como foi realizado o projeto JolasPlaza?

JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano - Image 1 of 4JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano - Image 2 of 4JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano - Image 3 of 4JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano - Image 4 of 4JolasPlaza: a brincadeira como ferramenta de desenho urbano - Mais Imagens+ 4

Quatro dicas para projetar cruzamentos mais seguros

Se considerarmos que em 2013 o número de automóveis da cidade de São Paulo superou os 5,4 milhões de veículos, e que o excesso de velocidade e a irresponsabilidade dos condutores e pedestres estão entre as principais causas de mortes no trânsito, se faz cada vez mais necessário que as cidades tenham ruas mais seguras. 

Para ter uma ideia de como avançar nesse sentido, apresentamos a seguir quatro propostas para o projeto de cruzamentos que podem servir de exemplo para aumentar a segurança dos pedestres, ciclistas e motoristas.

Saiba mais, a seguir.

Estação de trem na Holanda indica quais são os vagões menos lotados

Quando os passageiros estão a ponto de embarcar em um trem ou metrô, é comum que todos se aglomerem em pontos específicos, porém, dessa forma alguns vagões ficam muito lotados enquanto outros permanecem quase vazios.

Na estação de trens Den Bosch, nos Países Baixos, foi desenvolvido um sistema que ajuda a distribuir o fluxo de passageiros, indicando-lhes a lotação dos vagões para que as pessoas se organizem de modo a ocupar os menos cheios.

Como o sistema funciona?

Construir ciclovias gera mais empregos que criar infraestrutura para automóveis

Quando se fala dos benefícios das bicicletas como meio de transporte urbano, é comum mencionar que estas ajudam a descongestionar as ruas, reduzir a contaminação ambiental e acústica e melhorar a saúde dos ciclistas, afirmações que, por si só, apresentam bons motivos para mais pessoas optarem pelo transporte sobre duas rodas.

Porém, quais são seus benefícios econômicos para as cidades? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, projetar e construir infraestrutura cicloviária e peatonal gera mais postos de trabalho - diretos e indiretos - que a construção de infraestrutura para automóveis.

Como a pesquisa chegou a estes resultados? Saiba mais a seguir.

Projeto "Public Space Invaders": o problema da publicidade no espaço público

Diversas cidades ao redor do mundo, como por exemplo Paris, já criaram leis para restringir as propagandas publicitárias no espaço público como uma estratégia de evitar a poluição visual. Há outras, por outro lado, em que os painéis publicitários são vistos estritamente como uma forma de gerar lucro, lugares onde, quase sem restrição, as ruas se vêem invadidas por telas, cartazes, etc.

Public Space Invaders é uma campanha que busca chamar a atenção sobre o impacto dos suportes publicitários no espaço público.

Saiba mais a seguir.

TED Talk: Coletivo Boa Mistura

O coletivo espanhol Boa Mistura é composto por cinco jovens que em 2001 largaram seus empregos para se dedicar exclusivamente à arte urbana. Desde então o grupo tem viajado pelo mundo realizando intervenções que, através da pintura, buscam se aproximar das pessoas e melhorar seu entorno construído.

Bairros de cidades espanholas, sérvias, mexicanas, brasileiras e sul-africanas são alguns dos locais onde o coletivo já atuou, buscando fazer como que os habitantes se sintam mais orgulhosos dos lugares onde vivem.

Mais detalhes a seguir.

Os planos de cinco cidades para criar espaços urbanos mais seguros e eficientes

Dos 18,4 milhões de percursos diários realizados na região Metropolitana de Santiago, Chile, mais de um terço corresponde a caminhadas, segundo a última pesquisa origem-destino feita pelo Ministério dos Transportes e Telecomunicações do país.

Apesar da cifra ser alta, isso não garante que as ruas apresentem as qualidades necessárias para que sejam transitáveis, um atributo que a geógrafa e especialista em desenvolvimento urbano do The City Fix, Lara Caccia, define como "a forma segura, conveniente e eficiente que é caminhar em um ambiente urbano."

Para saber como tornar as ruas das cidades latino-americanas mais transitáveis, podemos tomar como inspiração o que está sendo feito em cinco cidades europeias que estão levando adiante a prioridade dos pedestres no ambiente urbano.

Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu

O artista francês Thomas Lamadieu se tornou conhecido por suas ilustrações produzidas nos espaços de céu entre os edifícios, fotografados do nível do solo com uma lente olho de peixe.

Com o pseudônimo Roots Arts, o artista publicou em 2014 uma série de ilustrações intitulada SkyArt, que mostrava uma percepção diferente da arquitetura urbana e do meio ambiente ao nosso redor.

Apresentamos desta vez uma galeria com novas ilustrações das séries SkyFace e SkyDesign, que diferem da anterior por se desenvolverem em torno de arranha-céus, incluírem elementos que articulam essas arquiteturas e incorporarem aspectos da natureza.

Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu - Image 1 of 4Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu - Image 2 of 4Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu - Image 3 of 4Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu - Image 4 of 4Ilustrações surrealistas projetadas sobre edifícios, por Thomas Lamadieu - Mais Imagens+ 20

As estratégias dos EUA e da América Latina para criar espaços públicos livres de automóveis

A cidade de Los Angeles (EUA) tem uma área aproximada de 1.300 quilômetros. No centro da cidade, dois terços dos espaços são destinados aos automóveis - seja como ruas, vias expressas ou estacionamentos - segundo Jes Howen McBride, mestre em planejamento urbano e regional pela Universidade da Califórnia (UCLA).

Tomando este dado, que reflete o predomínio dos automóveis, a planejadora destaca os esforços do Departamento de Transportes local para transformar essa realidade através de programas que, sem tanta burocracia, convidam os cidadãos a proporem novas iniciativas para aproveitar melhor os espaços destinados aos automóveis.

Além disso, ela destaca outras iniciativas de Minneapolis e San Francisco que mostram como as pessoas estão buscando recuperar os espaços, um recurso valioso nas cidades que estão se esforçando para garantir um futuro melhor.

A seguir, mostramos alguns programas similares que estão sendo realizados nos Estados Unidos e na América Latina.

Rio de Janeiro, Cidade do México e Santiago entre as melhores cidades para os jovens, segundo a Youthful Cities

A organização internacional Youthful Cities se dedica a promover a participação dos jovens na construção de cidades melhores pois considera que estes são "o centro da urbanização", uma afirmação que se apoia em dados sobre a populações mundial: 50% tem menos de 30 anos e 50% vive nas cidades.

No ano passado, a organização publicou um estudo sobre quais são as 25 cidades mais jovens, entendendo-as como aquelas que são melhores para viver, trabalhar e se divertir de acordo com as necessidades de um público entre 15 e 29 anos. Este ano a pesquisa foi ampliada para 55 cidades e contou com a participação de nove cidades latino-americanas.

Saiba mais sobre a pesquisa e os resultados, a seguir.