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Ciclismo Urbano: O mais recente de arquitetura e notícia

Vídeo: Lisboa Horizontal, uma rede de ciclovias planas para uma cidade de colinas

A partir da principal característica geográfica de Lisboa, que lhe rende o apelido de "cidade das 7 colinas", o escritório de arquitetura e paisagismo BXLX propôs uma rede de ciclovias acessíveis e planas inspirada em um sistema de metrô.

Para isso, foi realizado um estudo topográfico que permitiu classificar as ruas da cidade em: horizontais (com inclinação entre 0 e 4%); recomendadas para distâncias curtas (com inclinação entre 5% e 6%); e as menos acessíveis (com inclinação superior a 7%).

O resultado do estudo mostrou que dos 1.093 quilômetros de ruas que há em Lisboa, 63% - ou 691km - têm uma inclinação inferior a 4%, isto é são acessíveis a todos.

O aplicativo foi recentemente premiado no evento Big Smarts Cities, promovido pela Vodafone, que contou com mais de 500 propostas inscritas e tem como objetivo reconhecer ideias que contribuam para a melhoria da vida de quem trabalha, habita e visita as cidades.

Veja, a seguir, a transformação das ruas onde as ciclovias foram implementadas.

MPF de Pernambuco oferece dia de folga para quem vai de bicicleta ao trabalho

Em março deste ano o Ministério Público Federal de Pernambuco aprovou um decreto que chamou muita atenção. A fim de fomentar o uso da bicicleta entre seus funcionários e diminuir a quantidade de automóveis nas ruas, o decreto garante um dia de folga para cada 15 dias em que os funcionários usaram a bicicleta para se deslocar até o trabalho.

Para obter o benefício, os funcionários do Ministério devem estacionar suas bicicletas no edifício da procuradora de seu distrito e assinar uma declaração que, após quinze dias de deslocamentos em duas rodas, lhes garantirá um dia de folga.

Sinais de mudança nos padrões de mobilidade de São Paulo / Raquel Rolnik

Nesta Semana da Mobilidade, além de muitas matérias na imprensa sobre o tema, foram divulgadas algumas pesquisas realizadas por organizações como a Ciclocidade e a Rede Nossa São Paulo. Os novos dados mostram que, aparentemente, está em curso uma mudança nos padrões de mobilidade da cidade.

Em primeiro lugar, uma das informações mais importantes é que depois de décadas em que a proporção de usuários de transporte individual crescia sem parar, finalmente houve uma queda: em 2014, 56% dos paulistanos diziam usar o carro diariamente, em 2015, essa parcela caiu para 45%, conforme pesquisa da Rede Nossa São Paulo.

Escola da Cidade promove curso sobre espaço cicloviário

Escola da Cidade promove, a partir de setembro, o curso livre "Espaço Cicloviário", organizado pelo arquiteto Gianpaolo Granato.

O curso pretende trabalhar o projeto cicloviário em escalas menores e sua intervenção no desenho urbano. Alguns questionamentos a serem discutidos, durante o encontro, refletem sobre como inserir e desenhar uma ciclovia no espaço público e quais as interferências com os diferentes agentes (pedestres e motoristas) e seus conflitos. A implantação de ciclovias como impulsionadora de outros projetos de desenho urbano e como o desenho na escala do detalhe, pode trazer melhora na qualidade de vida da população? Serão abordados casos específicos, seus erros e acertos.

1º Prêmio {CURA} busca propostas para um bicicletário urbano

Em comemoração ao primeiro aniversário do curso de representação gráfica {CURA} os organizadores lançaram o Prêmio CURA, que pretende realizar uma série de concursos de ideias com temas que se alinham às discussões atuais da cidade, buscando aprofundar na discussão desses temas urbanos.

Para o 1º Prêmio CURA, o foco está neste período transformador que vive São Paulo: a rede cicloviária deu certo e as bicicletas vêm ocupando as ruas. A organização acredita que seu uso deve ser ainda mais estimulado por conta dos benefícios que pode oferecer.

Vídeo: Como Sevilla fez para que 70 mil pessoas usassem diariamente a bicicleta

Bike Friendly Cities é um projeto que reflete, através de uma série de vídeos, sobre os fatores que levaram certas cidades a se tornarem líderes mundiais no ciclismo urbano.

No caso de Sevilla, uma cidade que criou políticas urbanas que fizeram o uso da bicicleta passar de 0,2% para 9%, cerca de 70 mil pessoas realizam seus deslocamentos diários sobre duas rodas.

Neste vídeo, alguns dos protagonistas desta grande transformação, que se tornou um exemplo mundial, contam como mudaram a cidade através da bicicleta.

Hoje, Sevilla ocupa com mérito um posto no ranking das 20 cidades mais adequadas ao ciclismo urbano, segundo a Copenhagenize.

Intervenções em faixas de pedestres em Puebla, México

Embora as ruas, em geral, apresentem faixas pintadas de branco para o cruzamento seguro das pessoas, esta sinalização é, muitas vezes, desrespeitada por condutores e pelos próprios pedestres.

Na cidade de Puebla, México, a situação não é diferente. Por isso, o Colegio de Arquitectos de Puebla (CAPAC) convidou os arquitetos colegiados a intervirem nas faixas de pedestres da rua 43 Poniente, instigando-os a propor desenhos que fujam das clássicas faixas brancas e chamem a atenção para que essa sinalização seja respeitada por todos.

Veja, a seguir, uma série de cruzamentos com as intervenções dos arquitetos.

Vídeo: Ciclovias de Utrecht indicam onde há vagas para estacionar as bicicletas

O Ranking Copenhagenize é um estudo realizado pela Copenhagenize Design Company que, a partir de 13 categorias - entre as quais infraestrutura cicloviária, sistemas públicos de aluguel de bicicletas -, determina quais são as 20 cidades mais adequadas para o ciclismo urbano no mundo. Em suas duas últimas edições, realizadas em 2013 e este ano, a cidade holandesa de Utrecht ficou com a terceira colocação.

Nesta cidade, circulam diariamente 100 mil pessoas que vão ao centro de bicicleta, o que torna a demanda por estacionamentos cada vez maior. Para atender essa necessidade, há dois anos foi anunciada a construção do maior estacionamento para bicicletas do mundo, com capacidade para 12.500 unidades, que será inaugurado em 2018.

Mais informações a seguir.

Minhocão será aberto para ciclistas e pedestres a partir do próximo sábado

A Prefeitura de Municipal de São Paulo anunciou que, a partir do próximo sábado, 11 de julho, o emblemático Minhocão, em São Paulo, será aberto exclusivamente aos pedestres e ciclistas a partir das 15 horas. A liberação ocorrerá em todos os sábados seguintes e a reabertura ao trânsito de automóveis continuará ocorrendo às 6h30 das segundas-feiras.

A medida foi adotada após estudos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), realizados nos dias 20 de junho e 4 de julho, apontarem que o trânsito na região transcorreu dentro da normalidade e o transporte coletivo não foi afetado com a absorção dos veículos em outras vias.

Inauguração da ciclovia da Av. Paulista em 10 fotos

Com obras em andamento desde janeiro deste ano, a ciclovia da Avenida Paulista, em São Paulo, foi oficialmente inaugurada na tarde de ontem, 28 de junho. Importante eixo no sistema cicloviário da maior cidade da América do Sul, a Av. Paulista conectará outras sete ciclovias que darão acesso à zona sul e ao centro da cidade.

Em comemoração a esse importante marco na mobilidade de São Paulo, compilamos a seguir alguns registros feitos por pedestres e ciclistas que participaram da inauguração da tão aguardada (e necessária!) ciclovia.

Construir ciclovias gera mais empregos que criar infraestrutura para automóveis

Quando se fala dos benefícios das bicicletas como meio de transporte urbano, é comum mencionar que estas ajudam a descongestionar as ruas, reduzir a contaminação ambiental e acústica e melhorar a saúde dos ciclistas, afirmações que, por si só, apresentam bons motivos para mais pessoas optarem pelo transporte sobre duas rodas.

Porém, quais são seus benefícios econômicos para as cidades? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, projetar e construir infraestrutura cicloviária e peatonal gera mais postos de trabalho - diretos e indiretos - que a construção de infraestrutura para automóveis.

Como a pesquisa chegou a estes resultados? Saiba mais a seguir.

Vídeo: Ciclovia de 32 quilômetros com cobertura solar na Coreia do Sul

A rodovia que conecta as cidades de Daejeon e Sejong, na Coreia do Sul, poderia, sem dúvida, ser considerada uma via multimodal.

Isso porque em seu centro há uma pista bidirecional exclusiva para ciclistas, que podem trafegar de maneira segura pois seu caminho está segregado dos automóveis. Além disso, a ciclovia conta com painéis solares que cobrem todos os seus 32 quilômetros de extensão, tornando mais fácil e cômodo o percurso sob sol e chuva.

Essa ciclovia pode ser incluída na lista de grandes infraestruturas solares construídas recentemente, juntando-se à SolaRoad, localizada em Krommenie (Países Baixos) e ao Starpath, no parque Christ’s Pieces de Cambridge.

Paris pretende se tornar a nova capital mundial do ciclismo urbano

Duplicar a quantidade de ciclovias na cidade, estabelecer uma rede expressa, criar um fundo econômico de auxílio para a compra de uma bicicleta e construir 10 mil novas vagas de estacionamento para bicicletas são algumas das medidas do Plano de Bicicletas 2015-2010 apresentado recentemente pela Prefeitura de Paris e que pretende transformar a cidade na "capital mundial do ciclismo".

Embora hoje em dia esse "título" seja atribuído àquelas cidades em que mais da metade dos habitantes se desloca de bicicleta, como Amsterdã e Copenhague, um dos objetivos do plano parisiense é que a quantidade de pessoas que usam diariamente a bicicleta passe de 5% para 15% da população até 2020.

"HAPPY BIKE, Pedalando verso la felicità”: a bicicleta como meio de transporte urbano

"A bicicleta não é apenas um meio de transporte. É muito mais. É a possibilidade de fazer a cidade mais humana e mais bela. Uma cidade que promove a bicicleta é uma cidade feliz."

Assim é como começa o livro "HAPPY BIKE, Pedalando verso la felicità", escrito por Alfredo Bellini, mestre em transporte e fundador do BiciZen, um blogue italiano sobre ciclismo urbano dedicado àqueles que querem usar a bicicleta por seu aspecto "zen", isto é, uma forma de alcançar a alegria e o bem estar.

Em seu texto, Bellini analisa a relação entre as bicicletas e a felicidade, sendo esta vista tanto a partir de uma perspectiva individual como coletiva, e imagina como as bicicletas poderiam ser um meio de transporte urbano.

O que Bellini aponta com isso? Saiba mais a seguir.

São Paulo poderá ter mais de 1.500km de ciclovias até 2030

A Prefeitura de São Paulo divulgou no início deste mês o Plano de Mobilidade de São Paulo – Modo Bicicleta (PlanMob), com diretrizes para a implementação da infraestrutura cicloviária da cidade até 2030. O PlanMob prevê a expansão da rede de ciclovias, o aumento do número de bicicletas compartilhadas, a criação de bicicletários e paraciclos e a implementação de programas educacionais que promovam o uso da bicicleta como meio de transporte urbano.

Passarelas, pontes, travessias subterrâneas e viadutos também receberão atenção da prefeitura. Se cumpridas as metas estabelecidas pelo PlanMob, até 2030 São Paulo terá 1522 km de infraestrutura cicloviária, além de 24 pontes, 32 viadutos, 50 passarelas, quatro passagens subterrâneas, três túneis sob os trilhos adaptados para travessia de bicicletas e de dez ciclopassarelas.

Três prazos foram definidos pelo PlanMob - 2016, 2014 e 2030 -, garantindo o avanço gradual das estratégias implementadas.

Como os dinamarqueses desenvolveram sua cultura do ciclismo

Em 1892 teve início a construção da primeira ciclovia da Dinamarca, localizada na Rua Esplanaden, em Copenhague. A obra foi inaugurada em 1896, sendo uma das vias exclusivas para ciclistas mais antigas do mundo.

A partir deste feito, considerado um marco na mobilidade da cidade, foram realizados outros projetos que buscaram fomentar o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, contribuindo para tornar a capital dinamarquesa mundialmente reconhecida por sua cultura do ciclismo.

Veja, a seguir, mais informações sobre os primeiros projetos cicloviários em Copenhague.

Mulheres de bicicleta: A situação na América Latina

No IV Forum Mundial da Bicicleta realizado em Medellín, O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentou o estudo "Ciclo-inclusão na América Latina e Caribe: Guia para impulsionar o uso da bicicleta", que, através da apresentação de dados sobre o ciclismo urbano em 38 cidades do continente, busca fomentar uma política "ciclo-inclusiva" em cada cidade.

Entre os dados coletados está, por exemplo, a quantidade de viagens diárias realizadas nas duas cidades que mais usam a bicicleta na América Latina: Bogotá, com 611.472 percursos, e Santiago, com 510.569.

Intervenção urbana: Mais espaço para os pedestres e ciclistas nas ruas de Riga

Em Riga, capital da Letônia, existem nove linhas de bonde que conectam grande parte da cidade. Segundo o escritório de arquitetura e urbanismo Fine Young Architects, 90% dos automóveis circulam pelos trilhos dos bondes, deixando livre e sem uso grande parte da via destinada aos carros.

Com o objetivo de trazer um uso a esse espaço livre, o escritório projetou uma intervenção urbana bastante simples que, em apenas um dia, conseguiu transformar a rua Miera, proporcionando aos ciclistas e pedestres um espaço mais amplo e lúdico.