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Artigos: O mais recente de arquitetura e notícia

Circuitos alimentares na cidade de São Paulo é tema de exposição na Bienal de Arquitetura de Seul 2017

O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo desenvolveu a exposição O Circuito dos Alimentos na cidade de São Paulo para representar o município na Bienal de Arquitetura de Seul 2017. Em uma megacidade como São Paulo, onde as pessoas sofrem os perigos da alienação e da insegurança nutricional, o circuito alimentar é uma questão estratégica. Além de ser uma dimensão-chave da questão urbana, é fundamental na busca da sustentabilidade urbana e da equidade social. Em São Paulo, os circuitos alimentares de curta distância que conectam e aproximam os locais de produção, armazenamento, distribuição e consumo de alimentos saudáveis e naturais, produzidos sem pesticidas, ajudam a conter a expansão urbana precária e informal nas periferias, especialmente nos mananciais. O texto abaixo, desenvolvido por Kazuo Nakano, clarifica essas questões e norteou o trabalho.

Denise Scott Brown: urbanismo, trabalho interdisciplinar, docência e pesquisa

Arquiteta, urbanista e teórica, escritora e educadora cujos projetos e ideias influenciaram os arquitetos e pensadores em todo o mundo.

Denise Scott Brown (sobrenome de solteira, Lakofski) trabalhou em colaboração com Robert Venturi no escritório Venturi, Scott Brown and Associates (VSBA) na ampla gama de projetos do escritório de arquitetura e como diretora encarregada pelos projetos de planejamento urbano e urbanismo. Sua experiência com trabalho interdisciplinar, docência e pesquisa contribuiu com a amplitude e profundidade do projeto arquitetônico do VSBA.

Gênero e estudos urbanos, uma conciliação necessária

Algumas iniciativas recentes demonstram o ressurgimento do movimento feminista em uma nova onda [1] que tem afetado diversos campos da sociedade brasileira. Toda essa movimentação de debates e ações realizadas pelas lutas das mulheres tem reverberado em diferentes áreas do conhecimento, e a arquitetura e urbanismo não estão de fora. No campo da arquitetura, por exemplo, se destaca a criação do grupo “Arquitetas invisíveis”, em Brasília (2014), um grupo voltado para dar visibilidade a prática arquitetônica de mulheres. Assim como o surgimento de alguns grupos pesquisa, trabalhos de graduação, dissertações, teses e debates públicos sobre a questão. Iniciativas especialmente de estudantes e jovens arquitetas.

Por um futuro caminhável: para mudar a forma como vivemos nas cidades é preciso colocar os pés na rua

Ah, a urb!... O vaivém nas ruas, o signo pulsante da modernidade, o espaço público por excelência. No início do século XX, João do Rio, o cronista marginal, fez um inventário dos “tipos” que circulavam pela cidade em A alma encantadora das Ruas, um clássico nacional. Mais do que um livro sobre crônicas de costumes, a obra retrata as transformações urbanas que o Rio sofria no momento de autoestima elevada da Belle Époque, quando despontava como capital da república nascente.

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Rosa Kliass: Poeta da paisagem

Considerada a dama do paisagismo brasileiro, Rosa Grena Kliass foi a mulher responsável pela transformação no cenário, ao longo de uma caminhada de amadurecimento, traduzindo à sociedade a luz sobre a importância do papel do arquiteto paisagista.

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Uma linguagem padrão da autoconstrução: ferramenta para compreender os espaços e as práticas sociais das favelas brasileiras

<<Architects themselves build a very,
very small part of the world.
Most of the physical world is built by just
all kinds of people. It is built by it is built
by do-it-yourselvers in Latin America(..)>>
Cristopher Alexander, The origins of the Pattern Theory, 1999:74[1].

A linguagem de padrões proposta por Christopher Alexander é um método de planejamento universal baseado no humanismo e um estudo crucial no campo da arquitetura e do design urbano, que tem sido amplamente aplicado na educação tradicional da arquitetura. Os padrões de Alexander são usados como diretrizes ou parâmetros de projeto. Eles dependem de uma gama complexa de aspectos relevantes do ambiente construído e têm um papel fundamental na discussão do projeto de arquitetura e do comportamento humano. 

Chamada de Artigos e Ensaios para a Revista Cadernos de Pesquisa da Escola da Cidade

A Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, por meio do seu Conselho Científico abre chamada para submissão de artigos científicos e ensaios a serem publicados no quarto número da Revista Cadernos de Pesquisa da Escola da Cidade. De caráter acadêmico e científico, a revista configura-se como um espaço de discussão e reflexão dedicado às questões relacionadas à pesquisa de arquitetura e urbanismo – bem como áreas afins – em seus múltiplos aspectos. Voltados para a publicação de trabalhos de pesquisa desenvolvidos por estudantes de graduação, os Cadernos de Pesquisa buscam qualificar e fomentar as pesquisas desenvolvidas na Escola da Cidade, mas também chamar ao diálogo pesquisadores de outras instituições.

Arquitetura Moderna em Porto Alegre (Parte II): Entre o “Estilo Internacional" e o padrão brutalista nos anos 60/70 / Luís Henrique Haas Luccas

Foi evidente o predomínio da matriz corbusiana na fase inicial da arquitetura moderna em Porto Alegre, do final dos anos quarenta ao final dos anos cinquenta; um quadro creditável em grande parte ao êxito da Escola Carioca e sua consequente posição referencial assumida. Entretanto, é perceptível que a arquitetura local do período também se norteou por casos exemplares de outras latitudes e recebeu contribuições palpáveis menores como a uruguaia. O aporte do país vizinho foi um fato concreto, porém de dimensão menor que a apregoada há alguns anos, quando suposições eram instituídas como verdades pela repetição, na ausência de uma necessária historiografia. E é de se lamentar que esse subsídio qualificado tenha sido mais restrito do que se supunha anteriormente, limitando-se à formação de Demétrio Ribeiro e à colaboração de bons professores de Montevidéu [1] ao ensino local, além das duas obras importantes que o arquiteto Fresnedo Siri legou à cidade: o Hipódromo do Cristal e o Edifício Esplanada; e da contribuição posterior das cascas de cerâmica armada de Eladio Dieste, iniciada na CEASA (1970) e desenvolvida através da fábrica Memphis (1976), de um conjunto de residências e algumas edificações para fins comerciais.

Arquitetura Moderna em Porto Alegre (Parte I): Antecedentes e a linhagem Corbusiana dos anos 50 / Luís Henrique Haas Luccas

O exame dos microfilmes e cópias existentes no Arquivo Público Municipal de Porto Alegre oferece um panorama confiável da estratificação formal da cidade através das décadas. As imagens de projetos do começo do século XX mostram um art-nouveau rústico local, chalés decorados com lambrequins e ecletismos de gosto alemão, italiano ou afrancesado. Os anos trinta apresentam uma incidência extensa do que se convencionou como art-déco; arquitetura de apelo fácil sem a intelectualização das vanguardas modernas da mesma época. Ainda nos anos trinta surgem os primeiros exemplares dentro do chamado “estilo californiano”[1], que passou a disputar a supremacia dos anos quarenta com o que poderia se qualificar como déco ou “protomoderno”, tornando-se rarefeito no começo dos cinquenta. E às vésperas dos anos cinquenta detectam-se os primeiros projetos modernos identificados com as vanguardas europeias, com visível débito com a Escola Carioca e sua origem corbusiana.

Fantasia do Precário / Felipe SS Rodrigues

Há duas importantes questões que dizem respeito à frágil condição atual do campo da Arquitetura. Com muita dificuldade, e reticência, é possível perceber um direcionamento coletivo, dentro da pluralidade individual que o contemporâneo sugere. Uma homogeneidade díspar que encontra semelhança, por exemplo, na dificuldade que a Política moderna tem na distinção prática de esquemas em vigor – como Esquerda e Direita. Ou seja, o cenário anterior dicotômico, mas exposto, substituído por um cenário novo, plural, e funcionalmente convergente.

Quatro artigos sobre Teoria da Arquitetura

Relembre os quatro artigos que publicamos sobre a Teoria da Arquitetura.

Os artigos mais lidos de 2013

Na sequência de retrospectivas que marcam o fim do ano, a equipe do ArchDaily Brasil compilou uma lista com os 20 artigos mais lidos de 2013. Com assuntos que variam entre o ensino do desenho, planos para eliminar os automóveis das cidades e documentários sobre arquitetura, a lista deste ano se mostrou bastante abrangente.

A seguir, a lista – em ordem alfabética – dos 20 artigos mais lidos publicados pelo ArchDaily Brasil em 2013:

Além da tenda: Por que campos de refugiados precisam de arquitetos (agora mais do que nunca)

Só em 2013 cerca de 1 milhão de pessoas saíram da Síria para escapar de um conflito civil travado há mais de dois anos. O total de refugiados sírios está bem acima de 2 milhões, um número sem precedentes e uma realidade perturbadora que colocou os países que acolhem estes refugiados sob imensa pressão em relação a infraestrutura.

Os países tem ao menos um protocolo a seguir. Manuais da ONU são consultados e utilizados para informar uma abordagem apropriada quanto ao planejamento dos acampamentos. A terra é negociada e uma organização em grelha é definida. O método, em geral, é meticuloso - adequado para uma questão com prazo de validade.

Ou seria, se a questão fosse, de fato, temporária.

Honrando os Pioneiros da Arquitetura Digital

Muitos poderiam considerar Greg Lynn o líder do projeto baseado em meios digitais na arquitetura - mas o próprio Lynn pede que não o considerem. Ele e o Centro Canadense de Arquitetura (CCA) recentemente colaboraram em "Arqueologia do Digital", a primeira de uma série de exposições que irão exibir o trabalho dos pioneiros no uso de computadores como ferramentas de auxílio em projetos de arquitetura - incluindo alguns dos mentores do próprio Lynn. Nesta entrevista, originalmente publicada na revista Metropolis Magazine como "Computer Control," Avinash Rajagopal conversa com Greg Lynn sobre alguns dos projetos e a inspiração por trás da exposição em si.

Fundindo Arquitetura e Música: Philip Kennicott descreve a inspiração por trás da Galeria e Casa Daeyang de Steven Holl

Laureado recentemente com o Prêmio Pulitzer de crítica de 2013, Phillip Kennicott contruiu uma bela reputação como parte do corpo crítico de arte e arquitetura da seção de estilo do Washington Post. Um de seus mais recentes trabalhos, Music Holl: A Copper Clad Pavilion in Seoul, comenta a inspiração por trás da Galeria e Casa Daeyang, de Steven Holl, em Seoul.

Projetada como um experimento sobre a "arquitetônica da música", a geometria básica da Daeyang Gallery and House foi inspirada na  Symphony of Modules de 1967 de Istvan Anhalt - uma partitura única encontrada na coletânea contemporânea de John Cage. Reminiscente das "formas de blocos e estilhaços" dos esboços de Anhalt, o projeto de Holl apresenta três pavilhões revestidos de cobre pontuados por uma sinfonia de claraboias retangulares cuidadosamente locadas que animam o interior com "barras de luzes". Como Kennicott descreve, Holl usa a música como uma "poderosa metáfora para o dinâmico desdobrar da experiência" (registrado neste filme por Spirit of Space).

Leia o artigo Music Holl: A Copper Clad Pavilion de Kennicott na íntegra aqui. Continue a comparar os esboços de  Steven Holl com a  Symphony of Modules de Anhalt.

A Literatura da Arquitetura, uma conversa com Germán del Sol [Parte I]

Como Santiago Calatrava diminuiu os limites entre arquitetura e engenharia fazendo os edifícios se moverem

Como Santiago Calatrava diminuiu os limites entre arquitetura e engenharia fazendo os edifícios se moverem - Imagem de Destaque
Museu de Arte de Milwaukee

O autor americano Robert Greene compartilhou conosco um trecho sobre a obra de Santiago Calatrava de seu recém-lançado livro Mastery .

Vivemos em um mundo com uma triste separação que começou há cerca de 500 anos, quando artes e ciências foram divididas. Cientistas e tecnicistas vivem em seus mundos, focando principalmente no "como" das coisas. Outros vivem em um mundo de aparências, usando essas coisas, mas não entendendo realmente como elas funcionam. Pouco antes dessa divisão ocorrer, era o ideal da Renascença combinar essas duas formas de conhecimento. É por isso que a obra de Leonardo da Vinci continua a fascinar-nos, e a Renascença continua a ser um ideal.

Então, por que Santiago Calatrava, agora um dos arquitetos mais conhecidos do mundo, decide voltar para a escola em 1975 por um diploma de engenharia civil após afirmar-se como um arquiteto jovem e promissor?

Continue lendo para o artigo completo.