O uso intensivo do aço no passado e na atualidade, para a construção de estruturas metálicas, obteve grandes êxitos geralmente associados à estruturas de grandes vãos e esforços. A comercialização de perfis metálicos permitiu o seu uso em projetos habitacionais - por suas propriedades mecânicas e rápida montagem -, a variedade de configurações evidenciou resultados verdadeiramente complexos e interessantes numa pequena escala doméstica.
Veja uma seleção de 15 detalhes construtivos de projetos residenciais que se destacam por suas estruturas e acabamentos metálicos.
Paulo Mendes da Rocha é um dos arquitetos mais cultuados do Brasil. E apesar do fato de pouco de seu trabalho ser encontrado fora de São Paulo, seu estilo é reverenciado mundo afora, o que lhe rendeu o Prêmio Pritzker em 2006 e recentemente, a Medalha de Ouro do Royal Institute of British Architects. À luz desta nova premiação e como parte de sua coluna City of Ideas (Cidade de Ideias, em tradução livre), Vladimir Belogolovsky compartilha conosco uma entrevista realizada com Paulo Mendes da Rocha em 2014. Tal entrevista aconteceu em seu escritório em São Paulo e contou com a colaboração do arquiteto Wilson Barbosa Neto como tradutor, e foi originalmente publicada no livro de Belogolovsky intitulado “Conversations with Architects in the Age of Celebrity,” até então sem tradução para o português.
O Royal Institute of British Architects (RIBA) acaba de anunciar o vencedor da Royal Gold Medal 2017: Paulos Mendes da Rocha. Com 87 anos, Mendes da Rocha é um dos arquitetos brasileiros mais celebrados da história, e sua abordagem brutalista vem deixando um importante legado no país e especialmente em São Paulo. O recente prêmio vem na esteira de um ano muito bem sucedido para o arquiteto, reconhecido com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza 2016 por sua trajetória e, há algumas semanas, anunciado como vencedor do Prêmio Imperial 2016. Paulo Mendes da Rocha também já foi agraciado com o Prêmio Pritzker em 2006 e com o Prêmio Mies van der Rohe por seu projeto na Pinacoteca de São Paulo em 2000.
Mendes da Rocha se tornou o segundo brasileiro a receber a RIBA Gold Medal, após Oscar Niemeyer tê-la recebido em 1998. Rocha faz parte agora de um seleto grupo que inclui Zaha Hadid (2016), Frank Gehry (2000), Norman Foster (1983) e Frank Lloyd Wright (1941).
Tomie Ohtake, uma das mais consagradas artistas plásticas a atuar no Brasil, que faleceu em fevereiro do ano passado no alto de seus 101 anos, deixou muitas marcas pela cidade de São Paulo; e parece que mais um legado a artista marcará o cenário cultural da cidade.
A casa no Campo Belo, construída no final da década de 60 e assinada pelo filho Ruy Ohtake, foi palco de diversos encontros ilustres e visitada por nomes como José Saramago e Oscar Niemeyer. Seus jardins são presente de Burle Marx e por todo lado a arte respira livre, em meio a objetos deixados por Tomie e que permanecem exatamente onde ela deixou.
Após quatro meses de trabalho de investigação para identificar obras na América Latina e no Caribe que atendem aos critérios de elegibilidade do "Prêmio Latino-americano de Arquitetura Rogelio Salmona: espaços abertos/ espaços coletivos", os membros do Comitê Curatorial Internacional, os arquitetos Ana María Durán (Região Andina), Ruth-Verde Zein (Região Brasil) e Fernando Díez (Região Cone Sul) e a Licenciada em História da Arte Louise Noelle Gras (Região México, América Central e Caribe), destacaram 62 obras pertencentes às quatro regiões de cobertura do Prêmio.
Uma vez concluídas as deliberações em consenso, no último 5 de agosto, o Comitê Curatorial Internacional selecionou 20 obras cujos autores serão convidados pela Fundação Rogelio Salmona a participar da segunda fase do prêmio.
Conheça as propostas selecionadas a seguir.
https://www.archdaily.com.br/br/793373/5-obras-brasileiras-entre-as-finalistas-do-premio-latino-americano-de-arquitetura-rogelio-salmonaArchDaily Team
Este artigo é parte da nossa nova série "Material em Foco", onde os arquitetos compartilham conosco o processo de criação através da escolha de materiais que definem parte importante da construção de seus projetos.
A Casa Mipibu, projetada pelo escritório brasileiro Terra e Tuma Arquitetos Associados, um exemplo de tipologia de construção que utiliza o bloco de concreto aparente. O projeto com 170 m2 e um programa extenso, está situado num terreno de dimensões muito usuais no Brasil. Os arquitetos consideraram a possível - e inevitável- verticalização das construções vizinhas e conseguiram compor um projeto compacto, complexo e que responde as necessidades de seu cliente com criatividade na definição do conceito e no uso dos materiais. Nós conversamos com o arquiteto Danilo Terra para saber mais sobre as escolhas dos materiais e sobre os desafios do projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/791710/material-em-foco-casa-mipibu-por-terra-e-tuma-arquitetos-associadosEquipe ArchDaily Brasil
Sete obras foram nomeadas finalistas na segunda edição do Mies Crown Hall Americas Prize (MCHAP). Selecionadas entre 175 candidatas, as obras finalistas representam o que há de melhor na arquitetura realizada nas Américas entre janeiro de 2014 até dezembro de 2015. O prêmio inaugural, que destacou o melhor projeto feito entre 2000 e 2013, foi dividido entre a Fundação Iberê Camargo, projetada por Álvaro Siza, e o 1111 Lincoln Road, de Herzog & de Meuron.
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza deste ano, compartilhamos a seguir informações sobre o Pavilhão do Brasil, que reúne quinze projetos e iniciativas de diferentes regiões do país e que tem curadoria de Washington Fajardo.
A Casa da Flor é uma arquitetura onírica erguida a partir do sonho de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985). Filho de um escravo negro com uma índia, este trabalhador das salinas próximas a São Pedro da Aldeia (140 km do Rio de Janeiro) construiu sua casa a partir da coleta de restos e resíduos, os quais ganharam um novo sentido de uso nas paredes da pequena edificação unifamiliar.
O mesmo princípio moveu a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) na Casa Valéria Cirell, em São Paulo. Primeira expressiva realização da arquiteta manifestando o que defendia ser o nacional-popular, em oposição ao modernismo hegemônico dos circuitos de debate e da produção arquitetônica na época. Bo Bardi vai se interessar pelo homem simples e popular, identificando signos da cultura negra e sentidos lentamente burilados por fricção e amálgama, por desejo de converter-se em outra coisa: no brasileiro.