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Cozinhas comunitárias: o desafio de criar raízes em comunidades de refugiados

O deslocamento implica incerteza, desenraizamento e instabilidade, além da perda da comunidade, privacidade e orientação física e emocional. Atender a essas necessidades por meio de respostas arquitetônicas adequadas pode ajudar as comunidades de refugiados a recuperar o bem-estar social, econômico e ambiental. Neste contexto, as cozinhas comunitárias são projetadas para ajudar a gerar um sentimento de pertencimento e "normalidade" na vida doméstica de seus usuários.

Para cima, para dentro ou para fora: como crescem as cidades?

No ano de 1970, o escritor Alvin Toffler fez o seguinte alerta: “nas três breves décadas entre o agora e o século XXI, milhões de pessoas comuns, psicologicamente normais, enfrentarão uma colisão abrupta com o futuro”. No livro Choque do Futuro, Toffler descreve uma condição de mal-estar, uma sensação de estresse e desorientação que acometeria os indivíduos em uma sociedade destinada a mudar cada vez mais rápido.

Nada representa melhor essa mudança do que o habitat que o ser humano criou para si. A geração anterior a Toffler conheceu um mundo eminentemente rural, do ser humano preso à terra, nascendo e morrendo em sua comunidade. A geração que está por nascer receberá um mundo já urbanizado, hiperconectado e marcado por uma condição de mobilidade extrema entre cidades e países. Nós, que vivemos hoje, temos o privilégio e a responsabilidade de observar o fenômeno urbano mudando a face do planeta.

Preparando as cidades para o pior cenário: os desafios urgentes das mudanças climáticas

O recente agravamento das mudanças climáticas e os decorrentes desastres naturais que cada dia mais frequentemente assolam o nosso planeta, juntamente com a contínua exploração predatória dos recursos naturais e os poucos esforços que têm sido feitos para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, levantam uma preocupação crescente sobre o futuro da vida nas cidades. Para além de todos os esforços necessários para minimizarmos o agravamento das mudanças climáticas em curso, se faz iminente que comecemos a pensar e desenvolver estratégias que nos permitam preparar nossas cidades para os inevitáveis desafios que estão chegando, como aumento dos níveis das marés e das inundações por um lado, e a seca e o calor extremo de outro. Pensando nisso, o artigo a seguir nos convida a pensar e refletir como poderíamos construir cidades mais resilientes, permitindo que as mesmas se adaptem e se transformem em resposta aos desafios do futuro.

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Como escritórios de arquitetura estão aplicando o design generativo

Em maio, a aec + tech organizou um evento no Clubhouse discutindo como os arquitetos estão aplicando o design generativo em escritórios de arquitetura hoje e no futuro. Cinco palestrantes convidados de renomadas empresas de arquitetura e tecnologia — Zaha Hadid Architects, BIG, Outer Labs, 7fold e RK Architects — participaram da sessão para compartilhar suas experiências e percepções.

Imóveis ociosos e ocupações: revertendo os vazios urbanos

Ruínas de construções elegantes ilustram de forma eloquente o pior que pode acontecer a uma cidade após o fim de um ciclo econômico. As famílias abastadas não têm mais dinheiro para manter seus casarões, e mesmo os edifícios da classe média são parcialmente abandonados quando seus donos, desempregados ou em dificuldades, mudam-se em busca de oportunidades noutros lugares.

Desocupado, sem uso, o patrimônio degrada-se lentamente. A história das cidades está repleta de exemplos, em todas as épocas e continentes: Roma ao fim da Antiguidade clássica, Veneza no início da Idade Moderna, Paraty após a mudança na Rota do Ouro, Detroit nos dias de hoje.

Qual é o papel do xadrez nos espaços públicos?

Você já se perguntou por que os tabuleiros de xadrez estão presentes em tantos parques, praças e outros espaços públicos, ou que papel o jogo desempenha no espaço? A realidade é que, ao longo do tempo, tanto os esportes quanto os jogos contribuíram para reduzir a ansiedade e melhorar a saúde mental da população. O xadrez é um dos jogos mais antigos que, com seu caráter intelectual e cultural, permite que qualquer pessoa em qualquer parte do mundo possa jogá-lo, independentemente das barreiras que língua, idade, sexo, habilidade física ou classe social possam impor.

Como um envelope de painéis metálicos isolados se comporta em relação ao fogo

O arquiteto carrega uma enorme responsabilidade ao projetar uma edificação, uma vez que influenciamos no seu estado de espírito através do conforto que a edificação proporciona. E, no caso de um incêndio, a edificação deve estar devidamente preparada para evitar danos aos ocupantes e ao patrimônio. A forma como o incêndio irá evoluir, após se iniciar, dependerá em grande parte dos materiais que constituem a edificação e como a mesma foi projetada. É por isso que há tantas diretrizes que devem ser seguidas durante as etapas projetuais. Mas, além das legislações contra incêndio, há outras como a de conforto térmico, acústica e acessibilidade. Ao especificar um material ou produto para uma parte da edificação, o projetista deve estar muito atento se ele atende às mais distintas demandas, muitas vezes simultaneamente. Um exemplo de material é o dos Painel de metal isolado (Insulated metal panel - IMPs), que apresenta propriedades térmicas superiores, diversas possibilidades de aparência e boa resistência ao fogo.

Reinventando espaços para o bem-estar pós pandemia

Há cerca de um ano, a palavra bem-estar tinha um efeito diferente do que hoje. A pandemia da Covid 19 cristalizou a necessidade que todos temos de saúde mental e física, e tivemos de parar para refletir sobre nosso ritmo de vida e o impacto da tecnologia e de tudo que nos cerca nas nossas vidas.

Designers e arquitetos estão olhando para o amanhã precisando pensar em como criar ambientes seguros, funcionais e confortáveis. De plantas baixas mais abertas a materiais que ajudam a mitigar a propagação de doenças, os profissionais estão olhando para o futuro considerando o que nos dá espaço para respirar e viver juntos. 

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Corrimão e guarda-corpo: como integrar elementos metálicos ao projeto

Assunto de muitas discussões técnicas que envolvem normas de acessibilidade, e detalhamento extenso, os gradis metálicos desempenham uma dupla função nos projetos de arquitetura, sendo tanto um elemento de apoio e segurança em uma construção, quanto um elemento de identidade do projeto. Neste artigo exploraremos as diferentes formas desses metais serem vistos e inseridos no projeto.

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Soluções para melhorar a acústica em ambientes domésticos

Muito falamos das questões acústicas quando se trata de projetos em desenvolvimento, porém, quando nos deparamos com um projeto já construído, seja um apartamento alugado ou um pequeno comércio, muitas vezes lidamos com ruídos que saem do nosso controle e podem impactar inclusive na saúde física e mental das pessoas. Neste artigo buscamos explorar dicas práticas de como lidar com esses ruídos, buscando amenizá-los e melhorar o convívio e a vivência nos espaços. 

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"É como seu eu habitasse os edifícios que estou projetando": entrevista com Toyo Ito

Analisando a obra construída do arquiteto japonês Toyo Ito (n. 1941)— particularmente alguns de seus projetos mais impressionantes como a Mediateca de Sendai (1995-2001), a Serpentine Gallery de Londres (construída em 2002 em colaboração com Cecil Balmond), o Edifício TOD Omotesando (Tóquio, 2004), a Biblioteca da Universidade de Arte de Tama (Tóquio, 2007) e a Taichung Metropolitan Opera House (2009-16)—é possível observar um altíssimo grau de inovação em suas estruturas e nas organizações espaciais não hierárquicas de seus edifícios. Embora todas esses projetos pareçam ser bastante diferentes entre si, há algo que os une—que é o compromisso do arquiteto em romper com os limites entre o interior e o exterior, dissipando barreiras físicas e integrando seus programas através de um espaço contínuo e fluido. Neste sentido, é possível perceber que o arquiteto, vencedor do Prêmio Pritzker de 2013, busca não apenas construir edifícios, mas explorar e desenvolver continuamente um sistema de espaços integrados em sua arquitetura. Dito isso, é de se imaginar que enquanto ele permaneça sentado em sua prancheta, estaremos sempre a descobrir novos desdobramentos de uma obra em constante processo de evolução.

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Casas brasileiras: 15 residências com piso de cimento queimado

Versátil não só em relação ao ambiente em que pode ser utilizada, mas também na harmonização com diferentes materiais de construção, a técnica do cimento queimado tem sido muito escolhida pelos arquitetos brasileiros para projetos de casas nos últimos anos.

O resultado, obtido por uma mistura de areia, cimento e água preparada in loco, é uma alternativa de baixo custo que possui boa durabilidade quando se tem uma manutenção adequada e regular. O efeito tem se tornado tão procurado que também é possível encontrar porcelanatos e tintas com textura semelhante.

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Migração de materiais: como a arquitetura se transforma entre as fronteiras

A forma como os materiais se moldam na arquitetura e o modo como projetamos. Embora os arquitetos geralmente considerem a origem e a fabricação de materiais, os próprios produtos físicos também se moldam e adaptam à medida que cruzam as linhas geográficas e nacionais. Quando a matéria migra, por sua vez, projeta suas próprias ideias, conta a história de uma arquitetura que transcende a construção e o clima, bem como as fronteiras reais e imaginárias.

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Painéis solares: eficiência sem abrir mão da estética em projetos residenciais

Incluir estratégias de sustentabilidade dentro dos projetos arquitetônicos não é uma simples tendência, é uma necessidade. Cada vez mais percebemos a importância de tratarmos com responsabilidade os recursos naturais, assim como entender os fatores climáticos que envolvem o desenho de um projeto.

Dentre diferentes estratégias, ativas ou passivas, a incorporação da energia solar é uma das mais procuradas no âmbito da arquitetura residencial. Além de receber incentivos em diferentes partes do mundo, o uso de sistemas solares lidera a procura dentro das soluções sustentáveis justamente porque os benefícios da sua instalação podem ser vistos em um curto espaço de tempo com uma redução de até 95% dos gastos mensais com energia. Ademais, a vida útil de um painel solar pode chegar até 25 anos, funcionando de forma totalmente autônoma e requerendo apenas uma limpeza básica uma vez por ano.

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Olimpíadas de Tóquio 2021: esportes e cultura urbana

Depois do atraso de um ano devido à pandemia de Covid-19, as Olimpíadas de Tóquio foram iniciadas na penúltima semana do mês de Julho. Nesta edição três novas modalidades estreiam na maior competição do mundo: o basquete 3x3, o surfe e o skate. Trazendo medalhas para países como Japão, Estados Unidos, Brasil, Austrália, Rússia, Sérvia, China e Letônia, e envolvendo mais um grande número de atletas e nações, esses esportes carregam a cultura urbana em seus movimentos e histórias e são parte importante das relações na cidade.

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Como resolver plantas circulares adequadamente

Frequentemente, quando as pessoas pensam em edifícios, elas costumam imaginar estruturas retangulares - ou, pelo menos, estruturas com plantas ortogonais e ângulos rígidos. Certamente, não edifícios com plantas circulares. A raridade da planta circular vem em parte do fato de que escolhas mal feitas de projeto podem levar a desperdício de espaço e arranjos internos inadequados, especialmente se os móveis e eletrodomésticos forem retangulares. No entanto, planos circulares bem projetados podem ter um efeito dramático, gerando configurações espaciais extraordinárias que atendem a uma variedade de necessidades estéticas e funcionais, enquanto desafiam o processo de especificação de materiais. Abaixo, listamos 18 edifícios com plantas circulares, considerando suas diversas estratégias de projeto.

Mobilidade urbana e primeira infância: a transformação das cidades

Cidades boas para as crianças são cidades boas para todos. São cidades mais humanas, que constroem comunidades mais sustentáveis e fortes. Por isso, mobilidade urbana e primeira infância têm tudo a ver. São intrínsecas, inerentes uma à outra. As crianças e seus cuidadores - sejam pais, avós, tios, primos ou babás - vivem mais a cidade do que muitos adultos em sua rotina diária casa-trabalho. E precisam dela para crescer bem, física e socialmente. As cidades devem ser provocadoras desse desenvolvimento integral e necessário. Sem a participação ativa na vivência dos espaços urbanos ele não acontece como deveria. E produzimos o emparedamento da infância, algo que não faz bem nem às pessoas nem às cidades.

Quartinho dos fundos: a evolução dos espaços dos trabalhadores domésticos

Nos deparamos diariamente com uma abundância de imagens de interiores de apartamentos e casas, frequentemente espaços amplos e bem iluminados, pés-direitos generosos e com grandes aberturas. Espaços integrados e semi-abertos, varandas e sacadas que dissimulam os limites entre espaços interiores e exteriores, cozinhas impecáveis e estantes de livros do piso ao teto. Entretanto, por trás das imaculadas paredes brancas destes elegantes espaços domésticos, escondem-se outros ambientes menos cândidos: espaços sem ventilação ou iluminação natural, os quais ainda hoje, são dedicados às pessoas responsáveis por manter a imagem da casa casta, pura e impoluta.

Neste país de muitas contradições, a organização espacial de nossos ambientes domésticos—estejam eles localizados em uma estrutura do século passado, em uma casa dos anos 50 ou em um apartamento cheirando a novo—reflete um legado “colonialista” enraizado em nossa cultura e que insiste em perseverar até os dias de hoje. Proprietários e patrões, ou pelo menos uma boa parte deles, nunca se deteve a refletir sobre as atuais condições dos espaços habitados por seus subordinados e trabalhadores domésticos, não apenas em relação ao espaço físico em si, mas principalmente em termos de salubridade, conforto e qualidade de vida.

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Os elementos excêntricos da arquitetura barroca

Arquitetura é talvez a forma mais expressiva da cultura, representando o zeitgeist de um local específico e contando a história de como ele evoluiu ao longo do tempo. Permite aos visitantes transportar-se na história para compreender as influências que moldaram o mundo em que vivemos. A arquitetura barroca, em particular, foi um dos estilos arquitetônicos mais ornamentais e decorativos. Traduzida para "curiosa ou estranha" em francês, já foi usada como uma palavra depreciativa, que significa ruidosa, excêntrica e excessiva - e a arquitetura barroca foi realmente isso.

Beirute, um ano depois: reconstrução cívica em uma nação devastada

Há um ano, no dia 4 de agosto de 2020, a terceira maior explosão não nuclear já registrada na história devastou metade da cidade de Beirute, destruindo o porto e a porção leste da capital libanesa. Uma das maiores tragédias urbanas dos tempos modernos, matou mais de 200 pessoas, feriu milhares e deixou cerca de 300 mil desabrigados, danificando mais de 80 mil estabelecimentos comerciais, residenciais e públicos. Sentida em países vizinhos, a explosão gerou cerca de US$ 15 bilhões em danos materiais — tudo isso em tempos de Covid-19, crise política, agitação social e colapso econômico.

Um ano depois, pouca coisa mudou. Apenas ficou mais difícil para a população de Beirute. Um ano depois, tudo na cidade ainda os lembra daquele dia. As principais questões permanecem sem resposta, nenhum resgate ou plano de ação foi colocado em marcha por instituições governamentais; na ausência completa do Estado, a sociedade civil se mobilizou para assumir com suas próprias mãos os esforços de reconstrução.

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Painéis sanduíche translúcidos: edifícios saudáveis com abundância de luz natural

As pessoas têm necessidades fundamentais que devem ser atendidas para sobreviver, que incluem: oxigênio, água, comida, sono e abrigo. Eles também possuem demandas secundárias, uma das quais é o acesso à luz do dia. Ao pensar em como os edifícios podem manter as pessoas saudáveis, é importante lembrar que a luz natural é essencial para o bem-estar; de fato, os ritmos circadianos humanos dependem dela.

As batalhas urbanas que moldaram as cidades que conhecemos

Historicamente, o desenvolvimento das cidades se dá de forma lenta e gradual. Paisagens urbanas transformam-se constantemente à medida que enfrentam novas questões sociais, econômicas e políticas, a tal ponto que nos é difícil apontar apenas uma única razão pela qual o espaço urbano e construído se modifica ao longo do tempo. Mais recentemente, em razão dos muitos desafios que nossas cidades enfrentam, muitos arquitetos e arquitetas têm começado a se perguntar sobre como poderíamos construir um futuro melhor para nossas cidades e, principalmente, para as pessoas que nelas habitam. Neste longo e inexorável processo de evolução, muitas vezes a razão pela qual construimos nossas cidades de uma maneira e não outra tem a ver mais com uma linha de pensamento dominante do que com as condicionantes sociais, econômicas, políticas e também geográficas as quais arquitetos e urbanistas deveriam tentar responder.

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