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4 lições que os filmes da Pixar podem nos ensinar sobre arquitetura

Ao longo dos últimos 20 anos, os filmes da Pixar atraíram grandes públicos ao redor do mundo. Nas vendas de bilheteria em todo o mundo o seu primeiro filme, Toy Story (1995), alcançou a cifra de US$362 milhões, seguido por Vida de Inseto (1998) US$363 milhões, Toy Story 2 (1999) US$485 milhões, Monstros SA (2001) US$525 milhões, e Procurando Nemo (2003) a impressionante marca de US$865 milhões.[1] Faturando em alugueis de filmes e compras de DVDs, juntamente com direitos autorais para TV a cabo, parques temáticos e produtos que estampam seus personagens, a influência da Pixar em gerações de crianças e adultos em todo o mundo tem sido enorme. Em termos de impacto global, nenhum educador, autor, ou arquiteto chegou tão longe.

Enquanto o papel pioneiro da Pixar no mundo do cinema, das histórias e de animação gráfica já está bem documentado, suas conexões com a arquitetura ainda têm que ser exploradas. Um dos maiores talentos da Pixar está em sua habilidade de criar mundos arquitetônicos convincentes dentro do mundo humano que habitamos diariamente. Os mundos da Pixar podem se tornar uma nova ferramenta para incentivar o pensamento crítico sobre nosso ambiente.

4 anos de ArchDaily Brasil

Queridos leitores e leitoras,

É com imenso orgulho que queremos compartilhar com vocês que hoje completamos 4 anos de atividades!

Diariamente, em distintas partes do Brasil e do mundo, nossa equipe trabalha com todo amor e dedicação para levar até vocês o mais rápido possível todas as notícias e o melhor da arquitetura brasileira e mundial. São mais de 10 publicações diárias, entre projetos, notícias, eventos e concursos selecionados especialmente para nossos leitores. Estamos felizes e somos apaixonados pelo que fazemos de melhor: compartilhar inspiração e conhecimento com profissionais e estudantes de arquitetura e urbanismo.

Tema da Bienal de Veneza oferece uma esperança para o futuro da profissão

No final de agosto, a Bienal de Veneza 2016, que será dirigida pelo arquiteto chileno Alejandro Aravena, anunciou o tema de seu evento. O provocativo título escolhido por Aravena - "Reporting From the Front" - é carregado de implicações de uma batalha contra o que ele chama de "inércia da realidade."

"Mais e mais pessoas no planeta estão em busca de um lugar decente para viver e as condições para alcançá-lo estão cada vez mais difíceis", explica Aravena em seu comunicado. "Mas ao contrário de guerras militares, onde ninguém ganha e onde há um sentimento predominante de derrota, na linha de frente do ambiente construído há uma sensação de vitalidade, porque a arquitetura consiste em olhar para a realidade com uma proposta."

Aravena terá um grande desafio pela frente. A Bienal anterior, de 2014, que teve como curador Rem Koolhaas, foi extremamente bem sucedida e muito elogiada pelos críticos. Ela também foi considerada como o evento mais esperado da história da Bienal, após anos de tentativa em convencer Koolhaas. Mas se a Bienal de Koolhaas foi o evento em que as pessoas olhavam para a frente, eu acredito - ou melhor, espero - que Bienal de Aravena será aquele evento em que as pessoas olharão para trás nas próximas décadas.

Rua da Estrada de Luanda / Álvaro Domingues

NÃO é só Luanda que está caótica. Caótico está o próprio conceito de cidade na versão habitual de andar por casa pensando que as cidades são os centros históricos da velha Europa, uns prédios apinhados, e umas auto-estradas, centros comerciais…, além extensos subúrbios, e pronto.

Ver através: uma conversa sobre fotografia com Germán del Sol

Cada vez que converso com Germán não traço nenhuma rota a seguir. Nunca defino uma pauta para a conversa. Essa é a graça, não tenho perguntas feitas; apenas conversamos. Ou melhor, apenas escuto. Esse dia, como de costume, nos encontramos em seu escritório ao meio-dia. Germán sabe do meu interesse pela literatura e pela arquitetura; me perguntou se eu havia visto no jornal um material sobre Nicanor Parra. Disse a ele que eu era muito mal para as notícias e que não leio jornal nem vejo televisão. Germán fez um sinal de que entendia... “as notícias são o que mais te mata”, porém logo completou dizendo que uma vez por semana, talvez, é possível encontrar algo de bom, como esse texto sobre Parra. Conversamos vários minutos sobre literatura, sobre um esquema que havia feito seu filho sobre um livro de Todorov, e sobre outras coisas. Logo lhe propus que nos centrássemos na fotografia y sua relação com a arquitetura, o tema que, contra nosso costume, agora tínhamos como determinado.

Paisagem aos Bicos / Álvaro Domingues

Cosme e Damião, santos homens gémeos das arábias, praticavam medicina e pregavam a fé cristã sem por isso cobrarem qualquer dízimo. Um imperador romano mandou-os matar; outro ordenou que se lhes construísse um templo em Constantinopla nos idos de 530; um papa fez o mesmo em Roma e as coisas não ficaram por aqui[1].

Serpentine Pavilion de SelgasCano e nossa seção de comentários

O fotógrafo Nikhilesh Haval, da nikreations, compartilhou conosco esse passeio virtual pelo Serpentine Pavilion deste ano. Conduzindo os visitantes através de uma série de panoramas em 360° capturados em um dia ensolarado, o tour enfatiza as cores vibrantes do pavilhão e dá uma indicação do arranjo complexo e dinâmico da pele dupla do projeto.

Para aqueles que não terão a oportunidade de visitar do pavilhão, o tour virtual de Haval é uma ótima maneira para experienciar o espaço psicodélico de SelgasCano, pois dá uma impressão razoável da sensação de realmente estar lá. Posso dizê-lo com alguma autoridade porque, desde a última vez que escrevi sobre o pavilhão, tive a chance de visitá-lo - e o encontrei completamente diferente do que eu poderia ter esperado, devido a uma visão formada principalmente pela nossa seção de comentários. Sendo assim, gostaria de falar diretamente com os nossos leitores sobre isso.

Olhos de Le Corbusier: a paisagem representada nos croquis

Le Corbusier viu e desenhou muitíssimo. Sua desfunção ocular provavelmente colaborava à essa ação. Muitos artigos, investigações, teses de mestrado e doutorado foram realizados sobre o ínfimo tema "o que via Le Corbusier". (E seguem sendo feitos.) Neste artigo, não há mais discussão, não há novas interpretações. Estão apenas os croquis, frases soltas, e uma busca: ver o que via Le Corbusier, ou melhor, o que decidia ver Le Corbusier (e o que decidia não ver, e o que decidia transformar), e como retratava essa escolha através dos seus croquis.

Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio

Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio - Image 1 of 4Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio - Image 2 of 4Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio - Image 3 of 4Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio - Image 4 of 4Uma viagem pelos edifícios de Chandigarh através das lentes de Fernanda Antonio - Mais Imagens+ 56

Le Corbusier e Pierre Jeanneret construíram obras sublimes em meio à paisagem singular de Chandigarh, aos pés do Himalaia. Traçaram sobre ela uma nova ordem: novos eixos, novas manchas, novas perspectivas. Os edifícios erguidos na década de 1950 e começo da década de 1960 formam um dos conjuntos arquitetônicos mais significativos do século XX, e permitem uma das experiências mais singulares.

A arquiteta e fotógrafa Fernanda Antonio compartilhou conosco o registro da sua viagem pela cidade. Um passeio por oito edifícios e monumentos, com especial atenção para o complexo do Capitólio. Acompanhe o seu percurso e o seu olhar.

Na riqueza e na pobreza / Álvaro Domingues

A arquitetura é um daqueles dispositivos que melhor caracteriza os humanos, as suas glórias, cismas, medos e vaidades – na vida e na morte. Acompanha-os na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-os, respeitando-os e sendo-lhes fiel todos os dias, até que a morte os separe e então se mude a maneira de resolver o assunto.

Como os escritórios de arquitetura podem migrar para a "nuvem" de forma segura?

Como arquiteto, se você está armazenando grandes arquivos de projeto, compartilhando-os com os colegas, sincronizando os arquivos com o seu tablet para mostrar aos clientes em reuniões, ou arquivando a documentação confidencial, os benefícios da nuvem estão cada vez mais convenientes para você. Pelo fato de que a indústria da arquitetura depende muito da colaboração durante todo o curso de um projeto, parece perfeita a utilização da nuvem de dados, mas ainda assim, muitas empresas de arquitetura geralmente hesitam em adotar a nuvem, em grande parte devido a preocupações com a segurança e a necessidade de proteger a propriedade intelectual .

Para ser justo, estas preocupações não são totalmente infundadas: Afinal, quase um quarto dos cibercriminosos são espiões de propriedade intelectual, esperando para vender seus projetos a um concorrente ou liberar planos confidenciais ao público. Então, quando você trabalha em uma indústria em que a propriedade intelectual é o seu essencial, é importante abordar as preocupações de segurança regularmente e manter fortes planos de contingência.

Fotografando a obra de Lina Bo Bardi [Parte 3]

Na terceira e última parte do artigo especial para o Dia da Fotografia, Fotógrafos perpetuando visões da arquitetura, aprofundaremos sobre as diferentes miradas às principais obras de Lina Bo Bardi, desde sua Casa de Vidro, passando pela Casa Valéria Cirell, ao MASP, e chegando finalmente ao SESC Pompéia.

Um passeio virtual pela House #8 de Charles e Ray Eames

A Eames Case Study House #8, conhecida popularmente como Residência Eames, é apresentada como um caleidoscópio de detalhes. Até hoje é considerada uma das residências mais funcionais da história da arquitetura, sendo seus residentes, os designers Charles e Ray Eames, arquitetos responsáveis pela obra. Eles registraram o dia a dia como uma celebração, os rituais cotidianos de trabalho e a hospitalidade através do uso do vídeo e da fotografia. Este espetáculo da vida oculta mostra que a casa dos Eames era estruturalmente em si mesma uma espécie de teatro. Ao examinar a residência com um modelo Archilogic 3D interativo é possível revelar certos detalhes que passam desapercebidos inclusive para os mais familiarizados com esta obra.

O Tradicional versus o Moderno no projeto de igrejas

"Espaço, linhas, luz e som" são os componentes essenciais da experiência arquitetônica, e os edifícios mais notáveis têm assimilado esses elementos través de projetos meticulosamente orquestrados. Recentemente, arquitetos que têm feito uso destes elementos primários em projetos de igrejas vêm recebendo críticas do Vaticano por divergirem das formas e iconografias tradicionais da Igreja. De acordo com um artigo recente no The Telegraph, o projeto de Massimiliano e Doriana Fuksas para uma igreja em Foligno, Italia foi classificado como problemático pelo clero e pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho para Cultura dos Pontífices do Vaticano, pela sua semelhança à um museu ao invés de um lugar de culto - baseado nos valores católicos tradicionais localizados no altar e nas imagens santas. Independentemente do criticismo do Vaticano em relação a abordagem estética dos arquitetos que rompem com a tradição, isso parece mais um problema de falta de comunicação entre os arquitetos e as congregações que encomendaram os projetos que se tornaram alvos de críticas.

Mais sobre o assunto na continuação.

Fotografando a obra de Oscar Niemeyer [Parte 2]

Ontem publicamos a primeira parte desse artigo especial para o Dia da Fotografia: Fotógrafos perpetuando visões da arquitetura. Hoje, a segunda parte do artigo, centrada no olhar sobre a obra de Oscar Niemeyer.

Contra a glorificação da arquitetura de caridade

Há alguns meses, o suplemento Babelia do jornal El País, publicou na capa um retrato da arquiteta hindu Anupama Kundoo. No artigo falava-se sobre seu trabalho, entretanto, o que estava destacado na capa não era um dos seus projetos ou as repercussões sociais deles, mas sim a imagem da personagem. Com um "star-system" em baixa devido às repercussões da crise econômica de 2008, o sistema se reproduz com novos personagens: heróis desinteressados que vão salvar o mundo.

Kundoo - que se incomoda com o rótulo de "arquiteta socialmente responsável" - explicou que é apenas "uma arquiteta", que por sua condição e origem trabalha em certos lugares mas que seu trabalho é como o de qualquer outro profissional. O problema está no fato de que o sistema de difusão - e de educação também - precisa promover e consumir personagens para que a roda continue girando e, por tanto, parece pertinente alertar sobre o perigo da distorção das mensagens, especialmente aos estudantes e jovens arquitetos.

O que os videoclipes podem nos ensinar sobre arquitetura?

Quando se trata da confluência entre música e arquitetura, talvez a primeira coisa que vem à mente seja a afirmação de Goethe de que "a música é a arquitetura líquida." Goethe, no entanto, viveu antes do surgimento da MTV: os videclipes se tornaram filmes em miniatura, buscando capturar todo o tom, tendências e contexto de uma determinada música e traduzi-los visualmente. Melhor do que isso, a maneira como os videoclipes usam a arquitetura não é a mesma como qualquer documentário ou filme faz; a câmera tenta imitar a forma como as pessoas ouvem a música cortando e tecendo o entorno, projetado para os ouvintes, tanto quanto para os telespectadores. Então, vemos protagonistas voltando-se para o lado, elementos importantes posicionados longe do centro e planos que exploram e dissimulam os espaços em uma tentativa de ajustar a acústica das músicas para o ambiente.

O que isto significa para nós é que os videoclipes podem relacionar-se com a arquitetura e capturar seus tons subjacentes de uma forma que um filme se esforça para fazer. Para um arquiteto perguntando como o público realmente entende e interage com um pedaço de arquitetura ou lembra de um estilo, os videoclipes são uma mina de ouro inexplorada, uma vez que cada localização das filmagens procura mostrar como nossa cultura se relaciona com um edifício. Confira a seguir sete videoclipes que nos dizem muito sobre a arquitetura que eles apresentam.

Fotógrafos perpetuando visões da arquitetura [Parte 1]

Por Andrey Rosenthal, Ana Cláudia Breier e Maíra Teixeira

Gustavo Capanema foi Ministro da Educação e Saúde de 1934 a 1945. Entre as inúmeras tarefas a ele solicitadas, uma em particular não foi concluída, a organização e publicação da “Obra Getuliana”. O livro deveria ser lançado em 1945, durante as comemorações dos quinze anos da Revolução e do governo de Getúlio Vargas. Carlos Drummond de Andrade e Antônio Leal Costa foram encarregados de escrever o capítulo que trataria das questões culturais. Burle Marx, Portinari, Santa Rosa e Guignard seriam os ilustradores e Mario Baldi, Erwin Von Dessaue, Paulo Alves e Erich Hess, os fotógrafos oficiais. Tratava-se de construir uma visão do Brasil e de sua Administração. A tarefa não foi finalizada, mas cerca de 600 fotografias foram especialmente produzidas e, desde então, pouco a pouco, reproduzidas. Tais documentos somaram-se às imagens do Brasil e de seu povo registradas e publicadas por outros profissionais especialmente contratados, como Jean Manzon (pelo DIP) e Marcel Gautherot (pelo SPHAN). Particular atenção recebeu a arquitetura, com os fotógrafos voltando suas lentes para os monumentos “modernos e antigos”. Inaugurava-se assim uma maneira oficial de apresentar a arquitetura nacional. Prática que se manteve ao longo de muitos anos.