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Por que o tédio é o segredo para um bom projeto

Este artigo, por Rosanne Somerson, presidente da Rhode Island School of Design, foi originalmente publicado pela Metropolis Magazine como "We Need More Boredom in Our Lives."

Quando eu lecionava na pós-graduação em design de móveis, gostava de atribuir aos meus alunos um problema abstrato que exigia sentarem-se no estúdio e desenhar através da associação livre durante um longo período de tempo sem se levantar de seus assentos. Após cerca de 45 minutos, a maioria dos estudantes começava a se contorcer e ficar desconfortável. Se eles não tivessem na minha aula, provavelmente teriam se levantado, checado seus e-mais ou encontrado outras distrações. Mas eu os encorajei a enfrentar o desconforto, porque depois de muitos anos aplicando o mesmo exercício, eu tinha aprendido que, logo após o estágio "desconfortável", algo incrível acontece. Muitas vezes, uma direção totalmente nova para o seu trabalho surgiria, algo completamente desconhecido e inesperado.

O que originou aqueles momentos desconfortáveis que desencadearam a sua criatividade? Foi algo mágico ou misterioso? Dificilmente. Creio que foi o tédio, puro e simples, algo que todos nós (artistas e arquitetos em particular) precisamos mais em nossas vidas.

3 protótipos de pontos de ônibus que favorecem a mobilidade sustentável

A mais recente publicação da Associação Nacional de Funcionários de Transporte de Cidade, NACTO, é o "Guia de Desenho de Trânsito de uma Via", no qual são apresentados conceitos e propostas a respeito de como é possível melhorar os espaços viários através do projeto urbano.

O foco das ideias é priorizar a mobilidade sustentável para que, tanto as cidades membro da organização, quanto as que tenham acesso a este documento, possam melhorar suas práticas em relação aos espaços públicos, à mobilidade e ao transporte.

O que esperar de um… Projeto? / Yara Santucci

O que a cultura da colcha de retalhos e puxadinhos tem a ver com a queda da ciclovia Tim Maia e o Regime Diferenciado de Contratação (RDC)?

"Ciclobuses": uma opção intermodal de transporte público em Cuba

Faz mais de 20 anos que em Cuba é possível combinar os percursos feitos de bicicleta e de ônibus. Este tipo de intermodalidade é possibilitado por uma invenção local: os Ciclobuses [ciclo-ônibus].

Trata-se de ônibus sem os assentos adaptados para ciclistas e motociclistas. Similares a muitos outros veículos que circulam no país, os ciclobuses são o resultado de modificações realizadas no início dos anos 90 para atender às necessidades de transporte dos habitantes.

Mulheres no espaço urbano: como fazer cidades melhores para elas?

Mulheres no espaço urbano: como fazer cidades melhores para elas? - Image 4 of 4

Texto por Mariana Morais e Bruno Avila

Mulheres segregadas em vagões de metrôs exclusivos; locais coletivos que reprimem a necessária amamentação; dominação masculina nos espaços públicos. Uma sociedade excludente produzirá cidades excludentes. Quem nunca ouviu que “rua não é lugar de menina”? As conquistas do espaço das mulheres na nossa sociedade podem ser recentes, mas a necessidade de melhorar o modo como as cidades as acolhem é urgente.

Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira

Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 1 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 2 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 3 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Image 4 of 4Inaugurado o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso assinado por Álvaro Siza Vieira - Mais Imagens+ 107

Hoje será inaugurado mais um edifício assinado por Álvaro Siza Vieira, o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, Portugal. Para celebrar sua inauguração, Fernando Guerra (Últimas reportagens) compartilhou conosco uma incrível série de fotografias que realizou durante a sessão de fotos para esta obra.

Saiba mais sobre o museu e veja todas as fotos, a seguir.

Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel

As pequenas histórias e práticas arquitetônicas típicas a cada povoado da província de Buenos Aires são resgatadas por Juan Viel, que registra com sua câmera as atmosferas e particularidades desses lugares.

A variedade de registros e a atenção do fotógrafo são um convite à reflexão sobre o patrimônio material arquitetônico dos pequenos povoados  e sobre o lugar onde habitamos. 

Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 1 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 2 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 3 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Image 4 of 4Povoados, comunidades e arquiteturas esquecidas da província de Buenos Aires, por Juan Viel - Mais Imagens+ 29

Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura

Konstantin Melnikov (03 de agosto de 1890 - 28 de novembro de 1974) desempenhou um papel fundamental na formação da arquitetura soviética a partir de meados dos anos vinte até os anos trinta, apesar de ser independente dos construtivistas que dominaram a arquitetura da época. Além de seu renomado pavilhão para a URSS na Exposition des Arts Decoratifs, em Paris (1925), Melnikov era famoso em Moscou pela construção dos clubes de trabalhadores, por sua própria casa e pelas suas garagens de ônibus.

Com esta recente série de fotos, o fotógrafo Denis Esakov (que agora está à procura de uma editora para produzir um livro de fotografias com o conjunto completo de quase 600 imagens) criou uma oportunidade única para explorar - tanto dentro como fora - todos os 12 projetos de Melnikov que moldaram a arquitetura de Moscou durante a era soviética.

Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 9 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 15 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 20 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Image 30 of 4Melnikov e os Clubes de Trabalhadores de Moscou: traduzindo ideais soviéticos em arquitetura - Mais Imagens+ 51

Densificar a região metropolitana: Estratégias e ações para uma cidade mais compacta e eficiente / Guillermo Tella e Martín Muñoz

Junto a uma diminuição da densidade populacional, a região metropolitana de Buenos Aires tem gerado uma expansão sem precedentes de sua superfície urbana. Essas circunstâncias tem tornado extremamente custosos e pouco eficientes a dotação de equipamentos e infraestruturas públicas.

Adaptação cinematográfica de "High-Rise" de Ballard oferece visão distópica do mundo

Este artigo foi originalmente publicado na Metropolis Magazine como “Dystopia in the Sky."

Para arquitetos, se eu posso generalizar toda uma comunidade profissional, existem poucos novelistas louvados como J.G. Ballard. Borges ou Calvino possuem sua significante porcentagem de admiradores, emprestando um adjetivo usado para descrever edifícios, Ballard é o mais icônico das figuras literárias - especialmente para os fãs de concreto. Tendo testemunhado a guerra enquanto criança, recebido treinamento em medicina, e posteriormente escrevendo a partir de um subúrbio de classe média, Ballard escreveu textos sobre a vida urbana que continuam a ser visceralmente desconfortantes.

A Experiência Contemporânea do Espaço Museológico

Uma das características pela qual a década de 10 do século XXI será lembrada é a da inclusão quase que irrestrita dos dispositivos móbiles (celulares, tablets e outros) na vida e no cotidiano das pessoas de qualquer classe social, salvo em raras partes do mundo. Como símbolo gerador de maior impacto nos tempos de hiper conectividade, podemos destacar os aparelhos da categoria “smartphone”, que por meio da internet remota, nos faz acessível a qualquer conteúdo ou plataforma online, inclusive esses mesmos aparelhos hiper conectados nos proporciona outro experiência já indelével de nossos tempos, as interações sociais virtuais por meio de redes sociais.

12 regras da Herman Miller sobre como projetar

Neste post, originalmente publicado na Metropolis, Vanessa Quirk, que já trabalhou no ArchDaily como diretora editorial, explora as expectativas do cliente e como o arquiteto Nicholas Grimshaw lidou com elas - em ambas as concepções: edifício ou livro.

Não é comum um cliente afirmar que seu objetivo é "construir um edifício indeterminado", mas foi assim que Max De Pree, o filho do fundador da Herman Miller, D.J. De Pree, expressou os seus anseios para a nova fábrica da empresa, em 1975. Seguindo as ideais de designers como Charles e Ray Eames e Alexander Girard, De Pree compilou uma longa lista de diretrizes filosóficas para o projeto, as quais ele reuniu e nomeou com o lacônico título: "Uma Declaração de Expectativas".

O jovem arquiteto Nicholas Grimshaw, que foi escolhido por De Pree para o projeto, foi imensamente inspirado pela "Declaração", particularmente, pela ênfase na longevidade e na flexibilidade que a fábrica deveria apresentar; sua integração ao contexto (da cidade de Bath, na Inglaterra), e a necessidade do edifício proporcionar um aumento do potencial de seus funcionários. Na resposta de Grimshaw à lista, ele afirmou: "Muitas dessas ideias - como a flexibilidade e a não-monumentalidade - dizem respeito ao bem-estar dos usuários, o que vai de acordo com a abordagem que estamos construindo desde a fundação de nosso escritório, há dez anos. Nós sentimos, particularmente, que nenhum edifício novo deve se impor aos ocupantes, mas, ao contrário, deve funcionar como uma ferramenta em suas mãos."

A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos

Para muitos, pode parecer que os objetivos de Alejandro Aravena com a Bienal de Veneza de 2016 - como ele descreve, "entender quais ferramentas de projeto são necessárias para subverter as forças que privilegiam o ganho individual sobre o benefício coletivo"—são irrepreensíveis. Apesar destes objetivos, um grande número de comentadores surgiram, levados pelo talvez mais fervoroso Patrik Schumacher, criticando a Biennale. Neste artigo, originalmente publicado no site do The Architecture Foundation como "Holier than thou," Phineas Harper responde a estas críticas.

A virada mais surpreendente da Bienal de Veneza deste ano não foi a exposição em si, mas a reação de seus críticos. Poucas horas após sua inauguração, a internet estava repleta de murmúrios depreciativos sobre a exposição: "até que vale a pena," "moralizante," "mais santo que você," "careta," "sinalizador de virtudes," entre outros. Arquitetos ativos no Twitter não se impressionaram.

Mas o que exatamente eles estão odiando tanto? A Biennale exibiu princialmente algumas práticas que enxergaram o sofrimento no mundo e, através de seu trabalho, de alguma forma ou de outra, buscam diminuir isso. Como uma proposta tão cheia de compaixão gerou uma reação tão mesquinha? 

A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 1 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 2 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 3 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Image 4 of 4A pior coisa da Bienal de Veneza de 2016 foi a reação mesquinha de alguns críticos  - Mais Imagens+ 11

Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente?

Antes de começar a projetar, o mais importante é entender como a cozinha será utilizada. Este é o enfoque básico que qualquer arquiteto deve ter, ou seja, compreender que a cozinha é um local que precisa ser muito bem planejado, levando em consideração que este espaço possui fluxos e distintas áreas de trabalho. Isso precisa ser levado em conta desde o início do projeto.

Mas além do estilo ou do desenho requerido pelo cliente, é importante definir certa modulação que permita otimizar seu rendimento e assim minimizar os custos de fabricação de seus diferentes elementos. Deste modo, as medidas de todos os componentes de uma cozinha devem ser entendidas e interiorizadas antes que o espaço que os abrigará seja definido.

Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente? - Image 1 of 4Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente? - Image 2 of 4Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente? - Image 3 of 4Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente? - Image 4 of 4Guia Arauco: Como projetar e construir uma cozinha corretamente? - Mais Imagens+ 15

Fantasia do Precário / Felipe SS Rodrigues

Há duas importantes questões que dizem respeito à frágil condição atual do campo da Arquitetura. Com muita dificuldade, e reticência, é possível perceber um direcionamento coletivo, dentro da pluralidade individual que o contemporâneo sugere. Uma homogeneidade díspar que encontra semelhança, por exemplo, na dificuldade que a Política moderna tem na distinção prática de esquemas em vigor – como Esquerda e Direita. Ou seja, o cenário anterior dicotômico, mas exposto, substituído por um cenário novo, plural, e funcionalmente convergente.

Série fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco

Nesta série de fotografias, intitulada Stacked, o fotógrafo Malte Brandenburg mostra um olhar atento para os méritos dos projetos habitacionais de Berlim do período do pós-guerra. Registradas sob um céu azul homogêneo, as imagens buscam afastar a carga histórica e social sobre os edifícios, apresentando-os como puras obras de arquitetura.

Série fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco - Imagem de DestaqueSérie fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco - Image 1 of 4Série fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco - Image 2 of 4Série fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco - Image 3 of 4Série fotográfica mostra habitações berlinenses do pós-guerra sob um novo foco - Mais Imagens+ 3

Mais um dia de alegria!

Para os oitenta anos de Álvaro Siza, em 2013, escrevi um texto para o jornal Público e a Ordem dos Arquitectos de Portugal. Falei no mestre utilizando palavras e expressões como luta corpo a corpo, capacidade de pensamento sincrético, treino de alta competição, intervenções cirúrgicas, serenidade, densidade, silêncio, combates, esforço, paciência, entusiasmo, reserva, prudência e medo, mas, principalmente, alegria.

O Desenho / Vilanova Artigas

Texto da Aula Inaugural pronunciada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1 de março de 1967. Reedição da publicação do Centro de Estudos Brasileiros do Grêmio da FAU-USP, 1975. Compartilhado conosco por Rosa Artigas.