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Reciclagem de bitucas de cigarro como matéria prima para tijolos leves

Alunos da Escola de Engenharia da Universidade RMIT publicaram recentemente um estudo experimentando uma nova forma de gerenciamento de resíduos e reciclagem. Como eles observaram em sua pesquisa, bitucas de cigarro são o item de lixo individual mais comumente descartado no mundo, com cerca de 5,7 trilhões tendo sido consumidos em todo o mundo em 2016. No entanto, os materiais das pontas de cigarro - particularmente seus filtros de acetato de celulose - podem ser extremamente prejudiciais ao meio ambiente devido à baixa biodegradabilidade. O estudo RMIT baseia-se em uma pesquisa anterior de Mohajerani et. al (2016) que experimentou adicionar pontas de cigarro descartadas a tijolos de argila para uso arquitetônico. Em sua pesquisa, os alunos da RMIT descobriram que tal medida reduziria o consumo de energia do processo de produção de tijolos e diminuiria a condutividade térmica dos mesmos, mas que outras questões, incluindo contaminação bacteriana, teriam que ser abordadas antes de uma implementação bem-sucedida. A seguir, exploramos essa pesquisa com mais detalhes, investigando sua relevância para a indústria da arquitetura e imaginando possíveis futuros de aplicação.

Um quilômetro de habitações: o complexo residencial Corviale, em Roma

Com cerca de um quilômetro de extensão, o complexo residencial Corviale, localizado na periferia sudoeste de Roma, foi idealizado na década de 1970 como uma alternativa à expansão dos bairros-dormitórios nos subúrbios romanos, consequência do aumento populacional significativo entre as décadas de 1950 e 1970 — quando a cidade passou de aproximadamente 1,6 milhão para 2,7 milhões de habitantes — e do consequente espraiamento urbano nas zonas periféricas.

Também conhecido como Serpentone, por suas extensas dimensões, o projeto foi realizado por uma equipe de arquitetos coordenada por Mario Fiorentino entre 1972 e 1974. A construção ocorreu entre os anos de 1973 e 1982, mas a intenção inicial de destinar o quarto pavimento do edifício principal do complexo para usos de comércio, serviços e áreas comuns foi abandonada devido à falência da empresa responsável pela execução da obra. Ao longo do tempo, o pavimento foi tomado por ocupações informais e o acontecimento é tido como a origem dos problemas deste emblemático projeto na história da habitação na Itália.

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A casa em estilo colonial que Niemeyer projetou para si

Oscar Niemeyer é o responsável pelas formas arquitetônicas que revolucionaram a arquitetura moderna, marcadas pelo ineditismo de suas ousadas curvas e elaboradas estruturas que conformaram a imagem de um Brasil utópico que representava a possibilidade de um futuro que nunca se realizou de fato. Grande parte de suas obras primas estão em Brasília, sem embargo, pouco se comenta sobre a casa projetada para si na capital brasileira que, surpreendentemente, traz traços coloniais e apresenta um outro lado - quase inédito - do mais famoso arquiteto brasileiro.

Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero?

Tente imaginar como seria projetar uma cidade inteira do zero; desenhar cada uma de suas ruas, casas, edifícios comerciais, praças e espaços públicos. Uma folha em branco onde tudo é possível e sua única missão é criar uma cidade com identidade própria. Talvez esse seja o sonho de todo arquiteto e urbanista, e para a sorte de alguns poucos felizardos, esse sonho pode muito bem se tornar realidade em um futuro próximo.

Ao longo das últimas duas décadas, cidades inteiras foram construídas do zero em uma escala sem precedentes, a maioria delas na Ásia, Oriente Médio, África e também na América Latina. Além disso, o nosso planeta conta atualmente com mais de 150 novas cidades em processo de implementação. Esta nova tipologia de desenvolvimento urbano tem se mostrado particularmente sedutora em países de economia emergente, iniciativas propagandeadas como elementos estratégicos capazes de impulsionar o crescimento econômico e atrair novos investimentos.

Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero? - Image 1 of 4Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero? - Image 2 of 4Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero? - Image 3 of 4Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero? - Image 4 of 4Por que e para quem estamos construindo cidades novas do zero? - Mais Imagens+ 7

Interiores monocromáticos: a cor como protagonista do espaço

Sabemos que as cores podem influenciar nossas sensações e provocar diferentes percepções do espaço, o que reitera a importância do seu estudo nos projetos arquitetônicos e a relevância da concepção de uma paleta de cores coerente. O impacto que a cor pode provocar no espaço e nas pessoas que o habitam torna-se ainda mais perceptível quando todo o ambiente é envolvido com apenas uma cor. Nesses casos não há limites para a quantidade de elementos arquitetônicos em que a tonalidade escolhida pode ser aplicada. Pisos, forros, paredes, mobiliário e até mesmo as tubulações e eletrocalhas podem ter uma coloração específica atribuída para estar em concordância com o ambiente monocromático.

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Tramas urbanas: a sociedade paulistana como reflexo e extensão

Viver na cidade e viver a cidade é estar disposto a todo e qualquer acontecimento. Em um mesmo dia passamos por lugares e espacialidades diferentes, com composições e tempos distintos. Nenhum dia é igual ao outro, já que estamos em constante movimento, diante de uma combinação aleatória de eventos que geram efeitos sobre objetos e sujeitos; e que geram os espaços pelos quais transitamos e as percepções que vivenciamos. Diante dessa reflexão, surge a discussão dos efeitos da arquitetura e urbanismo para além de um campo visual, atrelada ao pertencimento do ser com o espaço e baseada na forma e na dinâmica urbana. Como podemos apreender os efeitos do objeto sobre o sujeito e vice-versa? Qual é a leitura materializada que temos da cidade como reflexo das ações da sociedade?

9 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação

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© Hiroyuki Oki

9 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação - Image 1 of 49 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação - Image 2 of 49 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação - Imagem de Destaque9 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação - Image 3 of 49 Projetos que redefinem a brutalidade do concreto pelo uso da vegetação - Mais Imagens+ 5

O concreto é frequentemente visto como um material bruto, duro e frio – e é, inclusive, adorado por isso. No entanto, o uso do concreto junto da vegetação pode contribuir para uma espécie de "suavizada" do material, adequando-o a mais aplicações. Veja, a seguir, nove projetos que apresentam soluções interessantes para a fusão do concreto com a vegetação. 

Verticalização verde: impactos no nível do solo e na paisagem urbana

Com o adensamento das cidades e redução da disponibilidade de solo, o fenômeno da verticalização tem se intensificado nas cidades de todo o mundo. Assim como a verticalização de edifícios — que costuma dividir opiniões de arquitetos e urbanistas — muitas iniciativas têm buscado na dimensão vertical uma possibilidade para promover a presença do verde nos centros urbanos. Jardins, fazendas ou florestas verticais, hortas em coberturas e estruturas suspensas para agricultura urbana são algumas das possibilidades de verticalização do cultivo de espécies vegetais, cada uma com suas especificidades e impactos específicos para as cidades e seus habitantes.

Mas seria a verticalização a solução ideal para tornar as cidades mais verdes? E quais são os impactos dessa ação nos centros urbanos? Ou ainda, quais os benefícios da vegetação que são perdidos ao adotar soluções em altura, ao invés de promover seu cultivo diretamente no solo?

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Gentrificação e distopia: o futuro das cidades pós-pandemia

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A realidade das grandes cidades, como a Cidade do México é, na maioria dos casos, formada por pessoas de vários estados do país e de vários países ao redor do mundo. No entanto, devido à situação da pandemia e à nova era do trabalho remoto, foi radicalmente despertado um interesse em regressar às províncias e regiões costeiras onde há menos população, superlotação e, aparentemente, menos restrições sanitárias em comparação com as grandes cidades que acolhem os grandes aeroportos.

Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit

Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit - Image 1 of 4Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit - Image 2 of 4Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit - Image 3 of 4Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit - Image 4 of 4Arquitetura no México: casas para entender o território de Nayarit - Mais Imagens+ 4

Nayarit é um estado situado na região oeste do México, limitado geograficamente pelos estados de Sinaloa, Durango, Zacatecas e Jalisco, fazendo frente com o Oceano Pacífico. Conta com uma superfície de 27 815 km², sendo o nono menor estado do país. Sua capital e cidade mais populosa é Tepic. No entanto, outras localidades importantes desse território são Nuevo Vallarta, Valle de Banderas, Ixtlán del Río, San Blas, Santiago Ixcuintla, Acaponeta, Compostela, Jala, Santa María del Oro, Rosamorada, Xalisco, San Pedro Lagunillas, Tecuala e Huajicori.

Retail especializado em reforma e decoração lança ofertas para renovação de espaços arquitetônicos

Temporada de liquidações do Shopping Lar Center destaca produtos para todas as necessidades, seja para construção e reforma ou para a decoração dos ambientes. 

Diário de bordo, de Bogotá a Medellín: paisagens fluviais latino-americanas

Ir à Colômbia, sendo brasileira, foi como reconhecer um país irmão. Em um mês, como participante do workshop Field Stations, registrei perspectivas pessoais das impressões que tive dos lugares visitados. O tema é a paisagem fluvial e os registros têm a fragilidade e subjetividade de um diário de bordo. A vontade de compartilhá-los é a de expressar essa identificação, de mostrar como vi semelhanças entre nós: problemas, complexidades e belezas, bem como a clareza e o reconhecimento de que unidos seríamos mais fortes. Vislumbra-se a ideia de eliminar as fronteiras invisíveis que nos afastam e de agregar povos subdivididos pelos colonizadores. 

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Como utilizar e reutilizar as chaminés na arquitetura

Francis D. K. Ching [1] caracteriza uma chaminé como “estrutura vertical incombustível, que contém um conduto através do qual a fumaça e os gases de uma fogueira ou fornalha são impelidos para o exterior e por meio do qual é criada uma corrente de ar”. Enquanto seus canos podem ficar ocultos em paredes ou outras estruturas, o topo da chaminé geralmente permanece proeminente, com o intuito de levar os gases de dentro para fora, sem sujar o ambiente ou prejudicar a saúde dos ocupantes. Sendo elementos verticais, há chaminés que se tornam grandes marcos na paisagem urbana, sobretudo em projetos industriais. No momento do desenho, decidir sobre o “peso” que terá a chaminé no projeto é imprescindível. Na Casa Milá, por exemplo, Gaudí coroa o edifício de formas sinuosas e curvilíneas com chaminés esculturais. Há casos em que a sobriedade da construção é espelhada em sua chaminé e outros que o elemento vertical busca ser o mais oculto possível. Recentemente, também, muitas chaminés têm sido reformadas para novos usos ou novas tecnologias mais limpas. Seja no papel de destaque, de integração ou oculto na edificação, veja abaixo algumas dicas de projeto e possibilidades de uso.

TEIA: história em quadrinhos propõe leitura personificada da cidade de São Paulo

TEIA re(a)presenta a cidade de São Paulo por meio de uma narrativa em quadrinhos. Os personagens foram criados para serem os protagonistas do enredo a partir de uma seleção empírica, na qual foram elencados doze bairros relevantes para a história da cidade em que seus moradores serviram de base para compor os tipos possíveis da trama do roteiro desejado. A narrativa em HQ foi o suporte ideal para desenvolver uma linguagem que permite pensar espacialmente o contexto urbano e observar as relações humanas no universo criado e desenhado, salientando sua dimensão de meio comunicativo. Além de vivenciar e conhecer os bairros, o intuito do trabalho foi explorar a noção de pertencimento do lugar. A experiência in loco dos bairros e a conversa espontânea com alguns moradores – que serviram de referência para os protagonistas criados – proporcionaram ao enredo a possibilidade de refletir sobre a diferença do ser (de um lugar) e do estar (em um lugar) na mais populosa e diversa metrópole brasileira.

Tube Houses: 15 projetos que reinterpretam as estreitas residências vietnamitas

Em cidades como Hanói e Saigon, no Vietnã, não é de se estranhar se estiver caminhando pela rua e avistar casas com fachadas suspreendentemente estreitas em contraste ao empilhamento de três a cinco pavimentos, com aberturas para ventilação e entrada da luz natural apenas na fachada frontal. Essas são as popularmente conhecidas, Tube Houses (ou Casas Tubo). Tradicionalmente, de acordo com histórias da cultura popular antiga, este modelo habitacional apresentava tal configuração em prol do cálculo de impostos com base na área da fachada, mas a verdadeira razão é o melhor aproveitamento do solo, possibilitando um maior número de lotes em uma mesma quadra.

No entanto, os resquícios do passado são agora reinterpretados através de projetos desenvovidos por arquitetos contemporâneos vietnamitas. Fachadas arcaicas dão lugar a soluções inovadoras; também recebem poço de luz para iluminação e ventilação natural; pátios e jardins interior; incorporação de vegetação nos diferentes ambientes; meio níveis, etc; possibilitando projetos com espaços de altíssima qualidade. Pensando nisso, reunimos um conjunto de 15 projetos de Tube Houses acompanhadas de seus respectivos cortes que certamente irão te surpreender. Veja a seguir: