A incrível pesquisa “A Long History of a Short Block”, de Bill Easterly, Laura Freschi e Steven Pennings, analisou o desenvolvimento de uma quadra na Greene St., no bairro do SoHo, em Nova York, ao longo de quatro séculos. Neste período, a cidade se mostrou em um constante processo de desenvolvimento, mostrando que a pergunta “Qual o ‘caráter original’ de um bairro?” é mais difícil de responder do que parece.
A começar que a Manhattan de arranha-céus que conhecemos hoje é relativamente recente na sua história. Antes dos holandeses chegarem ao que chamariam de “Nova Amsterdã”, em 1625, a região era tomada por florestas e pantanais, um ecossistema rico que incluía, inclusive, ursos e lobos.
Na China tradicional, tanto o chá quanto o álcool, foram similarmente estetizados e ambos influenciaram a linguagem da literatura e da arte. As pessoas costumavam oferecer o álcool como um presente, posteriormente o mesmo ocorreu com o chá. Hoje, diversas cidades na China abraçaram esta cultura de beber, passada de geração em geração e reinterpretada com uma nova forma contemporânea, em constante evolução nos cafés e bares urbanos.
Estima-se que o cobre tenha sido o primeiro metal a ser encontrado pelos homens e utilizado na fabricação de ferramentas e armas. Isso ocorreu no último período da pré-história, há mais de 10.000 anos atrás, na chamada Idade dos Metais, quando os grupos, até então nômades, começaram a se tornar sedentários, dominando a agricultura e iniciando os primeiros aglomerados urbanos. O cobre, desde então, tem sido explorado para usos muito diversificados. De objetos de decoração, joias, peças automotivas, sistemas elétricos e até amálgamas dentárias, entre muitos outros, o material possui uma demanda enorme. Na arquitetura, os revestimentos de cobre são bastante apreciados por conta de sua estética e grande durabilidade. Mas um fator que cabe ser mencionado é que o cobre pode ser reciclado infinitas vezes, praticamente sem perder suas propriedades.
Quando falamos de arquitetura vernacular, na maioria dos casos, estamos nos referindo a uma forma de se construir específica de uma determinada região—ou uma arquitetura que incorpora sistemas construtivos e materiais locais. As características que definem a arquitetura vernacular, portanto, variam enormemente de lugar para lugar, compreendendo exemplos que vão desde as Casas Colmeias de Harran, na Turquia, às tradicionais casas malaias encontradas em todo o sudeste da Ásia. Dito isso, a arquitetura vernácula continua sendo hoje uma das principais fontes de inspiração para muitos arquitetos e arquitetas ao redor do mundo.
Como arquitetas e arquitetos, entendemos a importância da troca de conhecimentos para o nosso setor e, com a Internet, vimos uma oportunidade de encaminhar o tradicional formato de publicações de arquitetura no sentido de sua evolução natural. Um esforço apaixonado e instintivo que acabou encontrando as forças que moldavam nosso novo contexto global à medida que adentrávamos a era das megacidades e a população urbana global crescia exponencialmente. A compreensão desse cenário deu forma à nossa missão: oferecer inspiração, conhecimento e ferramentas para os arquitetos – e todos os envolvidos no processo – enfrentarem os desafios do nosso ambiente construído.
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Casa Piedra Blanca / Pablo Lobos Pedrals, Angelo Petrucelli. Image Cortesia de Pablo Lobos Pedrals, Angelo Petrucelli
O steel frame é um sistema composto por perfis de aço galvanizado, de espessura entre 0,80 mm e 3 mm, dobrados a frio, e montados como quadros estruturais, com montantes verticais e horizontais. Para envolver os perfis estruturais, são utilizadas chapas de OSB, cimentícias ou de gesso acartonado, que podem receber acabamentos e pinturas interna e externamente. No interior das paredes pode-se incluir materiais isolantes, como lã mineral, de vidro, ou outros, para aumentar o isolamento termo acústico. No sistema steel frame, toda a parte elétrica e hidráulica é instalada antes do fechamento dos painéis, tornando o processo mais eficiente e sem quebras e desperdícios de materiais. Limpeza da obra, eficiência e rapidez são pontos chave neste sistema construtivo altamente disseminado pelo mundo.
Apesar da quebra de ritmo testemunhada pela indústria da construção civil ao longo dos últimos dois anos, os projetos de megacidades na África continuaram avançando a toque de caixa, e são inúmeros os novos empreendimentos que estão surgindo nas principais cidades de todo o continente. Embora o desenvolvimento das principais cidades africanas possa ser um motivo para celebrar, não devemos fechar os olhos para o descompasso entre a visão dos investidores e das autoridades e a realidade econômica e o contexto cultural das pessoas que ali vivem. Muitos são aqueles que questionam se essas novas cidades poderiam ser construídas de outra maneira, ou se a população de baixa renda também será beneficiada por estes investimentos ou se continuarão a viver às margens, em cidades que preservam muitas das características colonialistas de outrora e em grande parte, permanecem sendo impostas a ela.
https://www.archdaily.com.br/br/966582/os-desafios-do-urbanismo-na-africa-como-preservar-o-patrimonio-cultural-na-era-das-megacidadesMathias Agbo, Jr.
Antes dos carimbos e das impressões digitalizadas, os papéis de parede eram um artefato de alto luxo e ostentação já que todos os desenhos deveriam ser feitos à mão por artesãos. Como símbolo de riqueza, eles surgiram para substituir as tapeçarias e telas na decoração das casas europeias do século XVI. No Brasil, por exemplo, sua aplicação se tornou economicamente viável apenas em 1930 e sua popularização concretizada somente na década de 60.
Os edifícios de escritórios são conhecidos por serem utilitários, eficientes e rígidos. Embora essa tipologia tenha reputação por adotar grades retilíneas e layouts abertos, os projetos modernos começaram a explorar novas alternativas para o local de trabalho contemporâneo. Indo além das salas de trabalho padrão, espaços de reunião e zonas de apoio, esses projetos estão reimaginando as relações entre o envelope e o programa. Este é um movimento mais amplo no sentido de repensar as características formais e espaciais de onde trabalhamos. Enquanto essa tendência está sendo explorada globalmente, as cidades começaram a adotar novos projetos de escritórios em uma escala maior.
A transformação das cidades construídas para os carros em ambientes que priorizam o bem-estar e a mobilidade de todas as pessoas pode tornar os centros urbanos mais resilientes e inclusivos. Não é trivial mudar ideias e práticas tão arraigadas no planejamento das cidades. Mas um novo relatório do WRI Brasil, “Ruas Completas no Brasil – Promovendo uma mudança de paradigma”, mostra que a mudança foi semeada e já gera frutos.
A publicação documenta o resultado de quatro anos de atuação da Rede Nacional para Mobilidade de Baixo Carbono, iniciativa do WRI Brasil e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) que reuniu 21 cidades brasileiras comprometidas com a mudança do paradigma no desenho das ruas e das cidades.
Os painéis de policarbonato translúcido apresentam uma estética única e marcante, ao mesmo tempo que mantêm uma eficiência na funcionalidade. Eles podem adicionar profundidade e cor a uma fachada e se adaptar para atender a uma ampla gama de requisitos de desempenho, desde resistência à temperatura até resistência ao impacto, proteção UV e muito mais. A Rodeca, empresa líder na indústria de painéis de policarbonato, oferece produtos de alta qualidade com alta personalização em relação a cores, níveis de transparência, tratamentos, perfis, tamanhos, sistemas de junta e muito mais. Abaixo trazemos uma lista detalhada dessas muitas opções, acompanhada por diagramas e etapas de instalação. Também discutimos vários estudos de caso em que fachadas de policarbonato foram usadas com grande sucesso, aproveitando ao máximo as opções disponíveis junto com as qualidades estéticas intrínsecas dos painéis translúcidos para complementar e elevar seus projetos.
https://www.archdaily.com.br/br/966598/como-projetar-e-instalar-fachadas-de-policarbonato-translucidoLilly Cao
Sabe-se que a indústria da construção civil é uma das mais poluentes do planeta, porém, muitas vezes temos dificuldade de vincular o trabalho do arquiteto e do urbanista a essa indústria, nos abstendo da responsabilidade de estar inserido dentro de uma das cadeias produtivas mais nocivas que existem. Nesse sentifo, é urgente ressaltar a importância de questionar, não somente os materiais empregados nos projetos, mas também os sistemas produtivos envolvidos.
Trecho da planta térrea do Museu Anahuacalli (à esq.) e trecho da planta térrea do Solar do Unhão (à dir.). Ilustração feita por Beatriz Sallowicz e Teodoro Saldanha
Em 1963, a exposição “Nordeste” inaugurou o Museu de Arte Popular do Unhão em Salvador. Apesar do fortuito cenário para que Lina Bo Bardi deslanchasse o projeto do museu nas dependências restauradas do Solar do Unhão, suas atividades foram interrompidas após um ano de existência. A mostra temporária e única aberta ao público contou com empréstimos de diferentes coleções particulares e acervos museológicos para apresentar uma extensa reunião de objetos variados, baixo um convite ao público geral para compreender o valor do fazer técnico popular. A exposição que a gosto da arquiteta teria sido intitulada ‘Civilização Nordeste’ acusou posturas de classe pouco relacionadas com o conhecimento do que qualificou como a "atitude progressiva da cultura popular ligada a problemas reais". (BO BARDI, 1963)
A pandemia do Covid-19 aprofundou a crise dos centros urbanos, especialmente daqueles que, como o Rio de Janeiro, têm sua vitalidade associada às atividades comerciais e de serviços.
A determinação de períodos de lockdown e o estabelecimento das práticas de trabalho remoto diminuíram de forma substancial a circulação de pessoas, que alimentavam uma série de atividades, especialmente os bares e restaurantes, o pequeno comércio e os estabelecimentos culturais.
https://www.archdaily.com.br/br/966549/reviver-centro-uma-nova-perspectiva-para-o-centro-do-rio-de-janeiroPedro Duarte e Naiara Amorim
A arquitetura de povos originários manifesta uma profunda relação com o contexto no qual está inserida, de modo que os materiais encontrados no local são trabalhados e testados empiricamente até se desvendarem técnicas de construção e modos de habitar que melhor satisfazem os sentidos de abrigo e simbólico de uma comunidade. Na Amazônia, não é diferente. Com diversos povos habitando o seu território - seja na terra ou nas águas -, foram tecidas muitas sabedorias construtivas que são buscadas por arquitetos que trabalham nessas regiões. Assim, conjuntamente, há uma troca de conhecimentos que se embasam em culturas ancestrais para trazer novas alternativas arquitetônicas para a região.
Biblioteca de Muyinga. Imagem Cortesia de BC Architects
Em seu ensaio clássico de 1983 Por um regionalismo crítico: seis pontos para uma arquitetura de resistência, Kenneth Frampton discutiu uma abordagem alternativa para a arquitetura definida pelo clima, topografia e tectônica como uma forma de resistência à placidez da arquitetura moderna e a ornamentação gratuita do pós-modernismo. Uma atitude arquitetônica, o Regionalismo Crítico propôs uma arquitetura que abraçasse as influências globais, embora firmemente enraizada em seu contexto. O seguinte artigo explora o valor e a contribuição das ideias de Frampton para a arquitetura contemporânea.
O clima mudou e ficamos às voltas com as consequências: altas temperaturas, inundações, secas e muito mais. À medida que o mundo muda (ou tenta mudar) para maneiras de mitigar a crise, a arquitetura e a indústria da construção encontram-se em uma posição particularmente importante, cujas escolhas podem criar um impacto real. Algumas dessas opções podem incluir produtos inovadores que oferecem soluções reais para problemas complexos, como o resfriamento das temperaturas em cidades altamente densas.
https://www.archdaily.com.br/br/966773/tinta-branca-pode-resfriar-nossas-cidades-do-aquecimento-globalDaniela Porto