Com curadoria de Rem Koolhaas, a Bienal desse ano impôs altas expectativas entre os arquitetos do mundo todo, algo visível na grande ansiedade durante os meses que precederam a abertura do evento. Como Koolhaas comentou na cerimônia de premiação, ele assumiu a difícil tarefa de reinventar a Bienal, reconhecendo a influência do evento em como a arquitetura é exibida em todo o mundo.
Sob o título Fundamentals, Rem mobilizou os curadores desse ano a reunir uma vasta quantidade de conhecimento, trazendo à luz pesquisas que haviam sido ocultas, esquecidas, fragmentadas e/ou previamente não examinadas, disponibilizando-as para a comunidade arquitetônica. Isso não foi alcançado apenas sob a forma e conteúdo da Bienal, mas também em diversas publicações produzidas pelos curadores (uma prática alinhada à tradição do OMA/AMO).
Essa abordagem é, contudo, uma faca de dois gumes; em muitos pavilhões a densidade e profundidade do conteúdo torna sua compreensão difícil num primeiro olhar. Festivais e exposições de arquitetura tendem a se apoiar em temas únicos, mas ao passo que “Fundamentals” tinha como foco transmitir ideias sobre a relação da arquitetura com a modernidade no curso dos últimos 100 anos, a Bienal constituiu um enorme desafio para os curadores. Muitos pavilhões produziram impressionantes publicações, assim, o rico conhecimento desenterrado por eles continuará a influenciar o pensamento da arquitetura após o término da Bienal em Novembro.

















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