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Arquitetos: Luís Rebelo de Andrade
- Área: 55 m²
- Ano: 2015
Fazer mais com menos em áreas cada vez mais enxutas é uma premissa que se mostra urgente na atuação de arquitetas e arquitetos, sobretudo quando se constrói em regiões urbanizadas onde o valor do solo é, muitas vezes, a maior condicionante econômica do projeto. Esta é uma verdade em países como Portugal, por exemplo, onde a disponibilidade de lotes urbanos é escassa e os imóveis disponíveis para remodelações são, em geral, pequenos.
Trabalhar em pequena escala oferece uma flexibilidade um tanto lúdica. De interiores adaptáveis a instalações urbanas e casas na árvore, é preciso forçar a imaginação para resolver os problemas da falta de espaço ou orçamento. Veja, a seguir, 15 projetos em Portugal – de estabelecimentos comerciais a pequenos pavilhões – que mostram que restrições espaciais não limitam a qualidade da arquitetura.
Não se sabe ao certo onde e quando a roda foi inventada, mas, segundo o antropólogo americano David Anthony para a BBC, existe uma série de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C. na Eurásia e no Oriente Médio. Desde sua criação, a roda revolucionou a forma como os seres humanos lidam com uma série de atividades e, sobretudo, com os deslocamentos.
Na arquitetura, campo diretamente associado à permanência no espaço, com construções sólidas de caráter predominantemente permanente, as rodas podem parecer, à primeira vista, objetos alheios às edificações. No entanto, com a recente profusão de casas de pequena escala, que concentram em espaços mínimos as diversas funções de uma residência, tem surgido uma nova possibilidade para a arquitetura: a locomoção.
Este é o momento no qual nos projetamos ao futuro para definir as metas e focos de nossa carreira ao longo do ano que começa. Com o objetivo de ajudar os arquitetos que consultam o ArchDaily diariamente, realizamos a seguinte lista com as ideias que mais ecoaram durante 2018 e que, portanto, serão os temas que devem seguir desenvolvendo-se durante 2019.
Apenas no ano passado, mais de 130 milhões de usuários descobriram no ArchDaily novas referências, materiais e ferramentas que permitem aprimorar o desenvolvimento da arquitetura e melhorar a qualidade de vida de nossas cidades e entornos construídos. Quando nossos usuários começam a coincidir em suas buscas de informação ou demonstram maior interesse por um tema em relação a outros, estes tópicos passam a ser uma tendência.
Após um piloto bem sucedido em Boston e US$ 1 milhão em capital, uma startup chamada Getaway lançou seus serviços para os nova-iorquinos. A empresa permite que os clientes aluguem uma coleção de “pequenas casas” localizadas em ambientes rurais isolados ao norte da cidade. A partir de US$ 99 por noite, o serviço espera oferecer alívio para pessoas da área urbana que procuram se desconectar e se “encontrar”. A empresa foi fundada pelo estudante de Business Jon Staff e pelo estudante de Direito Pete Davis, ambos da Universidade de Harvard, a partir de discussões com outros estudantes sobre os problemas com habitação e a necessidade de novas ideias para abrigar uma nova geração. A partir disso, surgiu a ideia de introduzir a experiência da Tiny House para aqueles que vivem nas áreas urbanas através de aluguéis de fim de semana.
Inspiradas na noção de micro habitação e na poderosa retórica do movimento das Tiny House, iniciativas como a Getaway são parte de uma série de propostas arquitetônicas que surgiram nos últimos anos. A redução no tamanho tem sido citada por seus adotantes como uma solução para a inacessibilidade da moradia e uma fonte de liberdade da insidiosa escravização capitalista de "acumular coisas". Cidades altamente desenvolvidas e urbanizadas como Nova Iorque parecem estar liderando o caminho para a redução: no ano passado, Carmel Place, um projeto especial de micro residências projetado pelo escritório nARCHITECTS, foi finalmente concluído em Manhattan para fornecer estúdios muito menores do que os atuais da cidade, com a medida mínima de 400 pés quadrados (37 metros quadrados). Muitos, incluindo Jesse Connuck, não conseguem ver como a micro habitação pode ser uma solução para a desigualdade urbana, mas julgarmos que, a partir do sucesso inicial de startups como a Getaway, a microarquitetura mantém amplo apelo público. A satisfação do usuário não é o objetivo final da arquitetura? Nesse caso, é importante investigar a engenhosidade por trás desses espaços subdimensionados, mas muitas vezes superfaturados.
Casas Pequenas (as famosas Tiny houses) se popularizaram nos últimos anos, à medida que os preços das moradias continuam subindo. Seja como um retiro ou uma maneira de viver de forma mais simples e econômica, casas minúsculas oferecem uma maneira mais flexível de habitar. Vem até sendo usadas por organizações de caridade, como a Tiny Homes Foundation na Austrália, como uma maneira de lidar com a questão da falta de moradia nas cidades e a necessidade de habitação social. À medida que a popularidade e a necessidade de lares minúsculos se tornam cada vez mais predominantes, conhecer as habilidades necessárias para projetar uma pequena casa para você ou para um cliente é uma habilidade útil a se ter.
Abaixo estão 6 dicas para se ter em mente ao projetar e construir uma pequena casa: