Como seriam as cidades se fossem planejadas respeitando a vegetação que existia antes de seu surgimento? É possível recriar paisagens naturais em entornos urbanos?
O arquiteto belga Luc Schuiten desenvolveu uma proposta futurista chamada "Cidade Vegetal". Nela, questiona os aspectos que têm impulsionado a arquitetura nos últimos anos e o estilo de vida da maior parte da população que não leva em conta a exploração dos recursos naturais.
Nesta TED Talk, o arquiteto mostra um esboço de como imagina um distrito de Bruxelas em 1800, em 1900, como era em 2000 e como poderia ser no futuro se fosse projetado segundo princípios de biomimética, isto é, inspirado na natureza e suas formas.
A reciclagem de pneus para confecção de pisos é uma solução sustentável que colabora com o descarte correto da borracha, que, quando descartada e inutilizada, demora cerca de 600 anos para se decompor na natureza. Pior do que despejá-lo é queimá-lo, pois nesse caso o produto libera uma fumaça com diversos poluentes, como carbono e enxofre e além de poluir o ar, quando este resíduo é descartado em rios dificulta até o fluxo da água. Uma das alternativas propostas para o aproveitamento do material é a transformação de sua matéria-prima – a borracha – em piso.
A década de 1960 assistiu a vários movimentos das minorias, dentre eles o dos ambientalistas. Eles tinham como principal alvo de suas críticas o lançamento de grandes quantidades de produtos químicos no meio ambiente, sem o entendimento dos seus impactos sobre a biosfera.[1] Nesta década destacamos o início da mudança no olhar sobre a preservação do patrimônio que passou de uma visão tradicional que valorizava apenas os monumentos “excepcionais” à proteção a grupos de edificações históricas, à paisagem urbana e aos espaços públicos. “Quando se pensa em termos de patrimônio ambiental urbano, não se pensa apenas na edificação, no monumento isolado, testemunho de um momento singular do passado, mas torna-se necessário, antes de mais nada, perceber as relações que os bens naturais e culturais apresentam entre si, e como o meio ambiente urbano é fruto dessas relações”.[2]
A integração de biotecnologia nas cidades é o foco da startup francesa Glowee, que desenvolveu um sistema de iluminação que usa bactérias geneticamente modificadas; O objetivo da empresa é utilizar este método que não consume energia elétrica para iluminar fachadas, monumentos, vitrines e espaços públicos.
A ideia nasceu depois dos fundadores do Glowee assistirem um documentário sobre peixes e animais marinhos que produzem luz própria. Como transferir este sistema da natureza para as cidades? As bactérias, que não são tóxicas, recebem das lulas um gene de luminescência e são cultivadas em uma solução de nutrientes e açúcar para se multiplicarem.
O Prêmio Aga Khan de Arquitetura anunciou uma lista com 19 finalistas selecionados entre 348 projetos enviados de 69 países. Apresentado a cada três anos, o prêmio reconhece novos padrões de excelência em projeto contemporâneo, habitação social, melhorias nas comunidades, preservação histórica, reuso e conservação, paisagismo e melhorias no ambiente construído e natural. A proposta por trás do Prêmio Aga Khan é "identificar e incentivar conceitos construtivos que abordem de modo eficaz as necessidades e inspirações das comunidades em que os muçulmanos tenham presença significativa." Selecionados por um júri de especialistas, os projetos finalistas concorrerão ao prêmio de US$ 1 milhão. Desde sua criação em 1977, mais de 110 projetos já foram premiados e mais de 9 mil edifícios já foram documentados.
"A arquitetura é muito mais que arte. E é muito mais que a construção de edifícios", afirmou o premiado arquiteto Diébédo Francis Kéré. No mais recente vídeo do Louisiana Channel, Kéré fala do papel da arquitetura no mundo de hoje e da influência exercida por seu país natal, Burkina Faso, em seu trabalho.
Para Kéré, o contexto e o meio são fundamentais: "Busco utilizar materiais locais - principalmente terra e madeira - para criar edifícios modernos. Se construímos com argila, teremos um futuro melhor, pois utilizamos os recursos que temos à disposição". E acrescenta: "a arquitetura pode trazer muito a uma sociedade como a minha. A Arquitetura faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. E isso pode gerar uma grande quantidade de energia."
Assista ao vídeo para saber mais da visão de Kéré sobre a importância da arquitetura nos dias de hoje.
A migração do campo para a cidade promovida pelo governo chinês nos últimos anos é parte de um plano maior que pretende deslocar cerca de 250 milhões de pessoas no país. Embora os números estimados sugiram a dimensão do plano, ainda sim é difícil imaginar o que ele representa.
As atividades realizadas pelas empresas, indústrias e pessoas no geral, emitem gases de efeito estufa na atmosfera - entre estes gases estão o dióxido de carbono, o metano, o ozônio etc. - que causam impactos negativos no meio ambiente.
Há alguns anos tornou-se possível quantificar este impacto através da pegada de carbono, uma medida adotada por diversas nações e organizações internacionais com o objetivo de conscientizar o público em relação aos danos causados ao ambiente e, assim, promover hábitos mais saudáveis e sustentáveis.
Hoje, 19 de abril, é comemorado o Dia Mundial da Bicicleta. Comemorado desde 1943 após uma curiosa história envolvendo o químico suíço Albert Hofmann e um experimento para determinar os efeitos do LSD no corpo e na mente, o dia da bicicleta -- deixando este inusitado fato histórico de lado -- é, hoje em dia, uma bela oportunidade de lembrar e destacar que cada vez em maior número, os habitantes de cidades de todas as partes do globo estão optando pela mobilidade ativa sobre duas rodas.
Aproveitamos a ocasião para revistar alguns artigos relacionados à bicicleta, ao ciclismo urbano e à mobilidade sustentável que temos publicados em nossa página. Veja a seguir:
Mergulhada em uma era de digitalização e computação, a arquitetura foi profundamente afetada na última década por aquilo que alguns críticos têm chamado de "Terceira Revolução Industrial". Com questões éticas e de produção muito presentes no atual discurso da arquitetura, projetos que tiram vantagem destas novas tecnologias são frequentemente criticados por sua natureza vazia e inconsistente. Por outro lado, temos presenciado a emergência de trabalhos que exemplificam o lado mais otimista desta "Terceira Revolução Industrial" -- uma arquitetura que se apropria das novas tecnologias e da computação para o bem comum de nossas cidades e seus habitantes.
Compilamos sete destes projetos, que englobam desde exemplos de engenharia até produções mais artesanais; projetos que, 80 anos depois da publicação de um dos livros mais reverenciados de Le Corbusier, dão pistas de um novo horizonte -- por uma (nova) arquitetura.
Com o crescimento populacional e do consumo, a demanda mundial de energia é cada vez maior. Por conta disso, é preciso buscar fontes alternativas a fim de não degradar os recursos do planeta e, muito menos, atingir a sobrevivência das espécies. Atualmente, há soluções práticas, baratas para pequenos e grandes consumidores.
Essa discussão é bastante atual e importante para o segmento da construção civil, por isso Energia será um dos macrotemas debatidos na Ilha do Conhecimento, espaço que tem finalidade de promover atualização profissional gratuita de maneira rápida e dinâmica, dentro da FEICON BATIMAT, um evento referência do setor da construção civil da América Latina, que acontece de 12 a 16 de abril, no Anhembi, em São Paulo.
Em Nova Déli, 70% da energia consumida é produzida em outras regiões do paós e mais de metade desta é proveniente de fontes de carbono.
São estas fontes que contribuem em grande medida para os altos índices de contaminação atmosférica que afetam a capital indiana e que em 2014 renderam à Nova Déli o título de cidade mais poluída do mundo, segundo a OMS.
Não é segredo que na profissão da arquitetura, uma das maiores fontes de culpa é nossa excessiva confiança no concreto - usado em muitos dos edifícios que criamos. Arquitetos sabem mais que todos das implicações ambientais deste material e ainda assim continuam usando ele a uma taxa alarmante. Mas que alternativas temos para fazer nosso trabalho? Em um artigo escrito para a Forbes, Laurie Winkless discorre sobre três alternativas que têm uma boa chance de mudar o modo como construímos com concreto.
Já há algum tempo temos ouvido falar sobre o conceito de pavimentação com painéis solares, como os bons resultados obtidos com a ciclovia solar na Holanda e a intenção de levar esta tecnologia para as rodovias. Seguindo esta diretriz, o governo francês anunciou recentemente que instalará painéis fotovoltaicos ao longo de 1000 km de rodovias nos próximos cinco anos.
A ideia é que a rodovia abasteça com energia renovável 5 milhões de pessoas, isto é, aproximadamente 8% da população nacional.
https://www.archdaily.com.br/br/784333/franca-anuncia-a-pavimentacao-de-mil-quilometros-de-rodovias-com-paineis-solaresEquipo Plataforma Urbana
Três cidades brasileiras concorrem pelo título de cidade mais sustentável do país e do mundo. São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro são as finalistas do concurso promovido pela organização ambientalista WWF, por meio da campanha Hora do Planeta: Desafio das Cidades.
A iniciativa selecionou os finalistas com base em relatórios apresentados pelas cidades, detalhando seus projetos na área de desenvolvimento sustentável, dados que serão mais profundamente analisados por especialistas. A Capital Global da Hora do Planeta será anunciada em Quito, no Equador, durante a Conferência das Nações Unidas Habitat III, de 17 a 20 de outubro.
Em homenagem ao Dia Mundial da Água, que é comemorado hoje, 22 de março, compilamos uma série de projetos publicados em nossas plataformas que mostram as relações mais estratégias, inovadoras e inesperadas entre a arquitetura e este elemento vital.
Arquitetura e água têm uma longa história de relações, dos aquedutos construídos pelos romanos à emblemática Casa da Cascata de Frank Lloyd Wright, e num momento em que tanto se discutem as mudanças climáticas, esta relação assume uma nova dimensão, fazendo eco a novos modos de pensar o vínculo entre o ser humano e a ecologia. A compreensão cada vez maior da necessidade humana pela água fez com que surgissem novos modos de incorporar este elemento em projetos de vanguarda. Os projetos a seguir apresentam a água sob uma variedade de aspectos: construções próximas a fontes naturais e corredeiras, projetos literalmente conformados pelo vapor, obras fisicamente imersas no líquido e, também, propostas que são ainda apenas visões de um futuro.
O Paseo La Castellana é um dos pontos de entrada do centro histórico de Madri, por onde circulam diariamente 800 mil automóveis. Por este motivo, a Prefeitura da capital espanhola está elaborando um plano de intervenção nesta avenida que dedicará mais espaço aos pedestres, ciclistas e usuários do transporte público.
Embora ainda não estejam definidas todas estratégias de remodelação, estima-se que o projeto seja concluído até maio deste ano. Até o momento, a única certeza é que as dez pistas atuais para automóveis serão reduzidas, de modo a redistribuir o espaço viário entre os diferentes modais de transporte.
Deste modo, prevê-se que parte das pistas para veículos sejam convertidas em novos espaços peatonais arborizados, ciclovias e corredores exclusivos para ônibus.
O plástico é o material mais presente na contaminação de rios e oceanos de todo o mundo, alcançando a alarmante proporção de 90% de todo os dejetos nas águas poluídas, de acordo com um estudo publicado pela revista Science.
Em relação a isso, são várias as iniciativas que vêm sendo promovidas por cidades de todo o mundo para tentar solucionar este problema.