São Paulo, Sociedade Anônima é um filme que possuí abordagem complexa e profunda de São Paulo, feito sob um olhar sensível e específico da década de 60 por aqueles que vivenciaram um momento de renovação urbana e socioeconômica da metrópole. Filme que captou essa renovação social distinta e se tornou um marco cinematográfico da época, em que traça uma relação intensa entre personagem e espaço urbano, possuindo diferentes camadas de interpretação que vem a esmiuçar o significado de moderno, urbano, cenográfico e arquitetônico. Utiliza todas essas questões como instrumentos de manifestação de um período, realizadas e vivenciadas por sua população, captando as transformações não só da cidade como também da sociedade.
Quem já teve a oportunidade de ver São Paulo de cima, sabe que se trata de uma das cidades mais verticalizadas do mundo. Entre tantos edifícios, alguns se destacam e se tornam verdadeiros marcos urbanos, assim como existem outros não tão conhecidos, mas que evidenciam sua presença na escala da vizinhança.
https://www.archdaily.com.br/br/777748/arquivo-edificios-de-sao-pauloEquipe ArchDaily Brasil
Mind the Step - Jardim Nakamura, São Paulo, Brazil. Image Cortesia de UN-Habitat
A ONU-Habitat ou Agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos e Desenvolvimento Urbano Sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da rápida urbanização, tem desenvolvido abordagens inovadoras no campo do desenho urbano, centrado na participação ativa da comunidade.
Descubra neste artigo a primeira lição a ser aprendida com a ONU-Habitat, sobre como projetar com e para as pessoas. Para criar espaços públicos melhores, o único segredo é ouvir a comunidade. Refletindo sobre “como podemos projetar juntos”, este artigo apresenta casos em Gana, Brasil e Índia, com foco em projetos de implantação de ruas, mercados e espaços públicos abertos.
Outros corpos, espaços e linguagens, que são invisibilizados ou simplesmente parecem não caber na atual cidade de São Paulo, estão sendo projetados em sua paisagem. "Vozes Contra o Racismo" é uma mostra e proposição que insere novos imaginários para a cidade que está em constante disputa de narrativas. Através do evento, até o dia 24 de agosto, a rua deixará de ser apenas um espaço de trânsito para abrigar também obras de arte, os edifícios se tornarão telas e monumentos serão apagados para servir de suporte a expressões artísticas que apresentam rumos que normalmente são invisibilizados pela história.
Calçada de São Paulo. Imagem cortesia de Caos Planejado
A qualidade das ruas e calçadas é um tópico bastante debatido no Brasil e a pandemia de coronavírus acrescentou mais um fator de complexidade ao tema – a saúde pública —, fazendo-nos questionar se é, efetivamente, possível para o pedestre praticar o distanciamento social. A inquietação levou o estudante de arquitetura Conrado Freire a desenvolver um mapa da largura das calçadas de São Paulo.
Adaptado do projeto Sidewalk Widths NYC de Meli Harvey, sobre as calçadas de Nova Iorque, o Largura do Passeio toma os dados das calçadas disponibilizados pelo portal GeoSampa e sintetiza de forma visual informações sobre os passeios de São Paulo que não são acessíveis ao público em geral. A partir dos códigos abertos disponibilizados por Harvey, que já foram também adaptados para cidades como Toronto, Washington, Berlim e Milão, Freire cria uma cartografia visual que informa aquilo que é apenas sentido pelos pedestres ao se deslocarem no espaço urbano de São Paulo.
A cidade de São Paulo vai testar um projeto-piloto que transforma ruas e calçadas normalmente destinadas a vagas de automóveis em áreas externas para bares e restaurantes. A iniciativa foi batizada de "Ocupa Rua" e é capitaneada pela Prefeitura de São Paulo com o escritório de arquitetura Metro Arquitetos Associados e a crítica gastronômica Alexandra Forbes.
O arquiteto Gian Carlo Gasperini faleceu na noite desta última quarta-feira, 15 de julho, aos 93 anos. Ele estava internado há dois dias no Hospital Albert Einstein com um quadro de pneumonia. Gasperini é responsável por algumas obras emblemáticas de São Paulo, como a Galeria Metrópole, no centro da cidade, e o edifício Pauliceia, na Avenida Paulista.
https://www.archdaily.com.br/br/943956/gian-carlo-gasperini-falece-aos-93-anosEquipe ArchDaily Brasil
Desde o início da pandemia no Brasil muito tem se debatido acerca dos impactos nos diferentes territórios e segmentos sociais. Algo fundamental tanto para encontrar os melhores meios de prevenir a difusão da doença como de proteger aqueles que estão mais vulneráveis. Entretanto, a forma como as informações e os dados têm sido divulgados não auxilia na análise dos impactos territoriais e da difusão espacial da pandemia, dificultando também o seu devido enfrentamento.
Na cidade de São Paulo, a escala de análise da pandemia ainda são os distritos, que correspondem a porções enormes do território e com população maior do que muitas cidades de porte médio. Essa visão simplificadora ignora as heterogeneidades e desigualdades territoriais existentes na cidade. Conforme apontamos anteriormente, infelizmente a dimensão territorial não é considerada de forma adequada, prevalecendo uma leitura simplificada e, até mesmo, estigmatizada, como por exemplo quando se afirma “onde tem favela tem pandemia”.