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restauración: O mais recente de arquitetura e notícia

Quando o reúso adaptativo gera uma transformação positiva

Quando se faz uma bagunça, geralmente é mais fácil levantar as mãos e começar do zero. Mas, embora possa ser mais difícil, o reuso adaptativo — quando a arquitetura pega algo velho e quebrado e o traz de volta à vida — pode trazer benefícios para todos.

Ao planejar edifícios sociais e culturais tão necessários para o uso público, em vez de usar materiais novos (ou mesmo materiais reciclados que precisam ser coletados, desmontados, reformulados e transportados), existem muitos recursos locais já disponíveis: tudo o que precisamos fazer é enxergá-los.

Esses projetos de reutilização adaptativa transformam edifícios desativados, projetos esquecidos e ambientes desprezados em algo novo, trazendo vida e novo propósito.

Restaurar ao invés de substituir: a recuperação do Palauet Nolla de Meliana em Valência

Um edifício emblemático para Meliana e toda a região, o Palauet Nolla data do século XVII e foi um símbolo da famosa fábrica de mosaicos Nolla. Localizado no contexto da paisagem de pomares do norte de Valência, após décadas de negligência, o edifício chegou em estado de ruína por volta de 2010, e seu estado era crítico sobretudo por falta de carpintaria externa, estrutura danificada, telhados afundados e parte da decoração com grave deterioração natural e antrópica, entre muitos outros fatores.

Integrar o passado: projetos contemporâneos que conservam fachadas preexistentes

Operar em entornos urbanos faz com que, na maioria dos casos, precisemos tomar decisões a respeito das preexistências materiais. O aumento na densidade das cidades afetou diretamente na porcentagem de espaço livre remanescente para desenvolver construções novas e independentes, dando lugar a debates a respeito de qual posição devemos tomar frente ao patrimônio edificado que ficou obsoleto - por detrimento ou incapacidade de satisfazer as necessidades funcionais da população contemporânea. Em situações em que os edifícios estão demasiado deteriorados ou os novos projetos estão longe das possibilidades espaciais que um edifício antigo pode oferecer, preservando apenas a fachada - como um envelope exterior, quase como um elemento epidérmico - pode ser apresentado como uma solução parcial que permite preservar, em parte, o caráter urbano de uma obra se esta tiver algum valor público ou cultural. A controvérsia surge, evidentemente, da falta de relação ou de ligação entre o interior -transformado - e o exterior -preservado.

A história do restauro de um ícone em Guadalajara: La Minerva

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© Marte Merlos

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La Minerva é uma escultura monumental icônica da capital de Jalisco, feita por Joaquín Arias em 1957 por ordem do então governador Agustín Yáñez. Os anos se passaram e seria durante a Copa do Mundo México de 1986, quando após uma vitória da equipe brasileira, seu treinador deu aos jogadores uma tarde livre e a comemoração terminou ali, na confluência das avenidas López Mateos, Vallarta, Golfo de Cortés e Circunvalación Agustín Yañez. A partir deste dia, celebrações e demonstrações adotaram La Minerva como cenário predileto. No entanto, fenômenos climáticos e as vibrações veiculares conferiram sérios danos à sua estrutura.