No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
O escritório EArquitetos foi premiado com o segundo lugar no concurso nacional de projeto para o Centro Histórico do Casarão Gallotti em Tijucas, Santa Catarina. A competição, organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Santa Catarina e a Secretaria de Cultura, Juventude e Turismo de Tijucas, buscava "estimular a preservação do patrimônio paisagístico e urbanístico da cidade" e "humanizar os espaços livres do centro histórico".
Conheça, a seguir, a proposta vencedora do concurso, acompanhada do memorial fornecido pela equipe de projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/975599/earquitetos-fica-em-segundo-lugar-no-concurso-para-o-centro-historico-do-casarao-gallotti-em-tijucasEquipe ArchDaily Brasil
A Prefeitura Municipal de Flores da Cunha-RS, em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do RS (IAB RS) e com o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS (CAU/RS) e da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), lançou o Concurso Público Nacional de Projeto de Arquitetura e Urbanismo para requalificar a Avenida 25 de Julho – umas das vias mais importantes da cidade. O edital do concurso está disponível no site e nos perfis de Instagram do IAB RS e da Prefeitura da cidade.
Palácio de Versailles. Foto de Jeremy Bezanger, via Unsplash
Localizado próximo a Paris e símbolo do poder dos monarcas franceses absolutistas, o Palácio de Versalhes começou a ser construído entre 1610 e 1643 como residência rural para os períodos de caça do Rei Luís XIII da França. Com o tempo, a residência foi sendo reformada e aperfeiçoada, até que em 1634 tornou-se em um palacete. Sua transformação em um grande palácio de luxo e ostentação da realeza se dá a partir da regência de Luís XIV, conhecido como o Rei Sol.
A responsabilidade perante o uso e consumo de recursos naturais e os impactos da construção civil tem sido uma pauta constante nas discussões do campo da arquitetura e do urbanismo. Se no passado as ideias de “tábulas rasas”, demolições em massa e novas construções eram aceitas e incentivadas, hoje em dia parece haver uma transformação no cenário, no qual se faz necessária a discussão sobre reutilização, reuso adaptativo e reformas, partindo e utilizando daquilo que é existente. Neste texto propomos um olhar atento à como grandes arquitetos interagem com construções pré-existentes em seus projetos, a partir da análise de alguns casos.
Com objetivo de conhecer os arquitetos, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa de referência, Sara Nunes, da produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, lançou o podcastNo País dos Arquitectos, em que conversa com importantes nomes da arquitetura portuguesa contemporânea.
No episódio desta semana, Sara conversa com o arquiteto Guilherme Machado Vaz, sobre o impacto que a Casa da Arquitectura e a antiga Real Companhia Vinícola assumem na cidade de Matosinhos, norte de Portugal. Reveja as outras entrevistas realizadas pelo podcast No Pais dos Arquitectos e leia a transcrição da entrevista com Vaz, a seguir:
O Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado no próximo dia 31 de julho, reconstruído após o incêndio que o atingiu em dezembro de 2015. Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma, instalado na cidade com o maior número de falantes de português no mundo, na histórica Estação da Luz, o museu celebra a língua como elemento fundador da nossa cultura. Por meio de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos, o visitante é conduzido a um mergulho na história e na diversidade do idioma falado por 261 milhões de pessoas em todo o mundo. A cerimônia oficial de inauguração, no dia 31, terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Museu.
O escritório paulistano Hiperstudio foi eleito vencedor do concurso nacional de requalificação do Senac de Belo Horizonte, promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. Com um projeto que aposta na qualidade espacial do térreo, caracterizado pela presença de pilotis, o estúdio convenceu o júri, que buscava propostas que soubessem "dialogar com os contextos histórico e cultural nos quais a unidade está inserida, respeitando a configuração espacial urbana e arquitetônica do hipercentro de Belo Horizonte."
Yaiza Terré fundou em 2008 seu próprio estúdio de arquitetura em Barcelona, onde atualmente desenvolve sua atividade profissional com foco em projetos de reforma e reinterpretação baseados na reutilização e na reciclagem. Aprop Ciutat Vella é uma de suas obras: um edifício de residências de emergência modular feito a partir de containers reciclados, realizado em conjunto com Straddle3 e Eulia Arkitektura. Recentemente, este foi reconhecido com o primeiro lugar no Prêmio Obra do Ano 2021 na versão em espanhol (o melhor da arquitetura construída na América Latina e Espanha). Por isso, nos aproximados desse projeto para conhecer mais de sua prática arquitetônica.
Na entrevista que apresentamos a seguir com Yaiza Terré, entenderemos a importância deste último prêmio em sua capacidade de abrir o debate sobre a regeneração e a crise habitacional nas cidades. Ao mesmo tempo, o questionamos sobre suas inspirações, interesses e motivações acerca da recuperação e revalorização; entendemos um pouco mais sobre seu processo de trabalho colaborativo e reflexivo; e abordamos seus próximos projetos e projeções para o futuro das cidades espanholas.
Há poucos episódios tão importantes para a história da arquitetura e do urbanismo quanto foi a Revolução Industrial. Para acomodar a estrutura produtiva que transformou o capitalismo a partir do século XVIII, foi criado todo um sistema de espaços que compreendia, para além das fábricas, centros de processamento de matérias-primas, núcleos de geração e distribuição de energia, armazéns de estocagem e terminais de transporte. No que diz respeito às cidades, tal processo não apenas resultou na destinação de grandes porções do território para acolher as atividades industriais, mas numa transformação multissistêmica que abrangeria as formas de morar, ocupar e deslocar-se no meio urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/926578/arquitetura-des-industrial-8-projetos-que-ressignificam-o-espaco-da-maquinaIsabel Martin
Reabilitar um edifício não é tarefa simples. Além de exigir sensibilidade aguçada para identificar e reconhecer o valor histórico das pré-existências – e, assim, decidir o que perduará no tempo e o que será substituído por elementos novos, coerentes com o programa atual –, trata-se também de uma estratégia que extrapola os limites do desenho e entra em temas como sustentabilidade e economia de meios. Afinal, estamos falando de reciclar uma estrutura, ou partes dela, e isso tem consequências tanto formais quanto ambientais.
Operar em entornos urbanos faz com que, na maioria dos casos, precisemos tomar decisões a respeito das preexistências materiais. O aumento na densidade das cidades afetou diretamente na porcentagem de espaço livre remanescente para desenvolver construções novas e independentes, dando lugar a debates a respeito de qual posição devemos tomar frente ao patrimônio edificado que ficou obsoleto - por detrimento ou incapacidade de satisfazer as necessidades funcionais da população contemporânea. Em situações em que os edifícios estão demasiado deteriorados ou os novos projetos estão longe das possibilidades espaciais que um edifício antigo pode oferecer, preservando apenas a fachada - como um envelope exterior, quase como um elemento epidérmico - pode ser apresentado como uma solução parcial que permite preservar, em parte, o caráter urbano de uma obra se esta tiver algum valor público ou cultural. A controvérsia surge, evidentemente, da falta de relação ou de ligação entre o interior -transformado - e o exterior -preservado.
Cortesia de GOAA - Gusmão Otero Arquitetos Associados
Nós, arquitetas e arquitetos, nos propusemos a refletir sobre os espaços domésticos, protagonistas dos tempos de quarentena que estamos todos atravessando. Nossas reflexões buscam iluminar algumas melhorias viáveis para o bem-estar de pelo menos parte dos moradores da metrópole a partir de nossa própria vivência e se soma a outras tantas iniciativas que repensam a cidade e a moradia no contexto atual.
https://www.archdaily.com.br/br/938957/um-tempo-para-repensar-o-edificio-estrategias-para-coberturas-fachadas-e-terreos-durante-a-pandemiaBeatriz Dias, Clara Troia, Guido Otero e Ricardo Gusmão
Reaproveitar uma pré-existência, atribuindo-lhe novo uso ou simplesmente melhorando suas condições, poder ser uma estratégia inteligente em nosso contexto ambiental de acelerado consumo de recursos. Pensar em modos de recuperar um edifício é tarefa da arquitetura, mas a missão se complexifica quando a pré-existência é imbuída de altos valores e significados culturais e históricos, já que intervir – e alterar – o patrimônio arquitetônico significa redesenhar o passado e prescrever um futuro, que pode ou não conter novos modos de usar a estrutura.
BIM (Building Information Modeling) é uma sigla cada vez mais usual entre os arquitetos. A maioria dos escritórios e profissionais já vem migrando ou planeja mudar para esse sistema, que representa digitalmente as características físicas e funcionais de uma edificação, integrando diversas informações sobre todos os componentes presentes em um projeto. Através dos softwares BIM é possível criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, o que proporciona maior controle de custos, eficiência na obra. Também há possibilidade simular o edifício, entendendo seu comportamento antes do início da construção, e seu respectivo suporte ao projeto ao longo de suas fases, inclusive após construído ou na sua desmontagem e demolição.