A exposição "Close-up", promovida pelo SCI-Arc, está atualmente em cartaz na galeria SCI-Arc e apresenta detalhes arquitetônicos projetados com uso de tecnologias digitais por arquitetos renomados no campo. A exposição, que tem curadoria de Hernan Diaz Alonso e David Ruy, busca explorar o impacto das novas ferramentas de computação não apenas na análise de edifícios de grandes escalas, mas também nas "tradições da expressão tectônica" associadas ao detalhe arquitetônico.
Com sustentabilidade no topo da agenda arquitetônica, um dos assuntos que os arquitetos mais tem se dedicado é o de como prolongar a vida útil dos edifícios. Embora os métodos mais antigos - como a utilização de materiais mais robustos, estruturas adaptáveis e uma manutenção mais cuidadosa - sem dúvida alguma desempenhem um importante papel nesse desafio, um dos maiores progressos dos últimos anos tem sido o desenvolvimento de materiais capazes de auto-cura. Já conhecemos avanços relacionados com o concreto, o asfalto e o metal, e, ao que parece, chegou a vez dos plásticos.
Esse vídeo mostra um polímero flexível e transparente criado por pesquisadores da Universidade de Alicante, o qual depois de danificado pode voltar à seu estado original em apenas 10-15 segundos, sem necessidade de utilizar fontes externas. Segundo os pesquisadores, o material não produz nenhuma reação química, o que significa que o feito pode ser realizado até mesmo quando o polímero estiver imerso em água ou em outros líquidos, tornando-o ideal para uso em ambientes difíceis que possam impedir o acesso humano para reparos.
As estruturas pneumáticas do escritório Plastique Fantastique foram originalmente concebidas em 1999 por necessidade: "O fato de usarmos plástico era apenas porque não tínhamos dinheiro", explica o fundador do escritório, Marco Canevacci. "Então, o plástico era o material mais barato que podíamos imaginar, e você pode unir partes muito facilmente e criar arquitetura muito simples. Com um compressor de ar quente, estas arquitetura se tornam lugares muito aconchegantes." Em suas quase duas décadas de experimentações contínuas, as intervenções pneumáticas do escritório se tornaram emblemáticas de uma arquitetura efêmera, temporária e excêntrica. Seu trabalho dá continuidade a uma linhagem iniciada pelo grupo experimental utópico Haus-Rucker-Co, cujas estruturas infláveis dos anos 1960 eram criações livres e descartáveis que brincavam - literalmente e metaforicamente - com os limites de um mundo que eles viam como sério, rígido e tedioso.
Ano passado, o Plastique Fantastique foi convidado para o 180 Creative Camp organizado pelo Canal 180 em Abrantes, Portugal, onde sua enorme instalação Strawberry Ice Cream Cone ocupou um espaço público, proporcionando aos visitantes uma experiência espacial singular e divertida. Para registrar a ocasião, o Canal 180 produziu um vídeo que mostra alguns dos projetos mais recentes do escritório e documenta a construção de seu mais recente trabalho. Assista ao vídeo acima e veja algumas imagens da instalação, a seguir.
A empresa japonesa Komatsu Seiten Fabric Laboratory criou um novo composto de carbono termoplástico chamado CABKOMA Strand Rod. Este novo material consiste em uma fibra de carbono coberta com fibras sintéticas e inorgânicas e revestida com uma resina termoplástica. O material foi usado no exterior da sede da Komatsu Seiten.
Mergulhada em uma era de digitalização e computação, a arquitetura foi profundamente afetada na última década por aquilo que alguns críticos têm chamado de "Terceira Revolução Industrial". Com questões éticas e de produção muito presentes no atual discurso da arquitetura, projetos que tiram vantagem destas novas tecnologias são frequentemente criticados por sua natureza vazia e inconsistente. Por outro lado, temos presenciado a emergência de trabalhos que exemplificam o lado mais otimista desta "Terceira Revolução Industrial" -- uma arquitetura que se apropria das novas tecnologias e da computação para o bem comum de nossas cidades e seus habitantes.
Compilamos sete destes projetos, que englobam desde exemplos de engenharia até produções mais artesanais; projetos que, 80 anos depois da publicação de um dos livros mais reverenciados de Le Corbusier, dão pistas de um novo horizonte -- por uma (nova) arquitetura.
Um grupo de pesquisadores do KTH Royal Institute of Technology de Estocolmo, desenvolveu recentemente o Optically Transparent Wood (TW), um novo material que impactará significantemente o tipo de madeira com o qual pensamos nossos projetos de arquitetura. Publicado na revista da American Chemical Society -Biomacromolecules-, trata-se de um processo que elimina quimicamente a Lignina da madeira, transformando sua coloração natural numa tonalidade branca. O substrato poroso resultante é impregnado com um polímero transparente, igualando as propriedades ópticas de ambos.
O escultor britânico-indiano Anish Kapoor possui os direitos exclusivos de Vantablack, atualmente o material mais escuro do mundo. Desenhado por uma equipe de cientistas da companhia Surrey NanoSystems em 2014, Vantablack absorve toda a luz e cria um abismo que se compara ao efeito de um buraco negro.
Painéis de desempenho ultra elevado da TAKTL usados no Waikiki Business Plaza, por MGA Architecture. Cortesia de TAKTL
Não é segredo que na profissão da arquitetura, uma das maiores fontes de culpa é nossa excessiva confiança no concreto - usado em muitos dos edifícios que criamos. Arquitetos sabem mais que todos das implicações ambientais deste material e ainda assim continuam usando ele a uma taxa alarmante. Mas que alternativas temos para fazer nosso trabalho? Em um artigo escrito para a Forbes, Laurie Winkless discorre sobre três alternativas que têm uma boa chance de mudar o modo como construímos com concreto.
Quando se fala de materiais e suas propriedades de eficiência energética, um deles se destaca dos demais: o vidro. Janelas e planos de vidro são uma das maiores fontes de perda de calor de uma edificação e ao passo que a sociedade avança em direção a um futuro ambientalmente mais consciente, novas soluções passivas deverão ser desenvolvidas para mitigar a pegada energética dos edifícios. Recentemente, diversas tecnologias de smart glass foram desenvolvidas para automaticamente regular a luz e o calor baseadas nas condições ambientais. No entanto, os altos custos envolvidos têm impedido sua popularização. Agora, uma equipe de pesquisadores do MIT descobriu uma alternativa ao smart glass que pode ser comercializada a um custo acessível.
Há mais de 100 anos inovando em mobiliários com design, a multinacional norte-americana Herman Miller acredita que sentar-se é sempre o meio para um fim. É sentado que estamos quando precisamos lançar uma ideia nova, resolver um problema ou compartilhar uma história. Por isso, a empresa Herman Miller projeta cadeiras que apoiam as pessoas, que ajudam em seus movimentos, com superfícies que se ajustam à forma de cada um e com suporte que possibilita manter o corpo na melhor postura.
Criações com palets de madeira são cada vez mais populares; vemos projetos que variam de mobiliários DIY até a construção de uma piscina. Em seu mais recente tutorial, a equipe do Interesting Engineering mostra como construir uma casa com este material. Assista ao vídeo acime para aprender como construir uma pequena residência com palets de madeira e veja algumas dicas a seguir.
Cholguán é um painel de fibra de madeira fabricado a partir de um sistema de prensagem de alta temperatura; o resultado é uma superfície suave e homogênea, caracterizada pela grande flexibilidade e resistência à umidade. Apesar de suas qualidades, o produto ficou limitado a usos específicos secundários, perdendo importância e visibilidade no âmbito do design e da arquitetura.
Buscando reinserir o material no dia a dia dos arquitetos, a Arauco® convidou a The Andes House para desenvolver uma solução inovadora e atraente que destaca as vantagens do produto. Com experiência em projetos de produtos feitos com matérias-primas básicas, como vime e madeira de pinos, a equipe do The Andes House criou o “Ensamble”, proposta que apresentamos aqui.
Tendências mostram que o vidro está cada vez mais sendo utilizado para agregar valor estético aos ambientes internos de seu projeto, seja como espelhos, revestimento de paredes ou mobiliário ou em portas e divisórias.
Desenvolvido por cientistas liderados por Lin Wan da Northwestern University, este "concreto marciano" é apenas um dos muitos desenvolvimentos científicos que serão necessários para realizar o objetivo de levar humanos - e eventualmente colonizar - o planeta vermelho.
O sistema de laje de concreto do Holedeck usa 55% menos concreto que um alaje tradicional, o que o torna significativamente menos agressivo ao meio ambiente que os sistemas mais comuns, além disso, as lajes são também mais finas, o que permite um maior número de pavimentos em edifícios em altura.
Além de serem sinais de sofisticação e consciência ambiental, atualmente telhados verdes e jardins verticais são alvos de políticas públicas e subsídios nas grandes cidades globais. É o caso em São Paulo, Nova York e Paris, onde já há lei que obriga os prédios comerciais a instalarem essas estruturas, além de placas solares, como parte do esforço para uma transição energética sustentável. As vantagens nisso são mais que estéticas e vão desde a mitigação da poluição atmosférica até a redução do consumo de energia com ar condicionado por conta do resfriamento natural das edificações. Um telhado verde, por exemplo, pode diminuir a temperatura interna de um projeto em até 30%.
O futuro em certa medida é otimista e a tendência é que a natureza seja cada vez mais incorporada ou introduzida nas skylines. Mas o que está sendo desenvolvido hoje na vanguarda da arquitetura e da engenharia civil é ainda mais promissor. Grupos multidisciplinares de pesquisa na Espanha e na Inglaterra estão numa corrida para lançar materiais de construção biorreceptivos, que, graças à sua composição física, são capazes de receber e estimular o crescimento de musgos, microalgas e fungos liquenizados em seus interiores, tornando qualquer estrutura em um jardim vertical.
https://www.archdaily.com.br/br/779408/todas-as-paredes-podem-ser-vivas-com-o-concreto-verdeJulio Lamas / Conexão Planeta