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Construção: O mais recente de arquitetura e notícia

"As tecnologias para enfrentar os desafios habitacionais de hoje são as mesmas que nos levarão ao espaço": entrevista com Jason Ballard

Fundada no ano de 2017 e nomeada uma das “Empresas Mais Inovadoras do Mundo” em 2020, a ICON está revolucionando a industria da construção civil de cima a baixo, desafiando os limites impostos pelas tecnologias atualmente disponíveis no mercado. Relativamente jovem, a start-up com sede no Texas começou desenvolvendo e construindo projetos de casas impressas em 3D nos Estados Unidos e no México como uma estratégia para enfrentar os desafios impostos pela atual crise habitacional. Simultaneamente, esta frente de ação está sendo explorada como um campo de testes para o desenvolvimento de novos sistemas construtivos que poderiam ser futuramente utilizados em viagens exploratórias fora do planeta Terra. Nesta empreitada, a ICON tem buscado se aproximar de importantes parceiros como o BIG e também a NASA.

Figurando na lista dos 100 líderes emergentes que estão moldando o futuro da humanidade, a Times’ Next 100, Jason Ballard, CEO e cofundador da ICON conversou diretamente com nossos editores do ArchDaily, contando um pouco mais sobre o início da empresa, os desafios impostos pela crise habitacional no planeta e como a ICON tem investido em novas tecnologia de impressão 3D como uma ferramenta para transformar a industria da construção civil no mundo hoje, além é claro, da recente parceira firmada com o escritório de arquitetura de Bjarke Ingels.

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Edifício de oito pavimentos é construído em apenas 100 dias em Santa Catarina

O Edifício Level, um prédio corporativo de oito pavimentos construído na região central de Tubarão, em Santa Catarina, levou apenas 100 dias para ficar pronto, sendo 20 deles dedicados exclusivamente à acoplagem no local. Isso porque foi utilizado o método construtivo off-site, ou seja, feito em fábrica. Por suas dimensões e prazos, o edifício off-site está sendo considerado um marco na construção civil brasileira. “É o maior edifício de construção off-site volumétrica da América Latina”, comemora Ricardo Mateus, CEO e fundador da Construtech Brasil ao Cubo, realizadora da obra.

Lina Bo Bardi e sua escada helicoidal de madeira: tradição e modernidade

O conjunto do Unhão, cuja construção data do século XVII, constituía-se de um engenho de açúcar com casa-grande, capela e senzala, tombado no ano de 1943. Salvador era a principal cidade brasileira na época da construção, em que o Brasil era uma colônia portuguesa, com a mão-de-obra sobretudo de escravizados, e do seu porto saía grande parte da produção de açúcar para exportação. O conjunto chamou a atenção da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi desde sua primeira visita em 1958, na época que ela passou alguns anos trabalhando e dando aulas na capital baiana. Com participação decisiva de Lina na definição do programa e da própria implantação, as edificações foram restauradas para receberem o Museu de Arte Popular e a Universidade Popular. Mas em todo o conjunto, o elemento que chama a atenção por sua plasticidade, funcionalidade e simbolismo, é a escada helicoidal de madeira.

Construindo casas com blocos gigantes: U-Build e o futuro da autoconstrução

É difícil encontrar alguém que nunca brincou de LEGO quando criança. E se pensássemos em edifícios como grandes jogos de montar? U-Build é um sistema de construção modular em madeira desenvolvido pelo Studio Bark para ser fácil de construir, agradável de habitar e simples de desconstruir no final da sua vida útil. O sistema remove muitas das dificuldades associadas à construção tradicional, capacitando indivíduos e comunidades a construir suas próprias casas e edifícios. O sistema usa usinagem CNC de precisão para criar um kit de peças, permitindo que a estrutura do edifício seja montada por pessoas com habilidades e experiência limitadas, usando apenas ferramentas manuais simples.

Arquitetura do Amanhã: projetando negócios sustentáveis


Qual o papel da madeira na arquitetura contemporânea?

 

Imaflora lança evento para debater necessidades, perspectivas e oportunidades que a sustentabilidade pode trazer para a arquitetura e para os negócios

 

Debater para poder resgatar e valorizar o uso da madeira na arquitetura e na construção civil. Este será o mote do evento virtual “Arquitetura do amanhã: projetando negócios sustentáveis” que será realizado no dia 11 de março, pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), com o Núcleo da Madeira e a AMATA. O encontro, que será gratuito, busca provocar o setor para o importante papel que tem

Os desafios de construir um edifício flutuante de madeira, autossuficiente e completamente reutilizável

Todos que já construíram alguma coisa; uma maquete, uma casa de passarinho ou um pequeno mobiliário, têm a clara noção da quantidade de coisas que podem sair errado durante o processo. Um parafuso que é impossível de apertar até o fim, uma tábua de madeira empenada, uma desatenção ou um erro de cálculo que podem frustrar os planos de uma hora para outra. Quando transportamos isso para uma escala de uma edificação, com inúmeros processos e diferentes pessoas envolvidas, sabemos o quão complexo uma obra pode se tornar e quantas coisas podem sair do controle, demorando mais tempo e demandando mais recursos para finalizar. E ao falarmos de uma edificação que precisa flutuar, ser completamente autossuficiente e, depois de cumprir sua vida útil, poder ser completamente reutilizada. Você conseguiria imaginar os desafios técnicos de construir algo assim?   

Madeira carbonizada: a técnica tradicional japonesa cada vez mais popular no mundo

Ancestral, vernáculo, minimalista e harmonioso. Para muitos, essas palavras definem a arquitetura do Japão, um país que há muito tempo serve como fonte de inspiração cultural e tecnológica para inúmeras sociedades em todo o mundo. As técnicas populares japonesas atingiram até os cantos mais remotos do mundo, ganhando força em vários campos que variam de artesanato técnico à inovação digital. Dentro do campo da arquitetura, a apropriação e a reinvenção de vários materiais e sistemas de construção - como o uso de madeira carbonizada nas fachadas - tem sido um tema duradouro.

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Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália

O aumento exponencial da população versus a falta de acomodações acessíveis é um problema que afeta áreas urbanas de todo o mundo. Para auxiliar nesta questão, a empresa italiana Mario Cucinella Architects propõe um novo modelo de habitação circular. Trata-se de uma casa impressa em 3D com materiais orgânicos.

O protótipo usa recursos encontrados regionalmente, como é o caso da argila de origem local – sendo a primeira casa impressa do tipo. Isso reduz as emissões de transporte de materiais e também garante que o edifício seja zero desperdício.

Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália - Image 1 of 4Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália - Image 2 of 4Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália - Image 3 of 4Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália - Image 4 of 4Casa é construída com impressão 3D e argila na Itália - Mais Imagens+ 5

Como utilizar e reutilizar as chaminés na arquitetura

Francis D. K. Ching [1] caracteriza uma chaminé como “estrutura vertical incombustível, que contém um conduto através do qual a fumaça e os gases de uma fogueira ou fornalha são impelidos para o exterior e por meio do qual é criada uma corrente de ar”. Enquanto seus canos podem ficar ocultos em paredes ou outras estruturas, o topo da chaminé geralmente permanece proeminente, com o intuito de levar os gases de dentro para fora, sem sujar o ambiente ou prejudicar a saúde dos ocupantes. Sendo elementos verticais, há chaminés que se tornam grandes marcos na paisagem urbana, sobretudo em projetos industriais. No momento do desenho, decidir sobre o “peso” que terá a chaminé no projeto é imprescindível. Na Casa Milá, por exemplo, Gaudí coroa o edifício de formas sinuosas e curvilíneas com chaminés esculturais. Há casos em que a sobriedade da construção é espelhada em sua chaminé e outros que o elemento vertical busca ser o mais oculto possível. Recentemente, também, muitas chaminés têm sido reformadas para novos usos ou novas tecnologias mais limpas. Seja no papel de destaque, de integração ou oculto na edificação, veja abaixo algumas dicas de projeto e possibilidades de uso.

Como as arquiteturas flutuantes não afundam?

O ambiente aquático sempre fascinou sonhadores e pesquisadores. Por volta de 1960, em meio à acirrada corrida espacial da Guerra Fria, o explorador francês Jacques Cousteau desenvolveu equipamentos para desvendar as profundezas do mar - como o Aqualung - que permaneciam tão ou mais inexploradas que o próprio espaço sideral. Ele chegou a afirmar que em 10 anos poderíamos ocupar o fundo do mar como “aquanautas” ou 'oceanautas”, onde seria possível passar períodos longos, extraindo recursos minerais e até cultivando alimentos. Sessenta anos depois o fundo do mar ainda é reservado a poucos, e a humanidade tem se preocupado mais com as enormes quantidades de plástico nos oceanos e o aumento do nível dos mares por conta do aquecimento global. Mas estar próximo de um corpo d’água continua fascinando grande parte das pessoas. Seja por interesse ou pela necessidade de ganhar espaço em cidades com riscos de inundação ou populosas demais, propostas utópicas e exemplos interessantes de arquiteturas flutuantes têm figurado no arquivo de projetos do ArchDaily. Mas quais as diferenças fundamentais entre construir casas em terra e casas na água e de que forma esses edifícios permanecem na superfície e não afundam?

Andaimes: de equipamento auxiliar a protagonista na arquitetura

Fala-se pouco sobre a contribuição dos andaimes na história da construção. Estas estruturas geralmente foram tratadas como meros equipamentos e, por isso, seus registros são bastante escassos. Sem elas, no entanto, seria quase inviável construir a maioria dos edifícios que conhecemos. Os andaimes permitem atingir e deslocar materiais a pontos difíceis em uma construção, proporcionando segurança e algum conforto aos trabalhadores. Mas além do seu papel de estrutura de apoio para as construções, temos visto que os andaimes também podem servir para estruturas móveis, temporárias e mesmo permanentes. Conheça um pouco da história e das suas possibilidades a seguir.

Pode existir boa arquitetura sem modulação?

Presente na narrativa do Dilúvio no livro do Gênesis, Noé teria construído uma arca após um chamado de Deus, que decidiu inundar e destruir toda a vida na Terra por conta do mau comportamento da Humanidade. Apenas a família de Noé e um casal de cada espécie de animais poderia entrar na enorme embarcação e se salvar. Na bíblia, a arca é descrita com as medidas exatas de 300 côvados de comprimento por 50 de largura e 30 de altura. Esta era uma unidade utilizada na época, baseada no comprimento do antebraço, desde a ponta do dedo médio até o cotovelo. Um holandês que tem se dedicado a construir uma réplica da Arca de Noé, sem sucesso em encontrar um valor correspondente preciso no sistema métrico, utilizou as medidas do seu próprio corpo como o módulo. Modulação na arquitetura quer dizer adaptar o projeto a um módulo definido, geralmente uma medida base ou um material. Seja um metro, um tijolo, um azulejo ou um container, ela serve para facilitar o processo de projeto e torná-lo mais eficiente e sustentável.

Conversas de Arquitetura - Ciclo de Palestras e Oficinas de Arquitetura e Urbanismo 2020/2

Ciclo de Palestras e Oficinas de Arquitetura e Urbanismo promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisociesc de Florianópolis.

Data:
18 e 19 de novembro

Palestrantes:

Ingrid Zambrana
José Armênio Brito Cruz
Rosa Camargo Artigas
José Darós
Jonas Silvestre Medeiros

10 Tipos de telhados e as possibilidades das telhas de ardósia

Toda criança já teve que desenhar uma casa. Talvez um dia ensolarado com algumas nuvens, uma árvore frondosa, uma família com um cachorro, cercas baixas de madeira ou até um carro. Mas, é quase certeiro que estará ali representado um volume simples com um telhado inclinado de duas ou quatro águas. Este arquétipo da casa é algo que figura em praticamente todas as culturas, e até hoje muitos arquitetos utilizam-no para projetos contemporâneos. 

Além da função primordial de escoar a água da chuva e a neve, protegendo a edificação das intempéries, os telhados podem ser um artifício formal importante para composição de um projeto. Com a arquitetura moderna, as lajes impermeabilizadas surgiram com força, mas coberturas inclinadas continuaram tendo espaço cativo para clientes e arquitetos. Neste artigo abordaremos os vários tipos de telhados e, mais especificamente, o processo de fabricação e características das telhas de ardósia natural.

ABDI lança curso online e gratuito de BIM

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, em outubro, um curso básico online e gratuito de BIM (Building Information Modelling). Dividido em dois módulos, o curso Democratizando BIM se destina a todos os profissionais dos setores de arquitetura, engenharia e construção (AEC). Para se inscrever, basta acessar o site e preencher o formulário.

Como os biomateriais de construção podem ajudar a enfrentar a crise climática?

As mudanças climáticas podem ser consideradas uma das maiores ameaças atuais à sobrevivência da humanidade, sendo resultado do aquecimento global que é causado pelo aumento das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), em que o dióxido de carbono (CO2) é o principal deles. No mundo, as edificações foram responsáveis por cerca de 40% emissão de CO2, considerando emissões diretas, indiretas e incorporadas (no ciclo de vida dos produtos de construção) para o ano de 2018 (UNEP, 2019). Ao mesmo tempo, como é um setor que consome e ainda consumirá grande quantidade de materiais para superar o grande déficit habitacional existente, em muitos países, pode ser visto como um setor chave, servindo como uma oportunidade para ajudar o enfrentamento às mudanças climáticas. Para isso, um dos principais caminhos é o incentivo para o uso de biomateriais.

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Lajes com bolhas de ar? Como o sistema BubbleDeck funciona

Na cúpula do Panteão em Roma, diversos artifícios foram usados para permitir que uma construção tão ousada se mantivesse de pé. Um deles diz respeito à composição do concreto (nesse caso, um concreto não-armado) com densidades distintas no decorrer da estrutura. Quanto mais próximo do topo, pedras mais leves foram utilizadas na mistura, diminuindo o peso próprio da cúpula, mas mantendo-a sólida na base. Outro artifício foi a inclusão dos “cofres”, que nada mais são que subtrações no concreto, permitindo a construção da abóbada mantendo uma seção transversal suficientemente robusta para suportar o seu próprio peso. Construído há quase 1.900 anos, esse edifício ainda continua surpreendendo-nos pela genialidade das soluções. Utilizar a quantidade dos materiais somente onde cumprem suas função primordial, criando estruturas inteligentes, é apenas uma das lições que esse edifício proporciona.