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Cidade do Vaticano: O mais recente de arquitetura e notícia

Primeira participação do Vaticano na Bienal de Veneza: Pavilhão da Santa Sé

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Aerial view. Imagem © Laurian Ghinitoiu

A 16ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza traz pela primeira vez a participação do Vaticano. Com seu pavilhão da Santa Sé, a cidade-estado convidou arquitetas e arquitetos a projetarem capelas que, após a Bienal, serão relocadas em diferentes partes do mundo.

Localizadas em uma área arborizada na ilha veneziana de San Giorgio Maggiore, dez capelas projetadas por arquitetos como Norman Foster, Eduardo Souto de Moura e Carla Juaçaba se unem a uma décima primeira projetada pelo escritório MAP Architects. Esta última serve como um prelúdio para as demais capelas, ao mesmo tempo que reflete sobre o projeto de Gunnar Asplund para a Capela Woodland, de 1920.

A arquitetura religiosa ainda é relevante nos dias de hoje?

Algumas das mais importantes obras de arquitetura ao longo da história da humanidade se devem à religiosidade e espiritualidade do ser humano. Ao longo das últimas décadas, um crescente número de pessoas têm se importado cada vez menos com as práticas religiosas no sentido mais tradicional, isso não significa que a maioria delas seja completamente cética, mas o fato é que muitos destes monumentos arquitetônicos têm lentamente começado a perder parte de seu significado. Aquilo que Louis Kahn chamou de “imensurável” e Le Corbusier se referia como “inefável” estaria deixando de ser relevante para as pessoas?

A proposta do Vaticano para a Bienal de Veneza de 2018 - primeira participação do país no mais importante evento de arquitetura do mundo - é apresentada como “uma espécie de peregrinação não apenas religiosa, mas também cética”. Com isso, está cada vez mais evidente que o papel dos espaços “religiosos” está se transformando pouco à pouco, de espaços iconográficos para ambientes mais ambíguos que procuram refletir a "espiritualidade" de uma maneira mais ampla.

E o que isso significa? Ainda há espaço para a espiritualidade na arquitetura? É possível criar espaços religiosos abertos para pessoas de diferentes crenças e até mesmo para aquelas mais céticas? E o que faz com que um espaço seja dotado de "espiritualidade"?

Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018

O escritório Foster + Partners divulgou detalhes do projeto de sua capela para a primeira participação do Vaticano na Bienal de Veneza. O Pavilhão da Santa Sé será composto por dez capelas projetadas por dez arquitetos, situadas na ilha veneziana de San Giorgio Maggiore. Entre os arquitetos selecionados pelo Vaticano estão Foster + Partners, Eduardo Souto de Moura e Carla Juaçaba.

Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018 - Image 1 of 4Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018 - Image 2 of 4Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018 - Image 3 of 4Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018 - Image 4 of 4Foster + Partners divulga projeto de capela para o Vaticano na Bienal de Veneza 2018 - Mais Imagens+ 1

Vaticano divulga detalhes de sua primeira participação na Bienal de Arquitetura de Veneza

O Vaticano divulgou detalhes do Pavilhão da Santa Sé para a Bienal de Veneza de 2018, marcando sua primeira participação na maior exposição da arquitetura mundial. Situado na Ilha de San Giorgio Maggiore, o Pavilhão da Santa Sé levará os visitantes a uma viagem por dez capelas projetadas por dez arquitetos.

O início da jornada será marcado pela Capela Asplund, projetada pela MAP Studio e construída pela ALPI, inspirada na “Woodland Chapel” construída em 1920 por Gunnar Asplund no Woodland Cemetery, em Estocolmo.

Exposição "Santiago Calatrava: The Metamorphosis of Space"

A grande abertura da exposição Santiago Calatrava: The Metamorphosis of Space aconteceu no dia 4 de dezembro, no espaço monumental do Braccio di Carlo Magno. A mostra permanece aberta até 20 de fevereiro de 2014.

A exposição, patrocinada pelos Museus do Vaticano e pelo Pontifício Conselho de Cultura e com curadoria de Micol Forti, apresenta uma coleção de aproximadamente 140 obras, mostrando as complexas produções artísticas do famoso arquiteto e engenheiro espanhol.

A seleção de modelos arquitetônicos é acompanhada pelos estudos correspondentes, mas também por aquarelas, criadas a partir de inspirações completamente independentes da gênese dos projetos. Além disso, está em exposição uma rica antologia de esculturas, desde algumas monumentais até algumas de escala reduzida, feitas de bronze, mármore, alabastro e madeira.

A combinação de obras que pertencem a distintos meios artísticos, embora estreitamente relacionadas, direciona o olhar do observador a diferentes níveis de interpretação dos volumes arquitetônicos.