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Bienal de Venecia 2014: O mais recente de arquitetura e notícia

Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical

Andrés Jaque e seu escritório Office for Political Innovation receberam o Leão de Prata na categoria Melhor Projeto de Pesquisa na Bienal de Veneza deste ano pelo trabalho SALES ODDITY. Milano 2 e a Política de Urbanismo Direct-to-Home TV.

Numa recente edição do suplemento Babelia do jornal espanhol El País, o arquiteto escreve sobre a pesquisa, postulando que a origem do poder de Silvio Berlusconi - polêmico magnata italiano e ex Primeiro Ministro a Itália - foi forjada em seus projetos de urbanização nos anos setenta, formulando um "urbanismo radical, projetado para isolar a população em setores homogêneos e para eliminar a política das relações entre consumo e produção."

A seguir, saiba mais sobre SALES ODDITY, pesquisa premiada na Bienal de Veneza.

Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical - Image 1 of 4Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical - Image 2 of 4Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical - Image 3 of 4Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical - Image 4 of 4Andrés Jaque e o reconhecimento de um (tele)urbanismo radical - Mais Imagens+ 3

Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre

Entre os destaques da edição de 2014 da Bienal de Arquitetura de Veneza, a Catalunha retornou ao evento internacional através dos eventos paralelos com Arquitectures Empeltades/Grafting Architecture. O projeto, promovido pelo Instituto Ramon Llull, teve curadoria de Josep Torrents i Alegre, com Carabí Bescós e Jordi Ribas Boldúm como curadores assistentes.

A mostra, aberta a todo o público até o dia 23 de novembro, traz um total de 16 trabalhos que demonstram a mudança de paradigma que está tomando forma na arquitetura catalã contemporânea, exemplificando uma maneira de realizar as coisas que atualiza uma tradição viva e projeta o futuro.

Veja a seguir o conteúdo da exposição.

Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre - Image 1 of 4Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre - Image 2 of 4Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre - Image 3 of 4Bienal de Veneza 2014: "Grafting Architecture" por Josep Torrents i Alegre - Image 4 of 4Bienal de Veneza 2014: Grafting Architecture por Josep Torrents i Alegre - Mais Imagens+ 7

Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014

O pavilhão do México para a 14ª edição de Bienal de Veneza tem como ponto de partida as reflexões de Octavio Paz quem descreve a contraposição entre tradição e modernidade. Ecoando os preceitos ditados por Rem Koolhaas para os pavilhões nacionais, que abordam a temática Absorbing Modernity 1914-2014, Octavio Paz estabelece que "...a modernidade é há 100 anos o nosso estilo. É o estilo universal. Querer ser moderno parece loucura, estamos condenados a ser modernos [...]"

Através dessa reflexão, os arquitetos Julio Gaeta e Luby Springall criam um projeto curatorial e o desenho de um pavilhão com base em dois relatos-percursos: um tradicional e outro vanguardista. Isso é realizado a partir da seleção de obras emblemáticas da modernidade mexicana e, como contraponto, a projeção de obras, eventos e entrevistas que condicionaram processos e resultados na arquitetura.

Veja as fotografias do pavilhão juntamente como texto oficial dos curadores, a seguir.

Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014 - Image 1 of 4Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014 - Image 2 of 4Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014 - Image 3 of 4Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014 - Image 4 of 4Condenados a ser Modernos / Pavilhão do México na Bienal de Veneza 2014 - Mais Imagens+ 3

Bienal de Veneza 2014: SALES ODDITY / Andrés Jaque, Leão de Prata pela melhor pesquisa

Na década de 1970 as dinâmicas sociais, políticas e econômicas na Itália começaram a dar forma a uma nova realidade urbana: por uma lado, a televisão estava influenciando profundamente a sociedade italiana, convertendo-se em parte fundamental do cotidiano; por outro, a tensão social resultante das manifestações estudantis e a imigração acelerada estavam começando a impactar as cidades de modo caótico. Estas dinâmicas foram abrindo caminho para Milano Due, uma nova cidade nos arredores de Milão, que prometia um novo e idílico urbanismo.

O complexo promovido como a "cidade dos números 1" parecia, à primeira vista, um bairro tradicional, porém, o empreendimento conseguiu colocar em prática alguns dos preceitos do modernismo. Suas 2.600 unidades habitacionais contavam com acesso a educação e entretenimento dispostos em torno de um jardim e lago artificiais e se conectavam através de circulações peatonais elevadas. No subsolo, o complexo abrigava os estúdios da primeira emissora de televisão privada da Itália, um aspecto que, de certa forma, moldou a vida dos habitantes de Milano Due e, posteriormente, se espalhou por toda a sociedade italiana. 

Bienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em "Time, Space, Existence"

Ricardo Bofill Taller de Arquitectura (RBTA) está atualmente participando da Bienal de Veneza na seção de eventos paralelos. Sua exposição permanecerá aberta ao público até 23 de novembro e faz parte de Time, Space, Existence, evento que acontece no Palazzo Bembo e que convocou um grupo heterogêneo de arquitetos de 40 nacionalidades a apresentar suas ideias, processos e aspirações.

Dos arquitetos. A exposição apresenta um narrativa arquitetônica baseada em La Fábrica, sede do estúdio RBTA construída a partir de uma antiga fábrica de cimento em Barcelona. A exposição busca busca ampliar o espaço do ateliê para além de sua existência física na Espanha, levando em consideração a forma como este pode existir também em outros lugares, neste caso, em Veneza. Em torno das similaridades entre o passado, presente e futuro de Barcelona e Veneza, a exposição procura reimaginar La Fábrica com sede em Veneza e como ponto de partida de um processo de pensamento coletivo / individual que transcende os limites físicos e mentais. 

Bienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em "Time, Space, Existence" - Imagem de DestaqueBienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em "Time, Space, Existence" - Image 1 of 4Bienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em "Time, Space, Existence" - Image 2 of 4Bienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em "Time, Space, Existence" - Image 3 of 4Bienal de Veneza 2014: Ricardo Bofill Taller de Arquitectura em Time, Space, Existence - Mais Imagens

Ticollage City / Pavilhão da Costa Rica na Bienal de Veneza 2014

Com curadoria do arquiteto alemão Oliver Schütte, com assistência de Marije van Lidth de Jeude, a primeira exibição individual da Costa Rica na Bienal de Veneza centraliza as atenções no projeto vencedor da nova Assembléia Legislativa da Costa Rica para traçar o "círculo vicioso de segregação social e fragmentação espacial na Grande Área Metropolitana de Costa Rica (GAM)", uma metrópole que tenta mudar de escala ao mesmo tempo que transita entre o século passado e o presente.

Leia a descrição dos curadores e faça um tour virtual pelo Hall da Costa Rica, a seguir.

La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014

O Pavilhão do Uruguai para a 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza - a cargo dos arquitetos Emilio Nisivoccia, Martín Craciun, Jorge Gambini, Santiago Medero e Mary Méndez - é um grande arquivo que se desenvolve no espaço, envolvendo materiais que vão desde os documentos até a interpretação destes. A montagem é concebida como um único arquivo composto por materiais e escalas diferentes, gerando três áreas conectadas, embora claramente definidas: a entrada (apresentação da exposição), uma segunda área repleta de prateleiras metálicas dispostas sobre uma trama ortogonal (apresentando maquetes e outros objetos) e um terceiro espaço formado por uma grande mesa que permite ao visitantes entrar em contato com um arquivo de plantas, desenhos e fotografias.

La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 - Image 1 of 4La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 - Image 2 of 4La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 - Image 3 of 4La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 - Image 4 of 4La Aldea Feliz / Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 - Mais Imagens+ 11

La Feria Concreta / Pavilhão da República Dominicana na Bienal de Veneza 2014

A cargo do Laboratorio de Arquitectura Dominicana (LAD), o primeiro pavilhão da República Dominicana na 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza sobrepõe arquitetura, urbanismo e política através da figura da Feria de la Paz y Confraternidad del Mundo Libre, celebrada em 1955 em Santo Domingo pelo Ditador Rafael Trujillo, numa tentativa de consolidar internamente e projetar internacionalmente a visão de um pais moderno e estável sob governo totalitário.

A Feira e suas instalações - atualmente ocupadas por instituições governamentais - são um ponto de reflexão para Santo Domingo e o modernismo arquitetônico, pois transforma seus limites urbanos, definidos pela reconstrução da cidade após a passagem do furacão San Zenón. 

Leia a descrição dos curadores e faça um passeio virtual pelo pavilhão dominicano, a seguir.

IN/FORMAL / Pavilhão do Peru na Bienal de Veneza 2014

IN/FORMAL: Encontros Urbanos para os próximos 100 é o conceito central que representa o Pavilhão do Peru na Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza e que busca responder ao tema geral Fundamentals. Desenvolvida pelo comissário José Orrego e pelo curador Sharif Kahatt, a exposição é composta por um grande espaço retangular de 250 m² onde foi construído um percurso paralelo entre a modernidade ocidental e a local dos últimos 100 anos, ambas representadas através de linhas do tempo que se conectam por projetos de habitação coletiva apresentados em detalhes. Esses projetos não apenas foram capazes de construir pontes socioculturais no país, mas sua arquitetura representa os momentos-chave que moldaram a urbanidade moderna peruana.

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Monolith Controversies / Pavilhão do Chile na Bienal de Veneza 2014

Respondendo ao chamado de Koolhaas para "absorver a modernidade" e retornar ao fundamental da arquitetura, o Pavilhão do Chile na 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza se desenvolve em torno de uma parede de concreto em estado de ruína, simbolizando a construção de 170 milhões de apartamentos em todo o mundo.

Descrição dos curadores. A peça central do pavilhão é uma parede em ruína que foi originalmente produzida pela KPD e doada ao Chile pela União Soviética em 1972 para a construção de edifícios de apartamentos após o terremoto que assolou o país em 1971. Trata-se de uma adaptação do sistema francês Camus, um sistema patenteado em 1948 que era capaz de produzir até duas mil habitações por ano.

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INTERIOR / Pavilhão da Espanha na Bienal de Veneza 2014

INTERIOR é o conceito central que representa o Pavilhão da Espanha na Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, buscando responder ao tema geral do evento: "Fundamentals". Lançando luz sobre a arquitetura (e não sobre os arquitetos) e seus elementos fundamentais, o pavilhão espanhol, com curadoria de Inaki Ábalos, destaca o espaço interior através de 12 obras de arquitetura espanhola e a cultura material que lhes deu forma. INTERIORS fala do espaço, "por definição, o lugar onde se desenvolve a vida, o tema central da arquitetura."

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Ideal / Real: Pavilhão da Argentina na Bienal de Veneza 2014

A contribuição argentina na Bienal de Veneza 2014 aprofunda, num intervalo de cem anos, a discussão em curso sobre a "digestão" dos ideais modernos pela profissão (IDEAL), e o que nossa sociedade realmente construiu, moldando o ambiente do nosso modo de viver (REAL).

Mais informações pelos curadores Emilio Rivoira e Juan Fontana, a seguir.

Pavilhão do Peru na 14ª Bienal de Arquitetura de Veneza

In/Formal: Encontros Urbanos para os próximos 100. Esse é o nome do pavilhão peruano para a próxima Bienal de Veneza 2014, desenvolvida pelo comissário José Orrego e o curador Sharif Kahatt. O pavilhão estará conformado por um grande espaço retangular de 250 m2 onde foi construído um percurso paralelo entre a modernidade ocidental e a local dos últimos 100 anos, ambas representadas através de linhas do tempo que se conectam por projetos de moradia coletiva apresentados em detalhes. Esses projetos, não somente foram capazes de construir pontes socioculturais no país, mas sua arquitetura representa os momentos-chave que moldaram a urbanidade moderna peruana.

Reveja em detalhes a história da consolidação da participação do Peru nas Bienais de Arte e Arquitetura e a descrição da proposta 2014, a seguir.

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Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 / La Aldea Feliz

Em fevereiro foi divulgado o resultado da convocatória do Uruguai a para a Bienal de Veneza 2014. O júri selecionou a proposta intitulada La Aldea Feliz.

Veja a seguir a proposta dos arquitetos Emilio Nisivoccia, Martín Craciun, Jorge Gambini, Santiago Medero e Mary Méndez.