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Arquitetura Moderna Brasileira: O mais recente de arquitetura e notícia

Especial: Brasília 55 anos

Há 55 anos, à zero hora do dia 21 de abril de 1960, Brasília era inaugurada oficialmente. O dia revisita a morte de Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira: 21 de abril de 1792, um dos, senão o mais importante movimento nativista do Brasil. Brasília nascia assim enraizada na história do próprio país.

Marco indiscutível, ápice da arquitetura moderna, Brasília uniu com sua materialização não só todas as artes, mas estas à política, e povos das mais diversas partes do país, em uma só cidade, em um só labor de construção.

Para celebrar essa data, reunimos algumas fotografias disponibilizadas pelo Arquivo Público do Distrito Federal - ArPDF, e nossos Clássicos da Arquitetura já publicados.

As Três Casas Modernistas de Warchavchik

Em três anos consecutivos, a finais da década de 1920, Gregori Warchavchik constrói seus três manifestos arquitetônicos, e mais que isso, as primeiras obras de Arquitetura Moderna construídas no Brasil, as denominadas Casas Modernistas: a Casa Modernista da Rua Santa Cruz, de 1928, construída para ser sua própria residência; a Casa Modernista da Rua Itápolis, de 1929; e a Casa Modernista da Rua Bahia, de 1930. Definiram em seu momento um novo caminho a seguir pela Arquitetura nacional, e mantêm até os dias atuais um caráter contemporâneo. As três obras são reconhecidas como patrimônio histórico pelo IPHAN.

Reveja os posts que preparamos para cada Casa Modernista.

Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik

Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, Banheiro, Porta, Pia, BancadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Casas, FachadaClássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Bahia / Gregori Warchavchik - Mais Imagens+ 22

Dois blocos prismáticos justapostos lateralmente através de uma parede comum elevam-se sobre um declive de onze metros. Deslocam-se entre si e definem alturas diferentes. O mais alto deles ultrapassa um pavimento em relação ao outro. Mede cinco metros e vinte centímetros por dez metros e quarenta centímetros, e incorpora um volume prismático secundário, alinhado à sua face frontal, ampliando-a dois metros e dez centímetros. Configura-se um volume opaco, branco, de poucas e pequenas aberturas laterais distribuídas com pouca regularidade. Uma abertura única marca a fachada da rua: uma seteira translúcida de nove metros de altura por um metro e vinte centímetros de largura atravessa os três pavimentos iluminando o percurso da escada interna.

AD Brasil Entrevista: Carlos Eduardo Comas / Latin America in Construction

Neste domingo, 29 de março, será a abertura da exposição Latin America in Construction: Architecture 1955-1980, no MoMA em Nova York, que reunirá uma vasta quantidade de documentos originais relativos às obras latino-americanas do período, entre croquis dos arquitetos, lâminas de projeto, fotografias de época e maquetes físicas de época e recentes, elaboradas pela equipe chilena Constructo_PUC.

Carlos Eduardo Comas, arquiteto e professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é um dos curadores convidados para a exposição, integrando uma equipe formada por Barry Bergdoll, curador, Patricio Del Real, assistente de curadoria, e Francisco Liernur, co-curador.

Nesta entrevista, que realizamos em sua casa-estúdio, conversamos com o arquiteto brasileiro sobre os detalhes da exposição, sua concepção e desenvolvimento, o trabalho em equipe para a seleção das obras e documentos históricos, e o que os visitantes podem esperar dela.

Três Clássicos de Lucio Costa

Relembre os três Clássicos da Arquitetura de Lucio Costa que publicamos nas últimas semanas dentro do ciclo especial ao arquiteto.

Clássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa

Clássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Outras EstruturasClássicos da Arquitetura: Torre de TV de Brasília / Lucio Costa - Mais Imagens+ 32

Por Eduardo Bicudo de Castro Azambuja

O edifício caracteriza-se por um volume de concreto aparente com vinte e cinco metros de altura e planta triangular com lado de cinquenta metros de comprimento, sustentado por três pilares que nascem com uma seção trapezoidal e se abrem plasticamente na forma de V para criar dois pontos de apoio. As partes internas dos pilares servem de ligação e suporte para a torre metálica, composta por uma pirâmide de base hexagonal variável e altura de cento e noventa e dois metros, completando os duzentos e dezessete metros totais do projeto.

Clássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa

Clássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, FachadaClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, Fachada, Corrimão, Mesa, CadeiraClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, Escada, Fachada, Porta, Corrimão, CadeiraClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Edifícios Institucionais, FachadaClássicos da Arquitetura: Sede Social do Jockey Club Brasileiro / Lucio Costa - Mais Imagens+ 16

Por Carlos Eduardo Comas

Obra cujo projeto foi aprovado no mesmo ano do concurso do  Plano Piloto de Brasilia, e concluída quando a nova capital se consolidava, a sede do Jockey Club Brasileiro (1956-72) é um curioso contraponto ao Ministério da Educação assinado pelo mesmo autor (e equipe) a duas quadras e uns quinze anos antes (1936-45).  Tanto o Ministério quanto o Jockey ocupam toda uma quadra na mesma Esplanada do Castelo. Mas o Ministério abriga uma instituição pública, e constitui uma exceção à legislação dominante, que impõe o quarteirão fechado, construído no perímetro com um ou dois pátio centrais. Com um partido em T, o Ministério resulta num quarteirão quase aberto, singular e por isso mesmo memorável, monumental. Abrigo de instituição privada e necessitada de renda, o Jockey é uma variante do quarteirão fechado padrão, com o pátio central ocupado por uma garagem em altura para 785 carros.

Clássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé)

Clássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé) - Hospital, FachadaClássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé) - Hospital, Fachada, Arco, VigaClássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé) - Hospital, Fachada, ArcoClássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé) - Hospital, Fachada, ArcoClássicos da Arquitetura: Hospital Regional de Taguatinga / João Filgueiras Lima (Lelé) - Mais Imagens+ 13

Hoje seria o 83º aniversário de João Filgueiras Lima, o Lelé. Para celebrar, inauguramos hoje com o Hospital de Taguatinga nossa seção dos Clássicos da Arquitetura de 2015 com uma série de projetos do arquiteto, que serão apresentados nas próximas semanas.

Clássicos da Arquitetura: Paulo Mendes da Rocha

Hoje é aniversário do arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha, vencedor Pritzker Architecture Prize em 2006.
Para comemorar, relembre alguns dos clássicos publicados no ArchDaily Brasil.

Clássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva

Clássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva - Ensino Superior, Jardim, ArcoClássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva - Ensino Superior, Jardim, Fachada, Viga, CorrimãoClássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva - Ensino Superior, Fachada, Arco, VigaClássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva - Ensino Superior, Fachada, VigaClássicos da Arquitetura: Escola de Administração Fazendária / Pedro Paulo de Melo Saraiva - Mais Imagens+ 31

Por Daniel Corsi

Ao nos aproximarmos de sua estrutura com dimensões de 300 metros de comprimento por 65 metros de largura, a ESAF se revela imensurável. A extensão ao longo da qual contemplamos a sucessão de seus expressivos pórticos nos revela sua escala arquitetônica: uma construção monumental paralela ao solo que se eleva a 6 metros de seu plano fundamental.

Clássicos da Arquitetura: Escola Estadual de Itanhaém / João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi

Por Cesar Shundi

O desenho da empena é utilizado no elemento estrutural da grande cobertura que caracteriza o edifício, agora transformado em um pórtico que é reproduzido em uma sequência de treze módulos estruturais.

Clássicos da Arquitetura: Quatro edifícios para esporte e lazer

Relembre os quatro edifícios modernos para esporte e lazer que publicamos nas últimas semanas.

Clássicos da Arquitetura: Anhembi Tênis Clube / João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi

Por Ruth Verde Zein

As estruturas porticadas desta obra dão seguimento a idéias exploradas nos Ginásios de Itanhaém e Guarulhos, mas aqui com um porte e complexidade estrutural e formal muito mais amplo, onde o desenho do pórtico em elaboração e tridimensionalidade.

Clássicos da Arquitetura: Quatro Edifícios Residenciais Modernos

Relembre os quatro edifícios residenciais modernos que publicamos nas últimas semanas.

Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro

Clássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Apartamentos, FachadaClássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Apartamentos, Fachada, UrbanoClássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Apartamentos, Fachada, UrbanoClássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Apartamentos, FachadaClássicos da Arquitetura: Edifício Guaimbê / Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro - Mais Imagens+ 5

Um edifício inteiramente em concreto aparente. Sua estreita fachada principal é marcada por uma sequência de toldos curvos e floreiras de seção triangular ambos em concreto aparente, intercalados por superfícies transparentes de vidro e faixas opacas de concreto.

Clássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto

Clássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto - Apartamentos, FachadaClássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto - Apartamentos, FachadaClássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto - Apartamentos, FachadaClássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto - Apartamentos, Fachada, UrbanoClássicos da Arquitetura: Edifício MMM Roberto / Irmãos Roberto - Mais Imagens+ 2

Um elemento de variação aparece na fachada reticular homogênea. Transforma sete dos módulos horizontais da fachada em cinco mais largos. A condição aberta dos módulos principais torna-se a condição fechada desse elemento de variação da fachada. E o que antes eram duas subdivisões verticais diferentes, agora são três idênticas.

Projeto Helicoide: o resgate da grande utopia inacabada do movimento moderno venezuelano

Apesar de não ter sido concluído, "El Helicoide" de Caracas é uma das relíquias mais expressivas do movimento moderno venezuelano. Com 73.000m², o projeto - de Jorge Romero Gutiérrez, Pedro Neuberger e Dirk Bornhorst - remodela a colina conhecida como "Roca Tarpeya" através de um edifício em dupla espiral - concebido para abrigar 320 estabelecimentos comerciais, um hotel 5 estrelas, escritórios, um parque infantil, um estúdio de televisão e um espaço para apresentações musicais e convenções - coroado por uma grande cúpula geodésica projetada por Buckminster Fuller.

Hoje, o Projeto Helicoide busca resgatar seu valor arquitetônico, sua história e sua memória urbana através de uma série de exposições, publicações e atividades pedagógicas. Mais detalhes sobra essa iniciativa, a seguir.

Clássicos da Arquitetura: Pavilhão de Bruxelas 1958 / Sérgio Bernardes

Por Ana Luiza Nobre

Em Bruxelas, o terreno disponível tinha configuração irregular e cerca de 2500 m2. Tratava-se de um lote de declive bastante acentuado, em posição francamente desfavorável e marginal dentro do setor internacional da área da exposição (um parque de 200 hectares, a 7 km do centro de Bruxelas, que já havia sediado uma exposição internacional em 1935). O Pavilhão do Brasil tinha como seus vizinhos mais próximos os pavilhões do México, da França e da Inglaterra. Prevendo que o público, ao chegar ali, já estivesse exausto, Bernardes resolveu “desenrolar um tapete vermelho de concreto”[1]. O espaço para exposições foi definido então basicamente por uma rampa que se desenvolve sem interrupções em torno de um jardim central – projetado por Roberto Burle Marx – até chegar ao nível inferior, onde estão localizados o bar e o cinema. Com esta rampa de inclinação suave, recupera-se assim um elemento largamente utilizado em pavilhões expositivos, que Lucio Costa e Oscar Niemeyer já haviam explorado no Pavilhão do Brasil na Exposição Mundial de Nova York em 1938. Mas ao inverter o sentido da rampa, conduzindo a um movimento em princípio descendente, o projeto de Sergio Bernardes remete antes à solução mais incomum usada pouco antes pelos irmãos Roberto no edifício Marquês do Herval, no centro do Rio de Janeiro (1952).