1. ArchDaily
  2. Arquitetas Negras

Arquitetas Negras: O mais recente de arquitetura e notícia

Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria

No início de 2018, a arquiteta e palestrante da Bartlett School of Architecture, Neba Sere, guiou um painel de discussão na Architecture Foundation de Londres, onde ela era uma das seis jovens curadoras. O tema: começos. Como abordá-los, avançar e transformá-los em algo duradouro. Seis anos depois, ela olha para o evento como o início de sua própria jornada: foi onde conheceu Selasi Setufe e criou o grupo do WhatsApp que se transformaria na Black Females in Architecture (BFA), uma rede global com 500 pessoas dirigida por elas e pela arquiteta Akua Danso.

A BFA surgiu como resposta à necessidade de visibilidade das mulheres negras e pessoas que se identificam como mulheres na arquitetura e no ambiente construído. No ano passado, o grupo comemorou seu quinto aniversário com a exibição de um curta-metragem e um painel de discussão na Bienal de Arquitetura de Veneza. Agora, após estabelecer as bases de disseminação de informações sobre a falta de diversidade e igualdade na indústria e aumentar seus números, a BFA está se preparando para impulsionar mudanças reais.

Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 1 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 2 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 3 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Image 4 of 4Como a rede Black Females in Architecture está mudando os padrões da indústria - Mais Imagens+ 4

Kimberly Dowdell é eleita a primeira presidente negra do American Institute of Architects

O American Institute of Architects elegeu Kimberly Dowdell como a 100ª presidente da organização, tornando-a a primeira mulher negra a ocupar o cargo nos 165 anos de história do AIA. Os membros votaram em Dowdell para ser vice em 2023 e, posteriormente, presidente em 2024.

Durante sua campanha Dowdell expressou seu apoio às minorias, ao mesmo tempo em que deixou claro que deseja ser uma presidente para todos. A sua plataforma baseia-se em quatro áreas principais de interesse: apoiar os arquitetos na prática; criar um sentimento de pertencimento e garantir o acesso à profissão e à educação do arquiteto; abordar as preocupações climáticas e projetar para o futuro, considerando os rápidos avanços tecnológicos. “Acredito firmemente que o AIA tem o poder e o potencial para servir melhor à nossa profissão”, declarou Dowdell em um vídeo feito antes da eleição.

O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023

De 20 de maio a 26 de novembro de 2023, a 18ª Exposição Internacional de Arquitetura ocupará os espaços do Giardini, Arsenale e outros locais de Veneza. Intitulada O Laboratório do Futuro, a mostra foi anunciada hoje pelo presidente da Biennale di Venezia, Roberto Cicutto, e pela curadora da exposição, Lesley Lokko.

O tema e título desta edição considerará o continente africano como protagonista do futuro. “Há um lugar neste planeta onde todas essas questões de equidade, raça, esperança e medo convergem e se unem. África. A nível antropológico, somos todos africanos. E o que acontece na África acontece com todos nós”, explica Lokko.

O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023 - Image 1 of 4O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023 - Image 2 of 4O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023 - Image 3 of 4O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023 - Image 4 of 4O Laboratório do Futuro: Bienal de Arquitetura de Veneza anuncia tema da edição de 2023 - Mais Imagens+ 9

Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar

A arquiteta Mariam Kamara - fundadora do escritório Atelier Masōmī, sediado em Niamey, no Níger - é contrária à pedagogia do design como a que é amplamente praticada hoje. Para Kamara, moderno não é sinônimo de formas europeias, arquitetura não é apenas para os ocidentais, e o chamado cânone dos grandes edifícios na verdade ignora a maior parte do mundo construído. O escritório de rápido crescimento da arquiteta sediada no Níger influenciou uma série de palestras que ela deu recentemente no MIT, na Columbia University GSAPP, no African Futures Institute em Gana e em Harvard GSD.

Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar - Image 1 of 4Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar - Image 2 of 4Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar - Image 3 of 4Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar - Image 4 of 4Mariam Kamara pode mudar profundamente a pedagogia do design em qualquer lugar - Mais Imagens+ 8

Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA

Pouco menos de dois anos após o início de uma pandemia global, a inclusão na profissão de arquiteto infelizmente ainda é um tema limitado. Uma pesquisa de 2020 do Architects' Journal do Reino Unido revelou uma quantidade preocupante de obstáculos para arquitetos negros naquele país. Nos Estados Unidos, por sua vez, profissionais negros renomados, como Mabel O. Wilson, do Studio &, questionaram a natureza eurocêntrica de uma grande quantidade de estudos arquitetônicos.

Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA - Image 1 of 4Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA - Image 2 of 4Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA - Image 3 of 4Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA - Image 4 of 4Rompendo barreiras: o mês da história negra nos EUA - Mais Imagens+ 7

Educação espacial e o futuro das cidades africanas: uma entrevista com Matri-Archi

Liderado por Khensani de Klerk e Solange Mbanefo, Matri-Archi é um coletivo com sede na Suíça e África do Sul que visa aproximar e empoderar mulheres para a educação espacial e o desenvolvimento das cidades africanas. Por meio da prática projetual, textos, podcasts e outras iniciativas, Matri-Archi — eleito um dos melhores novos escritórios de 2021 pelo ArchDaily — se dedica ao reconhecimento e à capacitação das mulheres no campo espacial e na indústria da arquitetura.

O ArchDaily teve a oportunidade de conversar com as codiretoras do coletivo sobre temas como espaço hegemônico, arquitetura informal, tecnologia, idiossincrasias locais e o futuro das cidades africanas e globais. Acompanhe a entrevista a seguir.

O peixe morto na praia: o problema das “mulheres na arquitetura”

O peixe morto na praia: o problema das “mulheres na arquitetura” - Image 1 of 4

Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA

O momento talvez nunca tenha sido tão propício a investirmos nossas energias em projetos virtuais, afinal, fomos parcialmente privados do contato com o mundo concreto das coisas. Explorando a particularidade do momento atual e a potência de engajamento da internet, um grupo de arquitetas e arquitetos de Angola deu início a um trabalho ambicioso: buscar uma nova identidade para a arquitetura angolana.

Formado por Yolana Lemos, Kátia Mendes, Mamona Duca, Elsimar de Freitas e Gilson Menses, o Grupo BANGA é responsável pelo projeto Cabana de Arte, que une os esforços de jovens arquitetos e artistas de Angola em trabalhos virtuais que buscam trazer visibilidade a profissionais emergentes e aproximar a arquitetura do cotidiano das pessoas.

Leia, a seguir, a entrevista realizada com o grupo.

Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA - Image 1 of 4Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA - Image 2 of 4Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA - Image 3 of 4Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA - Image 4 of 4Em busca de uma identidade para a arquitetura angolana: entrevista com o grupo BANGA - Mais Imagens+ 3

Um novo modelo urbano para outro projeto de sociedade: uma entrevista com Tainá de Paula

Um novo modelo urbano para outro projeto de sociedade: uma entrevista com Tainá de Paula - Imagem de Destaque
Tainá de Paula. Imagem: Divulgação

Abordar o contexto de ampliação das diferenças políticas e crescentes desigualdades econômicas. Um novo contrato espacial. Apreender como viveremos juntos. As indagações trazidas por Hashim Sarkis, curador da próxima Bienal de Veneza, podem levantar importantes questões sobre como a arquitetura atravessa e concretiza os conflitos sociopolíticos. Para compreender um ponto de vista descentralizado e que aponta para outras possibilidades além das impostas por um pensamento normativo, entrevistamos Tainá de Paula, arquiteta e mobilizadora comunitária em áreas periféricas.

Mulheres Negras na Arquitetura: Pioneirismo e Contemporaneidade

O projeto Arquitetas Negras surgiu da necessidade de dar visibilidade à produção das arquitetas negras brasileiras. A partir do mapeamento da produção destas arquitetas, está sendo construída uma plataforma tanto de pesquisa, quanto de contratação de serviços de arquitetura pelo brasil todo.

Projeto Arquitetas Negras lança campanha para financiar a primeira edição de sua revista

O projeto Arquitetas Negras lançou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Benfeitoria para a realização da primeira edição de sua revista. Intitulada Revista Arquitetas Negras vol. 1, a publicação é a primeira revista brasileira com conteúdo pensado e produzido exclusivamente por arquitetas negras.

A temática da revista gira em torno da produção teórica, filosófica, e crítica desenvolvidas no trabalho de design de interiores, da arquitetura e do urbanismo.

4 Projetos que buscam aprofundar a discussão de raça na arquitetura

Longe de se esgotarem, as discussões de raça e gênero na arquitetura estão apenas começando a tomar fôlego, e uma de suas repercussões são os projetos e iniciativas que buscam mapear e identificar arquitetas e arquitetos negros que, embora numerosos e em prolífica atividade, são pouco citados - e publicados.

Ainda raras e absolutamente necessárias, essas iniciativas são um importante passo em direção a um reconhecimento mais justo e igualitário no campo da arquitetura. A seguir, apresentamos quatro projetos investigativos que pretendem dar nome e lançar luz sobre estes profissionais e seus trabalhos. 

A Arquitetura precisa reconhecer, além do papel social, os debates sobre Raça e Gênero / Stephanie Ribeiro

Resolvi fazer arquitetura de forma bem inocente depois de ter feito vários testes vocacionais que encontrei no Google. Quando descobri ser um dos cursos mais concorridos nas universidades públicas brasileiras, pensei em desistir. Mas já estava fisgada pela história da arquitetura e seu papel social.

Entretanto, nada é perfeito. Arquitetura e Urbanismo é um dos cursos mais elitizados nas mais renomadas universidades brasileiras e isso reflete também para fora das salas de aula. O arquiteto passou a servir aos mais ricos, deixando de lado as necessidades urbanas e os mais pobres.