Le Corbusier projetou seus próprios óculos; Frank Gehry já foi contratado para desenhar calçados; o arquiteto Adolf Loos, do início do século XX, chegou inclusive a escrever "Porque um homem deve se vestir bem". Agora é Zaha Hadid quem está trilhando seu caminho na moda, com desenhos de roupas de banho. Entretanto, não estariam as nuances da moda fora do alcance dos arquitetos? Leia o artigo completo no Telegraph.
Iniciando a nova sessão: arquivo, nada melhor que uma referência incontestável quando falamos de fotografia de arquitetura: Fernando Guerra, considerado um dos melhores fotógrafos de arquitetura do mundo e, juntamente com seu irmão e parceiro Sérgio Guerra, conformam FG + SG - Fotografia de Arquitectura. O excelente trabalho de capturar a essência de cada projeto através de imagens reais, destaca-se nas páginas de ArchDaily com muitas e importantes obras desde o começo da sua carreira em 2001. Em entrevista publicada no blog Paperhouses e publicado aqui: Instante Decisivo - uma conversa com Fernando Guerra, comenta: "Quando nós começamos, o Sérgio via uma obra e eu imediatamente ia fazer fotografias, sem autorização… Depois o Sérgio telefonava para o atelier e perante o desinteresse deles dizia “mas nós já fotografamos”, o que os apanhava completamente de surpresa. Foi desta forma inesperada que fomos entrando, sem nunca pensar que as coisas tomariam o rumo que tomaram. Não há nada mas delicioso do que as coisas acontecerem!"
A continuação, uma tarefa que foi difícil para nós, selecionar mais de 20 inesquecíveis fotografias de projetos anteriormente publicados em nossas páginas:
O projeto Wheelly, do escritório ZO-loft architecture & design, não protende ser a solução definitiva ao problema do deficit habitacional, mas visa atrair os olhares para a questão, derrubando as barreiras da indiferença social e dos preconceitos. A ideia de "dignificar as condições daqueles que não têm teto" se desenvolve através de um dispositivo de alojamento portátil; um cilindro fabricado com borracha, alumínio e papel prensado.
Recentemente no Colégio Oficial de Arquitetos de Madri, a artista Ana Cubasexpôs a mostra "Arquitectos"em que nos faz refletir sobre a semelhança entre autor e obra através de quatorze retrator feitos em caneta hidrográfica preta sobre papelão. Sobre cada um dos rostos delineados, a ilustradora madrilenha implementa elementos desenhados por cada um dos grandes arquitetos, como Le Corbusier, Mies Van der Rohe, Tadao Ando, entre outros. Um elenco cuidadosamente escolhido pela artista que constitui um pequeno manual de de aprendizagem arquitetônica. O início de outro tipo de rede social, não virtual, mas palpável.
Humildade e um grande sentimento de insignificância é o que se gera ao escrever sobre Blade Runner, filme culto e que traz uma grande reflexão, de múltiplas interpretações, as quais têm sido abordadas com grande maestria por muitos outros autores difíceis de superar. Essa resenha, humilde e respeitosa almeja criar em suas breves páginas uma aproximação a este grande imaginário, convidando ao leitor a maravilhar-se e perder-se em sua mitologia.
A imagem de Blade Runner nasce da ideia de representar o conceito de Megalópolis, cidade descomunal cuja extensão parece infinita e que não termina no horizonte. Cidade decadente, composta por um grande conglomerado de arranha-céus que nascem de subúrbios superpovoados e de chaminés industriais, as quais cospem fogo, como fosse o próprio inferno. Metáfora por todos os lados, com ruas cheias de poluição, violência, ruído, invasão publicitária, ingredientes de uma metrópole caótica a qual não é mais um exagero das características que definem a cidade atual.
Existem inúmeros exemplos de como pode ser a cidade do futuro, desde cidades em ruínas até megalópolis que se expandem ao longo de todo o continente e cuja extensão se perde no horizonte. Especialmente este tipo de cidade distópica, é difícil imaginar e representar devido a sua extensão descomunal, percorrendo pontos identificáveis, desde a topografia que a dê noção de escala, um ponto de comparação claro ao espectador. A cidade vista em "The Fifth Element” rompe totalmente com o paradigma clássico da megalópolis horizontal e nos apresenta uma cidade cujo desenvolvimento resulta vertical.
A explicação a tal crescimento encontramos nas 'entrelinhas' dentro da trama do filme, e por parte do grande trabalho criativo que o diretor necessitou para dar coerência ao universo da película, trabalhando durante longos anos com os mestres das histórias em quadrinhos francês Jean Claude Mezieres e Jean Giraud “Moebius”.
Nova York se converteu na capital do mundo, que superpovoada conquistou todos os cantos do planeta, excedendo sua capacidade horizontal para expandir-se, restando a verticalidade como a única forma de crescimento.
Um manifesto ao NÃO: “Os morros não são habitáveis, os morros não são acessíveis, os morros não são seguros, os morros não são lúdicos, os morros não são produtivos, os morros não são arquitetura, os morros não são cidade, os morros NÃO SÃO”.
O projeto de pesquisa Morro invertido, desenvolvido pelo oficiocolectivo, Oficina de Arquitetura e Cidade, procura inverter a visão negativa sobre os morros que limitam a Cidade da Guatemala; território rejeitado e incerto onde parece permitir a pobreza e os conflitos sociais. A ideia é convertê-los em um território ativo dentro do funcionamento urbano sem comprometer suas qualidades ambientais ao evidenciar sua natureza e identificar suas potencialidades produtivas propondo práticas e estratégias para um desenvolvimento sustentável que permitam integrar os morros ao metabolismo da cidade.
Como abordar uma tipologia tão restrita como a de uma praça comercial em um contexto onde a primeira intuição é conservar a natureza existente? Este projeto do estúdio mexicano CANO | VERA Arquitectura teve seu início a partir desta mesma pergunta e desenvolveu a ideia clara de entrelaçar a arquitetira com a natureza. As árvores existentes no centro da praça ditaram a disposição dos edifícios ao redor de um rio sazonal que corre ao longo do terreno, a criação de praças alternadas para que todos os espaços comerciais estejam ligados a um espaço externo e a utilização de pérgolas externas feitas com madeira reutilizada de dormentes ferroviários.
Aproveitando as novas ferramentas de tecnologia, o jornal The Guardian publicou uma série de fotomontagens com algumas das mais clássicas capas de álbuns musicais nos locais onde foram feitas suas fotografias. The Beatles, PJ Harvey, Creedence Clearwater Revival, The Beastie Boys... veja todas as montagens a seguir...
O fotógrafo espanhol Dionisio González levanta a relação do humano com o meio e a utilização de recursos naturais pelos habitantes, numa série de recreações fictícias de construções enxertadas no entorno. Seu trabalho "arquitectura para la resistencia” recentemente exibido na Galeria Yusto / Giner, projeta uma arquitetura habitável e sustentável, autênticas pequenas fortalezas futuristas de ferro e concreto em substituição à tradicional madeira, inspirados pela precariedade econômica e os fenômenos naturais provocados em uma ilha situada no Golfo do México.
Encontramos um interessante projeto de pesquisa desenvolvido pela Oficina Informal, estúdio independente de arquitetura com sede em Bogotá, Colômbia. Desde o ano de 2010 eles vem desenvolvendo o projeto Gato Encerrado, uma pesquisa sobre dispositivos afetivos que pudessem relacionar humanos e gatos.
O projeto surgiu a partir de uma demanda particular: "gostaria de uma peça para decorar minha casa , que seja útil: uma biblioteca, mas que ali meus gatos pudessem subir, dormir, brincar". Oficina Informal tomou o desafio de uma maneira muito séria, desenvolvendo estudos exaustivos dos diferentes usuários implicados, gato e dono, e seus diferentes comportamentos no espaço.
A seguir os apresentamos uma séria de pranchas que funcionaram como o fio condutor para o desenvolvimento do trabalho e para sua apresentação na exposição "POST POST POST, Nova arquitetura Iberoamericana" que aconteceu em 2010 em Buenos Aires.
Hoje no Cinema e Arquitetura apresentamos “Fogo e Paixão”, o filme foi dirigido por Isay Weinfeld e Marcio Kogan. Considerado por alguns críticos como um dos pontos altos do cinema brasileiro na década de 80.
Um jardim para o Lar de Idosos La Paz foi o projeto encomendado ao escritório Caballero+ Colón de Carvajal, em Madri, que realizou a intervenção com o mínimo de elementos e um orçamento muito baixo. Com quase 1000 m², este pequeno jardim apresenta uma organização inteligível que acentua o contraste entre o natural e o artificial; uma série de manchas de diferentes cores e formas sinuosos estabelece, de modo claro, os três tipos de solo: vegetação, drenagem e caminhos.
Construido em 2009 e desenhado pelo Estúdio de Projetos UAP, a Breakwater Beacon é uma das estruturas arquitetônicas de maior destaque da KAUST (King Abdullah University of Science and Technology) na Arábia Saudita. A torre de concreto composta de 187 blocos hexagonais, é inspirada nas antigas tradições marítimas árabes similares a de um minarete em uma mesquita, e foi projetada para atuar como uma torre de resfriamento natural.
HOME é um documentário dirigido por Yann Arthus-Bertrand, que mostra impressionantes fotografias aéreas de diversos lugares do mundo. Temas como os rastros de nossas origens, a diversidade da vida na Terra, a geografia, as paisagens naturais e como as atividades humanas se converteram em uma ameaça ao equilíbrio do planeta são registrados no filme através de belíssimas imagens. Um lado sensível da arquitetura da paisagem, que nos mostra a transformação da Terra, permite-nos entender e valorizar nossos recursos naturais.
Retrofuturo e Minimalismo Aséptico.Gattaca (1997) é um filme curioso, que se destaca entre os outros do gênero da ficção científica e dentro do mundo do cinema em geral, por apresentar um equilíbrio excepcional entre "mensagem" e "forma" através da apresentação escassa - quase mínima - de elementos dentro de sua ambientação, carregados de simbolismos, que enfatizam o discurso que os personagens mostram magistralmente em cada cena.
Nos transporta à um futuro cuja estética é evidentemente retro futurista e parecida mais aos filmes e séries televisivas dos anos quarenta. Os automóveis não são as máquinas super potentes e extravagantes que cruzam os céus ou cheias de tecnologia, mas sim peças de grande design retiradas de museus. Os personagens vestem trajes de alta alfaiataria pelas ruas, alguns deles levam chapéus, vestindo uma estética muito impessoal e quase atemporal.
“Fachadas” é o nome das três séries ainda em andamento de Zacharie Gaudrillot Roy, que imaginou o que seria uma cidade composta exclusivamente por fachadas eliminando o resto do edifício. O fotógrafo francês revela um mundo novo e surrealista através de intervenções arquitetônicas digitais que ilustram o urbano sem espaço privado. "Esta série oferece uma visão de um mundo desconhecido que seria apenas uma imagem, sem espaço íntimo, com a fachada como o único refúgio", comenta o autor.
O estúdio de projeto deDaniel Beckerdesenvolveu um engenhosos sistema de iluminação modular que consiste em três módulos diferentes que podem ser dispostos em várias configurações, criando estruturas tridimensionais. SPARKS, que utiliza a tecnologia LED, é inspirado em formas geométricas e estruturas moleculares, adaptando-se facilmente a qualquer situação arquitetônica e gerando possibilidades de arranjo quase infinitas.