O arquiteto coreano Minsuk Cho, e seu escritório Mass Studies, foram selecionados para projetar o 23º Serpentine Pavilion, que será inaugurado em 5 de junho de 2024, nos Jardins de Kensington, em Londres. Intitulada "Vazio Arquipelágico", a iteração dessa icônica comissão consistirá em cinco 'ilhas' exibidas ao redor de um espaço aberto, desmembrando a estrutura em uma série de elementos menores entrelaçados com a ecologia natural do parque. O pavilhão estará aberto ao público de 7 de junho a 27 de outubro de 2024, com uma prévia para a imprensa dois dias antes da abertura oficial.
O pavilhão multifacetado é organizado em torno de um vazio central, que atua como um madang, pequeno pátio muitas vezes encontrado em antigas casas coreanas que reúne todas as narrativas das atividades cotidianas individuais e coletivas. Este singular vazio central é projetado para atuar de maneira semelhante, ancorando o arquipélago e as estruturas que o cercam.
Ao redor deste vazio, as ilhas do pavilhão são concebidas como "máquinas de conteúdo", cada uma servindo a um propósito diferente. A "Gallery" se tornará o principal ponto de entrada, expandindo as atividades curatoriais do Serpentine South. O "Auditorium" está planejado para se tornar o principal espaço de reunião, próximo à pequena "biblioteca" ao norte do pavilhão, que oferece a opção de pausa e reflexão. A "Tea House" se inspira no papel histórico da galeria como um pavilhão de chá, enquanto a "Play Tower" abre o espaço com uma estrutura em rede para incentivar interações dinâmicas.
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Reveja as seis últimas edições do Serpentine PavilionOs espaços entre essas estruturas também possuem identidades distintas, atuando como limiares entre o parque circundante e as atividades do pavilhão. Todos esses espaços adaptáveis são criados para receber pessoas e oferecer espaços flexíveis para programas ao vivo. O pavilhão oferece uma plataforma interdisciplinar para encontros relacionados à música, poesia, palavras faladas e dança, junto com as ativações de tecnologia e ecologia do Serpentine.
Começamos nos perguntando o que pode ser descoberto e adicionado ao local do Serpentine, que já explorou mais de 20 iterações desenhadas por uma lista de grandes arquitetos e artistas. Para abordar este novo capítulo de forma diferente, em vez de vê-lo como uma tela em branco, abraçamos o desafio de considerar os muitos elementos periféricos existentes enquanto exploramos o centro como um vazio. Também abordamos a história do Serpentine Pavilion. Ao inverter o centro como um vazio, deslocamos nosso foco arquitetônico do centro construído no passado, facilitando novas possibilidades e narrativas. - Minsuk Cho, Arquiteto, Mass Studies
Fundada em 2003 por Minsuk Cho em Seul, Coreia, a Mass Studies investiga questões de contexto, produção em massa, condições urbanas emergentes e nichos culturais para encontrar as condições espaciais definidoras do presente. O escritório concentra-se em sistemas espaciais, materiais/técnicas de construção e divergências tipológicas que influenciam a produção arquitetônica. Em 2014, o Pavilhão Coreano na Bienal de Arquitetura de Veneza, com curadoria de Minsuk Cho, junto com Hyungmin Pai e Changmo Ahn, foi premiado com o Leão de Ouro. O escritório também está por trás de projetos envolventes, como o Southcape Owner's Club: Clubhouse, com curvaturas que o integram à paisagem circundante, o Songwon Art Center ou os Pavilhões da Casa de Chá Osulloc na Coreia do Sul.
A nomeação de Minsuk Cho reforça a intenção do Serpentine de destacar nomes emergentes na prática arquitetônica. No ano passado, o projeto esteve a cargo da arquiteta Lina Ghotmeh, nascida em Beirute e com base em Paris, que centralizou sua abordagem em torno da ideia de se reunir para compartilhar uma refeição e participar de conversas. Edições anteriores apresentaram instalações como a Black Chapel de Theaster Gates, o "símbolo de união" de Francis Kéré, a "colina rochosa" de Junya Ishigami e a "parede descomprimida" do BIG.