O título da sétima edição do curso “A dimensão paisagística no projeto da cidade contemporânea” oferecido pelo grupo S.I.T.U. – Unesp ( Campus de Bauru) e exprime um mergulho no Território Português, Rotas e Paisagens da Lusofonia, à luz da circulação de homens, modelos urbanísticos, ideias. O curso está sendo estruturado com a participação das universidades de Évora, do Porto e de Lisboa.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Como desenvolver estratégias para o desenvolvimento urbano no entorno dos corredores de transporte
Ampliar o acesso das pessoas ao transporte público e às oportunidades da cidade é o atual grande desafio dos grandes centros urbanos brasileiros. É preciso pensar no futuro como um cenário de ruas mais vibrantes, onde é seguro caminhar, usar a bicicleta ou o transporte público. Construir esse cenário é o objetivo do Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS), tradução do termo original em inglês “Transit-Oriented Development”.
Mobilidade é questão de desenho urbano
A crise da mobilidade urbana inspirou a reflexão sobre os modais de transporte e sua relação com eficiência, tempos de trajetos, poluição gerada, infraestrutura necessária, custos de implantação e operação e os impactos na saúde dos usuários. Atualmente, governos realizam grandes investimentos em novas infraestruturas que permitem que populações equivalentes a cidades inteiras se desloquem longas distâncias diariamente. Em São Paulo, por exemplo, o equivalente à população do Uruguai sai da Zona Leste para o Centro todos os dias.
Seul estaria vivendo um "reflorescimento do brutalismo"?
Durante suas freqüentes viagens a Seul, o fotógrafo de Hong Kong e Cingapura, Raphael Olivier, notou uma nova tendência na capital sul-coreana: uma coleção de edifícios geométricos e de concreto de todos os gêneros. Ele chama o estilo de Neo-Brutalismo, após o movimento modernista que proliferou do final dos anos 1950 aos anos 1970, em que o concreto aparente foi concebido para expressar uma verdade e honestidade. A observação de Olivier levou-o a capturar o fenômeno em uma série de fotos pessoais - um tesouro fotográfico desses projetos que, quando tomado como um todo, descobre um corte transversal dessa tendência na arquitetura da cidade.
Os arquitetos devem retomar o projeto de espaços recreativos para crianças
O que constitui um espaço ideal para o lazer e brincadeira das crianças? Em 1931, o arquiteto paisagista dinamarquês Carl Theodor Sorensen deu início a uma tendência no projeto de áreas recreativas infantis após observar como elas se divertiam em antigos canteiros de obra e ferro-velhos. Sua ideia era que as estruturas de lazer não apresentassem um uso determinado, mas que permanecessem abertas à criatividade das crianças, de modo que os equipamentos dos parques infantis apresentassem uma variedade de possibilidades de ação.
A utopia das cidades compactas e sem separação de classes / Ângelo Marcos Arruda
Lendo o artigo “Cidades: densidade e diversidade”[1], pude perceber que há algo de novo no Reino da Dinamarca na questão urbana: cidades dispersas e ricos e pobres morando distantes um do outro é tema que está na ordem do dia.
No começo pensei: teremos que mudar uns 5.000 anos de história das cidades. Será que esse assunto desperta debates? Lá pelo meio do artigo, os articulistas afirmam: “Aumentar a densidade urbana contribui não apenas para reduzir custos do transporte e impactos ambientais, mas pode amplificar as oportunidades para economias de aglomeração... O aumento da densidade frequentemente está associado ao aumento da diversidade.” E ainda confirmam que o compartilhamento da área urbana entre pessoas de diferentes níveis sociais – ricos e pobres -, significa não apenas o ideal utópico de uma democracia espacial e territorial, mas também um motor de eficiência econômica. Territórios plurais são mais eficientes do ponto de vista produtivo e é uma pauta que pode aproximar as correntes da esquerda com a direita e as agendas urbanas das pessoas, sociedades, entidades, empresas e governos, por uma nova agenda social urbana.
WOHA: Porque viver em cidades densas não significa abrir mão das coisas agradáveis
Como parte do festival MEXTROPOLI, realizado na Cidade do México no início do mês passado, o escritório WOHA, de Singapura, inaugurou sua primeira exposição na América Latina, intitulada GARDEN CITY MEGA CITY. A arquitetura do WOHA introduz a biodiversidade nos espaços públicos, transformando os pátios e corredores entre edifícios em espaços abertos à comunidade. Nesta exposição, os arquitetos mostram como o seu trabalho abordou as alterações climáticas e os desafios sociais que ocorrem como resultado do rápido crescimento urbano.
Inscrições abertas para o 4o curso "Confrontos [ideias e práticas urbanísticas]"
O Confrontos [ideias e práticas urbanísticas] tem por objetivo dar uma visão geral das principais teorias do campo de urbanismo e de desenho urbano que permearam a literatura e a prática ao longo do século XX, com foco na atuação do arquiteto urbanista. A premissa é a de que não há uma corrente única, ou pensamento singular, que alcance a complexidade da intervenção urbana. Ao contrário, a atuação na área de urbanismo existe na defesa de uma posição, sobre a qual não há consenso, há conflito. Por meio de confrontos de ideias de diferentes autores, o curso buscará investigar as precedências e mostrar as relações entre estes, às vezes sinérgicas, às vezes em oposição, possibilitando assim que o aluno se posicione de maneira crítica em sua atuação profissional, também, via projeto.
Projetos em Assentamentos: caminhos para um desenvolvimento inclusivo
O Brasil possui uma pluralidade de instrumentos relacionados à política urbana. No entanto, a complexidade dos desafios exige que pensemos também em soluções multidisciplinares e inovadoras, capazes de qualificar o espaço urbano de modo equitativo, possibilitando o pleno desenvolvimento da nossa sociedade. Durante muito tempo, a principal abordagem em relação a assentamentos foi a aplicação de processos de remoção ou alternativas para tentar escondê-los. Apesar dessas práticas ainda ocorrerem, nas últimas décadas, houve um avanço no que tange o reconhecimento dos assentamentos e a formulação de estratégias, programas e políticas por gestões municipais para urbanização dessas áreas. Observar essas experiências concretas de intervenção pode auxiliar na elaboração de caminhos que visem o desenvolvimento inclusivo destes territórios.
A sua cidade cuida de você?
Como é a sua rua? Dá vontade de caminhar na calçada? Você se sente seguro andando de bicicleta por ela?
Sabe essa sensação de que o seu dia poderia ser melhor aproveitado? Se você não está fazendo tanto exercício quanto gostaria, saiba que a preguicinha não é a única responsável. Talvez você ainda não tenha percebido, mas a forma da sua cidade também tem grande influência sobre seus hábitos.
"Landscape as Urbanism in the Americas" publica arquivo digital sobre paisagem e urbanismo
Nas últimas duas décadas a paisagem tem sido reivindicada como modelo e meio para a cidade contemporânea. O discurso e as práticas da paisagem como urbanismo podem ser encontrados na Europa, América do Norte e Ásia. Durante esse tempo, uma série de práticas arquitetônicas e urbanísticas alternativas surgiu na América Latina, apostando nas implicações ecológicos e territoriais do projeto urbano.
O surgimento dessas práticas coincide com as transformações sociais e políticas em muitos países da região. Nessa linha, o projeto Landscape as Urbanism in the Americas do Office for Urbanization (Harvard GSD) concentra-se em fomentar uma série de discussões sobre as potencialidades da paisagem como meio de intervenção urbana no contexto social, cultural, econômico e ecológico específico das cidades latino-americanas.