Como condição intrínseca à essência do homem, buscamos constantemente o contato com a natureza, independente das qualidades físicas ou geográficas nas quais nos encontramos. Cada vez mais afastados da natureza dita selvagem, articulamos meios e estratégias para que ela ainda se mantenha presente em nosso cotidiano, mesmo que seja por ínfimos instantes.
Nesse sentido, existem inúmeras maneiras pelas quais se faz possível domesticar a natureza, gesto que acompanha a história da humanidade, sempre desafiando limites técnicos e causando fascínio. Os jardins internos verticais são um exemplo disso.
Em 2019, na data de seu aniversário de fundação, Belo Horizonte ganhou um presente sob a forma de um concurso de arquitetura. De abrangência nacional, o certame buscava reunir estudos técnicos preliminares para a requalificação do conjunto histórico e paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro.
Este conjunto, caracterizado pelo maciço arbóreo formado por uma grande quantidade de Ficus de grande porte e copas frondosas, foi acometido por infestações da chamada “mosca-branca-de-ficus”, que causaram desfolhamento e ressecamento de galhos e ramos, levando a um total comprometimento de muitos dos exemplares desta espécie, prejudicando a referência histórico-cultural e o caráter de uso público do local e gerando a necessidade de remanejamento das feiras de artesanato, flores, comidas e antiguidades que aí funcionavam.
Infraestrutura Verde - Soluções Baseadas na Natureza para a Gestão de Águas Urbanas
Curso de Extensão EAD - Universidade Livre Oswaldo Cruz
Através de conteúdos teóricos, diretrizes técnicas e um exercício prático, o curso tem como objetivo fundamentar as bases que habilitarão os estudantes e profissionais para o desenvolvimento de projetos de Infraestrutura Verde.
Infraestrutura Verde é um método de planejamento e projeto paisagístico que se fundamenta na criação de uma rede de paisagens multifuncionais verde-azuis (vegetação e sistema hídrico) composta de paisagens naturais e espaços tratados com Soluções Baseadas na Natureza (SbN) como jardins de chuva e wetlands construídos que aperfeiçoam
Quais são os elementos e qualidades que fazem de um determinado espaço um lugar capaz de promover o nosso bem estar físico e mental? Como podemos projetar espaços saudáveis para o nosso corpo e para a nossa mente? O que faz de um espaço agradável de se viver e sustentável ao mesmo tempo?
Essas são algumas das questões que não podemos esquecer de considerar quando projetamos nossos espaços e edifícios em uma era onde a indústria da construção civil parece subjugada às regras impostas pelo mercado imobiliário. O que nos leva a construir edifícios cada dia mais altos e centros urbanos sempre mais densos? Como os espaços que habitamos diariamente nos fazem sentir física e mentalmente? Estamos felizes e tranquilos quando estamos em casa ou no trabalho? Se não, quais seriam as estratégias possíveis que nos levariam a projetar edifícios e ambientes capazes de nos trazer equilíbrio e paz de espírito? Neste artigo, procuramos desvendar as diferentes características que fazem de um espaço um lugar de bem-estar e serenidade.
Com objetivo de conhecer os arquitetos, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa de referência, Sara Nunes, da produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, lançou o podcastNo País dos Arquitectos, em que conversa com importantes nomes da arquitetura portuesa contemporânea.
Em seu primeiro episódio, Sara conversou com o arquiteto João Luís Carrilho da Graça sobre seu Terminal de Cruzeiros em Lisboa. Agora, para a segunda entrevista, recebe João Mendes Ribeiro para uma conversa acerca de temas como patrimônio, reuso de antigas estruturas e arquitetura da paisagem, a partir do projeto de reabilitação da estufa do Jardim Botânico de Coimbra, cidade onde o arquiteto mantém seu escritório. Leia a entrevista na íntegra ou ouça o podcast, a seguir.
Lançamento online | Pequeno guia da botânica modernista, de Ana Carolina Carmona Ribeiro
Conversa com participação da autora e dos convidados Aracy Amaral, Vladimir Bartalini (FAU-USP), Anderson Santos (Escola de Botânica) e Elisabete Ribas (IEB-USP) | Mediação Roberto Rüsche
Realização: Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo | Apoio: Escola de Botânica
Curso de Extensão Infraestrutura Verde - Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para a gestão das águas urbanas
Infraestrutura Verde é um método de projeto paisagístico fundamentado na criação de uma rede de paisagens verde-azul (vegetação e sistemas hídricos) que desempenham funções infraestruturais ao mesmo tempo em que fornecem Serviços Ecossistêmicos às cidades. Na infra verde o projeto é pensado a partir das potencialidades e limitações biogeofísicas das paisagens e a gestão das águas é feita por meio de técnicas de design, denominadas Soluções Baseadas na Natureza, como jardins de chuva, canteiros pluviais, bacias de infiltração vegetada e wetlands, que adaptam as infraestruturas
Com quase cinquenta mil espécies vegetais – das quais mais da metade são endêmicas, ou seja, só existem naturalmente aqui – a flora brasileira é uma das mais diversas e ricas do mundo. Dados como estes fazem parte da maior e mais completa biblioteca virtual de botânica do país, o Flora do Brasil 2020, elaborado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/957957/flora-do-brasil-2020-biblioteca-digital-gratuita-da-biodiversidade-vegetal-no-paisEquipe ArchDaily Brasil
Atualmente, um dos campos mais promissores para quem trabalha com projetos é aquele que envolve o planejamento das áreas livres, naturais e urbanizadas, que fazem parte da paisagem das cidades. O frágil equilíbrio dos sistemas hídricos urbanos e as consequências sociais da crise climática mundial são exemplos em larga escala dos impactos que a ausência de uma consciência sobre a importância dos ecossistemas naturais tem para a qualidade de vida nas cidades. E é neste sentido que devemos olhar com atenção para o papel do projeto paisagístico e da arquitetura paisagista.
Os jardins sempre estiveram presentes nas composições arquitetônicas como testemunhas do momento cultural, do status e da religiosidade dos povos. Entretanto, há algumas décadas, é possível perceber um fortalecimento dessa relação entre arquitetura e espaços verdes. Uma situação que culminou em 2020, com grande aumento do protagonismo dos ambientes verdes, muito relacionado a pandemia do Covid-19 e o isolamento social que ela tem provocado. Nesse sentido, relação da casa com jardim se consolidou, de pequenos vasos em apartamentos no centro das cidades a exuberantes projetos paisagísticos dentro e ao redor de residências, representando – em diversas escalas – a busca pela reconexão com a natureza.
Transformando a experiência artística típica em instituições de arte, o escritório Snøhetta divulgou um projeto de renovação do Museu de Arte de Blanton na Universidade do Texas em Austin. A ampla remodelação visa “unificar e requalificar o campus do museu, [...] através de melhorias arquitetônicas e paisagísticas”. A construção deverá ser iniciada ainda na primeira metade de 2021 e tem conclusão prevista para o fim de 2022.
Não há dúvidas que as árvores são essenciais para a qualidade de vida. Têm impacto na sustentabilidade econômica, social e ambiental das cidades e suas vantagens são muitas: contribuem para o conforto visual e ambiental, ajudam a reduzir a poluição do ar e sonora, servem de refúgio e alimento para animais, criando ambientes mais verdes e mais agradáveis. Além disto, tem papel fundamental na redução do efeito das ilhas de calor em centros urbanos. É considerado arborização urbana as árvores que compõem o cenário urbano, e podem estar não apenas plantadas nas calçadas das cidades, mas inclui também praças, parques, canteiros e demais logradouros públicos, e além dos jardins privados. No entanto, existe uma série de recomendações que os projetistas devem seguir na ocasião da escolha da espécie de árvore para sua utilização em ambientes urbanos, como já publicamos por aqui as 25 espécies de árvores adequadas para calçadas urbanas.
Trazer elementos da natureza - como água, vegetação, luz natural, pedras ou, até mesmo, o uso da madeira - para o projeto de interiores pode proporcionar composições mais ricas e complexas no ambiente construído. Nestes projetos de paisagismo, as texturas, silhuetas e, principalmente, as sensações geradas, podem estabelecer novas relações de bem-estar e conforto para o usuário.