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Escola da Cidade: O mais recente de arquitetura e notícia

Paisagens efêmeras: um domingo na paulista

Na análise de um projeto arquitetônico é comum que nos debrucemos sobre questões como quais foram as demandas e contexto histórico daquele projeto, como foi seu processo de elaboração e representação, de que forma foi construído. Tendemos a estudá-lo como um processo finalizado. Entretanto, no momento em que a obra é construída ela se abre à cidade e a terceiros, se torna vulnerável a falhas, imperfeições, requalificações e apropriações não previstas a priori. As consequências derivam então de conflitos, relações sociais e políticas que atuam na cidade formando uma paisagem fluida e mutável. 

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Inércia: rios invisíveis de São Paulo

A cidade de São Paulo como uma das maiores e mais populosas cidades do mundo acumulou ao longo dos anos uma profusão de relações entre o seu território e as pessoas que nele habitam. Ao semear e alimentar interesses, São Paulo tornou-se em pouco tempo um grande centro e ganhou relevância frente ao cenário nacional. Contudo, a metrópole apresenta cada vez mais um distanciamento entre suas camadas sociais, sem contar com o caos frequentemente estabelecido na cidade, seja por meio do trânsito ou dos habituais trasbordamentos, resultado do mau planejamento urbano, que atende aos interesses de poucos em detrimento a saúde da cidade.

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A mulher moderna no espaço público: a construção de um ideal feminino por meio de crônicas e anúncios

O estudo da arquitetura e sua relação com a vida cotidiana e com as questões de gênero têm estimulado pesquisadores a buscarem novas fontes de estudo e a ampliar a análise sobre suas ideias e realizações. Este ensaio busca compreender a presença feminina nos espaços urbanos a partir de extratos de vestígios dos cotidianos levantados em textos e imagens publicados em crônicas, reportagens e anúncios do jornal “Estado de São Paulo”. 

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Por uma cidade justa e inclusiva: Guilherme Wisnik conversa com Carmen Silva

A luta pelo direito à cidade passa pelo direito à moradia digna, definitiva e de acesso. Projetos de revitalização de edifícios nos centros, a partir de uma ampla participação social, sobretudo das mulheres, arrimos da família. Experiências multiplicadoras na cidade. Guilherme Wisnik conversa com Carmen Silva, mulher preta e nordestina, ativista pelo direito à cidade. Liderança do Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC). Conselheira Municipal de Habitação por dois biênios. E pelo mesmo período foi coordenadora do Conselho Participativo da região da Sé.

Guiapé SP: você já pensou em andar a pé em São Paulo?

Você já pensou em andar a pé? Essa é a pergunta que o GUIAPÉ SP – um guia apresentado aqui por meio de ensaio – faz ao leitor. Desde a capa, ele propõe andar pela cidade de São Paulo e faz isso por meio de um percurso que passa estrategicamente por lugares nos quais o mais interessante é chegar a pé, para que se veja os detalhes que nem sempre são vistos, as pessoas, a vida urbana. Esse guia não foi feito para visitar pontos turísticos e sim para levar seu leitor a um passeio. Nele, o percurso e as calçadas não são apenas os elementos que conduzem aos lugares deste guia, eles são parte da viagem.

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O vírus e a volta do estado: Guilherme Wisnik entrevista a economista Laura Carvalho

A pandemia da Covid-19 trouxe consequências inéditas para a economia global. No Brasil, se abateu sobre uma economia que mal havia se recuperado da recessão de 2015-16. Mas a resposta à crise não exige apenas relaxar regras orçamentárias, e sim repensar o próprio papel do Estado para superar carências históricas que a pandemia tornou cristalinas.

Guilherme Wisnik conversa com Laura Carvalho, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e doutora em economia pela New School for Social Research. Escreve quinzenalmente para o jornal Nexo. É autora de "Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico" (Todavia, 2018) e "Curto-Circuito: o vírus e a volta do Estado" (Todavia, 2020).

Arquitetura da liberdade: práticas projetuais urbanas a partir da relação do corpo com o existente

A arquitetura e urbanismo são possibilidades de materializar o porvir. No entanto, como desenhar um futuro comum, mas manter o porvir aberto a significações e em constante movimento a partir dos sujeitos que dele se apropriam? Como a(o) arquiteta(o) pode entender-se parte do movimento de revalorização dos espaços coletivos? Como usar dessa ferramenta para distribuir poder: construir uma democracia direta e um comportamento livre a partir da participação na vida cotidiana? Como reconhecer a relação como ferramenta de construção de uma arquitetura da liberdade?

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O corpo e a alma como design: Guilherme Wisnik entrevista Ivana Wonder

Design é mais do que o projeto de um produto. É, também, a construção de personagens, com seus corpos e suas ânimas. O dado natural é apenas um dos dados de projeto. Somos o design de nós mesmos. Estamos em permanente transformação.

Guilherme Wisnik convera com Ivana Wonder, personagem criado pelo designer Victor Ivanon, munida de uma voz poderosa e quebrando o paradigma entre masculino e feminino conduz a uma experiência multisensorial de emoção e saudade. Do holofote central de um úmido cabaré, emerge essa figura assombrosa e etérea.

O Cemitério dos Aflitos e outros territórios negros da cidade de São Paulo

A descoberta em 2018 de um conjunto de nove ossadas no atual bairro da Liberdade, em São Paulo, trouxe à luz evidências materiais da existência da primeira necrópole pública de São Paulo, o Cemitério dos Aflitos, também conhecido como Cemitério dos Enforcados. Ao que se sabe por documentos textuais municipais, o cemitério, no período de 1775 a 1858, era destino principalmente dos excluídos: negros e negras escravizados, pessoas pobres, indigentes e condenadas à forca. Se o Cemitério dos Aflitos era um território disperso dos desclassificados da sociedade paulistana, a Irmandade do Rosário, fundada em 1720, constituía-se como um território negro demarcado na cidade, onde escravos, forros e livres conviviam, faziam cerimônias fúnebres, festas e devoções religiosas, “quando essa parcela da população paulistana irrompia em conjunto pelas ruas, com seus trajes, adereços e sonoridade característicos” (WISSENBACH, 1988: 206-7).

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Corpo e memória: a mulher no território urbano

Pensando na trajetória de ocupação da cidade de São Paulo e na busca pela produção de um urbanismo universal e democrático é importante entender o papel e o movimento das mulheres no contexto urbano, principalmente nas periferias da cidade. Aqui trataremos do bairro do Jardim Damasceno e seus espaços em movimento – as escadarias – entendendo como esses corpos se expressam nesse contexto, quais são suas ações e transformações e como a questão de gênero é percebida por esses corpos.

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Maracatu, cultura e espaço: Mestra Joana fala sobre a cultura negra nas dinâmicas urbanas de Recife

A Escola da Cidade, por meio da disciplina Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea, então coordenada pelo professor José Guilherme Pereira, em conjunto o Baque Cidade e com o Coletivo Feminista Carmen Portinho, recebeu a Mestra Joana Cavalcante, da Nação do Maracatu Encanto do Pina, para uma conversa a respeito do que é o Maracatu e do quanto ele, em suas localidades de atuação e usando a cidade de Recife (PE) como um exemplo emblemático, resiste enquanto organização social ao mesmo tempo que evidencia problemáticas como o racismo, o machismo, a especulação imobiliária e a segregação sócio espacial.

A experiência cooperativista de habitação no Uruguai: um breve panorama histórico

Time 10 e as 3 pioneiras: Primeira Geração O cooperativismo habitacional no Uruguai é hoje a modalidade de cooperativismo mais expressiva de todas, porém não é a única. Esse sistema transcende a questão da habitação e torna-se especialmente relevante na primeira metade do século XX: a empresa de transporte de ônibus de Montevidéu (CUTCSA) por exemplo, inicia seus trabalhos em 1937 como uma cooperativa. Em termos específicos, em 1989 foram registradas 843 cooperativas e, em 2017, este número sobe para 3.665 cooperativas em diversas áreas.

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SP, cidade fílmica: recorte da São Paulo moderna

São Paulo, Sociedade Anônima é um filme que possuí abordagem complexa e profunda de São Paulo, feito sob um olhar sensível e específico da década de 60 por aqueles que vivenciaram um momento de renovação urbana e socioeconômica da metrópole. Filme que captou essa renovação social distinta e se tornou um marco cinematográfico da época, em que traça uma relação intensa entre personagem e espaço urbano, possuindo diferentes camadas de interpretação que vem a esmiuçar o significado de moderno, urbano, cenográfico e arquitetônico. Utiliza todas essas questões como instrumentos de manifestação de um período, realizadas e vivenciadas por sua população, captando as transformações não só da cidade como também da sociedade.

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Cidade Contínua: investigações para uma São Paulo mais acolhedora

A desigualdade que marca a nossa sociedade é refletida no espaço urbano. Assim, a vivência plena da cidade é uma realidade para apenas uma parcela da população, questionando a ideia do espaço público como um local plenamente democrático. 

Essa reflexão traz consigo a urgência de serem estabelecidas propostas que possibilitem cidades mais acolhedoras nos debates da arquitetura e do urbanismo contemporâneo.

O gatilho e a tempestade: conversa com José Fernando Peixoto sobre violências a corpos negros e as dinâmicas da cidade

Em conversa na Escola da Cidade, na disciplina Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea, coordenada pelo professor José Guilherme Pereira Leite; o filósofo, sociólogo e dramaturgo José Fernando Peixoto se baseia em dois acontecimentos de 1968 – o assassinato do estudante secundarista Edson Luís no Rio de Janeiro e o assassinato de Martin Luther King – para discutir lógicas sobre o corpo negro e como isso pode ser também percebido em dinâmicas de controle e opressão na cidade.

Deslocamentos de bicicleta em uma megacidade: os desafios da extensão territorial, segurança viária e transposição de barreiras

O urbanismo do século XXI será marcado pelo aumento da quantidade e escala das megacidades globais - aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes, segundo a ONU - além de um deslocamento geográfico. Até 2100, há previsões de metrópoles africanas com mais de 80 milhões de habitantes, como Lagos (Nigéria) e Kinshasa (República Democrática do Congo). O advento dessas novas e maiores metrópoles, sobretudo na África e na Ásia, somado à necessidade de enfrentamento da grave crise climática em curso, demandam mudanças urgentes no debate da mobilidade urbana.

Guilherme Wisnik conversa com Paola Berenstein Jacques sobre o presente e o futuro do campo da arquitetura

A tradição moderna hegemônica, ou “vencedora”, nos campos da arquitetura e do urbanismo, é racionalista, purista e teleológica. Mas outras tradições abafadas historicamente, ligadas a diferentes experiências de vida cotidiana nas grandes cidades, e crítica à ideia de progresso, podem (e devem) ser recuperadas, entendendo-se o presente como um palimpsesto de várias temporalidades heterogêneas que coexistem. Diante do grave “momento de perigo” que passamos a testemunhar historicamente hoje, essa escavação das nossas ruínas pode ser a semente para voltarmos a desejar outros futuros possíveis.

Manual de Arquitetura Kamayurá

Em Julho último (2019), na Plataforma habita-cidade [1] foi organizada a Oficina-viagem “Modos de Habitar: Arquiteturas Tradicionais” que levou alunos e professores para a Aldeia Ypawu, em território Kamayurá no Alto Xingu. O objetivo geral das Oficinas-viagem “Modos de Habitar” é a reflexão propositiva sobre as diversas formas do Habitat humano no planeta. Neste ano, a partir de uma demanda dos mestres construtores Kamayurá de produzir um Manual de Arquitetura local, a Oficina-viagem foi preparada para que o grupo para lá deslocado atuasse como apoio para essa importante empreitada. A ideia do Manual de Arquitetura Kamayurá foi inicialmente lançada por Kanawayuri L. Marcello Kamaiurá (liderança local) para a arquiteta Clarissa Morgenroth (arquiteta formada na Escola da Cidade) e para a diretora teatral Cibele Forjaz. A Escola da Cidade foi então convidada a participar do projeto, que foi encampado pela Plataforma habita-cidade, ligada ao curso de Pós-graduação lato sensu ‘Habitação e Cidade’.