Pisa, Itália. Foto de Starbuck Powersurge. Licença CC BY-NC-ND 2.0
A Torre Eiffel, desenhada e erguida para a Exposição Universal de Paris em 1889 celebrava novos métodos e materiais industriais, e a inovação de se construir em altura. Apesar de ter apenas um patamar inaugurado a tempo para a exposição, a torre já possibilitava a seus visitantes uma visão aérea de sua cidade. Isso era particularmente interessante naquele momento, em que se celebravam as recentes Reformas de Paris (1853-1975), por Barão Haussmann, e seu racional, inovador e controverso plano urbano para a cidade.
Parque Buffalo Bayou em Houston/ SWA. Cortesia de Jonnu Singleton
A crise urbana traz muitos desafios, mas também apresenta oportunidades para os arquitetos paisagistas ajudarem a construir espaços verdes e cidades mais justas.
Como um morador de Los Angeles que não dirige, andar pela cidade a pé e de bicicleta sempre me fez sentir como se todos os lugares fossem meus.
Mas, nos últimos dois meses, os habitantes têm frequentado mais as ruas, como se todos tivessem descoberto pela primeira vez, que são capazes de explorar a cidade sem carro. Embora a maioria das praias e trilhas da cidade tenham sido fechadas, mesmo sendo reabertas, desde então, notei que o rio Los Angeles se tornou o novo "ponto de referência" da cidade, como um ponto de encontro, socialmente distante. Em uma cidade que não possui parques públicos adequados, as pessoas estão transformando qualquer pedaço de grama ou calçada - seja um pátio de uma escola, um canteiro central ou um trecho de concreto ao lado de um estacionamento - em um local de alívio da loucura.
A ressignificação dos espaços públicos e privados tem sido pensada por inúmeros arquitetos e urbanistas para o pós-pandemia. A reabertura gradual do comércio e a volta de outras atividades em todo o país exigem de proprietários, funcionários, usuários e clientes mudanças de hábitos e de condutas para que a saúde de todos seja garantida.
Seis espaços comerciais frequentemente usados por muitas pessoas – academia, salão de beleza, escritório, escritório-corporativo, recepção e sala da aula – ganharam orientações para o adequado funcionamento, elaboradas pelas arquitetas e urbanistas Maria Paula Dunel e Ingrid Joyce Almeida de Jesus.
David Rockwell e sua equipe do Rockwell Group propuseram uma iniciativa para ruas abertas – um modelo para refeições ao ar livre – a fim de ajudar bares e restaurantes na reabertura após a pandemia. As estratégias de projeto ilustram soluções práticas para fazer com que todos se sintam seguros.
Para garantir uma transição adequada pós COVID-19, arquitetos, especialistas em saúde pública e engenheiros estão criando diretrizes de projeto para fornecer às pessoas recursos seguros e eficientes. Encontrando um equilíbrio entre otimizar as operações e manter as pessoas seguras, as estratégias abordam o ambiente construído que nos cerca, desde restaurantes até ruas, escritórios e comércios.
Endereçadas a autoridades, proprietários e empregadores da cidade, as ferramentas desenvolvidas ajudam a reabrir o mundo, reduzindo o risco de transmissão do COVID-19, promovendo padrões de distanciamento social e melhorando o bem-estar. Conheça neste artigo 5 guias de projeto que garantem uma transição segura pós-coronavírus.
Precariedade urbana, vulnerabilidade social, exclusão racial, crise sanitária, hecatombe ambiental, Estado genocida. Insatisfação crescente nas ruas, falseamento de dados sobre a pandemia, recessão econômica. Que pactos sociais e políticos serão possíveis para reformular a democracia num país esfacelado? Guilherme Wisnik conversa com Tainá de Paula, arquiteta e urbanista, ativista das lutas urbanas, mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/941882/taina-de-paula-e-guilherme-wisnik-conversam-sobre-exclusao-racial-crise-sanitaria-e-sociedadeEquipe ArchDaily Brasil
O escritório de arquitetura liderado por Stefano Boeri acaba de apresentar seu mais recente projeto: um bairro sustentável as margens do rio que atravessa a maior cidade e capital da Albania. O Tirana Riverside, como está sendo chamado, será o primeiro projeto de escala urbana da Europa a ser desenhado para atender alguns requerimentos específicos que surgiram após a crise de COVID 19, incorporando soluções tecnológicas para promover um ambiente mais seguro e sustentável, concebido para atender rigorosas normas de sustentabilidade definidas pelo Governo Albanês e autoridades locais.
Em meio à pandemia do novo Coronavírus, a competição internacional “Coronavirus Design Competition”, promovida pela plataforma Go Achitect, estimula estudantes e profissionais de diversas áreas a pensar de que maneira podem ser desenvolvidos produtos, objetos e equipamentos que ajudem a população a permanecer saudável física e psicologicamente em um cenário de tantas incertezas. O arquiteto brasileiro Leonardo Dias concorre, junto a mais de 100 candidatos de todo o mundo, com a proposta de um totem urbano que promove a higienização das mãos, a informação dos cidadãos, e a humanização dos dados.
https://www.archdaily.com.br/br/941751/arquiteto-brasileiro-propoe-equipamento-urbano-para-higienizacao-e-informacao-sobre-o-coronavirusEquipe ArchDaily Brasil
Diz-se que o esporte une as pessoas. Historicamente, seja dentro ou fora de quadra, o esporte tem aproximado milhões de pessoas do mundo todo – de todas as origens e com pouco ou quase nada em comum – as quais se reunem em campo, em bares ou estádios. Pelo amor ao esporte, deixamos de lado nossas diferenças para celebrar uma paixão comum: o amor pelo esporte.
Frente a atual situação de emergência imposta, não somente pela maior pandemia da história moderna, mas também pelo total desgoverno que rege esse país, agravados pela desigualdade estrutural que provoca um verdadeiro genocídio da população mais vulnerável da nossa sociedade, nós, arquitetos urbanistas, representantes de assessorias técnicas do Estado de São Paulo, com histórica trajetória de atuação e produção habitacional pautados pela luta do direito à cidade, entendemos que é fundamental nos posicionarmos quanto à importância de ações efetivas deste que é o órgão representativo da nossa categoria, voltadas às necessidades das comunidades organizadas que vivem em assentamentos populares ou em situação de vulnerabilidade social:
https://www.archdaily.com.br/br/941548/assessorias-tecnicas-de-sao-paulo-enviam-carta-ao-cau-sobre-a-urgencia-no-apoio-a-acoes-de-athisUsina - CTAH, Peabiru tca e Ambiente Arquitetura
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Chamada Pública para projetos de enfrentamento à Pandemia da Covid-19
Iniciativas emergenciais para combater os impactos causados pela pandemia da COVID-19 a partir da arquitetura e urbanismo poderão contar com patrocínio do CAU/SC. A autarquia lançou nesta terça-feira, 26 de maio, a Chamada Pública Nº 01/2020 em que prevê o investimento de R$ 75.000,00 em projetos que beneficiem famílias em vulnerabilidade socioeconômica nas questões relativas à Habitação de Interesse Social e no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão.
Os projetos poderão pleitear cotas de R$ 2.500,00 e devem executar ações de abrangência municipal ou estadual até dezembro de 2020. As inscrições permanecem abertas entre 1º e 14 de junho de 2020.
No debate promovido pela Escola da Cidade esta semana, Guilherme Wisnik conversa com Vladimir Safatle, professor livre-docente do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, professor convidado das universidades de Paris VII, Paris VIII, Toulouse, Louvain e Stellenboch. Safatle é um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip/USP).
https://www.archdaily.com.br/br/941467/guilherme-wisnik-e-vladimir-safatle-conversam-sobre-cultura-democracia-e-sociedadeEquipe ArchDaily Brasil
Nova York: fechada, vazia. Foi comovente, é claro, mas também foi lindo. Para o artista Edgar Jerins, essa revelação foi uma surpresa. Quem imaginaria que essa cidade movimentada, caótica, suja, vibrante, profana e incrível poderia parecer tão ... linda mesmo sem as pessoas e atividades? Durante anos, Jerins andou de metrô até seu estúdio perto da Times Square. Quando as notícias da pandemia se espalharam pela primeira vez - mais como uma ameaça vaga e indefinida, inicialmente - ele fugiu, com medo para o ônibus e, depois que a gravidade do evento se tornou aparente e o isolamento começou, ele pegou emprestada a bicicleta da filha.
Victória, Canadá. Foto: Pixabay, cortesia de CicloVivo
Victória é uma cidade canadense famosa por seus jardins de flores. O clima favorece o cultivo de diferentes tipos de flores e a cidade é conhecida como a capital florida do Canadá, ou a “cidade jardim”. Mas a pandemia de coronavírus mudou um pouco este cenário. A equipe de jardinagem da prefeitura priorizou o plantio de mudas de vegetais que estão sendo distribuídas gratuitamente para a população, uma vez que o interesse das pessoas em cultivar o próprio alimento cresceu consideravelmente neste momento.
Em meio à pandemia, estima-se que 900 milhões de pessoas estão ou já estiveram em situação de quarentena domiciliar neste primeiro semestre de 2020. A quarentena, imposta pela necessidade do distanciamento físico, demandou uma reorganização da rotina, das relações de trabalho e, consequentemente, dos espaços que até então acomodavam essas dinâmicas. O home office – trabalhar de casa – não é novidade em muitas profissões, inclusive para parte dos arquitetos, adaptados à pratica autônoma de projeto ou à pesquisa. Entretanto, a excepcionalidade do contexto da epidemia trouxe uma série de desafios ao desempenho de diferentes funções que agora precisam ocorrer num mesmo local, ao mesmo tempo e, muitas vezes, por diferentes membros da família (pais, filhos, avós).
Cidade medieval da Croácia foi uma das inventoras da quarentena e saiu vitoriosa de todas as grandes pragas que a humanidade já enfrentou. Foto: Bigstock, cortesia de Haus
A cidade medieval de Dubrovnik, na Croácia, coleciona qualidades. Cercada por uma antiga muralha e um mar de águas azuis que encantam quem a visita, durante a Idade Média foi a única cidade-estado com vulto suficiente para rivalizar com Veneza.
Outro aspecto que poucos conhecem é que a Pérola do Adriático, como é conhecida a cidade croata, foi o primeiro município europeu de que se tem notícia a implementar uma quarentena inteligente e a construir espaços de isolamento no combate às grandes doenças que afligiram a humanidade. É o que afirmam o arqueólogo Ante Milošević e a médica Ana Bakija-Konsuo no livro "Lazaretto em Dubrovnik: O início do regulamento de quarentena na Europa".
O Pé na Estrada é um projeto de extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, existente desde 2011 como atividade complementar. Sua proposta principal é organizar e promover viagens de estudo pelas cidades do Brasil. No entanto, devido à pandemia do COVID-19, o projeto teve que se adaptar ao distanciamento social, lançando novas propostas de educação patrimonial e estimulando vivências diferenciadas dos espaços estudados em sala de aula a favor de aumentar o conhecimento e repertório dos estudantes e da comunidade.
https://www.archdaily.com.br/br/941143/pe-em-casa-serie-de-atividades-ludicas-para-fazer-no-larEquipe ArchDaily Brasil