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Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

A utopia das cidades compactas e sem separação de classes / Ângelo Marcos Arruda

Lendo o artigo “Cidades: densidade e diversidade”[1], pude perceber que há algo de novo no Reino da Dinamarca na questão urbana: cidades dispersas e ricos e pobres morando distantes um do outro é tema que está na ordem do dia.

No começo pensei: teremos que mudar uns 5.000 anos de história das cidades. Será que esse assunto desperta debates? Lá pelo meio do artigo, os articulistas afirmam: “Aumentar a densidade urbana contribui não apenas para reduzir custos do transporte e impactos ambientais, mas pode amplificar as oportunidades para economias de aglomeração... O aumento da densidade frequentemente está associado ao aumento da diversidade.” E ainda confirmam que o compartilhamento da área urbana entre pessoas de diferentes níveis sociais – ricos e pobres -, significa não apenas o ideal utópico de uma democracia espacial e territorial, mas também um motor de eficiência econômica. Territórios plurais são mais eficientes do ponto de vista produtivo e é uma pauta que pode aproximar as correntes da esquerda com a direita e as agendas urbanas das pessoas, sociedades, entidades, empresas e governos, por uma nova agenda social urbana.

Lançameto do "Guia de Gestão Urbana" de Anthony Ling, com debate sobre urbanismo e gestão pública

O Censo de 2010 do Brasil mostra que 84% da população brasileira vive em cidades. Em 50 anos, as cidades brasileiras receberam cerca de 130 milhões de pessoas, o equivalente ao nascimento de uma cidade de 2,6 milhões de habitantes por ano. Essa urbanização não ocorreu, no entanto, sem problemas. A gestão das cidades permanece um desafio.

A sua cidade cuida de você?

A sua cidade cuida de você? - Image 6 of 4

Como é a sua rua? Dá vontade de caminhar na calçada? Você se sente seguro andando de bicicleta por ela? 

Sabe essa sensação de que o seu dia poderia ser melhor aproveitado? Se você não está fazendo tanto exercício quanto gostaria, saiba que a preguicinha não é a única responsável. Talvez você ainda não tenha percebido, mas a forma da sua cidade também tem grande influência sobre seus hábitos. 

Como as medidas de desestímulo ao uso do automóvel melhoram a mobilidade urbana

As primeiras cidades, datadas de 3.500 AC, inauguraram espaços feitos para encontros, trocas e interações entre pessoas. No decorrer dos séculos, as cidades foram se adaptando de acordo com novos padrões de densidade, zoneamento e transporte. Mas foi no século XX, ou mais especificamente no pós-guerra, que as cidades começaram a mudar radicalmente. Com o surgimento do automóvel, sua valorização enquanto bem de consumo, e a rápida disseminação do seu uso, houve uma inversão total: as cidades foram adaptadas e desenhadas para acomodar as viagens de automóvel. As cidades para pessoas passaram a ser cidades para carros.

Como as medidas de desestímulo ao uso do automóvel melhoram a mobilidade urbana - Image 3 of 4

Depois do êxodo rural / Álvaro Domingues

No tempo em que os animais não falavam, distinguia-se muito bem a cidade do campo – a cidade era urbana e o campo era rural. Simplicíssimo. Assim são as definições claras que tudo explicam pelo que claramente precisa de ser explicado e vice-versa. Nessas idades tautológicas ainda nem sequer tractores havia para revolver e amaciar a terra. Trabalhava-se de sol a sol, esperava-se o bom tempo, o calor e a chuva quando fizessem mais falta, pelo S. Miguel eram as colheitas e Santiago pinta o bago. Nas romarias estrelejavam foguetes, sermões e missas cantadas, longas procissões e malgas de vinho para os farnéis.

Três ideias para recuperar os espaços públicos e fomentar a vida urbana

A importância dos espaços públicos na vida urbana é um assunto presente desde a Grécia antiga até os nossos dias. As possibilidades de encontro e de debate nesses espaços são capazes de influenciar a forma como os habitantes participam no desenvolvimento de suas cidades, contando com maiores espaços disponíveis para todos.

Porém, nas sociedades modernas, o papel estratégico dos espaços públicos foi limitado, sendo a massificação dos automóveis um dos principais fatores, segundo o blog de planejamento urbano e mobilidade sustentável, The City Fix. De fato, segundo uma pesquisa do Instituto de Energia e Meio Ambiente do Brasil, cerca de 70% dos espaços públicos dos centros urbanos são consistem nas vias para automóveis, por onde deslocam-se apenas de 20% a 40% da população da cidade.

Como os espaços públicos podem ser recuperados para fomentar a vida urbana? Apresentamos a seguir três ideias.

Game of Thrones: política e fundação urbana em cidades de ficção

O que diferencia uma cidade de uma aldeia? Qual é a distinção entre esses dois grupos de edifícios e ruas, aparentemente similares entre si? Por que se reconhece a origem neolítica da aldeia enquanto a primeira cidade continua sendo um mistério? Mesmo que aldeia e cidade possam ser consideradas similares, a cidade possui um elemento único e inovador que a diferencia: a cidadania, a civitas.

Enquanto a aldeia não passava de um sistema urbano eficiente para a convivência de um grupo de pessoas, a fundação de uma cidade implica a instituição de uma ideia muito concreta de sociedade, de um compromisso entre indivíduos para ordenar o mundo a partir de critérios compartilhados.

A civitas é precisamente essa ideia de ordem social, o conjunto de tradições, leis, princípios e crenças que dão origem à comunidade civil. Por uma lado, a urbe é a forma urbana é especialmente dedicada a institucionalizar essa ideia da sociedade. Observe que estamos falando de ruas ou casas, mas sim do momento da instituição, isso é, da fundação da cidade. Como diria Fustel de Coulanges, enquanto a civitas é um patrimônio imemorial acumulado ao longo dos séculos, a urbe é formada em um dia. Enchê-la de ruas, casas e lojas é apenas uma consequência.

Nova Agenda Urbana propõe a integração de três fatores para a construção de cidades sustentáveis

Precisão do desenho e planejamento, adoção de uma legislação adequada e responsável e criação de um plano de financiamento seguro e viável. Estas são as apostas do novo pacto global para solucionar a divisão social e urbanística das cidades.

Qual a influência das cidades na promoção da saúde de seus moradores?

A densidade populacional favoreceu a proliferação de epidemias por algum tempo da história. Ao menos até o século XIX, quando a ciência sobre a transmissão de doenças se estabeleceu e se estruturou no sentido da saúde pública e de medidas sanitárias. Dessa forma, os centros urbanos se tornaram vantajosos à saúde da população. No entanto, a estrutura da cidade e a cultura voltada ao carro motivou doenças intrinsecamente relacionadas ao estilo de vida urbano. Como as cidades podem favorecer ou dificultar a promoção da saúde de seus moradores? é o título do artigo que aborda os tópicos acima, divulgado no recém lançado programa USP Cidades Globais, do Instituto de Estudos Avançados (IEA).

O Programa foi lançado recentemente e apresentado com o objetivo de buscar “a qualidade de vida dos paulistanos por meio de redes de pesquisa e parcerias com a sociedade”. As atividades de pesquisa “deverão embasar políticas públicas voltadas à qualidade de vida nas grandes cidades”, diz a USP. Com isso, São Paulo ganha um programa de pesquisa que direciona esforços para entender as cidades em suas várias dimensões – mobilidade, poluição, educação, saúde, uso e ocupação do solo e lazer.

Qual a influência das cidades na promoção da saúde de seus moradores? - Image 1 of 4

Chamada pública reconhecerá projetos que se inspiram na Nova Agenda Urbana

Reconhecimento busca difundir experiências de sucesso e inspirar outras organizações da América Latina e o Caribe a abraçarem as orientações deste pacto global. Adotada em outubro de 2016, a Nova Agenda Urbana define os passos para garantir a urbanização sustentável nos próximos 20 anos.

Lançamento do livro "Espaço Público e Urbanidade em São Paulo" de Mauro Calliari

BEĨ EDITORA LANÇA O LIVRO “ESPAÇO PÚBLICO E URBANIDADE EM SÃO PAULO” DE MAURO CALLIARI

Mapas de calor mostram o fluxo de ciclistas em 9 cidades do mundo

O aplicativo chileno Kappo está disponível para que os ciclistas de qualquer cidade do mundo possam compartilhar seus percursos enquanto pedalam. A lógica é como a de um jogo e permite que os usuários atribuam pontuações para as condições de percurso e rendimento.

Deste modo, a equipe que desenvolveu o aplicativo busca fomentar o uso da bicicleta e, com isso, tornar nossas cidades lugares mais agradáveis. Assim, para a celebração do Dia Mundial sem Carros a equipe criou o Prêmio Cool Place to Bike, para as empresas que incentivam seus funcionários a usarem a bicicleta como meio de transporte.

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Arq. Futuro reúne especialistas em Habitação e Desenvolvimento Urbano em São Paulo

Seminário “Economia e Cidade: Habitação e Desenvolvimento Urbano” é aberto ao público e acontece nos dias 21 e 22 de Novembro no Auditório da FAU-USP.

Cidades compactas e o difícil equilíbrio entre densidade e verticalização

Estudar os meios mais sustentáveis e “corretos” de se construir uma cidade para pessoas pode resultar em um conflito entre o que é “certo” e o que é “correto”, ou seja, entre duas boas ideias. Sim, entre princípios que buscam o melhor para as cidades também existem dualidades. Densidade versus altura é uma delas.

A bicicleta como uma aliada no acesso ao transporte coletivo

O acesso a um sistema de transporte público coletivo de qualidade pode transformar vidas. Sistemas de transporte de média e alta capacidade têm sido a forma mais utilizada para comportar os deslocamentos de grandes distâncias nas cidades, seja para trabalho ou lazer. No entanto, esses sistemas não são apropriados para deslocamentos mais curtos, além de não fornecerem serviços de porta-a-porta. Os deslocamentos em cidades grandes precisam ser vistos em cadeia, com integração intermodal, nos quais o transporte de público cumpre parte dos trechos. Assegurar que todos tenham acesso a sistemas completos de transporte, com integração efetiva, é uma tarefa fundamental para tornar as cidades mais conectadas, justas e sustentáveis.

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Evento FIM DA RUA em Curitiba

Qual seria o fim da cidade, o fim do centro, o fim da rua?

A primeira edicão do FIM DA RUA será realizada dias 24, 25, 26 e 29 de outubro na Casanita e o tema será o centro da cidade!

O evento é um total de quatro encontros, sendo um deles uma caminhada fotográfica, todos com até 25 participantes.

No primeiro encontro um mesa sobre história e arquitetura. No segundo, três experiências de empreender no centro e no terceiro o tema é a arte no centro.

Ativismos e cidade: diálogos entre coletivos e universidade

Ciclo debate as intersecções entre a ocupação do espaço urbano, a universidade e a rua

Ativismos e cidade: diálogos entre coletivos e universidade é o ciclo de debates que o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, em parceria com o Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (GEAC-USP), realiza de 19 a 21 de setembro.

O ciclo lança um olhar para as intersecções entre os movimentos de ocupação do espaço urbano, a universidade e a rua. Serão diferentes perspectivas sobre o tema, de forma a contribuir para o debate corrente e os pensamentos futuros. Entre os palestrantes estão Guilherme Winisk,

Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos

Ao desenvolver o plano mestre de iluminação urbana para Medellín, a empresa estatal colombiana EPM (Empresas Públicas de Medellín) sobrepôs em uma análise as camadas de infraestrutura e iluminação noturna sobre a cartografia da cidade, revelando verdadeiras ilhas de escuridão em meio ao tecido urbano.

Para surpresa da organização, estas ilhas de escuridão correspondiam a 144 reservatórios de água que haviam sido construídos nas periferias da cidade. No entanto, a progressiva expansão urbana de Medellín acabou rodeando-os, incorporando-os totalmente nos povoamentos informais do Vale de Aburrá. Pior, tornaram-se focos de violência e insegurança em bairros totalmente desprovidos de espaços públicos e equipamentos básicos.

Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos - Image 5 of 4Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos - Image 6 of 4Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos - Image 7 of 4Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos - Image 8 of 4Como Medellín transformou seus reservatórios de água em verdadeiros parques públicos - Mais Imagens+ 18