Esta semana, apresentamos uma seleção das 17 melhores fotografias de pátios internos. Entre as vantagens de incorporar esses espaços nos projetos estão melhores condições de luz natural e ventilação e acesso à natureza. Veja, a seguir, nossa seleção de imagens de pátios fotografados por nomes como Quang Dam, Fran Parente e Pablo Blanco.
Tombado em nível estadual e federal, o Teatro Oficina, projetado por Lina Bo Bardi e Edson Elito, corre o risco de ter seu entorno profundamente alterado com a construção de duas torres residencias de cem metros de altura. O empreendimento, liderado pelo Grupo Silvio Santos, foi autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em reunião no dia 29 de maio.
Você já se questionou como é pensado o projeto de uma exposição? Ou como ele articula-se na montagem do conteúdo exposto?
Historicamente, o que hoje conhecemos como Museu iniciou-se como um lugar para a reunião de peças e objetos organizados por tipologia, como nos é revelado ao observamos imagens dos chamados gabinetes de curiosidades ou quarto das maravilhas, onde se organizava uma multiplicidade de objetos e espécies raras (animal, vegetal e mineral) trazidas das grandes explorações ocorridas no século XVI e XVII.
Séculos mais tarde, tais coleções começaram a ganhar força e antigos palácios transformaram suas circulações em extensas e contínuas galerias, onde apenas seus hóspedes e moradores tinham acesso. Posteriormente, no século XIX, o surgimento de pavilhões dedicados essencialmente à exposição de artefatos trouxe proximidade à ideia mais próxima do que hoje são os museus. Costumamos publicar diversos projetos de museus. Mas além da arquitetura destes, você já observou como a expografia atua de modo importante? Listamos a seguir alguns dos conceitos-chave dos projetos expográficos.
Olivia de Oliveira fez sua tese de doutorado sobre a arquiteta Lina Bo Bardi na Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona (ETSAB) e é autora do livro "Lina Bo Bardi. Obras construídas", que surgiu após a visita aos edifícios construídos por Lina ao lado do fotógrafo Nelson Kon em 2002. Nesta obra ela apresenta toda a complexidade arquitetônica e visões culturais, políticas e sociais da arquiteta. O resultado acaba de ser relançado no Brasil pela Editora Gustavo Gili, em português.
Na seguinte entrevista, é possível se aprofundar um pouco mais na história por trás do livro e também sobre Lina Bo Bardi através da perspectiva da autora, que cita importantes questões como o canteiro de obras, o surrealismo presente na obra da arquiteta e como segue a preservação de suas obras.
O resultado do Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável acaba de ser divulgado. A premiação é uma das mais importantes do mercado de construção civil brasileiro e já reconheceu mais de 150 projetos por excelência em conforto, inovação e sustentabilidade. Foram entregues 25 prêmios, entre as categorias “Profissional” e “Estudante”, além dos destaques em “Conforto”, “Inovação” e “Sustentabilidade”. O prêmio de Melhor Projeto da edição foi apresentado pelo CEO global da Saint-Gobain, Pierre-André de Chalendar, e entregue ao projeto Moradias Infantis, de Rosenbaum® e Aleph Zero. Dal Pian Arquitetos, Vigliecca e Associados e Estúdio 41 Arquitetura foram destaques em Conforto, Inovação e Sustentabilidade, respectivamente.
O Prêmio já é referência no mercado brasileiro de arquitetura, tendo destacado centenas de projetos de estudantes e profissionais, que, em linha com os valores da Saint-Gobain, promovem a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente”, disse Thierry Fournier, CEO da Saint-Gobain para Brasil, Chile e Argentina. “Com a premiação, incentivamos o mercado a priorizar, cada vez mais, os conceitos de conforto e o bem-estar das pessoas nas edificações”, finalizou o executivo.
Conheça a seguir os projetos vencedores do 5º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável:
Desde 2016, o Sesc São Paulo e a britânica Central Saint Martins, University of the Arts London – referência mundial em arte e design –, promovem atividades em parceria. Uma das atividades de destaque para 2018 é a mesa de debate ‘As Ironias da Arquitetura: o Arquiteto como Cidadão’, que será realizada no dia 16 de março, às 10h30, no teatro do Sesc 24 de Maio.
É sempre muito delicado intervir em edificações históricas. Na arquitetura, seja por operações de restauro ou de requalificação espacial, projetos de intervenção são muitas vezes necessários para dar uma “vida nova” a edificações abandonadas ou descaracterizadas, alterando ou qualificando seu uso.
Junto ao desafio de preservar as construções já existentes, tentando não modificar bruscamente o desenho original das mesmas, há ainda o desafio por implantar edifícios ou elementos anexo capazes de atender as necessidades intrínsecas de cada caso, de forma a não “ferir” e/ou descaracterizar as edificações originais.
Em reação a isso, e por ocasião do aniversário de 464 anos da cidade de São Paulo, o escritórios Brasil Arquitetura e Urbeflux Engenharia Consultiva divulgaram uma carta aberta à cidade de São Paulo em que pontuam diretrizes para a "necessária mudança de rumos no tratamento das águas urbanas", com o objetivo de superar o impasse sobre o destino do terreno "em benefício do interesse maior dos seus cidadãos e da cultura brasileira".
Apesar de nascida na capital italiana, Lina Bo Bardi tornou-se uma das figuras mais importantes a sintetizar a cultura brasileira ao mundo e ao próprio país, unindo arquitetura, política e cultura popular. Seu perfil inquieto e sua ânsia à quebra de tradicionalismos fez do Brasil o território ideal à aplicação de seus ideais.
Entre os elementos arquitetônicos que Lina trabalhou ao longo de sua obra, a qualidade material e cultural é fundida na busca pela integral poesia dos espaços. Para além dos elementos concretos e solidificados, a arquiteta buscou o desenvolvimento de um trabalho pautado pela presença dos elementos culturais e uma intensa discussão política, idealizando uma arquitetura pautada pelo rompimento de barreiras entre o erudito e o popular.
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos Brasil), a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (Anparq), a seção brasileira do Comitê Internacional para Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Bairros do Movimento Moderno (Docomomo Brasil) e o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi registram grande preocupação com a notícia, recentemente divulgada pela imprensa, da aprovação pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) de um projeto de construção de um conjunto de torres no entorno imediato do Teatro Oficina, situado no bairro do Bixiga, na cidade de São Paulo.
O Teatro Oficina lançou esta semana um movimento envolvendo artistas e demais cidadãos para a preservação do emblemático edifício projetado por Lina Bo Bardi e seu entorno tombado. O grupo de teatro convida todos os interessados a enviarem pedidos de veto ao Governo do Estado de São Paulo conta a construção de altas torres residenciais no bairro do Bixiga - proposta liberada nesta segunda-feira pelo CONDEPHAAT.
A frente de trabalho de um arquiteto é quase sempre marcada pelo insaciável desejo por desenhar tudo, da maior à menor escala na tentativa de assumir o controle integral do projeto. Como dizia Mies Van Der Rohe, “Deus está nos detalhes”. E, para uma extensa lista de arquitetos, conceber o mobiliário especialmente à composição de suas obras, tornou-se fundamental.
Ao longo da história da Arquitetura brasileira, especialmente desde o Modernismo, arquitetos destacaram-se não apenas no desenho de residências e edifícios, mas também, pelos minuciosos projetos de mobiliários. Muitos nasceram para compor projetos específicos e posteriormente, pela notoriedade assumida, passaram a ser produzidos em série pela indústria.