Cidades são uma tela para a criatividade arquitetônica e o dinamismo da vida urbana. Nos últimos anos, elas assumiram um papel adicional: o de laboratórios vivos para uma arquitetura e um urbanismo inovadores. Cidades internacionais tornaram-se terrenos experimentais para a tecnologia arquitetônica, com práticas sustentáveis e princípios de design centrados no ser humano sendo testados e refinados. Essa mudança de paradigma não apenas transformou os aspectos físicos dos ambientes urbanos, mas também redefiniu a relação entre arquitetura, comunidade e o ambiente construído.
A habitação social traz muitos estigmas injustos consigo. Embora muitos projetos comecem bem com sessões de fotos brilhantes de inaugurações, as câmeras acabam indo embora, o investimento tende a secar e a manutenção é cortada. A falta de espaços verdes adequados segue, devido à baixa manutenção. Eventualmente o resultado são comunidades esquecidas e isoladas que se transformam em guetos.
Embora facilmente culpada, a arquitetura de blocos elevados de moradia social não é a causa do problema, mas pode ser parte da solução. Construir para cima em vez de para fora ainda oferece uma rota sensata através das crises habitacionais e sociais atuais - compartilhando espaço e recursos.
Além disso, esses quatro projetos de toda a Europa mostram que integrar empreendimentos de habitação social em torno de pátios acessíveis e espaços verdes sustentáveis ajuda a atrair comunidades e mante-las juntas.
Com um portfólio amplo e diversificado em termos de tipologias, escalas e localizações dos projetos, o MMBB Arquitetos é um escritório versátil e de múltiplas atividades. Fundado em 1991 na cidade de São Paulo, o escritório é atualmente composto por Maria João Figueiredo, Marta Moreira e Milton Braga, e ao longo das mais de três décadas de atuação já teve entre seus sócios Angelo Bucci, Vinicius Gorgati e Fernando de Mello Franco, além de ter realizado diversas parcerias com Paulo Mendes da Rocha.
Adequações no desenho da Delfino Cintra, em Campinas, promovem comportamentos mais seguros. Foto: Bruno Batista/WRI Brasil
Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.
Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas.
https://www.archdaily.com.br/br/1001571/o-poder-de-transformacao-do-urbanismo-taticoReynaldo Neto e Paula Manoela dos Santos
Criado por uma série de linhas paralelas anguladas que formam um ziguezague hipnotizante, o padrão espinha de peixe resistiu ao teste do tempo e permanece presente em diversos estilos de design. Nomeado em homenagem à semelhança com os ossos de um peixe - como o arenque, por exemplo -, este padrão clássico em forma de V arranja blocos retangulares em diferentes proporções. Com proporções de comprimento de borda de bloco variando, como 2:1 ou às vezes 3:1, o design versátil se adapta a uma ampla gama de usos, dimensões e materiais.
A disposição dos blocos, mesmo quando usados em cores únicas, cria uma textura sutil e adiciona interesse visual. Embora a disposição em espinha de peixe possa parecer simples à primeira vista, a forte qualidade direcional das linhas com ângulo típico de 45 graus requer um cuidadoso processo de design para um visual perfeito e consistente. O padrão pode ser encontrado em paredes e pisos, de tecidos a madeira e azulejos. Ao brincar com formas geométricas, ele continua sendo uma tendência que infunde estilo e estrutura no design de interiores, complementando a estética geral do espaço. Abaixo, mergulhamos no catálogo do Architonic para apresentar diferentes maneiras de aplicá-lo, explorando padrões de espinha de peixe em cerâmica, madeira e sintéticos.
No País dos Arquitectosé um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.
Neste episódio da quinta temporada, Sara conversa com os arquitetos Teresa Novais e Jorge Carvalho, do escritório aNC arquitectos, sobre a Estação Biológica e Galeria da Biodiversidade de Mértola. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.
Instalação na Bienal de Veneza. Imagem Cortesia de NiLab
Ao longo do maior rio do mundo, o Rio Nilo, vários ambientes naturais e paisagens têm sido impactados negativamente por intervenções que não consideram o contexto ou respeitam culturas locais. Em resposta, o NiLab, pavilhão egípcio na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia, tem como objetivo revisitar esses lugares e destacar o valor do desenho arquitetônico na promoção de um desenvolvimento mais sustentável e culturalmente consciente ao longo do rio. A exposição intitulada "NiLab: Nilo como Laboratório", reconhece a extensão excepcional, a importância histórica e o impacto nas paisagens naturais e humanas do Nilo, fazendo dele um cenário ideal para reflexão sobre questões contemporâneas.
West Bund Orbit. Cortesia da imagem de Heatherwick Studio
O Heatherwick Studio divulgou o projeto de um Pavilhão de Exposições situado na vibrante orla West Bund de Xangai, na China. Conhecido como West Bund Orbit, o edifício será um importante atrator do novo Centro Financeiro no Distrito de Xuhui. Concebido para ser um marco visual ao longo do rio Huangpu, o projeto oferecerá uma série de espaços públicos qualificados para os pedestres e visitantes.