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Arquitetos: Cyril Chênebeau
- Área: 70 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Aldo Amoretti
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Fabricantes: AmPm, Bautier, Cadel, Duravit, HAY, Hisbalit, Lignalpes, MARAZZI
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nossa reflexão foi focada inicialmente na necessidade de conceber uma cabana capaz de se adaptar à multiplicidade de situações topográficas e paisagísticas do local, densamente arborizado, como uma cabana “ideal”. O resultado deste trabalho preliminar e da análise aprofundada do programa e das especificações estabelecidas pela autoridade contratada, nos levaram a propor um projeto com um volume único ligeiramente alongado, um prisma refinado em ambas as extremidades para deslizar entre as árvores.
A arquitetura das cabanas joga com a dualidade entre uma forma construída tradicional e um habitat "alternativo" contemporâneo construído sobre estacas. Uma volumetria simples e compacta. Um prisma de nove faces, com um telhado de duas águas apoiado em uma estrutura tridimensional composta por pilares de madeira autoportantes em forma de V. Essa estrutura singular remete a imagem de troncos inclinados (postes de lariço descascados) sobre os quais o espaço habitacional foi assentado, reforçando assim os efeitos de "saliência" e a percepção da imagem de uma cabana "sutilmente" suspensa. O trabalho também se concentrou na capacidade de oferecer, por meio da arquitetura, uma imersão em um lugar excepcional na borda do Parque Nacional do Mercantour. A natureza e o sol filtrado pelos lariços penetram generosamente nos espaços internos. Cada momento do dia oferece uma experiência única entre luz e sombra. Esses efeitos de contraste são reforçados pelo uso do invólucro externo, com um revestimento de madeira queimada (tonalidade escura) que vibra com a tonalidade da casca dos troncos de lariço e de uma estrutura portante (tonalidade clara), aparente e expressiva. As grandes janelas salientes inseridas no exterior cru permitem vislumbrar profundidades, transparências e o aspecto aconchegante do interior.
Do interior, a vista se desdobra em seis direções (efeito prisma), de forma que a cabana se beneficia de múltiplas e variadas orientações. O layout foi pensado para ser flexível a fim de atender uma clientela diversa e exigente. A cabana pode ser usada na configuração, tipo "loft" de espaços abertos, ou compartimentada com a utilização de simples painéis deslizantes fechando os espaços noturnos. O volume interior é generoso com um forro sob o telhado inclinado (ajustado ao máximo das possibilidades oferecidas pelo PLU). O espaço comum é organizado em torno de um fogão com uma lareira central. A área de spa é visível e dialoga com a sala de estar, sendo conectado e acessível do exterior através da grande varanda voltada para o sul.
Os materiais são nobres e sustentáveis, e as montagens e detalhes construtivos são minuciosos. A escolha dos revestimentos e móveis é cuidadosamente selecionada para destacar o espírito autêntico e contemporâneo do lugar. O projeto oferece assim unidades habitacionais "exemplares e confortáveis" durante as quatro estações com um nível de serviço "top de linha" que permite oferecer aos futuros visitantes uma experiência única imersa no coração da floresta de Boréon.
