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Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

As cidades podem prosperar em tempos de crise? 3 perguntas para as cidades em 2022

Surtos de doenças contagiosas podem exercer uma influência de longo prazo no desenho urbano – muitos moldaram de forma inegável a maneira como as cidades modernas são e operam. Parques, ruas largas e até mesmo os banheiros de nossas casas são um legado importante de surtos de cólera no passado. Hoje estão tão incorporados em nosso dia a dia que são considerados elementos básicos das cidades modernas. Ao longo de gerações, as cidades se recuperaram do choque inicial do contágio e reconstruíram a confiança das pessoas depois de períodos de incerteza.

Território contestado: relações entre a crise climática e a propriedade da terra

A arquitetura é um ofício ou prática que, na maioria dos casos, envolve a construção de estruturas físicas e materiais. A arquitetura procura dar forma a edifícios destinados a servirem diferentes propósitos como trabalho, moradia, convivência, oração entre outros tantos. Estruturas construídas e intervenções arquitetônicas, no entanto, necessitam de um espaço físico para materializar-se. Dito isso, a melhor compreensão a relação intrínseca entre espaço e arquitetura, pode ser a chave para estabelecermos práticas mais sustentáveis nos campos da arquitetura, engenharia e construção civil.

Transporte elétrico: nossas cidades estão prontas para a micromobilidade?

Ao longo dos últimos anos, testemunhamos um crescimento exponencial da frota de patinetes elétricos circulando no centro das grandes cidades, os quais muito rapidamente passaram a fazer parte do nosso dia-a-dia. Ao facilitar os deslocamentos urbanos de forma um tanto divertida, os patinetes elétricos caíram nas graças das novas gerações, conquistando uma infinidade de novos adeptos e orgulhando-se de seu caráter sustentável. Primeiramente implementados na costa oeste dos Estados Unidos, os patinetes rapidamente migraram para o leste do país, eventualmente tornando-se muito populares nas principais cidades da Europa e Ásia. Embora sejam rápidos e convenientes para quase todo tipo de deslocamento urbano, precisamos nos perguntar: as nossas cidades estão prontas para este aumento exponencial na frota de patinetes elétricos e outras formas de micromobilidade?

Pátios comunitários em escolas públicas: uma oportunidade de mudança para o futuro

Um recente relatório publicado pela The Trust for Public Land (TPL), apresenta dados bastante convincentes, os quais poderão incentivar a transformação de muitos pátios de escolas públicas em áreas de uso comum abertas às comunidades locais. A TPL reitera que abrir e disponibilizar os pátios e infraestruturas públicas das escolas para os moradores locais após o horário escolar e também nos finais de semana, pode ser uma poderosa ferramenta para fortalecer e engajar comunidades. Se todas as 90.000 escolas públicas dos Estados Unidos disponibilizassem seus pátios às comunidades onde se encontram, mais pessoas teriam acesso a espaços públicos e infra-estruturas esportivas a um passo de suas casas. A TPL argumenta ainda que a abertura de todos os pátios de escolas públicas do país, essencialmente transformando-os em centros comunitários de acesso irrestrito em horários específicos, “disponibilizaria de imediato um novo parque a uma distancia de apenas 10 minutos de casa para quase 20 milhões de pessoas— resolvendo a dificuldade de acesso a espaços públicos de qualidade para um quinto das mais de 100 milhões de pessoas que atualmente não contam com um parque nas proximidades de sua casa.”

"Urbanismo cidadão é um conceito que estamos promovendo a partir da América Latina": Lucía Nogales da Ocupa tu Calle

Lucía Nogales é a coordenadora geral da "Ocupa tu Calle" - uma iniciativa promovida por Lima Cómo Vamos e apoiada pela Fundação Avina e pela ONU Habitat - que se concentra no "urbanismo cidadão" na América Latina para cidades mais justas, inclusivas e resilientes.

Mulheres na gestão urbana: seis nomes que mudaram o jogo

Em diferentes partes do mundo as mulheres estão transformando as cidades e ocupando espaços no planejamento e na gestão urbana como nunca havia acontecido. Paris, Barcelona e Roma, por exemplo, além de serem cidades onde quase qualquer pessoa gostaria de viver, são, hoje, cidades gerenciadas por mulheres pela primeira vez em sua história, ambas em seu segundo mandato. Grandes mudanças e planos celebrados atualmente, como a “cidade de 15 minutos”, em Paris, a abertura da Times Square para as pessoas, em Nova Iorque, e a digitalização urbana de Barcelona como cidade inteligente, foram capitaneadas por mulheres.

Reuso adaptativo como estratégia para o desenvolvimento urbano sustentável

As novas ideias devem usar edifícios antigos”, disse Jane Jacobs em seu livro seminal Morte e vida de grandes cidades, defendendo a reutilização de edifícios existentes como um meio de catalisar mudanças positivas e promover diversos ambientes urbanos.

A inserção de novas atividades em uma estrutura existente está se tornando cada vez mais um aspecto definidor da arquitetura contemporânea, à medida que a necessidade de alternativas sustentáveis ​​para construir se torna mais urgente. De uma perspectiva urbana, a reutilização adaptativa é uma estratégia valiosa para revitalizar cidades pós-industriais, criando densidade e mitigando a expansão urbana, ou ajudando cidades em encolhimento a redefinir seu tecido urbano.

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Por que “infraestrutura leve” é crucial para um mundo pós-carbono

Este artigo foi publicado originalmente no Common Edge.

Dias atrás em Santa Monica, Califórnia, visitantes sentaram-se no pátio sombreado do lado de fora da Prefeitura Leste, esperando por compromissos. Uma delas comeu um gomo da laranja que pegou da árvore acima dela e contemplou as pinturas, fotografias e montagens do outro lado do vidro. A exposição, Lives that Bind, apresentou obras que relatavam o apagamento e sub-representação de artistas locais no passado de Santa Monica. Ela é parte de um esforço do governo municipal para usar o novo Living Building (projetado por Frederick Fisher and Partners) como um catalisador para a construção de uma comunidade ambiental, social e economicamente autossustentável.

Cidade ativa: o que Amsterdã pode ensinar sobre saúde e mobilidade?

Uma cidade ativa é aquela que estimula seus habitantes a serem fisicamente ativos em seu cotidiano. Isso não quer dizer que ela almeja transformar os cidadãos em atletas olímpicos, mas que dispõe de espaços para ciclistas e pedestres se locomoverem com segurança e de infraestrutura adequada para que pessoas de todas as idades possam praticar esportes, se divertir e relaxar ao ar livre. Dessa forma, as atividades físicas, em maior ou menor intensidade, se tornam parte natural do dia-a-dia da população. 

7 Grandes transformações para solucionar a desigualdade urbana

Em Accra, capital de Gana, Owusu, a esposa e os quatro filhos dividem uma casa com outros cinco inquilinos e suas famílias no bairro de Tantra Hills. A casa possui um banheiro e energia elétrica, mas os custos de ambos são excessivamente altos. Como não é conectada à rede municipal de abastecimento de água, Owusu precisa comprar água de vendedores que cobram caro. A conta de luz, em torno de US$ 50 por mês, é mais alta do que o aluguel de US$ 33. Com uma renda mensal de US$ 175, Owusu vive com o medo de ser despejado caso haja aumento no preço do aluguel, da água ou da eletricidade.

Além disso, o bairro de Owusu não dispõe de acesso fácil ao transporte público. O ponto de ônibus mais próximo fica a cerca de um quilômetro, e normalmente ele espera até 30 minutos pelo ônibus. O trajeto até o trabalho, em um posto de gasolina, leva em torno de duas horas, sem trânsito. De segunda a sábado, ele sai de casa às 4h30 para não pegar a hora do rush.

“As pessoas buscam uma nova proximidade com a natureza”: entrevista com Stefano Boeri

"Projetando uma casa para as árvores", como ele diz, Stefano Boeri está trabalhando em todo o planeta, exportando sua abordagem com as árvores do México para Shenzhen. Construindo todo um ecossistema, ao invés de apenas uma fachada verde, o arquiteto compreende a necessidade de redefinir nossa relação com a natureza, especialmente nas cidades.

Christele Harrouk, do ArchDaily, teve a oportunidade de entrevistar o arquiteto em Eindhoven, durante a inauguração da Trudo Tower, o primeiro projeto de habitação social de Stefano Boeri, em colaboração com Francesca Cesa Bianchi, sua sócia no Stefano Boeri Architetti, Laura Gatti, botânica e consultora, e Paolo Russo, responsável pelo projeto. Discutindo principalmente sua abordagem com a natureza, a qualidade ambiental e sua perspectiva aplicada ao redor do mundo, a conversa também abordou às quatro florestas verticais em andamento na Europa Ocidental: a primeira que acaba de iniciar em Utrecht, uma segunda em Bruxelas, um edifício em Eindhoven, e uma última em Antuérpia.

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Como as smart cities podem agravar a desigualdade

As metrópoles urbanas de nosso planeta são o lar de uma abundância de histórias. Elas são o lar de histórias de riqueza, de inovação e de maravilhas arquitetônicas, assim como de histórias de desigualdade, iniquidade e segregação urbana — lugares onde a renda determina a qualidade do ambiente espacial ao seu redor. Dentro destas histórias se desenvolveu uma crescente defesa para tornar as cidades "mais inteligentes", para usar dados e tecnologia digital para construir ambientes urbanos mais eficientes e convenientes.

Como as smart cities podem agravar a desigualdade - Image 1 of 4Como as smart cities podem agravar a desigualdade - Image 2 of 4Como as smart cities podem agravar a desigualdade - Image 3 of 4Como as smart cities podem agravar a desigualdade - Image 4 of 4Como as smart cities podem agravar a desigualdade - Mais Imagens+ 5

Renaturalizar a cidade: ampliando o conceito de sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade aplicado à cidade está a em vias de se tornar obsoleto. Nós usamos este termo para quase tudo o que queremos fazer, e assim dar-lhe um ar aparente de respeito pelo que chamamos de natureza, mas, o impacto real é alcançado quando transcendemos esta ideia e aproveitamos todas as oportunidades de intervenção urbana para implementar iniciativas de re-naturalização e, portanto, dotar a cidade de atributos que a levem a ser mais resiliente.

Cidades e conflitos: projetos urbanos de reuso adaptativo

A COP26, Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, está programada para ser realizada na Escócia na última semana de outubro de 2021. No pano de fundo desta conferência está uma maior consciência global das mudanças climáticas, à medida que discussões ocorrem sobre como um futuro mais igualitário pode ser alcançado. O estado atual e futuro da arquitetura é um componente-chave desta conversa, já que, as críticas são dirigidas aos escritórios de arquitetura que fazem uso do "greenwash" (ou maquiagem verde) levantando questões sobre se o termo "sustentabilidade" está cada vez mais sendo usado apenas como a palavra da moda de hoje.

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C40 e Arup apresentam iniciativas de resiliência urbana em exposição virtual na COP26

Esta semana, a rede C40—que reúne as principais grandes cidades do mundo—em parceira com a empresa de engenharia e sustentabilidade Arup, inaugurou uma exposição virtual apresentando uma série de iniciativas que procuram promover a resiliência urbana frente aos desafios provocados pelas mudanças climáticas, as quais foram desenvolvidas em 11 cidades comprometidas com a causa. Considerando que as cidades são responsáveis por mais de 70% das emissões globais de carbono, a Exposição Global Cities Climate Action tem como objetivo destacar a importância do engajamento das maiores cidades do planeta para alcançarmos as metas climáticas estabelecidas, o que será possível apenas através de uma atuação conjunta, integrada e sustentável.

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Prêmio Obel 2021 é atribuído ao conceito da "cidade de 15 minutos"

A teoria urbana da cidade de 15 minutos recebeu o Prêmio Obel 2021, em reconhecimento ao valor do conceito para a criação de ambientes urbanos sustentáveis e centrados nas pessoas. Criado pela primeira vez em 2016, pelo professor da Sorbonne Carlos Moreno, o termo define um modelo urbano altamente flexível. O modelo garante a todos os cidadãos o acesso às necessidades diárias em uma distância de 15 minutos, quebrando assim a hegemonia do carro, e reintroduzindo as qualidades das cidades históricas no planejamento urbano contemporâneo.

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