1. ArchDaily
  2. Cidades

Cidades: O mais recente de arquitetura e notícia

Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis

Quando consideramos o contexto das cidades, ao mesmo tempo que a violência urbana é um reflexo dos problemas e das desigualdades sociais, ela também reflete no território e na nossa forma de viver. Em outubro, no dia 2, foi celebrado o Dia Internacional da Não-Violência – inspirado nisso, destacamos aqui uma série de projetos para refletir sobre formas não-violentas de ocupar os espaços públicos. 

Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis  - Image 1 of 4Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis  - Image 2 of 4Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis  - Image 3 of 4Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis  - Image 9 of 4Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis  - Mais Imagens+ 9

Repensando o papel das cidades experimentais no combate às mudanças climáticas

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.

Na busca incessável para combater as mudanças climáticas, é cada vez mais fácil encontrar soluções grandes e ousadas, como a visão conceitual "water smart city", a proposta do ecologista Allan Savory para tornar os desertos do mundo mais ecológicos, e até mesmo o plano, do presidente da câmara de Nova York, Bill de Blasio, para transformar parte da Governors Island num "laboratório vivo" para a investigação climática. A restauração dos recifes de ostras ocorre em quase todos os cruzamentos críticos ao longo da costa leste, desde a Florida até ao Maine. Esforços valiosos, no entanto, quando considerados coletivamente, o ônus de resolver a nossa crise climática foi deixado em grande parte aos governos municipais, e aos atores privados, tornando a maioria das soluções fragmentadas. O sucesso de uma abordagem tem pouca ou nenhuma correlação com a de outra. Mas o que aconteceria se todas as soluções relacionadas pudessem ser aplicadas num ecossistema único e controlado, quando o meio ambiente e o urbanismo, não estão em desacordo, mas trabalham em conjunto? Conheça a cidade experimental.

Nossas cidades são construídas para os jovens?

As cidades em que vivemos hoje foram construídas com base em princípios concebidos há décadas, com a perspectiva de garantir que sejam habitáveis por todos. Ao longo da história, as cidades têm sido catalisadoras do crescimento econômico, servindo como pontos focais para negócios e migração. No entanto, na última década, especialmente durante os últimos dois anos, o mundo testemunhou reconfigurações drásticas na forma como as sociedades funcionam, vivem e se deslocam.

O tecido urbano de hoje destaca dois padrões demográficos: rápida urbanização e grandes populações jovens. As cidades, embora crescendo em escala, na verdade se tornaram mais jovens, com quase quatro bilhões da população mundial com menos de 30 anos vivendo em áreas urbanas, e em 2030, UN-Habitat espera que 60% da população urbana tenha menos de 18. Então, quando o assunto é planejamento urbano e futuro das cidades, fica evidente que os jovens devem fazer parte da conversa.

Nossas cidades são construídas para os jovens? - Image 1 of 4Nossas cidades são construídas para os jovens? - Image 2 of 4Nossas cidades são construídas para os jovens? - Image 3 of 4Nossas cidades são construídas para os jovens? - Image 4 of 4Nossas cidades são construídas para os jovens? - Mais Imagens+ 9

Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia

A humanidade como a conhecemos hoje é resultado de séculos e mais séculos de fenômenos naturais e migratórios complexos responsáveis por forjar a aparência geográfica e humana do planeta no qual habitamos. Humanos são seres sensoriais, e como tais, se relacionam com o mundo através de suas experiências vividas, mas, além disso, há outra forma pela qual podemos compreender o mundo no qual vivemos, isto é, através da uma representação bidimensional inventada pelo homem—os mapas. A cartografia, muitas vezes, é utilizada para delinear fronteiras e estabelecer limites, e desta forma têm sido utilizada historicamente como uma ferramenta de opressão e segregação.

Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia - Image 1 of 4Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia - Image 2 of 4Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia - Image 3 of 4Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia - Image 4 of 4Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia - Mais Imagens+ 4

Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática

Desde que o acordo de Paris foi firmado em 2015, minimizar os efeitos e consequências das mudanças climáticas em curso no planeta tem sido, pelo menos declarativamente, um objetivo comum em todo o mundo; no entanto, as ações que estão sendo tomadas variam amplamente de país para país. Pensando nisso, as principais grandes cidades do planeta decidiram se posicionar e partir para a ação ao invés de apenas esperar ordens de cima. Fato é que muitas das iniciativas levadas a cabo pelas administrações municipais e regionais acabam sendo neutralizadas pelo consequente aumento das emissões de carbono em outras regiões do país e do mundo. Além disso, é importante ressaltar que a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação frente às consequências do agravamento da crise climática varia muito de lugar para lugar. Procurando esclarecer e discutir o conceito de desigualdade ambiental, este artigo chama a atenção para o fato de que a crise climática só pode ser combatida de maneira eficaz através de um esforço global conjunto, coordenado e transdisciplinar.

Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática - Image 1 of 4Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática - Image 2 of 4Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática - Imagem de DestaqueComo as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática - Image 3 of 4Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática - Mais Imagens+ 1

Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi

Observando rapidamente o continente africano, encontraremos uma enorme diversidade de padrões de assentamentos humanos, variando desde pequenos ambientes urbanos, enclaves rurais até extensas metrópoles. Sobrevoando este vasto território, podemos concluir também que muitas cidades africanas estão trabalhando para superar a lacuna histórica que as separa do resto do mundo—embora essa “evolução”, na maioria dos casos, esteja apenas acentuando as desigualdades estruturais que permeiam este continente de norte a sul. E esta dinâmica não é uma novidade, pois a aparência de muitas das cidades africanas ainda hoje é resultado de uma longa história de opressão e segregação.

Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi - Image 1 of 4Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi - Image 2 of 4Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi - Image 3 of 4Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi - Image 4 of 4Vestígios urbanos do passado colonial: Dar es Salaam e Nairobi - Mais Imagens+ 4

De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social

A atual pandemia escancarou as muitas desigualdades enraizadas em nossa sociedade, especialmente no que se refere à distribuição extremamente desigual de recursos e infraestruturas públicas em territórios urbanos. Desde o início da corrente crise sanitária mundial, aqueles que podiam pagar, por exemplo, optaram por trocar a vida na cidade por suas confortáveis casas de final de semana em meio à natureza. No outro extremo, também testemunhamos como as pessoas mais pobres sofreram com a dificuldade de acesso à cidade, espaços públicos e áreas verdes—sendo forçados a continuar suas rotinas de trabalho e deslocamento apesar das muitas restrições e dos evidentes riscos de saúde pública. Para piorar, não podemos deixar de mencionar a questão do acesso (ou a falta de) à moradia digna e de que forma deveríamos abordá-la para responder aos muitos desafios do presente e do futuro.

De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social - Image 1 of 4De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social - Image 2 of 4De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social - Image 3 of 4De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social - Image 4 of 4De Chicago a Nápoles: o fracasso de dois grandes projetos de habitação social - Mais Imagens+ 5

OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia

Liderado por Iyad Alsaka, Adrianne Fisher e Wael Sleiman, o projeto mais recente do OMA, o Prestige Liberty Towers, é inaugurado em Mumbai, Índia. Previsto para ser concluído em 2025, o complexo de uso misto é o primeiro empreendimento da empresa na Índia, localizado nas históricas fábricas têxteis, no coração da cidade.

OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia - Image 1 of 4OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia - Image 2 of 4OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia - Image 3 of 4OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia - Image 4 of 4OMA inicia construção de complexo de uso misto em Mumbai, Índia - Mais Imagens+ 1

Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor

Ondas de calor prolongadas têm sido cada vez mais frequentes ao longo dos últimos anos, e para tentar resolver este problema, muitas cidades ao redor do mundo estão testando diferentes estratégias para combater o efeito das ilhas de calor urbanas. Procurando minimizar os efeitos negativos das ondas de calor na cidade Sidney, onde os termômetros chegam na casa dos 50 graus celsius durante o verão, as autoridades locais aprovaram uma lei que proíbe construir novas casas e edifícios com coberturas de cores escuras. No caso da Europa, em um dos países mais quentes do continente, as autoridades de Atenas decidiram seguir o exemplo da cidade de Miami, contratado um especialista em ilhas de calor para delinear uma série de estratégias que permitam a cidade enfrentar as ondas de calor e os consequentes incêndios florestais que estão levando um grande número de moradores a trocar a capital pelo interior do país.

Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor  - Image 1 of 4Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor  - Image 2 of 4Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor  - Image 3 of 4Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor  - Image 4 of 4Cidades do mundo todo começam a implementar novas estratégias de combate às ilhas de calor  - Mais Imagens

Sexo e cidade: refletindo sobre segregação espacial e prostituição

Criado informalmente em uma campanha de marketing, o dia do sexo é comemorado no Brasil no dia 6 de setembro e coloca em pauta um dos grandes tabus da sociedade moderna: a sexualidade. Dentro das perspectivas da arquitetura e da cidade, a imoralidade vinculada à prática sexual, principalmente remunerada, impacta amplamente na nossa sociedade, refletindo em questões territoriais.

Se por um lado é moralmente pecaminoso, proibido e impuro, por outro, o sexo, a sexualidade e o prazer fazem parte da fisiologia humana. A prostituição é a pratica profissional mais antiga de que se tem registro na sociedade, desempenhando um papel fundamental nas nossas sociedades e também no território, na organização espacial e na dinâmica das cidades. Assim como na sociedade moderna a sexualidade foi marginalizada, nas cidades suas atividades acabaram por ocupar espaços segregados. 

Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro

Em seu mais recente relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que o aumento da temperatura média global em 1,5ºC será essencialmente inevitável ao longo das próximas décadas. Embora tenhamos que aceitar e conviver com esta realidade, a questão agora é se seremos capazes de inverter esta tendência para evitar um acréscimo ainda maior—que é para onde estamos apontando hoje segundo o IPCC. O relatório informa ainda que, para limitarmos o aumento da temperatura global em apenas 1,5ºC, não poderemos superar em hipótese alguma, a quota das 420 gigatoneladas em emissões de gases do efeito estufa. Acontece que, de acordo com os cálculos do IPCC, se mantivermos o nosso atual passo em matéria de emissões, atingiremos esta meta com facilidade até o ano de 2030. Isso significa que precisamos eliminar com urgência o uso de combustíveis fósseis e investir amplamente na construção de usinas de energia de fontes renováveis para abastecer nossos veículos, casas e cidades.

Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro - Image 1 of 4Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro - Image 2 of 4Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro - Image 3 of 4Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro - Image 4 of 4Edifícios com consumo de energia zero são a chave para enfrentarmos os desafios do futuro - Mais Imagens+ 7

Os desafios do urbanismo na África: como preservar o patrimônio cultural na era das megacidades?

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge.

Apesar da quebra de ritmo testemunhada pela indústria da construção civil ao longo dos últimos dois anos, os projetos de megacidades na África continuaram avançando a toque de caixa, e são inúmeros os novos empreendimentos que estão surgindo nas principais cidades de todo o continente. Embora o desenvolvimento das principais cidades africanas possa ser um motivo para celebrar, não devemos fechar os olhos para o descompasso entre a visão dos investidores e das autoridades e a realidade econômica e o contexto cultural das pessoas que ali vivem. Muitos são aqueles que questionam se essas novas cidades poderiam ser construídas de outra maneira, ou se a população de baixa renda também será beneficiada por estes investimentos ou se continuarão a viver às margens, em cidades que preservam muitas das características colonialistas de outrora e em grande parte, permanecem sendo impostas a ela.

Tinta branca pode resfriar nossas cidades do aquecimento global

O clima mudou e ficamos às voltas com as consequências: altas temperaturas, inundações, secas e muito mais. À medida que o mundo muda (ou tenta mudar) para maneiras de mitigar a crise, a arquitetura e a indústria da construção encontram-se em uma posição particularmente importante, cujas escolhas podem criar um impacto real. Algumas dessas opções podem incluir produtos inovadores que oferecem soluções reais para problemas complexos, como o resfriamento das temperaturas em cidades altamente densas.

Para cima, para dentro ou para fora: como crescem as cidades?

No ano de 1970, o escritor Alvin Toffler fez o seguinte alerta: “nas três breves décadas entre o agora e o século XXI, milhões de pessoas comuns, psicologicamente normais, enfrentarão uma colisão abrupta com o futuro”. No livro Choque do Futuro, Toffler descreve uma condição de mal-estar, uma sensação de estresse e desorientação que acometeria os indivíduos em uma sociedade destinada a mudar cada vez mais rápido.

Nada representa melhor essa mudança do que o habitat que o ser humano criou para si. A geração anterior a Toffler conheceu um mundo eminentemente rural, do ser humano preso à terra, nascendo e morrendo em sua comunidade. A geração que está por nascer receberá um mundo já urbanizado, hiperconectado e marcado por uma condição de mobilidade extrema entre cidades e países. Nós, que vivemos hoje, temos o privilégio e a responsabilidade de observar o fenômeno urbano mudando a face do planeta.