
Varrer de uma cidade a sua arquitetura é como se pudéssemos apagar por completo partes de sua história. Apesar da aversão generalizada por grande parte da população, a arquitetura brutalista na Polônia pós-stalinista andava de mãos dadas com o movimento político que prometia uma sociedade mais justa e igualitária. A arquitetura que hoje em dia é vista como a materialização de um antigo regime opressivo, austero e arrogante, foi originalmente concebida para ser tudo menos isso; estes edifícios carregam hoje um legado bastante ambíguo, apreciados como ícones do seu tempo ou rejeitados como memórias que as pessoas preferem esquecer.
Em um artigo recente publicado pelo New York Times, o escritor Akash Kapur compartilha as emoções de sua mais recente visita à Polônia, aonde nos convida à refletir sobre esta complexa história construída, tantas vezes contraditória e quase sempre, mal compreendida. Acompanhado por arquitetos locais comprometidos à defender com unhas e dentes alguns dos exemplos mais extraordinários da arquitetura moderna do final do século XX, Kapur visitou inúmeras obras decadentes do brutalismo na Polônia, conversando com a população local e descobrindo suas histórias.




























