O MVRDV acaba de divulgar imagens de sua proposta para o concurso da nova sede da Tencent, localizado na Baía de Qianhai, Shenzhen, China. Destacando o potencial ecológico da tecnologia das smart cities, o projeto prevê um distrito urbano completo, incluindo escritórios, residências para funcionários da Tencent, unidades comerciais, instalações públicas, escolas e um centro de conferências.
A ONU-habitat ou a agência das Nações Unidas para assentamentos humanos e desenvolvimento urbano sustentável, cujo foco principal é lidar com os desafios da urbanização rápida, vem desenvolvendo abordagens inovadoras no campo do design urbano, a fim de incentivar a participação ativa, especialmente de crianças, mulheres e indivíduos carentes.
Estar atualizado com as novas tecnologias, entender quais as melhores soluções e detalhes para determinados projetos, ter o conhecimento de quais produtos há no mercado e o que está por vir nos próximos anos. Temos observado que esses temas despertam grande interesse em arquitetos, estudantes e os amantes de arquitetura que entram no site todos os dias. 2019 foi o ano em que o ArchDaily começou a focar mais fortemente na parte de Materials, que abrange produtos, técnicas construtivas e materiais em geral. Com o ano chegando ao fim, selecionamos os artigos da seção mais vistos em cada mês, para tentar entender o que os une e o que devemos continuar investindo nos próximos anos. Veja mais a seguir!
Muito se falou sobre como a automação afetará a maneira como fazemos a arquitetura e qual será nosso papel quando as tecnologias alcançarem nossas próprias mesas de trabalho. Nos últimos anos, vimos como a robótica e a tecnologia avançada vem ganhando espaço nos processos de construção e fabricação. No entanto, novas ferramentas estão surgindo que prometem automatizar o próprio processo projetual. Isso poderia permitir configurar de forma rápida e fácil os espaços de convivência e suas dimensões nos estágios iniciais do projeto, usando simulações e inteligência artificial.
Será este o futuro do projeto arquitetônico? Conversamos com Jesper Wallgren, arquiteto e fundador da Finch 3D, para entender melhor essa ferramenta e seu possível escopo.
A ser inaugurada no próximo mês dezembro, a Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Shenzhen (UABB), está sendo co-organizada pelas cidades de Shenzhen e Hong Kong. Sobre o mote “Urban Interactions”, a Bienal de Shenzhen de 2019 será a primeira a utilizar tecnologias de reconhecimento facial e inteligência artificial em suas exposições dedicadas, convidando a comunidade internacional de arquitetos a refletir sobre o impacto das tecnologias digitais no ambiente construído.
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1º Seminário Internacional "ARCHNEXUS" - Nexos e Fluxos em Arquitetura e Urbanismo
O Seminário Internacional “ARCHINEXUS” - Nexos e Fluxos em Arquitetura e Urbanismo do CAU/SP e CAU/BR acontece na capital paulista, nos dias 28, 29 e 30 de novembro e 01 de dezembro de 2019, no Hotel Novotel São Paulo Jaraguá.
NEXOS, do latim NEXUS, trata-se do vínculo entre causa e resultado, sentido e ligação entre pessoas, suas ideias e capacidades (físicas ou virtuais). Por meio das novas tecnologias de informação, os nexos são os “nós” de redes mundiais. FLUXOS, ato ou efeito de se movimentar de modo contínuo, pode ser uma sucessão de acontecimentos ou uma grande quantidade de fatos, ideias
A automação está rapidamente se tornando uma parte do cotidiano e das carreiras de muitas pessoas, uma tendência que de maneira alguma escapou à indústria da construção. Embora essa tecnologia cada vez mais difundida seja considerada um sintoma do século XXI contemporâneo,a tecnologia de construção automatizada pode ter uma história que remonta à década de 1960. Essa tecnologia, o robô de alvenaria, transformou-se dramaticamente desde sua realização limitada há mais de 50 anos, fragmentando-se em variações mais novas e tecnologicamente avançadas atualmente.
https://www.archdaily.com.br/br/928479/a-evolucao-dos-robos-de-alvenaria-mudando-as-regras-da-construcao-tradicionalLilly Cao
Serão os arquitetos substituídos pela inteligência artificial num futuro próximo? O artista Sebastián Errázuriz, de Nova Iorque, publicou um vídeo em seu Instagram que abre a discussão.
Errázuriz, conhecido, dentre outros trabalhos, por sua proposta crítica para a reconstrução da Catedral de Notre Dame, afirma que, muito provavelmente, a profissão tal qual a conhecemos desapareça em breve. Devido aos avanços tecnológicos, apenas uma restrita elite profissional que desempenha a arquitetura como uma prática artística continuará a trabalhar do modo como estamos habituados hoje.
Fabricação aditiva (AM) é o termo usado para identificar os processos de fabricação comumente executados pela impressão 3D, por meio do processamento em camadas. Além de evitar a geração de resíduos - trabalhando com geometrias precisas e usando a quantidade exata de material - esses processos controlados podem ser muito mais rápidos que os processos tradicionais, pois não exigem instrumentos ou outras ferramentas.
A fabricação aditiva é feita com base em um modelo digital, em um fluxo que começa em um desenho CAD ou na digitalização tridimensional e, em seguida, converte essa forma em um objeto dividido em seções, permitindo a impressão. Seu uso se estendeu do desenho industrial à réplica de objetos arqueológicos, passando pela fabricação de órgãos e tecidos humanos artificiais, entre muitos outros usos.
À medida que a industria da construção civil evolui, novas tecnologias estão moldando a forma como projetamos e construímos nossos edifícios. Estas inovação são produto de idéias compartilhadas e da convergência de novas tecnologias de construção, abrindo um mar de novas possibilidades para a industria da arquitetura e construção. Desde a escala atômica e a criação de novos materiais inteligentes até a construção de casas pré-montadas concebidas para a colonização de outros planetas, o novo movimento chamado de “BuildTech” está transformando todos os setores da industria da construção civil. Como resultado disso, novas formas de se projetar estão sendo disseminadas interferindo decisivamente na maneira como desenhamos e construímos nossos edifícios e cidades.
A construção civil é uma industria que evolui constantemente e de acordo com o seu tempo e as tecnologias disponíveis. Por outro lado, existem coisas que não mudam nunca, ou melhor, que ainda não mudaram. Mas como seria um canteiro de obras sem nenhum ser humano, por exemplo? Esta é uma indagação recentemente levantada pela multinacional britânica do ramo da construção civil, Balfour Beatty, a qual eles procuram responder em um artigo publicado no seu site intitulado “Innovation 2050 - Um futuro digital para o setor da construção civil.” Esta espécie de relatório, publicado pela Balfour Beatty, passou a ser um ponto de referência para avaliar como a industria da construção civil, e a arquitetura em si, estão caminhando em direção à robotização dos canteiros de obras ao redor do mundo.
Inteligência artificial (IA), machine learning e design generativo já estão moldando a arquitetura como a conhecemos. Como sistemas e ferramentas para reimaginar o ambiente construído, eles apresentam diversas oportunidades para repensar os fluxos de trabalho tradicionais. No entanto, os arquitetos também temem que eles possam afetar inversamente a prática, limitando os serviços da profissão. Olhando para as tecnologias de construção, novas empresas estão criando softwares e projetos para explorar o futuro dos projetos arquitetônicos.
A indústria da construção civil movimenta uma quantidade enorme de recursos, emprega milhões de pessoas e é um termômetro da situação econômica dos países. Se a economia vai mal, a construção civil encolhe, e vice-versa. Mineradoras, empreiteiras, fabricantes de materiais, arquitetos, engenheiros, governos, imobiliárias, etc. São muitos os agentes que participam direta e indiretamente desse meio. Mas esse também é considerado um dos setores mais atrasados e resistentes à adoção de novas tecnologias, replicando modos de fazer pouco eficientes com o passar dos anos e grandes taxas de desperdícios. Um estudo da McKinsey & Company mostrou que, diferentemente de outras indústrias, a produtividade do setor manteve-se estável nos últimos anos, mesmo com todo o aporte de tecnologia que ocorreu.
Propor um olhar sobre novos os paradigmas do mercado imobiliário, da arquitetura e construção civil frente ao ritmo acelerado das transformações da era digital. Este é objetivo do summIT IMOB, evento promovido pela TRACE e Somos Lares, que acontece no dia 12 de setembro, no Teatro da Unisinos (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600). O encontro reunirá especialistas e grandes players do mercado, além de proporcionar networking entre os profissionais do setor. A programação está dividida em quatro trilhas temáticas: pessoas, edifícios, cidades e conexões, além de uma experiência de realidade virtual que estará acontecendo no Foyer do teatro durante o
Antes restrita a construções luxuosas ou super tecnológicas, a automação residencial vem se mostrando uma aplicação cada vez mais fundamental e acessível aos projetos de arquitetura, sejam edificações novas ou reformas. Ainda que entender a forma como operam seja extremamente complexo, o objetivo principal das tecnologias é tornar a vida mais simples, segura e fácil. Por definição, a automação residencial busca ser globalmente inteligente, funcionando como um sistema que facilita os processos, sem complicar desnecessariamente a vida do usuário. A ideia é conectar entre si dispositivos e aparelhos, que por sua vez se ligam e conversam através de um controle centralizado, acessado por computadores, tablets ou telefones celulares. Inclui-se aí luzes, eletrodomésticos, tomadas elétricas, sistemas de aquecimento e refrigeração, mas também alarmes, portas, janelas, detectores de fumaça, câmeras de vigilância, entre muitos outros sensores e aparelhos.
O arquiteto chinês Mingfei Sun projetou um hub urbano de orientação ambiental para a cidade de Masdar, em Abu Dhabi. Intitulado SURGE, o projeto explora a imagética do poder da natureza, tornando-se um oásis de grande valor ecológico.
https://www.archdaily.com.br/br/922044/surge-um-hub-urbano-que-combina-tecnologia-sustentabilidade-e-tradicaoLilly Cao
A prefeitura de Londres, em parceria com a Bryden Wood e a Cast, está lançado um novo aplicativo que pretende incentivar o desenvolvimento de projetos de habitação social na capital britânica. Considerando a atual demanda pela construção de moradias na capital britânica, o aplicativo - disponível gratuitamente -, foi concebido para dar suporte e acelerar o processo de projeto e construção de unidades residenciais pré-fabricadas de alta qualidade.
https://www.archdaily.com.br/br/921028/londres-lanca-aplicativo-gratuito-para-incentivar-o-desenvolvimento-de-projetos-habitacionaisNiall Patrick Walsh
Orbis Façade / ARM (Ashton Raggatt McDougall). Image Courtesy of Shapeshell
Criado inicialmente para fins aeroespaciais, os materiais baseados em tecnologia avançada de termofixos reforçados com fibras estão sendo cada vez mais considerados não apenas para fabricar elementos específicos de construção, mas também para mudar a forma como os edifícios são concebidos, projetados e construídos. Apesar de serem incrivelmente resistentes - quase seis vezes mais fortes que o aço - os materiais reforçados com fibras são leves e fáceis de manusear, permitindo a criação de projetos arquitetônicos complexos, mas eficientes.
Conversamos com especialistas da ShapeShift, os criadores do produto ShapeShell, para aprofundar nossa compreensão dessa tecnologia e aprender mais sobre como podemos aproveitar suas possibilidades em nossos futuros projetos.