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Ruínas Arquitetônicas: O mais recente de arquitetura e notícia

Arquitetura para o fim da civilização: projetando no pós-apocalipse

Todos estamos familiarizados com o enredo de um filme que se passa em uma cidade ainda em pé em uma era pós-apocalíptica. As ruas estão vazias, exceto por alguns sobreviventes que perambulam sem rumo, procurando sinais de vida. Os edifícios começam a desmoronar e as estruturas a enferrujar após anos de negligência, trens, ônibus e outros meios de transporte ficam abandonados e as ervas daninhas crescem nas rachaduras das calçadas e ruas. A cena parece assustadora porque não podemos imaginar nosso ambiente físico em estado de deterioração. Parece impossível que nossos ambientes construídos, onde vivemos e trabalhamos, de repente se tornem ruínas. A cidade para de vibrar.

Edifícios e indivíduos desautorizados: outras formas de pensar a arquitetura com Andreas Angelidakis

Edifícios e indivíduos desautorizados:  outras formas de pensar a arquitetura com Andreas Angelidakis - Arch Daily Entrevistas
POST RUIN BENTIVOGLIO, curated by Antonio Grulli at Palazzo Bentivoglio, Bologna. Photo: © Andrea Rossetti / Courtesy of Andreas Angelidakis.

O que poderia ser diferente no ato projetual se você se colocasse à frente das expectativas e limitações da sociedade e trouxesse uma mirada queer nas suas referências? Conversamos com Andreas Angelidakis, que se refere a si mesmo como "um arquiteto que não constrói", mas que enxerga a arquitetura como um local de interação social, criando obras que refletem sobre a cultura urbana ao misturar ruínas, mídia digital e psicologia para entender como mergulhar em si mesmo pode ser tão poderoso para encontrar diferentes caminhos de projeto.

Fascínio e repulsa pela estética do abandono

Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Imagem de Destaque
Foto © Romain Veillon

As mãos seguram o peso do corpo inteiro, sentindo em sua membrana fina a textura áspera da argamassa não rebocada. Mesmo com todo corpo estirado contra o muro ainda assim não era possível ver o que havia por trás dele. O suor, num misto de adrenalina e calor, escorria por entre as têmporas indicando a movimentação para um esforço final, um derradeiro impulso antes da queda iminente que, por alguns segundos, permitiu ultrapassar a última fiada. Abriu-se, então, o campo de visão para um mundo fragmentado, desconexo e estranhamente livre. Uma potência urbana que se deixava estrangular pelo alento da vegetação tropical enquanto era consumida pelo abandono em meio a cidade ativa e dinâmica.

Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Image 4 of 4Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Image 3 of 4Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Image 7 of 4Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Image 8 of 4Fascínio e repulsa pela estética do abandono - Mais Imagens+ 4

Reconstruindo a Somália a partir de ruínas

Reconstruir vidas também significa reconstruir os espaços onde as pessoas vivem, e é aqui que entra o arquiteto ítalo-somali, Omar Degan.

“É verdade que a arquitetura e o design desempenham um papel fundamental na vida das pessoas, e em particular, elas são mais importantes ainda quando se trata de reconstruir um país”, diz Degan.

A arquitetura de Chernobyl: passado, presente e futuro

A arquitetura de Chernobyl: passado, presente e futuro - Image 5 of 4
Parque de Diversões Abandonado, Pripyat. Imagem © Flickr user oinkylicious licensed under CC BY-NC-ND 2.0

No dia 26 de abril completou-se 32 anos do desastre nuclear de Chernobyl ocorrido em 1986, com a explosão do Reator 4 da usina nuclear na Ucrânia, causando a morte direta de 31 pessoas, a dispersão de nuvens radioativas pela Europa e o desmantelamento efetivo de 30 km de terras em todas as direções desde o centro da explosão. Trinta e dois anos mais tarde forma-se uma leitura dual da paisagem: uma de extremos de engenharia e outra de inquietude e desolação.

A medida que se transcorre o aniversário do desastre e suas consequências, exploramos o passado, o presente e o futuro da arquitetura de Chernobyl traçando o caminho de uma paisagem que ardeu no fogo, mas que ainda pode ressurgir das cinzas.

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