Estudantes de arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, venceram o 14° Concurso ALACERO de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura 2021, superando estudantes de países como Argentina, Chile, México, Equador e República Dominicana. O concurso teve como objetivo promover a concepção de ideias arquitetônicas que utilizassem o aço como principal matéria-prima.
A maioria dos proprietários sabe que o mofo pode significar problemas sérios e pesadas contas de remediação. Mas você sabia que o mofo invisível pode destruir sua casa silenciosamente? Parece assustador, mas existem algumas coisas que você pode fazer para evitar que ele tome o controle de sua casa. O mofo cresce em qualquer lugar, desde que haja umidade e qualquer matéria orgânica de que possa se alimentar. Na maioria das casas, o porão oferece um excelente lugar para ele se multiplicar rapidamente. O mofo não só se multiplica rapidamente, mas também pode causar problemas de saúde, como nariz entupido, dores de cabeça, tosse e alergias.
Começaremos examinando como você pode identificar o mofo, lidar com o mofo invisível, identificar os produtos a serem usados e não usados ao lidar com o mofo e determinar quando contratar um especialista.
https://www.archdaily.com.br/br/970613/o-mofo-pode-destruir-a-arquitetura-silenciosamente-como-identificar-e-tratarSam Smith
Seja figurativamente ou em um contexto urbano, as pontes são um símbolo forte e muitas vezes se tornam projetos icônicos nas cidades. Construir pontes pode significar criar conexões, novas oportunidades. Mas elas também representam infraestruturas fundamentais para resolver problemas específicos em um contexto urbano. Por se tratarem de equipamentos altamente técnicos, com construções complexas e superando exigências estruturais ousadas, exigem projetos que não requeiram uma integração total entre arquitetura e engenharia e, em muitos contextos, trata-se de um programa no qual os arquitetos acabam não se envolvendo tanto. Marc Mimram Architecture & Engineering é um escritório com sede em Paris, composto por uma agência de arquitetura e um escritório de design estrutural. No seu portfólio de projetos, existem várias pontes, bem como várias outras tipologias de projetos. Conversamos com Marc Mimram sobre seu último projeto na Áustria, a ponte de Linz, com ensaio fotográfico de Erieta Attali.
Josep Ferrando é arquiteto radicado em Barcelona. É reitor da Escola Técnica Superior de Arquitetura La Salle (ETSALS) e diretor do Centro Obert d´Arquitectura de Barcelona e do Departamento de Cultura do Colégio de Arquitetos da Catalunha (COAC). Integrando sua trajetória acadêmica e suas frequentes palestras, seu escritório desenvolve projetos que exploram diferentes escalas e materiais, experimentando sistemas construtivos e soluções inovadoras. Conversamos com ele sobre a importância dos materiais na arquitetura e sobre as sinergias que ele encontra entre a prática e a docência.
A canção do grupo inglês Pink Floyd “Another brick in the wall” (Outro tijolo na parede) traz à crítica um sistema educacional alienante e pouco motivador. As pessoas, ou as crianças, são retratadas como tijolos, por conta de sua homogeneidade, seja na forma de viver ou de pensar em uma sociedade pouco afeita à contestação. Os tijolos funcionam muito bem nessa comparação, por terem mudado muito pouco na história e pelo mundo em suas formas retangulares. Mas isso não vale em relação às suas cores. Ainda que estejamos acostumados a remeter ao vermelho quando falamos de tijolos, há infinitas possibilidades de tons, conforme a composição e o processo de fabricação das peças.
Peter Zumthor, em uma de suas obras mais emblemáticas, dá ao concreto uma dimensão quase sacra. Trata-se da pequena Capela de Bruder Klaus, em um vilarejo na Alemanha, uma construção ao mesmo tempo robusta e sensível. O cimento branco, misturado a pedras e areia da região, trazem um tom terroso à construção. As 24 camadas desse concreto foram despejadas, dia após dia pela mão de obra local, e comprimidas em uma forma pouco usual. Seu exterior plano e liso contrasta com a outra face, feita de troncos de madeira inclinados, que forma um vazio triangular. Para remover as formas internas, os troncos foram incendiados em um processo controlado, reduzindo os troncos a cinzas e criando um interior carbonizado, variando entre o preto e o cinza, com a textura dos negativos dos troncos que outrora continha o concreto líquido. O resultado é uma obra prima da arquitetura, um espaço de reflexão e transformação, em que o mesmo material aparece de maneiras diametralmente opostas.
Início das obras de revitalização do Vale do Anhangabaú. Homens coexistem com montanhas de entulho gerado pela demolição do calçamento preexistente. Junho de 2020. Elaborado por Guilherme Trevizani Ribeiro. Imagem cortesia Guilherme Trevizani Ribeiro
De que forma um resíduo pode se tornar recurso? Ou melhor, quando que um resíduo deixou de ser um recurso? Porque a arquitetura contemporânea ainda constrói como se nossos edifícios fossem grandes titãs que sobreviverão às diversas eras e às adversidades? Essas são todas questões que passam pela mente de um recém-formado em arquitetura. Um dos desafios atuais da produção arquitetônica em uma metrópole como São Paulo é compreender que, após a demolição, o edifício não desaparece. O que nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos nos aponta?
Mesmo que latente, esta questão é ainda pouco debatida dentro da academia, espaço que deveria ser de proposições constantes de alternativas ao nosso estilo de vida. E mesmo que debatida, onde está seu retorno para a população? De que forma podemos difundir esses aprendizados? A educação ainda sim é a chave para a mudança de trilhos do nosso futuro.
É um equívoco comum que os beliches sejam usados exclusivamente para quartos de crianças e adolescentes. Embora os beliches sejam uma ótima solução para crianças, o aspecto prático dos beliches, que oferece amplo espaço para dormir e economiza espaço no chão, os torna excelentes para uma variedade de finalidades e aplicações. Com o aumento da densidade e a parcela da população vivendo em grandes centros urbanos fazendo uso de espaços cada vez menores, observou-se um impulso para a modularidade na arquitetura de interiores. Por esse motivo, beliches e áreas de dormir suspensas têm se tornado uma ótima solução para maximizar a metragem quadrada.
O conceito de pré-fabricação na construção corresponde a elementos, partes ou edificações inteiras produzidas em fábrica e transportadas ao canteiro de obras para uma instalação expressa. Isso representa inúmeras vantagens aos métodos de construção tradicionais, como rapidez, precisão na execução, eficiência, limpeza de obra e, em muitos casos, economia. Considerando que a moradia é uma necessidade primária dos humanos, utilizar métodos industriais para a construção de habitações acessíveis e de boa qualidade sempre movimentou os arquitetos, seja para abrigar populações urbanas crescentes, para assentamentos temporários ou emergenciais, nas mais diversas escalas. Após muitas tentativas na história, permanece a dúvida se a popularização da pré-fabricação no campo da construção pode ser uma solução para proporcionar uma maior equidade no acesso à habitação.
“Local” é uma palavra amplamente usada para descrever algo particular sobre um lugar, que o torna diferente de qualquer outro. Em todo o mundo, a “localidade / regionalidade” de cada cidade é o que a torna única — na maneira como as pessoas vivem, trabalham, se socializam e, especialmente, na maneira como planejam e constroem cidades e infraestrutura. Para alguém que mora em um subúrbio, a maneira como se deslocam de um lugar para outro pode ser por meio de um carro, enquanto alguém que mora em uma metrópole densa, utiliza um metrô ou sistema de ônibus como parte de sua vida cotidiana.
À medida que nossas cidades se densificam e os tipos de edifícios se tornam cada vez mais mistos, tendemos a passar muito tempo em ambientes barulhentos. Quando falamos em conforto acústico, raramente pensamos em lugares como restaurantes, casas de show e grandes escritórios; locais com muitas pessoas, máquinas e ruído de fundo. A qualidade do som pode mudar totalmente a experiência das pessoas em um espaço interior, e melhorar a qualidade acústica do espaço depende do tratamento de todas as superfícies, desde paredes a tetos e pisos. Neste artigo, apresentaremos uma variedade de soluções para tetos, pisos e paredes, suas diferentes combinações, e um guia simples de como aplicá-las corretamente em espaços públicos sem comprometer a estética do interior.
Batlleiroig é um escritório de arquitetura sediado na cidade de Barcelona, cujo extenso de portfólio abrange projetos urbanos, paisagismo, edificações e design de interiores. Conversamos com Joan Batlle Blay, Arquiteto e paisagista, sócio do escritório, sobre as inovações e desafios em sua obra. Ele aponta que, “Em nosso escritório consideramos que P + D (pesquisa e desenvolvimento) é a principal ferramenta para inovar e transformar nosso método de trabalho em uma crença absoluta para o planeta.” Veja a entrevista na íntegra a seguir:
A escolha de Lacaton & Vassal para receber o Prêmio Pritzker de 2021 foi, acima de tudo, emblemática. Sob o mantra “nunca demolir, nunca remover ou substituir, sempre adicionar, transformar e reutilizar”, a dupla francesa construiu uma carreira focada em reformar edificações, dotando-as de qualidade espacial, eficiência e novos programas. Sua abordagem contrasta com grande parte das arquiteturas que estamos acostumados a prestigiar: obras icônicas, imponentes e grandiosas. Também, com a noção da tabula rasa, de construir e reconstruir do zero, tão bem representada na Ville Radieuse de Le Corbusier, e que tem fascinado arquitetos e urbanistas desde então.
Seja por conta das demandas de sustentabilidade em voga atualmente, ou simplesmente por já existirem construções o suficiente em muitas partes do mundo, o ofício de reabilitar espaços e edificações tem sido visto como importante motor de mudanças. O foco é, geralmente, centrar os esforços nos espaços interiores, dando especial atenção à qualidade ambiental e ao conforto dos habitantes, além de adequar os usos às demandas contemporâneas. A principal questão gira em torno de que forma atualizar (e até automatizar) os edifícios do passado para se adaptarem às novas necessidades de eficiência, sustentabilidade e bem-estar.
Todas as vezes que publicamos um artigo sobre o Hempcrete, ou Concreto de cânhamo, recebemos muitos comentários nas redes sociais, sempre com algum nível de ironia, de o que ocorreria se tudo pegasse fogo? De fato, essa é uma dúvida legítima, já que ainda há muita confusão sobre as diferenças entre a maconha e o cânhamo, ambas provindas da mesma espécie de planta (Cannabis Sativa). Mas enquanto a maconha apresenta efeitos psicoativos por conta do tetra-hidrocanabinol (THC), presente principalmente nas flores da planta, os materiais de construção à base de cânhamo são produzidos a partir do caule da planta moído, contendo doses ínfimas de THC. Portanto, respondendo rapidamente à pergunta do título: não, o edifício não se tornará um imenso baseado no caso de um incêndio. Inclusive, alguns testes têm mostrado que estes materiais apresentam ótimo desempenho ao fogo, dissipando as chamas, mantendo a integridade estrutural e não emitindo fumaça tóxica.
Pesquisadores apontam os Jardins Suspensos da Babilônia como os primeiros exemplos de telhados verdes. Ainda que não exista comprovação de sua localização exata e pouquíssima literatura sobre a estrutura, a teoria mais aceita é que o rei Nabucodonosor II construiu uma série de terraços elevados, ascendentes e com espécies variadas como presente à esposa, que sentia falta das florestas e montanhas da Pérsia, sua terra local. Segundo Wolf Schneider [1] os jardins eram sustentados por abóbadas de tijolos, e sob eles, existiam salões sombreados e refrigerados pela irrigação artificial dos jardins, com uma temperatura muito mais amena que o exterior, na planície da Mesopotâmia (atual Iraque). Desde então, exemplos de coberturas verdes apareceram por todo mundo, de Roma à Escandinávia, nos mais diversos climas e tipos.
Ainda assim, a solução de inserir plantas na cobertura ainda é vista com desconfiança por muitos, como uma solução custosa e difícil de manter. Outros, no entanto, defendem que os custos elevados de implantação são amortizados rapidamente com economias na climatização e que, principalmente, ocupar a quinta fachada da edificação com vegetação é uma saída, antes de tudo, racional. De toda a forma, fica a dúvida de como os telhados verdes podem realmente ajudar nas mudanças climáticas.
Talvez o mais elementar dos materiais de construção, o termo “tijolo” é utilizado muitas vezes como sinônimo do bloco cerâmico, mas ele não se limita apenas a isso. Usar tijolos em sua construção significa optar por projetos que podem ser modulares, otimizados, e principalmente, versáteis. Este artigo explora o que são e quais as finalidades dos diferentes tipos de tijolos mais usuais na construção civil.
Já falamos aqui sobre os materiais km zero: todos aqueles que podem ser adquiridos diretamente no local sem ter passado por diferentes etapas de processamento ou tratamento com produtos tóxicos, e mais do que isso, que no final de sua vida útil possam ser devolvidos ao meio ambiente sem causar grandes danos ou impactos negativos na paisagem natural.
Por exemplo, a madeira que cresce no local, a poucos quilômetros da obra, é um material extremamente sustentável, muito porque, dispensa a necessidade de transporte, reduzindo custos globais e emissões de gases do efeito estufa além de valorizar os recursos e a mão de obra local, permitindo estabelecer processos mais simples, eficientes e sustentáveis—vinculados às pessoas e ao território na qual a obra se insere.
Estima-se que o cobre tenha sido o primeiro metal a ser encontrado pelos homens e utilizado na fabricação de ferramentas e armas. Isso ocorreu no último período da pré-história, há mais de 10.000 anos atrás, na chamada Idade dos Metais, quando os grupos, até então nômades, começaram a se tornar sedentários, dominando a agricultura e iniciando os primeiros aglomerados urbanos. O cobre, desde então, tem sido explorado para usos muito diversificados. De objetos de decoração, joias, peças automotivas, sistemas elétricos e até amálgamas dentárias, entre muitos outros, o material possui uma demanda enorme. Na arquitetura, os revestimentos de cobre são bastante apreciados por conta de sua estética e grande durabilidade. Mas um fator que cabe ser mencionado é que o cobre pode ser reciclado infinitas vezes, praticamente sem perder suas propriedades.