Seja apreciada em um restaurante ou preparada em casa, uma coisa é fato: a comida une as pessoas. Por essa razão, os arquitetos passaram a colocar as cozinhas no coração das casas, oferecendo aos moradores um espaço para cozinhar, jantar e passar bons momentos com seus familiares e amigos. No entanto, nem todas residências comportam cozinhas espaçosas, já que algumas casas são muito pequenas e outras não têm uma configuração espacial favorável para isso. A seguir, exploraremos como arquitetos e designers utilizam diferentes layouts de cozinha em diferentes situações e para diferentes usuários.
Ao falarmos de eficiência energética de edificações, é inevitável mencionarmos o isolamento térmico. Dificilmente vemos ele numa edificação acabada e, mesmo nos desenhos técnicos, a camada isolante figura como uma hachura fina. Mas trata-se de um elemento que exerce vital importância, já que atua como uma barreira ao fluxo de calor, dificultando as trocas de energia entre o interior e o exterior, diminuindo a quantidade de calor que escapa no inverno e a energia térmica que entra no verão. Em uma edificação com bom isolamento térmico há menor necessidade de meios mecânicos e gasto de energia para manter a casa em uma temperatura agradável, reduzindo também a sua pegada de carbono. Atualmente há muitos países que exigem um nível mínimo de isolamento térmico para as edificações, com parâmetros cada vez mais rígidos. Mas como essa questão deverá ser tratada num futuro próximo, com uma previsão nada animadora em relação à crise climática?
Durante as últimas décadas, os espaços interiores tornaram-se cada vez mais abertos e versáteis. Desde as paredes grossas e múltiplas subdivisões das villas paladianas, por exemplo, às plantas livres e multifuncionais de hoje, a arquitetura tenta combater a obsolescência, fornecendo ambientes mais eficientes para a vida transcorrer, facilitando as experiências cotidianas de pessoas no presente e futuro. E enquanto as antigas vilas de Palladio ainda podem acomodar uma variedade de recursos e estilos de vida, reajustando seus usos sem alterar um centímetro de sua simetria e modulação originais, hoje a flexibilidade parece ser a receita para prolongar a vida dos edifícios tanto quanto possível.
Como projetar espaços neutros e flexíveis o suficiente para se adaptar ao ser humano em evolução, oferecendo as soluções que cada pessoa demanda hoje em dia? Um elemento antigo pode ajudar a redefinir a maneira como concebemos e habitamos o espaço: cortinas.
A pandemia, que a mais de um ano nos acompanha, marcou uma profunda ruptura nas rotinas diárias de milhões de pessoas ao redor do mundo. Obrigados ao confinamento doméstico prolongado e em muitos casos, a uma mudança definitiva para o modo de trabalho remoto, a separação entre o espaço da vida cotidiana e o escritório improvisado tornou-se extremamente turva. Neste contexto, alguns dos tópicos mais discutidos ao longo deste último ano foram a criação espaços de trabalho flexíveis em ambientes domésticos e se os próprios edifícios de escritórios são um modelo ultrapassado e que já não mais servem ao nosso atual modo de vida. Embora tenhamos discutidos amplamente uma série de assuntos relacionados à pandemia, no entanto, pouco tem se falado sobre o impacto da corrente situação no dia a dia das nossas crianças, especialmente daquelas em idade escolar.
O LIFE CERSUDS (da sigla em inglês Ceramic Sustainable Urban Drainage System) é um projeto financiado pela União Europeia através do programa LIFE, um instrumento legal criado para incentivar o desenvolvimento de soluções práticas para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas no continente. O CERSUDS é um sistema de drenagem urbana sustentável (SUDS) composto por componentes cerâmicos de baixo valor comercial, resultando em elementos de pavimentação urbana com alto índice de permeabilidade. O objetivo do sistema é ampliar a capacidade de absorção de água da chuva em centros urbanos.
O sistema foi utilizado por primeira no projeto piloto implantado no centro da pequena localidade de Benicàssim, na Espanha, pelos arquitetos Eduardo de Miguel e Enrique Fernández-Vivancos—professores da Cátedra Cerâmica de Valencia—em colaboração com a Escola Técnica Superior de Arquitetura da Universidade de Valencia.
Historicamente, o bambu tem sido utilizado como matéria-prima em construções tradicionais de baixa renda, servindo como substituto de outras madeiras para materializar estruturas, armários e até móveis. Hoje, devido às suas inúmeras vantagens associadas à durabilidade, resistência, versatilidade e baixo impacto ambiental, conseguiu ganhar o nome de “aço vegetal” e obter um lugar privilegiado na indústria da construção. A atual busca por novos materiais para o desenvolvimento sustentável tem gerado novas fusões construtivas que colocam materiais e técnicas contemporâneas em jogo com elementos tradicionais, amalgamando e valorizando as qualidades dos materiais em cada região.