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Arquitetos: Herzog & de Meuron
- Área: 8167 m²
- Ano: 2021


Um projeto de arquitetura nasce de nuances, da empatia para com os usuários e de uma compreensão profunda de seu contexto específico. Melhores soluções são aquelas que atendem tanto às necessidades e os anseios dos clientes quanto questões de contexto e identidade. Neste sentido, o projeto interseccional pode ser entendido como uma abordagem que leva em conta diversos fatores —de identidade, gênero, raça, sexualidade, classe e muitos mais — e como estes interagem entre si. Considerando isso, quanto melhor compreendermos as questões de relativas ao contexto específico e ao usuários para os quais projetamos nossos espaços, melhor serão nossos edifícios e, consequentemente, as cidades que estaremos construído para o futuro.

As técnicas vernaculares e os materiais locais têm ganhado protagonismo no debate da arquitetura, mas, é possível trazer esses conceitos para os grandes centros urbanos?
O arquiteto amazonense Severiano Porto já apontava em 1984 a necessidade de se pensar em uma arquitetura mais conectada com o lugar onde está implantada. A lógica do uso de materiais e técnicas locais cada dia mais se mostra necessária quando pensamos no impacto que a cadeia produtiva da construção civil têm no planeta. Não à toa, cada dia está mais comum o número de projetos que partem do princípio das técnicas vernaculares e do uso de materiais locais, assim como a produção de Severiano já anunciava desde a década de 1980.

No artigo desta semana da Metropolis Magazine, Madeline Burke-Vigeland, arquiteta associada ao American Institute of Architects, credenciada pela LEED e diretora na Gensler, e Benjamin A. Miko, doutor em medicina e professor assistente do Centro Médico da Columbia University exploram juntos como a padronização de soluções técnicas e construtivas poderiam ser a solução que todos precisamos para melhor proteger as pessoas da COVID-19 e de futuras pandemias.
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Um dos maiores desafios que o planejamento urbano encontra hoje é como prever e sistematizar o inevitável crescimento de uma cidade. Os anos se passam e as grandes cidades continuam expandindo suas fronteiras em direção à periferia, e de fato, estima-se que 70% de todos os habitantes do planeta deverão estar vivendo em cidades até o ano de 2050. Neste contexto, como poderíamos construir cidades mais sustentáveis, saudáveis e equitativas para enfrentarmos os desafios do futuro?


Frequentemente, existe uma relação intrincada entre a arquitetura e o ambiente. Cada parte do mundo definiu suas próprias técnicas arquitetônicas com base em suas condições climáticas únicas. No entanto, as preocupações ambientais no século 21 provocaram novas técnicas, implementando soluções para preservar os recursos naturais e proporcionar conforto térmico. Enquanto alguns optaram por uma abordagem futurista com soluções mecânicas e tecnologicamente avançadas, outros decidiram voltar no tempo e explorar como as civilizações protegiam seu povo, arquitetura e meio ambiente quando não tinham mais nada a que recorrer a não ser o próprio meio natural. Neste artigo, veremos como os muxarabis encontraram seu caminho de volta à arquitetura moderna.
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Uma economia circular é um sistema econômico que visa eliminar o desperdício e o uso contínuo de recursos. Olhando para além do atual modelo industrial extrativo de coleta e descarte, uma economia circular visa redefinir o crescimento, com foco em benefícios positivos para toda a sociedade. Implica desvincular gradualmente a atividade econômica do consumo de recursos finitos e projetar os resíduos para fora do sistema. Apoiado por uma transição para fontes de energia renováveis, o modelo circular constrói capital econômico, natural e social.
É baseado em três princípios:

Como será o futuro das cidades e dos transportes? Muitos indícios parecem apontar para as duas rodas, mostrando uma mudança em direção a um estilo de vida mais saudável e econômico. Embora isso seja verdade quando observamos alguns casos específicos, num panorama mais amplo, por que as pessoas optariam por andar de bicicleta se suas cidades não contam com a infraestrutura necessária?
A arquitetura desempenha um papel importante na promoção do uso de bicicletas. Cidades equipadas com ciclovias, bicicletários e instalações públicas para ciclistas acabam incentivando os cidadãos a evitar o uso de automóveis e a optar por este meio de transporte mais sustentável. Muitas cidades já começaram a remodelar sua infraestrutura urbana para receber melhor as bicicletas, seja por meio de ciclofaixas, ciclovias alargadas ou estacionamentos permanentes.
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A bicicleta não é mais utilizada apenas para esportes ou atividades recreativas. Cada vez mais, as pessoas optam por ela como principal meio de transporte.
A arquitetura cumpre um papel fundamental no incentivo do uso da bicicleta, já que uma cidade equipada com ciclovias seguras, bicicletário e áreas livres para lazer inspira as pessoas a deixarem seus automóveis.