Foram anunciados os vencedores da XXVIII Bienal Colombiana de Arquitetura e Urbanismo (BCAU 2022) em cada uma das nove categorias do prêmio: Projeto Arquitetônico, Arquitetura de Interiores e Efêmera, Projeto Urbano e Paisagismo, Divulgação, Habitat Social, Intervenção no Patrimônio, Pesquisa, Teoria e Crítica, Planejamento Urbano e Regional, e, por fim, Habitação Unifamiliar, Bifamiliar e Trifamiliar.
“A compreensão precede a ação.” Esse é o lema do Urban Observatory, uma instalação interativa e aplicativo da web criados pelo fundador do TED, Richard Saul Wurman, que compilou uma ampla gama de dados urbanos para mais de 150 cidades, permitindo aos usuários comparar várias características dessas urbes – da densidade populacional aos limites de velocidade do tráfego – lado a lado. O Urban Observatory foi criado pela primeira vez em 2013, um ano marcante para notícias sobre big data urbano; mais tarde naquele mesmo ano, Waag ganhou as manchetes com seu mapa interativo visualizando a idade de cada edifício nos Países Baixos. O surgimento de tais plataformas permitiu que as pessoas vissem o mundo ao seu redor desde novas perspectivas.
Com o surgimento do Google Earth e outras ferramentas GIS, além das plataformas como envelope.city ou simulações ambientais baseadas em modelos de cidades gêmeas digitais, o big data urbano passou discretamente a sustentar uma ampla gama de ferramentas usadas por profissionais que moldam nossas cidades, com a quantidade de dados coletados e a influência que eles têm sobre a tomada de decisões se expandindo enormemente. No entanto, esses avanços geralmente acontecem a portas fechadas e em espaços antidemocráticos. Quanto tempo devemos esperar por um software que tenha toda a facilidade de uso, acessibilidade e apelo dessas plataformas mais antigas, mas que forneça ao cidadão comum as ferramentas para moldar sua cidade? Em outras palavras, se “a compreensão precede a ação”, então por que, depois de quase uma década, não vemos aplicativos baseados em big data que incentivam o público a realmente fazer algo?
Banco no exterior dos Tribunais Reais de Justiça, Londres. Imagem cortesia de James Furzer
A arquitetura hostil pode estar com os dias contados no Brasil. Foi aprovado pela Câmara de Deputados um projeto de lei que proíbe o Poder Público de utilizar qualquer material, equipamento ou técnica construtiva que afaste ou dificulte o acesso das pessoas ao espaço público. O PL 488/21, batizado de Lei Padre Júlio Lancelotti, segue para a sanção do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
https://www.archdaily.com.br/br/992728/lei-padre-julio-lancelotti-que-proibe-a-arquitetura-hostil-e-aprovada-pela-camaraArchDaily Team
Os animais em geral medem distâncias e peso para sua sobrevivência, mas foi a necessidade humana de se comunicar para viver em sociedade que resultou na criação da linguagem, e posteriormente, nos padrões de pesos e medidas. Seja para se deslocar, para porcionar alimento, fazer ferramentas ou calcular peso de objetos e animais, os padrões de aferição surgem dessa necessidade que estava presente já nas atividades humanas na era da pedra lascada e nos acompanha desde então. Se hoje em dia grande parte da população mundial faz uso de metros, centímetros e decímetros para aferir distâncias e medidas, sua padronização vem não apenas da necessidade de estabelecer comparações que permitissem comércio entre povos, mas também de disputas políticas e sociais.
Living Breakwaters, Staten Island, Nova York. Imagem cortesia de SCRAPE
“A supertempestade Sandy em 2012 foi um alerta para Nova York e fez a cidade perceber que precisava se preparar melhor para as mudanças climáticas”, disse Adrian Smith, vice-presidente da ASLA e líder da equipe de projetos de capital de Staten Island com a NYC Parks. Devido às tempestades de Sandy, “várias pessoas em Staten Island morreram e milhões foram perdidos em danos materiais”.
No 10º aniversário de Sandy, Smith, junto com Pippa Brashear, diretora da SCAPE, e Donna Walcavage, diretora da Stantec, explicaram como projetar com a natureza pode levar a comunidades costeiras mais resilientes. Durante a Semana do Clima de Nova York, elas conduziram centenas de pessoas por dois projetos on-line interconectados no extremo sudoeste da ilha: Living Breakwaters e seu companheiro em terra — o Tottenville Shoreline Protection Project.
Fundada em 1541 pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia sobre assentamentos indígenas no vale do rio Mapocho, Santiago é a capital e a cidade mais populosa do Chile. Este centro urbano sul-americano é contido pela Cordilheira dos Andes a leste e pela Cordilheira da Costa a oeste, além de contar com 26 cerros islas, seus morros, espalhados por toda a cidade. Alguns desses cerros islas foram transformados em parques urbanos, como Santa Lucía e San Cristóbal, enquanto Chena, Calán e Renca estão em processo de expansão.
Composição realizada pelo autor. Da esquerda para direita: edifício do Congresso Nacional (Marcel Gautherot/La Boite Verte) e Lusail Stadium (Sorin Furcoi/Al Jazeera), ambos em fase de construção
Sessenta e dois anos separam a inauguração de Brasília e a abertura da 22º edição da Copa do Mundo de futebol masculino da FIFA, sediada em 2022, no Qatar. Claro, não só o lugar no tempo e espaço diferenciam estas duas ocasiões históricas: acrescentemos o contexto geopolítico, o caráter, os atores e os interesses envoltos a cada uma. O que sobra, então, como conectivo entre ambas? Para além do fato de que o emirado agora possui a sua própria cidade-modelo (Lusail), erguida no ermo da península, sob a cartilha das últimas tendências urbanas e tecnológicas – à semelhança do vanguardismo do Distrito Federal do Brasil à época da sua construção, em certa medida –, o elo inextricável entre as duas cerimônias está nos canteiros que materializaram as arquiteturas a comportá-las.
https://www.archdaily.com.br/br/991506/supressao-de-direitos-no-canteiro-de-obra-paralelos-entre-brasilia-e-qatarJoão G. Santos
Em sua oitava edição, o Prix Versailles reconhecem as melhores realizações no campo da arquitetura e do design em todo o mundo, promovendo a produção arquitetônica como vetor de desenvolvimento sustentável inteligente e considerando seus impactos ecológicos, sociais e culturais.