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Escolha do editor

Concreto de cannabis: das pontes romanas a um possível material do futuro

Muito preconceito e contradições envolvem a história da Cannabis sativa pelo mundo. Estima-se que o cânhamo tenha sido uma das primeiras plantas a serem cultivadas pela humanidade. Arqueólogos encontraram remanescentes de tecidos de cânhamo na antiga Mesopotâmia (atualmente Irã e Iraque), que remontam ao ano 8.000 aC [1]. Há registros na China, entre 6 e 4 mil aC, quanto ao consumo das sementes e óleos. Com a chegada à Europa, seu principal uso era para a fabricação de cordas para navio e tecidos. Inclusive as velas e cordas dos navios de Cristóvão Colombo eram desse material, os primeiros livros após a revolução de Gutemberg [2] e muitas das pinturas de Rembrandt e Van Gogh foram feitas de cânhamo

Para a construção civil, seu uso também não é novo. Uma argamassa feita de cânhamo foi descoberta em pilares de pontes construídas pelos merovíngios no século VI, onde hoje é a França. Sabe-se que os romanos adicionavam as fibras do cânhamo para reforçar as argamassas de suas construções. Hoje em dia, ainda que existam entraves legais em muitos países, a utilização do cânhamo como um material da construção civil tem tido resultados animadores, com pesquisas evidenciando suas boas características termoacústicas e sustentáveis. O cânhamo pode ser moldado como painéis fibrosos, revestimentos, chapas e até como tijolos.

Reciclando galpões: 25 projetos que adaptam o uso desses espaços

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Galpões, sejam industriais ou rurais, são tipologias facilmente encontradas ao redor do mundo. Alguns desses espaços de abrigo são seculares e provavelmente foram construídos para armazenar produtos ou comportar fábricas. No entanto, através de fenômenos urbanos e novas tecnologias, muitos deixaram de funcionar de acordo com seu uso inicial e passaram a configurar lugares de interesse para diversos empreendimentos que envolvem a readaptação dessas estruturas para atender a novas funções.

Como preservar o patrimônio arquitetônico moderno brasileiro?

A intervenção em edifícios de valor histórico é uma das incumbências mais delicadas que cabe ao arquiteto. Falar em preservação hoje não passa apenas pela reforma de edifícios de séculos passados, mas também pela linguagem da arquitetura moderna.

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Visualizações arquitetônicas em processos criativos: hiper-realismo ou colagens?

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A história da representação na arquitetura passou por inúmeras transformações ao longo dos séculos. Sua relação com o objeto construído vai muito além da mera e simples reprodução de sua imagem objetiva, atuando principalmente, como uma ferramenta de expressão e crítica que, tem influenciado diretamente a forma como percebemos, nos relacionamos e até mesmo, como concebemos e construímos nossos edifícios e cidades.

Tiny Houses como transição para moradores em situação de rua

A questão do déficit habitacional assola praticamente todos os países. Segundo um estudo da McKinsey Global Institute, 330 milhões de famílias urbanas em todo o mundo carecem de uma moradia decente ou os custos da moradia são tão pesados que elas precisam renunciar a outras necessidades básicas, incluindo alimentação, assistência médica e educação para os filhos. Segundo a WRI (World Resources Institute), estima-se que 1,6 bilhão de pessoas carecerão de habitação adequada até o ano de 2025.

Resolver esse problema é, compreensivelmente, complexo. Ter uma boa moradia significa muito mais do que simplesmente ter um teto sobre a cabeça. Uma boa moradia é essencial para a segurança física e financeira, a produtividade econômica e o bem-estar humano. Além do conforto adequado, é essencial que essas casas sejam integradas à cidade, empregos, infraestrutura e serviços urbanos. Para as pessoas que vivem na rua, essa questão é ainda mais delicada. Entre muitas outras necessidades, ter um lugar para estruturar uma vida é essencial para avançar e prosperar. Um projeto que enfrenta esse problema é o Emerald Village Eugene (EVE), uma comunidade de micro-habitações acessível com um modelo único de moradia estruturado para permitir que os moradores façam a transição das ruas.

15 Projetos de baixo custo e alta qualidade

Provavelmente o fator mais limitador de um projeto é o orçamento. Um baixo orçamento demanda muito mais da inventividade do arquiteto para garantir a qualidade de sua obra. Como a maioria das construções possuem um investimento financeiro menor do que os arquitetos gostariam, achamos fundamental buscar alguns exemplos onde os projetos se destacaram por sua inventividade e conseguiram tirar partido deste "problema" para criar soluções de qualidade.

Saiba mais, a seguir.

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10 Obras públicas no Brasil em que a qualidade falou mais alto

10 Obras públicas no Brasil em que a qualidade falou mais alto - Imagem de Destaque
Hospital Público de Emergência de São Bernardo do Campo / SPBR Arquitetos. Imagem: © Nelson Kon

Quando se pensa a arquitetura enquanto uma ferramenta de impacto na vida pública, há um enorme precedente de casos a serem levantados, e sem dúvidas ele inclui a história da aproximação dos arquitetos com o Estado em diversos contextos. De exemplos categóricos, como a formulação do projeto urbanístico e arquitetônico para Brasília, até demonstrações mais contemporâneas das virtudes desse tipo de aproximação, a vocação pública do projeto se mostra em sua forma mais explícita nesse tipo de programa. O desenho de projetos com tal conotação também deve confrontar o fato de que seu cliente não reúne as demandas tradicionais de uma encomenda, mas uma representação dos interesses coletivos e das boas formas de gestão da dimensão pública, o que representa uma grande oportunidade para os profissionais do campo pensarem boas formas de alimentar e reforçar os valores democráticos na sociedade.

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O impasse da arquitetura para abrigar pessoas atingidas por desastres

Como o voo de um pássaro, uma chuva de verão, marés no oceano, um relâmpago numa tempestade, uma estiagem prolongada, fenômenos naturais ocorrem todos os dias e nem percebemos. Mas há alguns que chamam mais a nossa atenção, como a erupção de um vulcão, um terremoto, o surgimento de um novo vírus ou uma grande inundação. Mesmo assim, caso ocorram numa região desabitada e não causem grandes danos materiais consideráveis, continuam sendo apenas fenômenos naturais. Caso aconteçam em pontos do planeta onde vivem muitas pessoas e que causem mortes, ferimentos, interrupção da produção, grandes prejuízos financeiros e a necessidade de deslocamento da população, aí sim são considerados desastres naturais. 

Efeito Borboleta: 4 dicas que permitem que o projeto arquitetônico ajude a combater problemas globais

Em um mundo majoritariamente urbano, que constantemente precisa lidar com questões complexas como geração de resíduos sólidos, desabastecimento de água, desastres naturais, poluição atmosférica, e mesmo com a disseminação de doenças, é impossível ignorar o impacto das atividades humanas no meio ambiente. A mudança climática é dos maiores desafios do nosso tempo e torna-se urgente buscar formas de, ao menos, desacelerar esse processo dramático. Para contribuir efetivamente nisso, nossos hábitos de produção, consumo e construção terão de ser modificados, ou a degradação do meio ambiente e mudanças climáticas continuarão diminuindo a qualidade e a duração de nossa vida e das gerações futuras.

Mesmo parecendo inatingíveis e distantes, as diversas questões de ineficiências e desperdícios estão muito mais próximos do que podemos imaginar e presentes nos edifícios que usamos no cotidiano. Como arquitetos, essa questão é ainda mais amplificada, pois lidamos com decisões projetuais e especificação de materiais diariamente. Em outras palavras, nossas decisões realmente têm um impacto em nível global. Como podemos usar o 'efeito borboleta' para um futuro saudável para o nosso mundo?

Nada a esconder: 19 projetos com o espírito voyeur

A arquitetura moderna nos ensinou um conjunto de lições que são apropriadas até os dias de hoje. Por esse viés, um dos cânones empregados neste movimento foi o uso de extensos panos de vidro sobre as fachadas, como elemento diluidor dos limites visuais entre interior e exterior. Assim, o que anteriormente baseava-se no mistério e resguardo, deu lugar a verdadeiros cubos envidraçados que revelavam a vida interior, a exemplo do Pavilhão de Barcelona e Casa Farnsworth de Mies Van Der Rohe, e Casa de Vidro de Lina Bo Bardi. No entanto, na contemporaneidade, com o boom causado pelas redes sociais, o espírito do voyeurismo parece despertar o desejo em observar a vida do outro e a arquitetura parece reinterpretar essa prática através de singelos detalhes projetuais, utilizando a transparência como elemento fundamental.

Cidades e o equilíbrio entre oportunidades e deslocamentos

Emmanuel sai de casa com as duas filhas às 5h todas as manhãs. Eles pegam um mini ônibus da sua casa em Awoshie, um bairro residencial de Accra, em Gana, até a região de negócios onde Emmanuel trabalha. A viagem de ida e volta geralmente custa US$0,90, o que equivale a cerca de 20% do salário médio diário em Accra, e leva bem mais de uma hora. Quando o tráfego está pesado, o custo dobra. Para economizar uma passagem de ônibus, Emmanuel às vezes coloca uma filha no colo da outra.

Representatividade importa: conheça 31 arquitetas negras

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Mulheres pensam, planejam e constroem nossos edifícios e cidades, nossos espaços de vida. Contudo, a igualdade de gênero ainda não é uma realidade em diversas práticas sociais e profissionais. Constatamos isso diante da violência física e psicológica sofrida pelas mulheres, da falta de reconhecimento, das imposições ocupacionais, diferenças salariais, além de tantas outras. Esse panorama diz respeito às mulheres de todo o mundo, mas também dentro da arquitetura há estatísticas que comprovam como as mulheres ainda não são valorizadas social e profissionalmente.

Dentro desse quadro de desvalorização e desigualdade, as mulheres negras enfrentam um panorama de invisibilidade ainda maior. O preconceito racial enraizado em nossa sociedade, assim como as oportunidades ainda segmentadas geram uma disparidade de quantidade e reconhecimento de profissionais negras nos cursos e áreas de atuação da Arquitetura e do urbanismo.

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