Lucas Rosse Caldas

Lucas Rosse Caldas é professor no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PROARQ/FAU/UFRJ) e no Programa de Engenharia Civil (PEC/COPPE/UFRJ). Engenheiro civil, ambiental e sanitarista. Doutor em Engenharia Civil (COPPE/UFRJ). Autor colaborador do capítulo 9 (“Edificações”) do sexto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), autor e revisor de diversos artigos científicos e técnicos na área de arquitetura e construção sustentável.

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Dieta de carbono para edifícios: uma nova (e necessária) forma de pensar projetos

O setor da arquitetura, engenharia, construção e operação (AECO) tem uma participação bastante significativa no consumo de energia e na emissão de CO2 global, sendo responsável por aproximadamente 40% dela. No Brasil, as edificações (residenciais, comerciais e públicas) consomem aproximadamente 50% de toda a energia elétrica ofertada. Enquanto as indústrias de cimento, metais e de cerâmica representam cerca de 10% de todo o consumo final energético do país. Somado a isso há no país um grande déficit habitacional, chegando a mais de 6 milhões de domicílios, além do conhecido déficit de infraestrutura, que precisarão ser solucionados no futuro.

Como os biomateriais de construção podem ajudar a enfrentar a crise climática?

As mudanças climáticas podem ser consideradas uma das maiores ameaças atuais à sobrevivência da humanidade, sendo resultado do aquecimento global que é causado pelo aumento das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), em que o dióxido de carbono (CO2) é o principal deles. No mundo, as edificações foram responsáveis por cerca de 40% emissão de CO2, considerando emissões diretas, indiretas e incorporadas (no ciclo de vida dos produtos de construção) para o ano de 2018 (UNEP, 2019). Ao mesmo tempo, como é um setor que consome e ainda consumirá grande quantidade de materiais para superar o grande déficit habitacional existente, em muitos países, pode ser visto como um setor chave, servindo como uma oportunidade para ajudar o enfrentamento às mudanças climáticas. Para isso, um dos principais caminhos é o incentivo para o uso de biomateriais.

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10 Dicas para projetar edificações mais saudáveis

Os seres humanos passam a maior parte de suas vidas no interior de uma edificação, seja para morar, trabalhar ou lazer. A COVID-19 evidenciou ainda mais esta questão durante o período de isolamento mostrando a necessidade de pensarmos projetos de edificações mais saudáveis e confortáveis.

Neste artigo são apresentadas algumas dicas para pensar projetos mais saudáveis, ressaltando a importância de ter um pensamento sistêmico que considere diferentes disciplinas, como a própria arquitetura, engenharia, ciência dos materiais, mecânica, fisiologia, psicologia, entre outros. 

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Como as edificações podem reduzir sua pegada de carbono?

O setor da construção civil, principalmente o de edificações, é um dos maiores consumidores de recursos naturais e responsável pela geração de consideráveis impactos ambientais e emissões de CO2, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Ambiente. De acordo com os dados da organização C40 Cities, as edificações são uma das principais fontes de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) nas cidades e, portanto, onde existe grande espaço para a redução dessas emissões, sendo que o CO2 é considerado o principal GEE. Dados do Balanço Energético Nacional (MME, 2019), apontam que as edificações residenciais, públicas e comerciais no Brasil consumiram mais de 40 % de toda a energia elétrica produzida no país no ano de 2018. 

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Arquitetura e economia circular na era dos espaços compartilhados

A economia circular tem sido um modelo também aplicado no setor de arquitetura e construção com objetivo de produzir projetos de edificações mais eficientes, funcionais e sustentáveis. Os 3R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) utilizados como estratégias da economia circular já estão famosos, sendo que o primeiro R, “Reduzir", deve ser o item inicial buscado nos projetos. Nessa ótica, um dos itens mais eficientes para reduzir o consumo de materiais, recursos naturais e custos nos projetos de edificações é a diminuição do tamanho dos ambientes ocupados e da área construída (isto é, mantendo os níveis adequados de qualidade do espaço, como acessibilidade, ventilação e iluminação natural, compatibilidade com o layout, etc.).

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Enfrentando inundações urbanas: 7 soluções para cidades-esponja

A infraestrutura de drenagem urbana existente em grande parte das cidades, principalmente as brasileiras, já se encontram obsoletas, sendo assim, necessário sua expansão e adequação. Mas para isso, é preciso pensar em um novo modelo de gestão dessas águas, que considere aspectos que há muito tempo foram esquecidos, como aqueles ligados à ecologia. Nos últimos anos, o termo ecologia urbana ganhou espaço como uma forma de produzir cidades regenerativas e mais resilientes. Essas cidades têm sido chamadas de cidades ecológicas ou biocidades. Termos semelhantes, mas que variam de autor para autor, e têm em comum o fato de terem como principal linha de condução o uso de soluções baseadas na natureza e nas relações ecológicas. 

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Ferramentas para implementar a economia circular na arquitetura e construção

A Economia Circular tem sido uma prática também aplicada no setor de arquitetura e construção. No entanto, ainda existem barreiras, sejam elas técnicas ou mesmo culturais, durante o processo de projeto das edificações. Para solucionar esse problema, algumas ferramentas podem ser utilizadas para facilitar o processo e possibilitar uma avaliação mais rápida e mais assertiva e analisar como diferentes estratégias de projeto podem trazer em ganhos ambientais, econômicos e sociais.

Guia rápido de economia circular para arquitetos, engenheiros e construtores

O setor da construção civil é um dos que mais contribuem para a questão das mudanças climáticas, exaustão dos recursos naturais e geração de resíduos. Nessa ótica, é necessário que a forma de pensar as cidades, as edificações e seus diversos elementos sofra alterações. Para isso, é preciso que se mude a forma de pensamento linear para um modelo circular, em que se aumente a eficiência do uso de recursos e diminua a geração de resíduos e poluentes, tornando a cidade e suas construções mais inclusivas, socialmente mais justas e sustentáveis.