Eduardo Souza

Editor Sênior de Brands & Materials no ArchDaily. Arquiteto e Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Dicas para construir uma casa na árvore

É difícil encontrar alguém que nunca tenha sonhado em construir ou ter uma casa na árvore para chamar de sua. A ideia de um refúgio, um espaço totalmente integrado à natureza e com uma vista privilegiada agrada a quase todas as idades. Há exemplos de casas na árvore de todas as escalas e complexidades, desde pequenas plataformas elevadas até algumas altamente complexas, inclusive com instalações elétricas e hidráulicas. Alguns sites especializados no tema (sim, isso existe!), apresentam valiosas dicas para a construção desses sonhos. Em geral, eles concordam com o lema: “Escolha sua árvore, faça o seu projeto, mas esteja pronto para adaptá-lo!”

Dicas para aproveitar a água da chuva nos projetos de arquitetura

A quantidade total de água em nosso planeta é, teoricamente, a mesma desde sua formação. É possível que aquele copo de água tomado mais cedo contenha partículas que já correram pelo Rio Ganges, algumas que passaram pelo sistema digestivo de um dinossauro e outras que resfriaram um reator nuclear. Claro, antes de matar a sua sede, ela evaporou e caiu como chuva milhões de vezes. A água pode ser poluída, desrespeitada, mal usada, mas nunca criada ou destruída. Segundo um estudo da UNESCO, estima-se que a Terra contenha cerca de 1386 milhões de quilômetros cúbicos de água. No entanto, 97,5% deste montante são águas salinas e apenas 2,5%, água doce. Desse tanto, a maior parte (68,7%) está na forma de gelo e neve permanente na Antártida, Ártico e em regiões montanhosas. Em seguida, 29,9% existem como águas subterrâneas. Apenas 0,26% da quantidade total de água doce da Terra está disponível nos lagos, reservatórios e bacias hidrográficas, mais facilmente acessíveis para as necessidades econômicas e vitais do mundo. Com o aumento populacional, sobretudo em áreas urbanas, diversos países já apresentam severos problemas a ofertar a quantidade de água potável a suas populações.

Efeito Borboleta: 4 dicas que permitem que o projeto arquitetônico ajude a combater problemas globais

Em um mundo majoritariamente urbano, que constantemente precisa lidar com questões complexas como geração de resíduos sólidos, desabastecimento de água, desastres naturais, poluição atmosférica, e mesmo com a disseminação de doenças, é impossível ignorar o impacto das atividades humanas no meio ambiente. A mudança climática é dos maiores desafios do nosso tempo e torna-se urgente buscar formas de, ao menos, desacelerar esse processo dramático. Para contribuir efetivamente nisso, nossos hábitos de produção, consumo e construção terão de ser modificados, ou a degradação do meio ambiente e mudanças climáticas continuarão diminuindo a qualidade e a duração de nossa vida e das gerações futuras.

Mesmo parecendo inatingíveis e distantes, as diversas questões de ineficiências e desperdícios estão muito mais próximos do que podemos imaginar e presentes nos edifícios que usamos no cotidiano. Como arquitetos, essa questão é ainda mais amplificada, pois lidamos com decisões projetuais e especificação de materiais diariamente. Em outras palavras, nossas decisões realmente têm um impacto em nível global. Como podemos usar o 'efeito borboleta' para um futuro saudável para o nosso mundo?

Móveis open source: Faça o download e construa sua mobília

Vamos supor que você precise de uma estante para seus livros. Há poucos anos, possivelmente pesquisaria nas lojas de móveis de sua cidade - ou talvez em antiquários. Hoje é mais provável que abrisse dezenas de abas em seu navegador de internet para comparar preços e modelos. Mas há outra opção que vem se tornando cada vez mais popular: móveis open source.

É simples: você faz o download do projeto de um móvel e envia para uma máquina CNC (fresadora que corta chapas de madeira a partir de um arquivo digital) - mais ou menos como mandar um PDF para impressão. Com as peças cortadas, é só montar. Usamos como exemplo uma estante de livros, mas poderia ser uma cadeira, uma mesa, um armário, um banco... O Opendesk, uma das plataformas de móveis open source da atualidade, reúne cerca de 30 de móveis disponíveis para download. Lá o usuário pode baixar um projeto para cortar o móvel ele mesmo, em um FabLab ou oficina pessoal, ou ser conectado através do site com um marceneiro próximo de sua casa que faça os cortes.

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Instalações de gás: Conceitos básicos para arquitetura

É quase impossível imaginar nossas vidas sem o gás, apesar de raramente pensarmos nele (a não ser quando ele acaba durante o preparo de um bolo ou quando sentimos aquele cheiro que deixa todos preocupados). A conveniência de acender o fogão, aquecer a água para o banho ou deixar a casa quente no inverno é algo que já foi incorporado em grande parte dos cotidianos. No entanto, como toda energia, instalações com baixo desempenho ou manutenção deficiente podem causar vazamentos e incidentes, com o risco de afetar os ocupantes do espaço. Apesar da onipresença e da grande responsabilidade envolvida, quando falamos sobre o assunto, arquitetos tendem a relegar o trabalho para consultores e especialistas. Mas alguns cuidados podem ser tomados para que não haja surpresas desagradáveis no detalhamento do projeto ou durante a obra. 

Como as paredes dos edifícios romanos eram construídas?

No apogeu do Império Romano, seu território se estendia a mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre Europa, Ásia e África. Roma exercia poder sobre uma população de mais de 70 milhões de pessoas, o que correspondia a 21% da população mundial na época. De fato, como já mostramos em outro artigo, todos os caminhos levavam à cidade de Roma, grande sede do império e o patrimônio material e imaterial deixado pelo império é incomensurável, sendo que até hoje pesquisadores buscam entender todo o seu impacto no mundo atual. Desde o início de sua expansão no século VI a.C. até sua queda no ano de 476 d.C., o legado deixado pelos romanos abrange áreas como o direito, as artes plásticas, o latim que originou diversos idiomas, o sistema de governo e, muito importante, a arquitetura.

O que levar em conta ao especificar um piso cerâmico?

A humanidade já domina a fabricação de cerâmica há cerca de 15 mil anos. Até hoje, trata-se de um material amplamente utilizado em áreas como construção civil, artesanatos e até em indústrias altamente tecnológicas. Por serem opções duráveis, baratas e com uma variedade imensa de dimensões, padrões e acabamentos, os azulejos cerâmicos são revestimentos extremamente populares. Versáteis, podem ser usados em superfícies horizontais ou verticais, internas ou externas, molhadas ou secas. Sua produção se dá a partir da mistura de argila e matérias-primas inorgânicas, após seca e queimada em temperaturas elevadas (superiores a 1.000 °C), as peças adquirem superfícies impermeáveis, fáceis de limpar e com diferentes possibilidades de acabamentos e cores. 

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Vernizes, Stains, Óleos, Ceras: Quais são os acabamentos mais adequados para madeira?

Nos últimos anos muita atenção tem sido dada a construções em madeira. Tratando-se de um material sustentável, renovável e por capturar uma enorme quantidade de carbono durante o seu crescimento, as inovações envolvendo o material têm sido constantes, permitindo construções mais altas e mesmo unindo-se com outros materiais. No entanto, ao falarmos de madeira, abordamos uma variedade imensa de espécies, com diferentes resistências, tonalidades, potencialidades, limitações e usos recomendados. Enquanto há madeiras extremamente duras, pesadas e com resistências comparáveis ao concreto, há outras bastante moles e leves que são mais propícias para outras finalidades.

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Concreto reforçado com fibras: resistência e leveza

A história do concreto remonta à Roma Antiga, há aproximadamente 2000 anos atrás. A mistura de pedra calcária, cinza vulcânica e água do mar, conhecida como “Concreto Romano”, possibilitou a construção de aquedutos, estradas e templos, muitos deles ainda de pé. Algum tempo atrás descobriu-se que essa mistura original forma um mineral chamado tobermorita aluminosa, que se torna mais forte com o passar do tempo.

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A atmosfera criada pela iluminação zenital em 20 projetos de arquitetura

Talvez a abertura zenital mais célebre já construída seja o Panteão de Roma, encomendado por Marco Vipsânio Agripa durante o reinado do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e reconstruído por Adriano (r. 117–138) por volta de 126. No ponto mais alto da sua cúpula (neste caso, o óculo) brilha a luz do sol, lançando seus feixes sobre as várias estátuas de divindades planetárias que ocupam os nichos nas paredes. A luz que adentra o espaço simbolizava uma dimensão cósmica, sagrada. A luz natural continua cumprindo esse papel cênico, quando bem utilizada, sobretudo em projetos religiosos.

Caracteriza-se iluminação zenital como a que vem de cima, do céu (zênite). Muito útil para espaços grandes que não possam ser adequadamente iluminadas por janelas, as claraboias são um artifício amplamente usado e que proporcionam uma luz difusa agradável ao espaço. Geralmente toma-se o cuidado que não permitam a entrada do sol, para não aquecer demasiadamente o local e devem ser bem projetadas e construídas para que não sejam pontos de infiltração de água. Veja, abaixo, uma coletânea de projetos que utilizam essa solução:

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Os melhores tutoriais de desenho para arquitetos no youtube

Seja pelas linhas um pouco trêmulas, os cantos com linhas passantes, as hachuras paralelas ou as letras em caixa alta, é inegável que os arquitetos desenvolveram um estilo de desenho com o passar do tempo. Por mais que as perspectivas à mão-livre não sejam mais a única forma de representação de um projeto de arquitetura, elas ainda têm uma importância enorme durante o processo projetual, tornando-se mais uma ferramenta de projeto do que uma forma de representação.  

Uma linha com espessura grossa demais, uma cor mal colocada, uma escala humana fora de proporção, pode chamar mais atenção do que queremos, de fato, mostrar no desenho. Mesmo para um croqui despretensioso e rápido, algumas regras são muito importantes. Além de, é claro, muito treino, algumas dicas ajudam a transformar um croqui ordinário em algo que você se orgulha e quer mostrar aos outros. Aproveitando o enorme acervo de vídeos do youtube, selecionamos alguns criadores de conteúdo que se dedicam a esse assunto e trazem dicas muito boas.

Chu Ming Silveira: A arquiteta por trás do projeto do orelhão

Os orelhões são parte da paisagem urbana brasileira e sua forma icônica perpetuou-se no imaginário da população. Além de possibilitar a comunicação, o orelhão funcionava como um mobiliário urbano, ou mesmo como referência ou ponto de encontro antes da popularização dos telefones celulares. Seu projeto foi desenvolvido por Chu Ming Silveira, nascida em Xangai e formada em Arquitetura e Urbanismo na FAU-Mackenzie, em São Paulo, no ano de 1964. Em 1966, começou a trabalhar na Companhia Telefônica Brasileira (CTB), em São Paulo, realizando anteprojetos, supervisão e coordenação do desenvolvimento dos projetos de Centrais Telefônicas e Postos de Serviço, além de acompanhamento de obras.

Criando jardins verticais e fachadas verdes com cabos de aço

Com a alta densidade populacional das cidades e o apetite voraz do mercado por cada metro quadrado, não é incomum que a vegetação urbana seja algo deixado de lado. É por essa razão que florestas, hortas e jardins verticais venham despertando tanto interesse e figurado em propostas diversas. Utilizar o plano vertical para manter plantas parece uma saída coerente e de bom senso, sobretudo quando não há possibilidade de trazer o verde para o nível das pessoas, nas ruas.

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Anunciados os curadores da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2022

A Trienal de Arquitectura de Lisboa divulgou os curadores de sua 6ª edição, que ocorrerá no ano de 2022. Os nomes escolhidos foram Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, pela grande experiência profissional nas diversas vertentes da disciplina, que inclui formação, atividade acadêmica e de projeto em Portugal e outros países. A dupla vai dedicar-se ao longo de três anos a preparar a Trienal 2022, que se inicia com um trabalho exploratório de pesquisa e a definição de uma equipe curatorial para o desenvolvimento programático, terminando com toda a sua implementação.

A ameaça do mofo negro à arquitetura e seus ocupantes

Todos já tivemos a infeliz surpresa de encontrar algum ponto de mofo em casa. Os indesejáveis pontinhos pretos e esverdeados, geralmente vistos em cantos escuros e úmidos, podem parecer inofensivos à primeira vista, mas representam um problema grande às edificações e aos ocupantes. Principalmente, pois sabemos que a tendência é de se espalharem cada vez mais, contaminando outros materiais e superfícies, causando um cheiro característico e contaminando o ar. Mas de que forma é possível controlá-los e, principalmente, evitar que surjam através do projeto arquitetônico?

Bjarke Ingels divulga declaração sobre seu encontro com o presidente Jair Bolsonaro

Após a grande repercussão do encontro de Bjarke Ingels com o presidente Jair Bolsonaro na última semana, o arquiteto dinamarquês divulgou uma declaração sobre o porquê de sua vinda ao Brasil. O encontro também reuniu uma comitiva do grupo Be-Nômade, que planeja investir em turismo sustentável no país e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Leia, abaixo, o texto, cujo título é "Nosso papel e impacto no mundo":