Como adotar o BIM: 3 modos de realizar um projeto piloto em seu escritório

Ultimamente, o BIM está se tornando uma prática padrão. A maioria das pessoas envolvidas no setor da construção - de arquitetos e engenheiros que utilizam BIM a órgãos governamentais que estão exigindo a utilização de BIM em certos tipos de projetos - estão convencidos de seus benefícios, como eficiência, colaboração, redução de custos, e melhoria da comunicação. Como resultado, muitas empresas hoje em dia que ainda não adoraram o BIM dão o mesmo motivo: o temido período de transição.

Naturalmente, estes receios de transição não são totalmente infundados, já que um novo software exige treinamento de pessoal e problemas de adaptação são inevitáveis na mudança do fluxo de trabalho existente. Estes custos iniciais criam uma barreira para muitas empresas que simplesmente não podem arcar com o tempo ou o custo agora que lhes permitiriam aproveitar os benefícios do BIM no futuro. A chave para resolver isso, claro, é minimizar os custos iniciais - e uma maneira de fazer isso, que muitos especialistas recomendam, é começar a transição de sua empresa para o BIM com um único projeto-piloto, em que você vai ser capaz de estabelecer um fluxo de trabalho, definir padrões que se adequam a sua empresa, e transferir essas lições para projetos posteriores.

Mas qual é a melhor maneira de selecionar este projeto-piloto? Você deveria trabalhar em um edifício grande ou pequeno? Um trabalho complexo ou um simples? Aqui, três pioneiros no uso do BIM compartilham o que aprenderam com os seus próprios projetos-piloto, cada um com características muito diferentes.

Biblioteca Black Diamond, um dos edifícios do projeto-piloto da parceria Miller Hull. Cortesia da Imagem: Autodesk

Opção 1: A abordagem cautelosa

Quando eles fizeram a transição para o BIM em 2008, o escritório baseado em Londres, David Miller Architects, foi um caso raro: no momento em que quem estava adotando o BIM eram empresas grandes, o DMA era composto apenas por quatro funcionários. O projeto-piloto da empresa era um pequeno projeto de nove apartamentos com comércio no piso térreo "o tipo de projeto que fazemos com frequência", explica David Miller. Devido a essa familiaridade, projeto-piloto do DMA foi uma estratégia de baixo risco. "Sabíamos que, se tivéssemos algum problema, poderámos sempre voltar para um ambiente 2D", acrescenta Miller.

Além desta estratégia de baixo risco, Miller recomenda que as empresas podem aumentar suas chances de sucesso colaborando com aquelas que já estão trabalhando com o BIM. "A colaboração com BIM melhora os projetos", diz Miller, "e essa experiência pode ajudar a gerar entusiasmo no uso do BIM desde o início."

A empresa também nomeou um especialista BIM, que ajudou a incentivar outras pessoas a utilizar BIM de forma eficaz. Por causa do reduzido quadro de funcionários da empresa, todos eles foram treinados ao mesmo tempo durante cerca de seis dias, "em sessões de 40 minutos, de modo que pudéssemos aprender sem interromper outros projetos."

Prós:

  • Executar um projeto-piloto com um tipo de projeto que você está familiarizado permite-lhe implementar padrões que irão ajudá-lo mais freqüentemente.
  • Se alguma coisa der errado, é fácil reverter para seu fluxo de trabalho tradicional para concluir o projeto.

Contras:

  • Um projeto de baixa complexidade pode significar que você não explorou todas as capacidades dos processos BIM - sendo necessário outros projeto para estabelecer plenamente a abordagem da sua empresa.

Cortesia de Autodesk

Opção 2: O mergulho de cabeça

Crate & Barrel é uma empresa de móveis cuja sessão de arquitetura de interiores começou a utilizar o BIM em 2006. John Moebes, diretor do setor de construção da empresa, explica que eles usaram pela primeira vez o BIM em "um edifício muito complexo de dois andares que era parte de um desenvolvimento de uso misto", com "uma fachada exterior ambiciosa, com filtros solares, coberturas, e uma parede de vido".

A empresa escolheu este projeto "porque era nosso próximo projeto, e nós estávamos ansiosos para começar nossa implementação do BIM. Mas, em retrospectiva, poderia ter feito mais sentido começar com um projeto menor", explica Moebes. Mas ele também acrescenta: "Dito isto, um candidato 'ideal' para um piloto pode ser difícil de encontrar, e eu não acho que faz sentido esperar muito tempo."

No entanto, apesar da complexidade do projeto tornar a transição difícil, o BIM também ofereceu um benefício imediato para Crate & Barrel por lhes permitir concentrar na qualidade do design de uma forma que os desenhos tradicionais não poderia ter permitido. "Como projetados, os protetores solares seriam extremamente caros", acrescenta Moebes. "O BIM tornou mais fácil para o engenheiro analisá-los e visualizar as implicações das mudanças. As partes interessadas puderam ver como as modificações, como alterar as dimensões de uma peça de aço, impactariam a sensação e o custo do edifício".

Prós:

  • Um projeto-piloto de alta complexidade permite às empresas testarem os limites do BIM e entenderem as vantagens para a empresa imediatamente.

Contras:

  • Maior complexidade contribui para uma curva de aprendizagem abrupta e oportunidades para que as coisas deem errado no projeto.

Biblioteca Snoqualmie, um dos edifícios do projeto-piloto da parceria Miller Hull. Cortesia da Imagem: Autodesk

Opção 3: Um teste-execução estratégico

Ruth Baleiko, da Miller Hull Partnership em Seattle, descreve seu primeiro projeto BIM como um "piloto ideal": cinco bibliotecas para um cliente, todas com um design muito semelhante para economizar custos de construção. Como resultado, o trabalho era "quase como fazer o mesmo projeto cinco vezes", dando Miller Hull muitas oportunidades para explorar o novo software, particularmente a capacidade do BIM em fazer rapidamente alterações na documentação do projeto.

Esta oportunidade de realmente entender o BIM no projeto-piloto também implica numa transição mais suave e contínua. Jay Martin, arquiteto e gerente de projeto da Miller Hull, explica como os três arquitetos que trabalharam no piloto ajudaram a propagar a compreensão do BIM na empresa:

"Quando eles partiram para seu próximo projeto, eles levaram seu conhecimento BIM com eles. Uma equipe experiente BIM se tornou três. Então, as pessoas naqueles três projetos levaram suas habilidades BIM para os seus próximos projetos. Nossa know-how em BIM cresceu rapidamente e organicamente".

Martin acrescenta que para um projeto-piloto bem-sucedido, ajuda "escolher um tipo de projeto que você e sua empresa dominam ... Só porque o BIM é ótimo para projetos complexos não significa que você tem que começar com um". Na verdade, no caso de Miller Hull, foi ainda possível encontrar um projeto-piloto que não era complicado e ainda ofereceu muitas oportunidades para entender o software e processos BIM.

Prós:

  • Se o projeto certo pode ser encontrado, baixa complexidade pode ser equilibrada com amplas oportunidades para testar as capacidades do BIM.
  • Executar um projeto-piloto com um tipo de projeto que você está familiarizado permite-lhe implementar padrões que irão ajudá-lo mais freqüentemente.

Contras:

  • Tais "projetos-piloto ideais" são poucos e distantes entre si, e esperar a chegada de um pode atrasar a transição para o BIM.

Para mais informações sobre a transição para o BIM, incluindo um guia de como começar e um livro sobre implantação, acesse o Autodesk architect resource center.

Este artigo foi patrocinado pela Autodesk.

Sobre este autor
Cita: AD Editorial Team. "Como adotar o BIM: 3 modos de realizar um projeto piloto em seu escritório" [How to Adopt BIM: 3 Ways to Approach Your Firm’s Pilot Project] 13 Jul 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Moreira Cavalcante, Lis) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/790968/como-adotar-o-bim-3-formas-de-fazer-o-projeto-piloto> ISSN 0719-8906

¡Você seguiu sua primeira conta!

Você sabia?

Agora você receberá atualizações das contas que você segue! Siga seus autores, escritórios, usuários favoritos e personalize seu stream.