1. ArchDaily
  2. WRI Brasil

WRI Brasil: O mais recente de arquitetura e notícia

Áreas de baixa velocidade salvam vidas. Como projetar uma que seja efetiva?

Uma vez que a pandemia de Covid-19 alterou as paisagens urbanas e aproximou muitas pessoas da mobilidade ativa, há uma urgência maior de tornar as ruas mais seguras para pedestres e ciclistas. Muitas cidades têm agora a tarefa de proteger os usuários mais vulneráveis, além de criar espaços públicos seguros que permitam a recuperação econômica e que as pessoas aproveitem a cidade ao ar livre. Ao mesmo tempo, existem motivos de longo prazo para apoiar essa transição.

“Caminhar e pedalar estão entre as maneiras mais sustentáveis de se deslocar nas cidades – mas não se forem opções extremamente perigosas”, afirma Claudia Adriazola-Steil, diretora interina de Mobilidade Urbana e diretora de Saúde & Segurança Viária do WRI Ross Center for Sustainable Cities.

Uma transição justa para um mundo zero carbono é possível. Saiba como

A transição global para uma economia verde poderia criar 18 milhões de empregos, com o potencial de gerar bons empregos e meios de subsistência em todo o mundo. Mas e quanto às pessoas e comunidades cujos meios de vida dependem, neste momento, de combustíveis fósseis e setores de alto carbono?

Estima-se que 6 milhões de empregos na geração de eletricidade por carvão, extração de petróleo e outros setores podem desaparecer até 2030. Muitas das novas oportunidades de trabalho verdes exigirão habilidades diferentes das necessárias nos empregos anteriores ou estarão em novos locais.

3 Argumentos econômicos para ampliar a adaptação climática nas cidades brasileiras

Medidas que reduzam a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos aos efeitos da mudança do clima são essenciais para o desenvolvimento sustentável. Nas cidades, o aumento de riscos climáticos devido ao processo de urbanização exige de governos locais ações de planejamento e investimentos para ampliar a adaptação climática. Este é um desafio que ultrapassa os limites geográficos das zonas urbanas e está relacionado à prosperidade de todo o planeta, afinal, é nas cidades que se concentram 55% da população mundial e 80% do PIB global.

5 Inovações do novo Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias de São Paulo

As cidades estão em constante transformação. Se orientadas por premissas parciais ou desatualizadas, as modificações no espaço urbano tendem a imprimir esses equívocos no território. Quando guiadas por uma visão comum que priorize a segurança das pessoas e a mobilidade ativa, essas intervenções têm o potencial de orientar a transformação da cidade em um lugar mais democrático, acolhedor, caminhável e seguro. É para esta cidade que aponta o novo Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias de São Paulo.

Brasileiro abandonaria carro por transporte sustentável, mas deseja conforto e praticidade

Muitas coisas têm mudado nas cidades – algumas, felizmente, para melhor. Mais brasileiras e brasileiros passaram a ver a bicicleta como a melhor escolha para a mobilidade urbana, e 67% das pessoas trocariam seus carros ou motos por alternativas de transporte mais limpas. A avaliação da qualidade do ar entre a população é desanimadora, mas a consciência sobre as mudanças climáticas aumentou, e 92% das pessoas desejam ônibus elétricos em suas cidades.

Buenos Aires expande rede cicloviária para avenidas principais em resposta à Covid-19

A infraestrutura cicloviária tem crescido rápido nas cidades latino-americanas ao longo da última década. Cidades como Bogotá e Santiago mais do que dobraram a extensão de suas redes cicloviárias. Uma boa notícia, pois estudos mostram que cidades que priorizam infraestrutura segura registram reduções significativas no número de mortes e ferimentos de ciclistas e somam benefícios econômicos consideráveis a partir da redução de congestionamentos e de pedidos de licença médica.

Ainda assim, boa parte da infraestrutura cicloviária já existente nas cidades latino-americanas foi construída em vias locais e secundárias. A implementação pode ser mais fácil em ruas menos movimentadas, mas também diminui a eficiência e o impacto geral do uso da bicicleta, além de criar problemas de segurança. Os ciclistas tendem a procurar por atalhos e pelos caminhos mais diretos, possivelmente gerando interações perigosas com os carros quando entram em vias arteriais não planejadas para o transporte não motorizado.

De olho em 2021: clima, cidades e florestas para acompanhar no Brasil

Quem poderia prever 2020? Mesmo no início do ano, quando já se sabia da existência de um novo coronavírus, era difícil imaginar que o mundo passaria por tantas mudanças. Os impactos não se limitaram à saúde e espalharam-se pelo comportamento, a economia e muitos outros aspectos da vida no planeta, incluindo o meio ambiente.

Neste momento, não é possível prever como as vacinas contra o vírus podem mudar o destino da humanidade no próximo ano, nem como será a trajetória do Brasil na recuperação da crise causada pela Covid-19. O ano de 2021 começa com essa mistura de incertezas e expectativas – e um forte senso de urgência. Janeiro também marca o início de uma nova década cheia de grandes desafios como a emergência climática, a necessidade de tornar as economias mais limpas, de mudar a nossa relação com as florestas, o uso da terra, os espaços urbanos, reduzir as desigualdades, o racismo e muitos outros.

Cidades estão crescendo na horizontal e não na vertical: 3 razões por que isso é um problema

Imagine Lagos, na Nigéria, uma cidade de 22 milhões de pessoas. O que uma vez foi uma pequena cidade costeira, há apenas algumas décadas explodiu em uma megacidade dispersa que se estende por mais de 1.170 quilômetros quadrados. O rápido crescimento pressionou os serviços municipais ao máximo: menos de 10% das pessoas vivem em casas conectadas às redes de esgoto; menos de 20% têm acesso à água encanada. Muitas casas estão em favelas ou assentamentos informais na periferia da cidade.

Agora imagine Lagos duas vezes maior.

Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças

Frequentemente as crianças não recebem prioridade ou até são desconsideradas no planejamento urbano. Estima-se que morram até 500 crianças por dia no mundo em acidentes de trânsito. Outras milhares acabam feridas em decorrência das colisões ou desenvolvem traumas psicológicos que podem acompanhá-las por anos. Seja nas ruas ou em espaços públicos, o sentimento de insegurança ou desconforto desencoraja as crianças da atividade física ao ar livre – e isso em um momento em que 80% das crianças entre 11 e 17 anos não são fisicamente ativas e outras 38 milhões com até 5 cinco anos estão acima do peso ou obesas.

Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças - Image 1 of 4Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças - Image 2 of 4Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças - Image 3 of 4Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças - Image 4 of 4Como desenhar espaços urbanos mais seguros e saudáveis para crianças - Mais Imagens+ 4

Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro

Quando foi a última vez em que você caminhou por um mercado sem estar consciente se pessoas estão caminhando por perto ou a última vez em que você deu um passeio no parque do bairro sem pensar nas condições de higiene ao seu redor?

A pandemia de Covid-19 deixou o mundo em um estado de paralisação. Embora em muitos lugares as pessoas já tenham passado um longo tempo trancadas em casa, ainda estamos nos acostumando a esse novo normal, trabalhando para mudar a maneira como nos relacionamos com as pessoas e com os espaços públicos ao ar livre.

Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro - Image 1 of 4Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro - Image 2 of 4Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro - Image 3 of 4Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro - Image 4 of 4Urbanismo tático: uma ferramenta adaptável para manter o distanciamento seguro - Mais Imagens+ 2

Ciclovias temporárias, a resposta de cinco cidades do Brasil e América Latina à COVID-19

Cidades têm implementado ciclovias temporárias para viabilizar deslocamentos seguros durante a pandemia de COVID-19 e evitar que usuários do transporte coletivo migrem para carros e motos. Aos poucos, a prática ganha corpo na América Latina, inclusive no Brasil. É uma oportunidade de ouro para fortalecer a mobilidade urbana por bicicleta – mas para isso, é preciso que as intervenções emergenciais incorporem boas práticas de segurança viária.

Planejamento integrado de soluções baseadas na natureza: a chave para a resiliência urbana

Pólis é uma (hipotética) metrópole costeira e tem uma população crescente. No entanto, a maior parte de sua infraestrutura foi construída 100 anos atrás e carece de manutenção, sendo incapaz de atender a necessidades futuras da cidade.

Para piorar, Pólis vive os danos causados pelo aumento das inundações e erosão das áreas costeiras. Seus habitantes, em especial os já afetados pela poluição ambiental, sofrem com o calor e a má qualidade do ar resultantes da atividade industrial e do trânsito congestionado.

Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades

Cidades e epidemias têm uma relação intrincada. Ao longo da história, cidades se constituíram como locais propícios à disseminação de doenças. Centros econômicos, sociais e culturais, vocacionadas para conectar ideias e desenvolver soluções, responderam às epidemias com inovação. Mas a melhoria do espaço urbano – com saneamento e fornecimento de água, construção de parques e espaços abertos, melhores condições de transporte – frequentemente veio acompanhada da recriação da cidade precária nas periferias.

Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades - Image 1 of 4Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades - Image 2 of 4Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades - Image 3 of 4Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades - Image 4 of 4Planejamento urbano e epidemias: como doenças do passado transformaram as cidades - Mais Imagens+ 5

Infraestrutura natural pode evitar desastres como as enchentes de Minas Gerais e São Paulo

As recentes enchentes em Belo Horizonte e em outras cidades mineiras assustaram a população. Vídeos mostrando a força das águas arrastando carros e derrubando estruturas impressionaram todo o país. O estado de alerta não se resumiu a Minas Gerais. Grande parte do Sudeste enfrentou fortes chuvas, provocando grandes transtornos. No Espírito Santo, por exemplo, mais de 5 mil pessoas tiveram que deixar suas casas, e São Paulo entrou em estado de atenção por alagamentos. Enquanto isso, no Rio, uma situação envolvendo algas nos mananciais provocou o contrário: crise de água causada pela qualidade da água que chegava à torneira das pessoas.

Pontos de ônibus: boa impressão ou frustração no transporte coletivo

Não depende só dos ônibus um sistema de transporte coletivo de qualidade: a qualidade também está diretamente associada a elementos adjacentes – como os pontos de ônibus. Em todas as cidades que fazem parte do Grupo de Benchmarking QualiÔnibus, esse foi o elemento apontado pela população como um dos fatores mais problemáticos. Mas o que as cidades podem fazer para melhorá-los?

Como o desenho das ruas de São Paulo influencia nos acidentes de trânsito

Cinco brasileiros morrem em acidentes de trânsito a cada hora. Estatísticas de extrema relevância como essa podem despertar muitas reações positivas, mas nem sempre são o suficiente para mudar a realidade. Porém, saber que na cidade de São Paulo os cruzamentos concentram mais acidentes por quilômetro e que esses aumentaram 5% de 2017 para 2018, já é uma informação capaz de dar insumos aos tomadores de decisão sobre medidas que possam reduzir tais números. Agir nos cruzamentos mais perigosos salvará vidas.

5 Cidades que são exemplos de caminhabilidade

Caminhar é mais do que um movimento mecânico: é apropriar-se cotidianamente do espaço da cidade. Estar no ambiente urbano de forma ativa, percebendo a cidade e os detalhes que dela fazem parte. Essa escolha, no entanto, nem sempre depende apenas da vontade das pessoas; está atrelada também a fatores externos, como as condições físicas e sociais dos indivíduos e a existência ou não de infraestruturas que permitam essa opção.