Fiz pós-graduação em geografia em Tucson, Arizona, Estados Unidos, no final dos anos 1990. Tucson obtém fama por uma série de coisas, incluindo sua herança mexicano-americana, suas chimichangas, suas montanhas que formam as "ilhas do céu" e sua abundante população de cactos saguaro.
Dublin Bridge Park in Columbus, Ohio. Imagem via Dublin Bridge Park
Os subúrbios americanos—como os conhecemos hoje—estão mudando, e embora esta transformação já esteja em curso a algum tempo, sua situação foi decisivamente agravada pela corrente pandemia. Em um momento em que temos sido convidados a passar mais tempo em casa do que talvez gostaríamos, passamos a reavaliar nossas próprias prioridades e a questionar o nosso atual modo de vida. Como consequências disso, boa parte dos habitantes das grandes cidades nos Estados Unidos, a qual historicamente se concentra em áreas urbanas, está se deslocando para o interior de forma aparentemente definitiva. Por assim dizer, estamos testemunhando um recente fenômeno de esvaziamento dos grandes centros do país, com a população urbana deixando as cidades em em busca de melhores condições de vida, neste caso, mais espaço, privacidade e tranquilidade. Acontece que, com o passar dos anos, os subúrbios americanos caíram nas graças da classe média, transformando-se na principal vertente de expansão urbana no país.
Ao longo dos últimos meses, em razão da crise sanitária que está afetando a todos nós, fomos forçados a nos afastar uns dos outros e retroceder silenciosamente para dentro de nossas casas. Neste contexto, fomos bombardeados constantemente com uma enxurrada de diferentes narrativas, relatos íntimos de pessoas confinadas e preocupadas com o futuro de nossas cidades. Como uma resposta imediata, muitas delas fugiram para suas casas de praia, retiros no interior ou até para a casa dos pais — tudo por um pouquinho mais de espaço ao ar livre.
Na era moderna, seja na teoria ou na prática, a ideia de separação espacial entre casa e trabalho estava relacionada à divisão sexual tradicional de homens e mulheres e ao seu papel na vida cotidiana. Com base nos primeiros pensamentos feministas na arquitetura, este artigo discorre sobre a mudança do papel das mulheres no século XX e seu impacto no espaço construído.
A planta em L permite o foco no jardim. Cortesia de Flickr user Gabrielle Ludlow (licensed under CC BY-NC-ND 2.0)
No coração de um subúrbio a leste de Londres, fica uma incongruente casa de campo em tijolos vermelhos. Com seus caixilhos arqueados ogivais e altas chaminés, a casa foi projetada para parecer uma relíquia da Idade Média. Na realidade, seu estilo vintage data da década de 1860. Esta é a Casa Vermelha (Red House), o lar Arts and Crafts do artista William Morris e sua família. Construída como uma refutação para uma era cada vez mais industrializada, a mensagem da Casa Vermelha foi diminuída pela passagem do tempo e, ao longo dos séculos, foi construída como um alívio em seu entorno.
A Escola de Arquitetura, Planejamento e Preservação da Universidade de Columbia (GSAPP) abrigou recentemente o tão esperado evento que recebeu acadêmicos e profissionais respeitados da arquitetura e do mercado imobiliário. Vishaan Chakrabarti, sócio do escritório SHoP Architects e diretor do Center for Urban Real Estate de Colúmbia, palestrou sobre seu novo livro A Country of Cities: A Manifesto for an Urban America (Um País de Cidades: Um Manifesto para uma América Urbana).
Texto por Guillermo Tella via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
O processo de sub-urbanização das elites, um fenômeno que desde a difusão do automóvel foi característico das metrópoles dos Estados Unidos, podem ser também encontrados importantes exemplos nas grandes cidades latino-americanas. Esse fenômeno não se manifestou em Buenos Aires até meados da década de 80, momento a partir do qual se iniciou um desenvolvimento imobiliário sem precedentes.
Em um artigo publicado no The Wall Street Journal chamado For Creative Cities, the Sky Has Its Limit (Para Cidades Criativas, o céu tem seu limite) o autor Richard Florida reflete sobre o desenvolvimento dos entornos urbanos e a relatividade de seu êxito. Isto, no contexto das últimas décadas em que a migração do campo para a cidade é uma clara tendência mundial, é fato que o desenho e a apropriação do espaço estão se tornando assuntos cada dia mais importantes.