«Nós estamos realmente, meu querido amigo, engajados numa bem difícil investigação; para o tema de aparecer e parecer, mas não ser, e de dizer coisas, mas não coisas verdadeiras – tudo isso é agora e sempre foi causa de muita perplexidade. Veja, Theaetetus, é extremamente difícil entender como um homem deve falar ou pensar que a falsidade realmente existe e ao dizer isso não estar envolvido em contradição.» —Platão, O Sofista 237 A
«De fato ninguém pode imaginar ou projetar algo moderno. Por definição existe uma contradição essencial entre os termos “projeto” e “moderno”. Projetar significa literalmente lançar adiante. Porém, de modo a lançar algo adiante, ambos atirador e projétil devem estar atrás. Todo projeto é um emissário do passado.» —Josep Quetglas
Geometria tem uma ambígua reputação, associada tanto a idiotice como a inteligência. No melhor dos casos, existe algo desesperadamente não comunicativo sobre ela, algo mais que ligeiramente removido do resto da experiência para confrontar sua grande pretensão de verdade. Flaubert, em Dicionário de Ideias Feitas, define um geômetra como “viajando em estranhos mares de pensamento – sozinho.” E quando Joseph Conrad desejava caracterizar o fútil esforço de concentração feito pelo sincero porém mentalmente retardado jovem Stevie em O Agente Secreto, ele o descreveria como “sentado muito bem e quieto numa mesa, desenhando círculos, círculos, círculos; inumeráveis círculos, concêntricos, excêntricos, um cintilante redemoinho de círculos que por sua emaranhada multidão de curvas repetidas, uniformidade de forma, e confusão de linhas interseccionadas sugeria uma versão de caos cósmico, o simbolismo de uma arte insana pretendendo o inconcebível.”
Embora numa conversa de 1995 Miralles manifestasse suas dúvidas sobre a possibilidade de “estabelecer claramente umas regras de operação que sejam válidas em qualquer situação...”, sim falava em modos de operação, embora em um sentido ‘débil’, já que: “Não creio que se possa estar à frente do seu trabalho, levando-o, senão que de alguma maneira o próprio trabalho vai dirigindo as coisas através de pequenos desvios”. E com respeito a seu processo ou linha de trabalho explicava: “..., eu diria que não se trata tanto de uma linha, mas de um feixe. Um projeto consiste em saber atar múltiplas linhas, múltiplas ramificações que se abrem em distintas direções”.[1]
O famoso distrito dos canais de Amsterdã comemora seu 400º aniversário este ano. E, embora o distrito tenha crescido e evoluído com o passar dos séculos, hoje, mais que nunca, a região tida como Patrimônio Mundial pela UNESCO luta para garantir que seu passado não detenha seu futuro.
Para Jarrik Ouburg, arquiteto de Amsterdã, o problema era mais específico: em um distrito histórico como este, como manter as transformações urbanas em um ritmo lento? Esta questão levou-o a seu atual projeto, “Tussen-ruimte.” Tussem-ruimte (entre espaços, em holandês) instala obras de arte e arquitetura contemporânea em pátios e becos que se formaram com o passar dos séculos no distrito dos canais.
https://www.archdaily.com.br/br/01-150514/entre-os-edificios-da-historica-amsterda-uma-intervencao-urbanaKatherine Allen
Em 1957, no final de três décadas de prática arquitetônica intensa e, conquistada já, larga maturidade do processo de projetação, Rino Levi e sua equipe[1] têm a oportunidade de realizar um projeto completo de cidade: participa do concurso - obtendo o 3º lugar[2]- para o plano piloto da nova capital brasileira, uma cidade para 500 000 habitantes a ser localizada no planalto central do Brasil, junto ao lago Paranoá - construído artificialmente para criar condições ambientais mais amenas à árida região.
A competição internacional Street Smart convida designers, arquitetos e planejadores urbanos a reimaginar e redesenhar as ruas das cidades tendo em vista as necessidades e especificidades dos usuários locais – a competição trata das cidades indianas – e não simplesmente seguir padrões globalizados.
Os profissionais participantes são convidados conceber projetos que possam, de fato, ser construídos para os habitantes das típicas cidades indianas, tendo em vista os modos como estes vivenciam seus ambientes urbanos.
A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie promove, entre os dias 09 e 11 de setembro, o congresso internacional"O que é uma escola de Projeto na contemporaneidade? Questões de ensino e critica do conhecimento em Arquitetura e Urbanismo". O objetivo do evento é debater reunir a comunidade acadêmica para um debate acerca da educação do arquiteto e do urbanista a partir do entendimento do “raciocínio de projeto”, tanto em sua instância antropológica, social e política, quanto na especificidade no exercício da arquitetura, sua interdisciplinaridade e interfaces com outras campos.
A Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo promove de março a novembro de 2014 o Curso Avançado “Projeto sem Metáforas – do edifício à Cidade”, organizado pelo arquiteto Helio Piñón e coordenado pelos arquitetos Ruben Otero (professor de pós-graduação da Escola da Cidade) e Luis Espallargas.
O curso destina-se a arquitetos e alunos de Arquitetura e Urbanismo que estejam cursando os dois últimos anos e as inscrições vão até 14 de fevereiro. Serão 60 aulas no total, com carga horária de três horas/aula. Trata-se de um curso cujo conteúdo teórico-prático se estrutura em uma série de grandes temas do projeto moderno da cidade e da arquitetura e culmina em trabalhos de projeto por parte dos alunos.
1° Lugar - Projeto de Escola Primária e Residência Estudantil / Chartier Dalix Architectes
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