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Arquitetura: O mais recente de arquitetura e notícia

Feliz Dia Mundial da Arquitetura!

Bienal de Veneza 2012: "Intervenções espontâneas" - Pavilhão dos Estados Unidos

Sede administrativa da Azahar / OAB

© Alejo Bagué

Cinema e Arquitetura: Modern Tide - Midcentury Architecture on Long Island

Vencedor do [UN] RESTRICTED ACCESS: OCO – Ocean & Coastline Observatory

City Gallery / architecture +

Locais aleatórios especiais: Kling Klang estúdio do Kraftwerk

3º Seminário Internacional de Museografia e Arquitetura de Museus – em Lisboa e no Rio de Janeiro

Batman & Arquitetura: O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Mais detalhes das exposições da Bienal de Veneza

Arte e Arquitetura: Obras em diálogo / Flavia Mielnik

Campo Expandido da Arquitetura / Anthony Vidler

  • O primeiro a comparar pintura e poesia foi um homem de gosto mais requintado o qual sentiu que as duas artes produziam nele os mesmos efeitos. Ele viu que uma e outra restituíam a presença de coisas ausentes pela substituição da aparência por realidade; ambas, finalmente, agradando-nos ao enganar-nos. Um segundo desejou mais compreender nosso prazer e descobriu que em ambas as artes, ele surgia da mesma fonte. Beleza, a noção que nos vem em primeiro lugar de objetos materiais, possui regras gerais que são aplicadas para diferentes domínios: para ações, para pensamentos, bem como para formas. Um terceiro, refletindo sobre o valor e a distribuição destas regras gerais, notou que algumas dominavam a pintura, outras a poesia, e que isto desta forma em alguns casos, a poesia poderia apoiar a pintura na mesma forma que em outras, a pintura poderia apoiar a poesia, através de comentários e exemplos. O primeiro era um amador; o segundo, um filósofo; o terceiro, um crítico.
  • [Gottfried Lessing]

Poesia e Arquitetura: Olhei os muros da pátria minha / Francisco de Quevedo

Olhei os muros da pátria minha,
se um tempo fortes, já desmoronados,
da carreira da idade cansados,
por quem caduca já sua valentia.

Saí ao campo, vi que o sol bebia
os arroios do gelo desatados,
e do monte queixosos os gados,
que com suas sombras furtou sua luz ao dia.

Entrei em minha casa, vi que enxovalhada
de anciã habitação era espólios;
meu báculo mais curvo e menos forte.

Vencida pela idade senti minha espada
e não achei coisa em que pôr os olhos
que não fosse relembrança da morte.

Poesia e Arquitetura: Alturas de Machu Picchu / Pablo Neruda

Pedra na pedra, o homem, onde esteve?
Ar no ar, o homem, onde esteve?
Tempo no tempo, o homem, onde esteve?
Foste também o pedacinho roto
de homem inconcluso, de águia vazia
que pelas ruas de hoje, que pelas pegadas,
que pelas folhas de outono morto
vai machucando a alma até a tumba?
A pobre mão, o pé, a pobre vida…
Os dias da luz esfiapada
em ti, como a chuva
sobre as bandeirinhas da festa,
deram pétala a pétala de seu alimento escuro
na boca vazia?
Fome, coral do homem,
fome, planta secreta, raiz dos lenhadores,
fome, subiu tua linha de arrecife
até estas altas torres desprendidas?

Eu te interrogo, sai dos caminhos,
mostra-me a colher, deixa-me, arquitetura,
roer com um palito os estames de pedra,
subir todos os escalões do ar até o vazio,
rascar a entranha até tocar o homem.

Machu Picchu, puseste
pedra na pedra, e na base, farrapos?
Carvão sobre carvão, e no fundo a lágrima?
Fogo no ouro, e nele, temblando a vermelha
goteira do sangue?
Devolve-me o escravo que enterraste!
Sacode das terras o pão duro
do miserável, mostra-me os vestidos
do servo e sua janela.
Diz-me como dormiu quando vivia.
Diz-me se foi seu sonho
rouco, entreaberto, como um buraco negro
feito pela fatiga sobre o muro.
O muro, o muro! Se sobre seu sonho
gravitou cada piso de pedra, e se caiu sob ela
como sob uma lua, com o sonho!
Antiga América, noiva submergida,
também teus dedos,
ao sair da selva para o alto vazio dos deuses,
sob os estandartes nupciais da luz e do decoro,
mesclando-se ao trovão dos tambores e das lanças,
também, também teus dedos,
os que a rosa abstrata e a linha do frio, os
que o peito sangrento do novo cereal trasladaram
até a tela de matéria radiante, até as duras cavidades,
também, também, América enterrada, guardaste no mais baixo
no amargo intestino, como uma águia, a fome?

Cinema e Arquitetura: “Blade Runner”

Tecnologia e Arquitetura: Matt Guetta

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Granja Vertical em Londres: arranha-céus poderiam satisfazer 20% da demanda de alimentos da cidade